Um retrato do artista quando jovem

Um retrato do artista quando jovem James Joyce




Resenhas - Retrato do Artista Quando Jovem


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Daiane698 04/10/2023

Uma boa porta de entrada para conhecer Joyce
Um retrato do artista quando jovem, é um romance de formação, ambientado na Irlanda, onde conhecemos Stephen Dedalus, também alter ego do autor, James Joyce.
A obra tem pequenos dados autobiográficos que impõem uma riqueza imensa de aprofundamento do personagem. Stephen, é um homem atormentado pelos seus ideais, que fogem do padrão de sua época: patriotismo, religião, família; essas convenções não fazem sentido em sua vida, e o mesmo passa a acreditar somente na arte, no que o mantém elevado. Temos aqui um prenúncio de Ulysses, e mais metáforas do homem exilado, aquele que busca sua liberdade e quer viver o que acredita. Um baita romance, e diria uma boa porta de entrada para quem quer conhecer Joyce.
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Mylena.Esteves 06/03/2024

Autobiográfico
Romance de formação e autobiografico com Stephen Dedalus, alter ego de James Joyce. Acompanhando o livro, a gente percebe que ele sempre foi diferente, de difícil adaptação social e que foi se tornando uma pessoa extremamente solitária. Ele cresceu em uma Irlanda no auge do catolicismo e frequentou escolas católicas super rígidas e, nessa mesma época, ele viu a família perdendo status social e financeiro.
Cada vez mais solitário, ele renegou a Irlanda, se afastou da família, da religião e decidiu voar para a liberdade e abraçar a arte para tentar se encontrar.
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Gláucia 31/08/2010

Confuso
Mais um grande autor, consagrado, cujo livro avalio como regular. Talvez valha 4 ou 5 estrelas, mas não é para o meu bico. Os conflitos do personagem me deixaram tonta, por mais que eu tentasse dar um rumo à história, na minha cabeça tudo terminou enovelado. Estava pensando em ler Ulisses ou Dublinenses mas depois desse terei que reavaliar se vale a pena.
Fábio 03/08/2011minha estante
Nesse livro Joyce começa usar o famoso "fluxo de consciência" e também usa técnicas cinematográficas: flashforward, fade-out, flashback e close-up. Vale destacar que a escrita evolui com o personagem, no começo é tão simples, e tão singelo com repetição de palavras, e no final chega até a pseudo-filosofar, sem dúvida um prelúdio para Ulisses.

Outros autores que usam o "fluxo de consciência": Clarice Lispector, Virginia Woolf, William Faulkner. Lembrando que um bom começo para esses livros é ler Dostoiévski, Tolstói, pois os autores desses livros usam o "monólogo interior", que é um pensamentos de consciência mais simples.




luizguilherme.puga 10/02/2020

Leitura Difícil
Na minha opinião o livro se destaca mais pela forma do que pelo conteúdo. O enredo é relativamente simples e conta a infância, adolescência e início da fase adulta de Stephen Dedalus (alter ego do autor), sua relação com a família, amigos, internato e religião, assim como os questionamentos acerca disso tudo conforme ele vai crescendo. A leitura é difícil, as vezes pouca fluída e abusa do fluxo de consciência e discurso indireto.
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Ingrid 01/03/2021

Contra tudo que eu esperava
o livro narra a história de stephen, um garoto que é criado por pais religiosos, em um mundo relogioso, cercado de religiosidade. Entretanto, o foco do livro não é a religião, é o achar de stephen dentro de si mesmo. Quem ele é? no que ele acredita? E durante os longos cinco capítulos ele caminha em busca de si mesmo, muitas vezes se perdendo no que a sociedade acham que deveria ser correto para ele, deixar seu lado pecaminoso/humano de lado, algo que ele não consegue fazer, afinal de contas, como deixar de ser humano?
O último capítulo é sem dúvida o melhor, é o fechamento, mas o mesmo tempo o início de uma nova história, do stephen sendo ele mesmo, se encontrando ou começando a se encontrar.
De fato é um livro arrastado, mas com o qual me identifiquei. Só quem cresceu cercado de religiosidade entende como é difícil sair dessa rede, como você acaba "machucando" algumas pessoas nessa jornada, simplesmente por não ser o que eles esperavam. Mas como stephen eu nao tenho medo de ficar só.
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Fernanda T. 19/10/2021

O trabalho de um gênio
Não é um livro simples? Uma leitura, por vezes, trabalhosa e certamente requer releituras! Vale a pena ? Depende muito do que o leitor busca ? para quem gosta de escrita experimental, fluxo de pensamento e leitura desafiadora: talvez essa seja uma excelente indicação. Se compreenderá 100% da obra da primeira leitura? Não garanto uma vez que eu mesma precisarei reler ( e o farei) esse livro algumas ( muitas rs ) vezes mais. Gostei muito da edição da Autêntica. Ao final do livro o leitor encontrará muitas e muitas notas, além de QR Code para o Google Maps - Que ajudarão muito durante a leitura.
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Hastha 27/02/2021

livro da minha vida.
deu uma luz enorme à minha adolescência e tirou um peso das minhas costas que eu nem sabia que estava lá. ser adolescente é de fato horrível (sacudindo as asas de sua exultante e terrível juventude!) mas james joyce é o cara. gosto como o estilo da narrativa muda ao longo dos capítulos para acompanhar o crescimento e a mente de stephen.
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Cinara... 15/02/2020

"Como era bonito! Ah! E como era triste! Que bonitas que ficavam as palavras quando diziam: Sepultem-me no claustro da abadia! Um tremor correu-lhe pelo corpo todo. Que triste e quão bonito seria! Sentia vontade de chorar, mas não por si mesmo: O sino! O sino! Adeus! Oh! Adeus para sempre!"

Maravilhoso, o inferno mais terrível de todos!
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Thais CardBeg 29/08/2021

De fato, um retrato.
Retratando a vida de um jovem (por trás a vida de próprio Joyce), é um romance de formação em que expõe as diversas lutas internas de um jovem diante de suas origens: família, classe, Estado e (arrisco como principal) religião.

Com diversas referências, ensaios e discursos argumentativos, ler Joyce é entrar num fluxo de consciência acerca da temporalidade humana, suas etapas r posicionamentos.

Não digo que a leitura prende, porém instiga as próprias reflexões além da referência cultural.
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EURAC 11/06/2015

Em Um Relacionamento Aberto Com: RETRATO DO ARTISTA QUANDO JOVEM
(...) Nossa relação se tornou maçante e a caminhada longa. Muitas vezes pensei em me despedir; dobrar a esquina e desistir de James Joyce. Acho que foi a expectativa em demasia que depositei no encontro. Mas dei a mim mesmo mais uma chance de poder ver no homem o jovem artista que tantos clamavam. É claro que ele falava com eloquência, e articulava com brilhantismo as palavras dos seus argumentos (Joyce usava termos na conversa que seria necessário um dicionário para acompanhá-lo literalmente, sem, contudo, tornar-se pedante) – mas, para mim, ele revelou ser apenas mais um. (...)

site: www.eurac.com.br
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Vitor Hugo 05/03/2021

Um romance de formação
Todos conhecem a fama de difícil leitura das obras de James Joyce, especialmente no que diz respeito a "Ulisses".

Confesso que "Um retrato" foi minha primeira incursão na seara de Joyce, e efetivamente, no meu entendimento, a fama do autor não é à toa.

Por vezes, o livro é enfadonho e de difícil compreensão, sendo que as notas desta edição ao final do texto acabam por salvar o leitor diversas vezes.

Mas obviamente que se trata de uma grande obra, que se vale da técnica do fluxo de consciência, a fim de acompanharmos a infância, a adolescência, a juventude e o início da maturidade de Stephen Dedalus, que, apesar da negativa do tradutor, tem sim, ao que parece, muito do próprio James Joyce.

Acredito que a questão central da obra se dê nos conflitos internos de Dedalus no que diz respeito a sua inserção, aceitação e vocação para a vida como um todo, perpassando a religião e a arte até optar pela segunda (o nome e o sobrenome do personagem já refletem tal dicotomia).

Aliás, a religião abarca boa parte do livro, até mesmo pelo contraste entre o irlandês católico e o inglês protestante, uma questão que abarca a própria autonomia da Irlanda frente ao Reino Unido.

Em suma, há percalços na condução da leitura, a qual, contudo, é decididamente rica. Contudo, não colocaria o livro na lista dos meus preferidos, o que é uma questão pessoal, claro.
Vanessa 06/03/2021minha estante
Excelente! Tenho Ulycess aqui na estante, mas ainda não encorajei.




Bel1412 30/01/2018

Um plácido rio deslizante que não nos leva a lugar algum.
"Sinto-me bombardeada e salpicada por miríades de balas minúsculas, mas não se recebe uma ferida mortal na cara", isso foi o que escreveu Virgínia Woolf em seu diário durante a sua leitura de Ulisses, do mesmo autor, o irlandês modernista James Augustine Aloysius Joyce. Mas também aqui é totalmente cabível com a minha impressão. Há sim muitos tópicos interessantes no livro, como a violenta educação nos internatos jesuítas daquela época e a paranoia inculcada pela Igreja sobre o conceito de pecado e punição. Por conta disso, o livro interessou-me até a negação e libertação de Dedalus dos grilhões religiosos. Mas só até ai. (E aquela parte do sermão do padre sorveu todas as minhas forças). A narrativa do livro é suntuosa e vai se sofisticando ao longo da evolução da personagem. O que é bem interessante. Mas, atrás dessa escrita tão reluzente quanto um plácido rio deslizante, a essência do romance é difusa, impalpável. Acho que o principal defeito de Joyce aqui é que não há equilíbrio entre o pensamento e a ação, como o encontramos em Cem anos de Solidão, do Gabriel Marques, ou no Lobo da Estepe, de Hesse.
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Lili 01/04/2018

Retrato do Artista quando Jovem
Eu comecei a ler este livro como uma espécie de introdução a James Joyce, já que pretendia ler Ulisses. Lá se vai mais de um ano e quase terminei Ulisses antes dele. Não, ele não é mais difícil. Mas algo me travava, e eu não entendo totalmente o que é, mas quase.

Este livro me apresentou a uma técnica de escrita chamada fluxo de consciência, muito usada por James Joyce também em Ulisses. Aqui o texto é bem mais amigável e compreensível do que em Ulisses, mas já começam as dificuldades. O fluxo de consciência é a expressão fiel do pensamento humano. E você já parou pra escutar seus pensamentos por uns minutos? É a loucura, minha gente. As coisas vão passando em uma velocidade vertiginosa e não fazem sentido algum. O escritor que consegue transpor isso para o papel já merece os louros apenas por isso. Mas Joyce vai além.

O livro é dividido em cinco capítulos. Eu os nomeei zombeteiramente assim:

1. Infância
2. Pré-adolescência e adolescência
3. Um tratado sobre o inferno e as penas eternas
4. Um tratado sobre a culpa católica e o começo da liberdade
5. Vida propriamente dita

Foi desta maneira que eu enxerguei a vida de Dedalus - que é, por acaso, a vida de Joyce. Achei genial como cada fase não foi somente narrada, mas você conseguia perceber o estágio da vida pela forma como se dava a narração; pela linguagem utilizada. Isso é fantástico. Meu capítulo preferido foi, de longe, o primeiro. A infância de Dedalus foi bonita e complicada, e isso foi magnificamente retratado no livro.

Não consegui absorver tudo o que o livro tem para oferecer. Isso porque o fluxo de consciência me faz ter minha própria ~viagem~, então tenho uma grande dificuldade de concentração quando leio esse estilo. E foi isso também que me fez demorar pouco mais de um ano entre a primeira vez que abri este livro e a conclusão. Mas não posso deixar de dizer que o livro é genial, assim como seu escritor.

Recomendo? Não sei. Ler James Joyce para mim é um desafio. Para outros pode não ser tão difícil... Mas o que posso garantir é que você evoluirá como leitor se encarar esta jornada.
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