A Náusea

A Náusea Jean-Paul Sartre




Resenhas - A Náusea


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Robson31 27/03/2021

A Náusea é muito chato de ler no começo, mas depois você vai gostando por começar a compreender o que o autor quer passar. É um pouco melancólico e até depressivo, nos remete a refletir sobre pequenos detalhes da existência humano que nos passa despercebido.
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Angelo.Carrasco 19/03/2021

Te leva a um profundo questionamento existencial, interessante para refletir o sentido da vida.
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LSS 03/03/2021

O que é a Existência?
O autor tem uma ótima escrita. A leitura tem fluxo, mas não prende a atenção.
O personagem narra seus dias de forma filosófica. Ele senti a Náusea, a existência. E várias vezes vai falar sobre ela.
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Mayara 29/01/2021

A NÁUSEA
Em 1938, o filósofo francês existencialista Jean-Paul Sartre, publica o livro A Náusea, terceira obra de uma vasta quantidade de livros que ele ainda iria escrever.
Nesse romance, Sartre narra a jornada de Roquetin até uma cidadezinha litorânea na França, onde ele vai para pesquisar sobre o Marquês de Rollebon a fim de escrever sua biografia.
Ao longo da história, acompanhamos Roquentin em suas idas ao café Mably, sempre pedindo a mesma música: “Some of these days”, segundo ele, sentar-se naquela mesma mesa ouvindo essa canção aliviava a sua Náusea.
Para Sartre, a Náusea é uma sensação de desconforto frente a contingência da vida. Perceber a quão supérflua e misteriosa é a existência causa incômodo no ser.
Em dado momento do livro, o protagonista percebe que sua náusea está relacionada a falta de sentido no trabalho que realiza. Então, em um momento de epifania, muda o rumo de seus planos, tomando posse de seu projeto fundamental e consegue projetar uma existência mais autêntica, pois o homem existe na medida em que se realiza.
O autor entende como projeto fundamental a construção de sentido do homem a partir de sua relação com o mundo (Outro, objetos e consigo próprio).
E você, como está constituindo o seu projeto fundamental?

Referência:
Livro: A Náusea – Sartre
Livro: O ser e o nada - Sartre
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gabriel 14/01/2021

Filosofia e solidão

Um livro melancólico e reflexivo, mas ao mesmo tempo empolgante. Os parágrafos são antológicos e deliciosos, muito bem escritos, permitindo que a gente entre na interessante mente do protagonista. Pessimismo, solidão, filosofia e uma certa dose de humor, tudo muito bem equilibrado. Ótima leitura, que serve como uma pequena introdução a temas da filosofia (principalmente a do século 20), como o existencialismo e a fenomenologia. Recomendado.
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jota 24/12/2020

MUITO BOM (existo, logo penso: o existencialismo nos seus inícios)
Avaliação: 4,5/5,0. Lido entre 14 e 23/12/2020

É difícil escrever algo profundo sobre um romance filosófico quando se é apenas leitor, especialmente este, que contém as ideias embrionárias do existencialismo, corrente de pensamento fundada por Jean-Paul Sartre (1905-1980).

A filosofia sartreana será consolidada em O Ser e o Nada (1943). Em A Náusea (1938) o pensador francês se vale de um personagem, o historiador Antoine Roquentin, para afirmar que a vida, a existência humana é um completo absurdo. Vejamos um pequeno trecho:

“Quando se vive, nada acontece. Os cenários mudam, as pessoas entram e saem, eis tudo. Nunca há começos. Os dias se sucedem aos dias, sem rima nem razão: é uma soma monótona e interminável. (...) Viver é isso.”

Dessa constatação é que se origina a náusea do persoangem, o incômodo de estar vivo que o melancólico Roquentin sente, daí o título do livro. Que, mesmo com questões filosóficas permeando fortemente a narrativa, pode ser lido como se fosse um romance comum. Ou quase isso: depende do leitor.
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Valéria 02/09/2020

Domingos cinza com chuva são ainda melhores com Sartre. A Naúsea é um dos meus livros favoritos, tem um impacto abrasador sobre a descoberta traumática da existência, que embora na superfície, está sempre oculta. Ele desmonta através do seu Roquentin todo o humanitarismo; comunista, socialista, das religiões , rompendo toda a filosofia de valores que acredita no homem, uma vez que crer no homem é um comportamento de má-fé, esta é uma das maiores lições de A Naúsea. A solidariedade não é uma bandeira universal, mas deve poder se renovar na forma concreta da minha ação no mundo.

Meu trecho favorito:

(...) Por trás das vidraças desfilam aos solavancos objetos azulados, muito rígidos e quebradiços. Pessoas, paredes, através das janelas abertas, uma casa me oferece seu coração negro; e vidraças empalidecem, tornam azulada tudo que é negro, tornam azulado esse grande edifício de tijolos amarelos que avança hesitante, estremecendo, e que pára de repente, e desce em picada. Sobe um senhor e se senta frente a mim. O prédio amarelo se põe em movimento novamente, num salto se cola aos vidros, está tão perto que só se vê uma parte sua, escureceu. As vidraças estremecem. Ele se ergue, esmagador, muito mais alto do que se pode ver, com centenas de janelas abertas para corações negros; desliza ao longo da caixa, roça-a, fez-se noite entre as vidraças que estremecem. E de repente já não está ali, ficou para trás, uma forte claridade cinzenta invade a caixa e se espelha por todo o lado com uma injustiça inexorável: é o céu; através dos vidros vêem-se ainda camadas e camadas de céu...apoio minha mão no banco, mas retiro-a precipitadamente: isso existe... A Náusea me concede uma trégua curta. Mas sei que voltará: é meu estado normal.

(...) De que tem medo? Quando queremos compreender alguma coisa, colocamo-nos diante dela sozinhos, sem auxílio; todo o passado do mundo de nada adiantaria. E depois ela desaparece e o que pudemos compreender desaparece com ela.
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Matheus 21/08/2020

Penso, logo existo.
Essa é uma obra demasiadamente profunda. Acompanhar os diários de Antoine Roquentin é como ser tragado para uma nova percepção sobre o mundo à nossa volta. É se deparar com questionamentos que sempre deixamos para depois ou evitamos contemplar para não enlouquecer.
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Elane48 01/08/2020

Filosofia literária ou literatura filosófica? Eis a questão!
Como muito bem divulgado em todos os lugares, "A Náusea" é o primeiro romance de Jean Paul Sartre. É nesse livro que encontramos os primeiros conceitos que, mais tarde, serão desenvolvidos pelo autor sobre a filosofia Existencialista. Não pensem que é fácil! A Náusea é um ser que nos faz sentir tonturas e vontade de abandonar o livro - como aconteceu comigo todas as vezes em que ela se fez presente. Por incrível que pareça, consegui rir em algumas passagens, em algumas situações irônicas, porém paradoxalmente sinceras. O protagonista é um homem interessantíssimo, extremamente inteligente - o que o torna atraente, apesar de ele não se sentir assim. Não recomendo "A Náusea" para "salafrários", nem para quem gosta de romances fluidos e previsíveis.
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caroline moraes 16/07/2020

a náusea que nos habita.
É o terceiro livro do Sartre que leio, e simplesmente me vejo ainda mais instigada a estudar seus pensamentos . O livro trata de um historiador chamado Antonie Roquentin. Ele acaba por perceber a náusea que existe nele e a partir do descobrimento deste sentimento desenrola-se o drama. A forma que ele relata os acontecimentos (a obra é um diário) e o não sentido do mundo é linda, assustadora e nauseante.
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Otavio.Paes 05/07/2020

Um abalo às percepções dos fenômenos da realidade
Vou fazer alguns comentários e relatar impressões que tive da obra; embora tenha lido há alguns meses.

Este romance filosófico passou por algumas edições, pois estava demasiado filosófico para um romance, inclusive Beauvoir o revisou, e então foi publicado em 1938.

Esse livro traz nuances de sua filosofia, que irá se solidificar mais tarde em outras obras. Pra quem quer começar a lê-lo, essa é uma boa obra. A leitura é fluída, pois os conteúdos filosóficos estão diluídos.

Antonie(protagonista) lança um olhar aguçado sobre seu entorno, observando os objetos e as pessoas, e fica em dúvida se é as coisas que mudam ou se o que está mudando é a percepção do eu sobre elas(oque aumenta seu enjoo). Percebe que eles existem mas não têm ciência disso, diferente de nós; demonstra o devir da vida: "infinitas pequenas metamorfoses ocorrem em nossa vida, sem que percebamos, e de repente ocorre uma revolução", então diz que não tem medo da mudança mas do que ele pode se tornar.

A causa da náusea de Antonie, é a percepção de que a vida não tem sentido, ela é regida pela contingência (acaso), ou seja, nossa existência ou inexistência não tem uma razão, tudo é imprevisível. Sua náusea vai embora quando ele ouve uma música, porque esta tem começo, meio e fim, que formam um todo ordenado- na contramão da realidade e da vida humana.

Depois, Roque Tim pensa em escrever um romance para que seu nome seja lembrado pelos leitores, mas acaba mudando de idéia, e caçoa de uma tia que tinha a música de Chopin como bálsamo- afinal, a arte não salva ninguém.

Uma leitura que reflete e representa muito bem a contingência Oque é super atual, pois quem poderia esperar essa pandemia? Ela é fruto do acaso; ou como diria Nietzsche, faz parte da "inocência do devir"; "o acaso é inocente como uma criança".

A Náusea nos mostra como a ficção é mais interessante que a vida, esta, no dia a dia, não tem grandes aventuras nem grandes acontecimentos, tudo meio parecido e sem novidades. O cenário muda, as pessoas entram e saem; e isso é tudo. Nunca há princípios. Os dias sucedem aos dias, sem tom nem som; é um alinhamento interminável e monótono. "Em certos momentos - raras vezes - deitam-se contas à vida, percebe-se que estamos ligados a uma mulher, que nos metemos num bom sarilho. Como um clarão, o momento passa. Então o desfile recomeça, voltamos a alinhar as horas e os dias. Segunda-feira, terça, quarta. Abril, Maio, Junho. 1924, 1925, 1926. Viver é isto.". Já na ficção é diferente, "as dificuldades dos personagens são bem mais preciosas que a nossa; doura-as a luz das paixões futuras. E a narração prossegue ao contrário: os instantes cessaram de se empilhar ao acaso uns por cima dos outros, morde-os o fim da história, que os atrai, e cada um deles atrai, por sua vez, o instante que o precede".
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Luna 27/06/2020

Angustiante
Roquentin perdeu a naturalidade do viver.
Ele sucumbe à consciência exacerbada da diversidade existencial.
Enxerga penosamente cada elemento de sua existência e o imprime para o leitor, compartilhando a descoberta de cada coisa para além da determinação de seus nomes.
Aliás o nome das coisas serviria apenas para limitá-las, porque a taxonomia é incapaz de abranger a realidade das coisas que existem.

Ele também demonstra como a subjetividade determina porcamente a aparência das coisas, não a realidade. Tudo o que experimentamos é no presente e a interpretação está no passado. Portanto, não pode ser real.

Gosto da parte em que Anny está com Roquentin e afirma que ele não a reencontrou. Logicamente seria impossível REencontrar alguém, posto que os momentos não podem se repetir e o que "foi" não é mais o mesmo no presente.

Roquentin desiste de tudo, por considerar que se fizesse algo criaria mais existências... Sendo que a quantidade e crudeza com que as coisas existem já lhe causa repugnação suficiente. Decide, assim, apenas "sobreviver a ele mesmo".

É um excelente livro! Porém, não o recomendaria para pessoas com transtornos de ansiedade (rsrs). Pode ser penoso reconhecer similaridade nos momentos em que o protagonista relata suas próprias crises, as quais ele denomina "A Náusea".
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Roberto 10/06/2020

Obra-prima de um gênio.
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Karen 23/05/2020

Sartre diz tudo nesse livro
O filósofo traz reflexões pertinentes de forma sublime.
Vou levar esse livro pra vida!
Leiam!
Apenas leiam
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