Cito 17/01/2010
O Herdeiro Guerreiro
O texto que irei mostrar para vocês foi tirado do site: http://leioeindico.com/?p=106
Nao fui eu que escrevi, foi uma mulher.
O Herdeiro Guerreiro (Cinda Williams Chima)
Há uma espada na capa desse livro. Uma espada.
Esse foi o primeiro pensamento que me ocorreu ao dar de cara com O Herdeiro Guerreiro pela primeira vez. Amante de livros sobre guerreiros e fantasia como sou, o livro saltou facilmente aos meus olhos. Contudo, demorou um tempo até que finalmente conseguisse lê-lo.
Sendo sincera, devo dizer que tinha um pouco de medo. A premissa do livro parecia boa, porém, ao ler o começo, nada bateu com nada. O prólogo fala sobre um garoto mago de 1800-e-bolinha e enquanto o lia, pensava comigo: tá, até gosto de história sobre magos e coisas antigas mas não era sobre um guerreiro?! Além do mais, havia uma tal história sobre As Rosas, sobre fugir delas e sobre um jogo. E eu fiquei, tá ok, isso não tem nada a ver com a sinopse, não era sobre meninos contemporâneos achando uma espada e guerreiro? O que tem a ver isso tudo?
Inicialmente deixei o livro de lado porque ele quebrou com minhas expectativas, porém, como boa amante de guerreiros e fantasia, não demorou tanto e cedi ao livro. Precisava tê-lo e lê-lo por completo antes de opinar de verdade. Poxa, tem uma espada na capa!
A primeira e mais sucinta coisa que posso dizer é que não me arrependo da compra. Ele não é tão confuso quanto o prólogo faz parecer, nem tão bobo quanto a cena solta que colocaram na contra-capa:
Will e Fitch, atraídos pela luz, olharam por cima do ombro de Jack.
- Sinistro murmurou Fitch.
- Não disse Jack. Não tem nada de sinistro.
Jack ergueu a arma em frente ao corpo com as duas mãos e soube que ela pertencia a ele, embora houvesse sido forjada muito antes de ele ter nascido. Era mais leve do que imaginara, mais leve do que seria de esperar, considerando-se o tamanho dela.
- Sombra Assassina sussurrou Jack, como se a arma falasse com ele.
E o poder na lâmina correu-lhe para as mãos e subiu-lhe pelos braços como se, de alguma maneira, a espada o estivesse segurando.
Quer dizer, uns moleques comuns aí acham uma espada que parece ser OH CÉOS, A GRANDE ESPADA DE LUZ FODA DOS THUNDERCATS! Desculpa aí, mas isso soa extremamente bobo.
Só que a história não é idiota assim. Não mesmo. O Herdeiro Guerreiro é um livro muito maior do que adolescentes comuns e chatos descobrindo um super poder. Esse livro cria todo um mundo paralelo, que vive junto com o nosso há séculos, sem que nós, Anaweirs, saibamos. Um mundo onde há Magos, Feiticeiros, Advinhos, Encantadores e Guerreiros, e cada um é diferente do outro e tem seu papel em uma sociedade particular.
Sei que parece um tanto com a idéia de Harry Potter, nomenclaturas novas, sociedade mágica dentro da sociedade normal, um nome para os não-mágicos Mas acredite, O Herdeiro Guerreiro consegue fugir do clichê e da cópia. Afinal, não foi Harry Potter que inventou a idéia de bruxos nem muito menos a idéia de que seres fantasiosos vivem concomitantemente aos humanos comuns.
Além do mais, os magos de O Herdeiro Guerreiro estão longe de serem simpáticos e legais. Não há na história aquela típica tolice e ar leve e bobo que se encontra em alguns livros infanto-juvenis. Nenhum personagem do livro é raso. E de forma geral, adorei a leitura. Tanto que sem nem respirar parati em seguida para O Herdeiro Mago, continuação da série e tema da próxima resenha.
Fazendo um resumo melhor da história, O Herdeiro Guerreiro nos conta sobre Jack Swift, um menino normal (qual deles não o é no começo dos livros?) que mora com a mãe na pequena cidade de Trinity, Ohio. Jack nasceu com um problema no coração e por isso, até hoje, com dezesseis anos, tem de tomar religiosamente todo dia um remédio passado por sua médica, uma londrina de quem jamais gostou muito. A história começa no dia em que, pela primeira, vez Jack esquece de tomar o remédio. Se você for tão experiente quanto eu em literatura fantasiosa, não será preciso dizer que algo fantástico está prestes a acontecer na vida de Jack.
Se eu revelar muito mais do que isso, será um spoiler, pois o livro é uma trama bem montada e cheia de pequenos detalhes que serão revelados aos poucos e ao longo da história, como um quebra-cabeça que vai se montando até o final, onde tudo se encaixa. Vale comentar que em algum momento do livro haverá um romance, embora ele jamais tome proporções dignas de primeiro plano na trama, posso te dizer com segurança que é um romance fofo. Não um daqueles que te faz querer rodar os olhos e dizer: arranjem um quarto! ou se matem!.
Outro ponto positivo é que cada personagem parece ter um papel a desenvolver, ao mesmo tempo que nenhum deles parece forçado na trama. De fato, é um livro onde as pessoas parecem reais. A não ser alguns dos magos retratados que realmente parecem estereotipados.
Contudo, como eu disse, esse é um livro altamente indicado e que no fim, vicia. Para mim foi impossível não me apaixonar por Jack Swift, seu cabelo ruivo e a forma como ele lida com o mundo e os acontecimentos a sua volta. Leio e indico totalmente.
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No meu ponto de vista, eu me apaixonei, de alguma maneira, pela Linda Downey, para os homens que leram, como não? Loira, bonita, e uma ENCANTADORA? Nao há como resistir, é pura magia....