Roberto 29/05/2020
Mulheres Poderosas
Uma mulher poderosa, um serhumano admirável e uma jornalista apaixonada. A história pessoal e profissional dessa mulher se confundem; uma pioneira em desbravar novos espaços para as mulheres; depois de muito lutar e perseguir seu sonho, acabou por se tornar uma das primeiras jornalistas, tendo que enfrentar todos os tipos de obstáculos na persecução do seu sonho, um exemplo para todos nós, mas em especial, uma inspiração de vida ÀS MULHERES.
Numa tentativa ousada -- como quase todas as suas reportagens --, de ir até onde ninguém foi, arriscando a sua saúde e até a sua vida em busca da verdade jornalística, a autora embarca numa missão, quase suicida, fazendo-se passar por louca, sem que ninguém além do seu editor soubesse e assim dar entrada num asilo para doentes mentais, onde passa 10 longos e tenebrosos dias para conhecer como funcionava os asilos ingleses por dentro.
Depois de conseguir enganar dezenas de pessoas, juízes, médicos e enfermeiras, ela é internada e pode constatar na própria pele os maus tratos, torturas a que os internados eram submetidos; sofrendo junto com eles espancamentos, fome, frio tortura psicológica; justamente daquelas pessoas que deveriam cuidar e proteger os internos.
Para o espanto da jornalista, ela conheceu pessoas (mulheres) saudáveis internadas pelos mais diversos motivos que não o alienamento mental; muitas estrangeiras que foram condenadas a viver com loucos, simplesmente por não falarem o idioma local e não lhes serem disponibilizados tradutores para uma entrevista, um exame adequado.
Poucas semanas depois de sair, quando expôs numa série de reportagens a dura e perversa realidade da vida no sistema manicomial inglês, e voltou acompanhada de juízes ao manicômio, tudo havia sido disfarçado e as condições do lugar melhoradas propositadamente por conta da visita dos magistrados; as companheiras que ficaram na mesma ala, setor da jornalista foram todas transferidas de modo que não pudessem ser interrogadas e assim pudessem atestar as afirmações da repórter.
No entanto duas internas apontadas por Nellie foram interrogadas, e isso bastou para que as autoridades implementassem melhoras no manicômio bem como demitissem as enfermeiras que torturavam os doentes bem como os médicos relápsos e coniventes com os maus tratos perpetrados contra os doentes mentais.