A Náusea

A Náusea Jean-Paul Sartre




Resenhas - A Náusea


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Dunkstl 12/09/2024

Um desalentador ponto de vista.
O existencialismo é uma arte, uma forma de enxergar a vida, tentar dar-lhe a ela menor que seja um sentido, por isso quando escrevemos um romance existencialista é impossível que não utilizamos do ponto de vista para iluminar nossa ideia, nossa percepção, o que acaba tornando a leitura identificável e de extremo deleite para uns, maçante e densa até demais para outros.
Posso me identificar como uma mescla dos dois exemplos no livro de Sartre, seu protagonista, envolvido nas maiores reflexões quanto ao vazio da solidão e da existência, se vê angustiado, envolto de "Náusea", se vê perdido nos meios de reflexão, o que pelo menos pra mim deixava a leitura muito densa, cansativa, eram muitas ideias jogadas ao ar, uma mente quebrada pela solidão passando essa fragmentação ao papel nos concedendo uma vertigem estressante e obscena.
Devo dizer que pelo menos essa falta de ordem em meio a pensamentos foi o que mais me impressionou durante o livro, proporcionando uma experiência única e memorável protagonizada por Antoine Roquentin.
No geral, um ótimo livro, facilmente agradará mais alguns que outros, no meu caso, fico em cima do muro, e contemplo o existencialismo que me é apresentado.
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Enzão 06/09/2024

Vale a leitura!
Não me conectei muito com o protagonista e toda sua náusea, acredito que por conta disso senti algumas vezes suas indagações maçantes, porém, elas são sim relevantes e nos fazem pensar sobre como enxergamos a vida, o outro e, principalmente, nós mesmos. Os personagens secundários, auxiliam Sartre a deixar claro, para o leitor, o que ele quer passar. Destaco aqui o louco e o doutor, o Autodidata, provavelmente o melhor personagem da obra, e a amada do protagonista, que dá o tapa na cara dele que eu não pude dar.
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chorumela 22/08/2024

Alterna diálogos internos com situações de seu cotidiano, entre elas, um pequeno passado a desenlaçar. os diálogos internos: maçantes, quase impossíveis de atravessa-los, não por complexidade, sim por lero-lero. Mas nesse meio tem bons pontos, o principal, seu forte sistema filosófico, a ser lido sob aviso de danos a noção de sentido da vida. As outras porções do texto que nomeei de situações cotidianas, são o respiro na obra, melhor escritas e até agradáveis, quando contrapostas ao inferno interior da personagem. nem sei se ele chegou a querer, mas não foi tão exitoso quanto camus em O Estrangeiro em seguir a máxima "mostre, não conte", pq o livro é mesmo esse hibrido de romance e tratado filosófico.

Graças a deus não preciso mais ler sobre a saga inútil que é a tal pesquisa do elemento lá.
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Gisellecm10 27/07/2024

Denso, muito denso.
Tive que parar a leitura para estudar um pouco sobre existencialismo e conseguir entender o que o autor queria dizer. Uma leitura amarrada, minuciosa, mas que explora a realidade e os sentimentos. Até a parte do romance é triste, profundo e praticamente inexistente. Feliz que terminei o livro, mas saio um pouco traumatizada rs.
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Lucas Burgos 24/07/2024

A náusea é real
Já senti algumas vezes essa existência. O existir te esgota e te cobra, como se eu me tocasse de repente como a vida é sem sentido. O livro é espetacular, não esperava que fosse gostar do Roquentin mas no fim ele era compreensível até. Sensacional a narrativa e as discussões construídas por Sartre.
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nutsbtch 22/07/2024

Meodeos o murro na escrita do Dostoievski senhor amado
mt querido esse querido livro, foi um livro filosofico que não tive tanta dificuldade de leitura quanto os outros
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Max 16/07/2024

Nada, mais...
Romancear um tratado filosófico é muito pretensioso, quase impossível, dado que a austeridade do tema, sua ambiguidade, não permite nenhum tipo de dramatização. Tudo que viria em profundidade e definitivamente no ótimo e fundamental "O ser e o nada", está nesta obra, de forma muito acanhada, em minha humilde opinião. Essa coisa de que somos primeiro "nada" e só depois "mais" me atrai profundamente, faz todo o sentido para mim.
É um livro seco que arranha a garganta, difícil de engolir...
Não trará prazer a qualquer leitor, prefiro logo a precisão formal de um "O ser e o nada", me deu muito mais prazer...
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THALES76 14/07/2024

Desapontado
Desapontado comigo mesmo, pois tenho a sensação que não aproveitei a leitura. Enfim, marquei no meu calendário para reler nas minhas férias. Preciso de tempo e uma leitura calma para sorver tudo de bom que esse livro tenha.
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Danuza3 12/07/2024

A perplexidade do olhar
Aqui temos uma escrita incrível sobre a perspectiva do próprio personagem sobre a realidade humana e sua vida cotidiana.
A cada frase lida percebemos o decair dentre as conclusões retiradas, chegando a um total desencontro a aquilo que a realidade trazia ao nosso interlocutor, é majestoso vê-lo se deparar consigo mesmo, vendo-se dentro aquilo que o causava repulsa, entendendo mesmo que de maneira rasa que talvez todas as questões e desilusões encontradas em suas argumentativas fossem apenas um terço daquilo que realmente acontece na vida. Olhar para a existência dói, olharmos para nós mesmos dói mais ainda, e a apatia não é o remédio.
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Jose 09/07/2024

Antoine Roquentin é um historiador na casa dos 30 anos que se mudou recentemente para Bouville, uma vila francesa fictícia, a fim de escrever a biografia de um marquês que viveu por lá no século XVIII. Durante seu tempo na vila, Roquentin se põe a escrever um diário (diário este que, segundo a lógica do livro, foi encontrado e publicado posteriormente) e descreve nele seu cotidiano, suas emoções, a falta delas, e toda sorte de sentimentos conflitantes que o acometem.

O autor d’A Náusea, Jean-Paul Sartre, é um dos nomes mais importantes do pensamento existencialista (diversas vezes considerado o mais importante), junto a outros pensadores como Kierkegaard, Nietzsche e Dostoevsky. Sendo bem sincero, este foi o primeiro livro de “cunho explicitamente filosófico” que li, então com toda certeza não domino suficiente o tema para falar sobre da maneira que lhe é merecida, mas posso falar um pouco das minhas impressões pessoais, como é de praxe.

O título do livro é o tema recorrente da narrativa. A “Náusea”, com “N” maiúsculo e tudo, é um estranhamento que acompanha Roquentin a todo momento. É mais justo comparar a Náusea com uma presença obscura do que verdadeiramente um sentimento, pois ela paira tal qual uma sombra que engole o protagonista. No decorrer do livro, ele se debruça sobre pensamentos inconsequentes em relação a seu papel no mundo (na realidade, o seu não-papel no mundo), hipocrisia, o eu e o exterior, entre outros temas frequentemente discutidos no âmbito da filosofia.

O protagonista é muito humano. Ele é falho, mau caráter, problemático, e questiona suas falhas, tudo isso enquanto sofre de tempos em tempos com a vinda da Náusea. Justamente por ele ser questionável, me foi possível me identificar em certos momentos com as suas agonias, principalmente quando ele é acometido pela emoção supracitada.

A edição que tenho em mãos foi lançada pela Nova Fronteira, sendo que a tradução ficou por conta de Rita Braga. É uma edição de bolso bem compacta e bonitinha e serve bem seu propósito, mas infelizmente passaram alguns poucos erros de revisão que acabaram por chamar minha atenção durante a leitura.
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Anthoni.Brunetto 02/07/2024

A Náusea
Neste livro acompanhamos os registros feitos por Antoine Roquentin em seu diário no ano de 1932, após viajar pela África do Norte e Extremo Oriente e voltar para Bouville para concluir suas pesquisas históricas sobre o marquês de Rollebon.

Durante as anotações diárias, vemos que Roquentin começa a ter um estranhamento com os objetos que o cercam, com a cidade que vive e até consigo mesmo. Esse estranhamento é como uma náusea, uma espécie de melancolia entre o ser e o mundo.

Confesso que me identifiquei com Roquentin no momento em que relata suas Náuseas, aquele sentimento de estranhamento com tudo o que nos cerca, um peso e opacidade em si, a presença do mundo se torna insuportável, transformado em patologia...na Náusea. Apenas um NADA...Existido.
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Mymy.caldas 30/06/2024

A náusea
Bom, com certeza faz jus ao nome. Ao terminar o livro, a náusea de ser consciente da minha própria existência foi tudo o que me restou. Eu me identifiquei com o personagem principal, então o livro me deixou um pouquinho apática. Leiam, vale o tempo e o dinheiro.
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snekers ð 16/06/2024

Ponto positivo: traz certas reflexões que irei realmente levar para a vida cotidiana.

Ponto negativo: me deu ressaca literária de 6 meses.
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Paulo Freitas 12/06/2024

O que A Náusea nos faz pensar, entre outras coisas, é que a arte reflete a perplexidade do homem diante da existência ao mesmo tempo em que também a torna mais suportável. É como se seguir em frente fosse um pouco menos dolorido quando temos a possibilidade de ouvir uma música que nos toca ou abrir um livro que nos transforma. E não se trata de mero escapismo, mas sim de um mergulho num lugar infinito em que é possível capturar o tempo.
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