Meus Livros, Meu Mundo 18/03/2013
Resenha do Blog: http://estantevirtual-silva.blogspot.com.br/
“31 - Profissão Solteira” foi escrito com originalidade pela Jornalista Claudia Aldana, e nada mais era, do que suas colunas escritas para um jornal. Ela criou a personagem para tratar do assunto sobre ser solteira aos 30 anos. E a história é tão boa que virou um livro.
E acreditem, foi a decisão mais acertada, assim não só o povo do Chile, mas também o mundo todo pode ter acesso a essa maravilha.
Gente, o livro é hilário, e ela trata a solteirice depois dos trinta como um bom humor sem igual.
A solteira aos 30 é a Consuelo Adulnate, pra ela ser solteira nessa idade já é um caso de desespero, ela acha que tá encalhado, que vai ficar pra titia, que nunca vai conseguir ser mãe e constituir família, pois acha que já está fora do “mercado” se tratando de homens.
Mas com a ajuda dos amigos, Camila e Fred, entre baladas, drinques, encontros as escuras e muita confusão Consuelo descobre que é até divertido ser solteira e que não é tão difícil assim encontrar um “espécime” que ela goste e possa ter.
Cada página do livro me fez gargalhar, mas gargalhar de verdade, até chorar de tanto rir.
Eu até comentei com uma amiga blogueira, a Flávia do blog Livros e Chocolate, que a escrita da autora, o jeito de retratar os fatos da personagem (O livro é todo narrado pela própria Consuelo) é igual o da Flávia. E eu me diverti horrores com a Consuelo.
Ela, digamos que ri da própria “desgraça”, de seus encontros fracassados, dos abandonos que ela sofre, da maneira como os homens se comportam e da abstinência sexual em que ela se encontra. Ou seja, ela está à beira de um ataque, subindo pelas paredes, mas precisa não parecer tão desesperada, e o fato de que podemos "ver" a maneira real como ela se sente torna tudo hilariante.
Foi realmente uma tacada de mestre a maneira como a Claudia expôs a vida das solteiras modernas, nos tempos atuais. A gente se dá conta de que realmente é complicado ser solteira nos tempos de hoje, principalmente quando você descobre que não quer estar mais sozinha.
Quando o livro vai chegando ao fim, as solteiras e os homens são classificados por tipos, como:
Solteiras: A papa-homens, A Compradora Compulsiva, A militante, A Filha do Namorado e por aí vai.
Solteiros: O Bom de Marketing, O Solteiro Sanzonal, O Príncipe Encantado reloaded, entre outros.
Outros: Cinco erros que nos mantêm solteiras, O que os homens querem, Diga-me onde você malha e eu lhe direi quem você é e por último O Machômetro.
E cada capítulo desse é de rolar de rir.
Outra coisa que amei, os capítulos são curtíssimos, cada um tem duas, no máximo quatro páginas, acredito que pelo fato de que eram colunas em um jornal, então é muito gostosa a leitura.
A capa do livro eu não achei muito atrativa, mas a sinopse me chamou a atenção.
O livro contém alguns erros de revisão, por exemplo, alguns “que” a mais na mesma frase ou aonde não deveriam existir. Erros desse tipo são facilmente encontrados ao longo da história, isso me incomodou um pouco. Mas acredito que a Editora possa rever numa próxima edição, e acredite, esse livro merece uma próxima edição.
A história é original, divertida, leve, única e atual.
Todos deveriam ler esse livro, principalmente as solteiras, de qualquer idade.
QUOTES:
Marquei muitos, se desse colocaria tudo que gostei, mas ai seria como por o livro em pdf aqui.
“Quando ele foi gentilmente puxar a cadeira pra mim, achei que ele fosse se sentar naquela cadeira, e continuei dando voltas ao redor da mesa para me sentar em frente a ele. Parei a dança das cadeiras, e quando entendi a mensagem fiquei quieta, evitando seu olhar, surpreso e divertido, por essa minha performance inicial.”
“...Me neguei a compartilhar um táxi com um gato, dizendo que seguramente Diego estaria acampado no aeroporto há dias, esperando pela minha chegada. E quis morrer quando nos despedimos e ele viu que eu estava sozinha. Quase agarrei e beijei o taxista que veio me ajudar com as malas, para que ele pensasse que era Diego.”
“...Alfonso, amigo de Fred, não é de se jogar fora. No começo pensei que fosse uma brincadeira de mau gosto, porque o vi de longe e parecia ser o pai do Fred. Uns cinquenta anos, no mínimo. Enquanto pensava como me jogar no chão e me arrastar em direção a porta, eles se aproximaram a passo rápido – cheguei a me preocupar com a possibilidade de que aquele senhor enfartasse – e eu não sabia se o cumprimentava com um aperto de mãos ou com uma reverência, porque não tenho experiência de conquistar velhos. Chamei-o de “senhor” e ele não gostou quando expliquei que era porque trato assim o meu pai.”
“De cara, não nasci com a coisa sexual muito incorporada. Ou fui castrada na minha formação...”
“...se vou comprar alguma peça de langerie bonita, inevitavelmente viro warrior e saio com um fio-dental com penas e lantejoulas...”
“Assim vão as coisas. O romance ficou devagar e não sei se dará um avanço. Porque entre a gentileza e a falta de libido do sujeito em questão, vejo uma linha tênue... O que fazer?... Aparecer num look de cartaz de filme pornô, com as partes pudicas cobertas de chantili, e cruzar os dedos para que ele entenda a mensagem?”