A Náusea

A Náusea Jean-Paul Sartre




Resenhas - A Náusea


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Carla Verçoza 26/08/2022

Em formato de diário, o protagonista Antoine Roquentin, um escritor que está cidade fictícia de Bouville, escreve uma biografia do Marquês de Rollebon, um aristocrata do Século XVIII.
Antoine descobre um dia a falta de sentido na vida, o vazio, o que lhe causa a Náusea. Durante as páginas, vai descrevendo como se sente, suas impressões sobre a vida e sobre si mesmo, com um quê de angústia, de sensação de vazio, sua crise existencial que na verdade acaba sendo de todos nós.
Acontece a identificação em várias questões e pensamentos do protagonista, que também é um amante de jazz, tendo a música uma presença importante no livro.

"Não é simpatia o que há entre nós: somos parecidos, só isso. Ele está só como eu, porém mais enterrado na sua solidão do que eu. Deve estar à espera de sua Náusea ou algo no gênero. Há agora, portanto, pessoas que me reconhecem, que pensam, depois que me encararam: "Esse é dos nossos." E então? O que ele quer? Deve saber que nada podemos fazer um pelo outro. As famílias estão em suas casas, em meio às suas recordações. E nós aqui, dois destroços sem memória. Se ele se levantasse de repente, se me dirigisse a palavra, eu daria um pulo." Pág. 83

"Pousou o garfo e me olha com uma intensidade prodigiosa. Vai me contar seus problemas: lembro-me agora que algo o aborrecia na biblioteca. Sou todo ouvidos: tudo o que quero é me com padecer com os problemas dos outros; isso representará uma mudança para mim. Não tenho problemas, tenho dinheiro, fruto de rendas, não tenho patrão, nem mulher, nem filhos; existo, é tudo. E esse tédio é tão vago, tão metafisico, que me sinto envergonhado. A náusea." Pág. 125

"Some of these days
You'll miss me, honey"
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Thamiris Flor 28/08/2022

"Eu fui acometido pela Náusea, me deixei cair no banco, já nem sabia onde estava; via as cores girando lentamente em torno de mim, sentia vontade de vomitar. E é isso: a partir daí, a Náusea não me deixou, se apossou de mim."

Essa foi a minha primeira leitura de Sartre, eu não tive dificuldade, imaginei que pudesse ser uma leitura difícil, mas, pelo contrário, fluiu demais. Esse livro te prende e te faz ter inúmeras reflexões sobre a existência, sobre existir. Acho que todo mundo deveria ler, de verdade.
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Onyxia 29/08/2022

O mal-estar existencial
"Meus estranhos sentimentos da outra semana me parecem hoje bastante ridículos: já não me identifico com eles."

Levei um tempo demasiado para ler esse livro. Alguns relatos são bem intensos, retratando a falta de sentido na vida. Outros são bem chatinhos, um simples cotidiano.
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gabidonatello 06/09/2022

Nível máximo da crise existencial
Se você leu esse livro e não sentiu uma leve crise existencial, sinto informar que você leu errado.

Dias depois de ter terminado ainda estou tentando encontrar um sentido na minha vida ?

Adorei e apesar de ser um clássico, não é uma leitura difícil.
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@leiturasdanickson 18/09/2022

"Existo porque penso... e não posso me impedir de pensar"
o termo "a náusea" representou exatamente o que Sartre quis passar, me senti nauseada de verdade e associei esse sentimento com alguns momentos bem específicos da minha vida, achei incrível. as últimas 50/60 páginas do livro foram mais chatinhas, mas no geral eu adorei a experiência.

nesse livro vivenciamos o fardo que é viver um dia após o outro e como às vezes isso pode ser cansativo e em como a existência é frágil em sentido quando a analisamos profundamente. Sartre aborda tanta coisa que eu nem consigo elaborar uma resenha decente. vou deixar apenas algumas citações:

"Um dia perfeito para a introspecção: essas feias claridades que o sol projeta, como um julgamento sem indulgência, sobre as criaturas, entram-me pelos olhos; estou iluminado por dentro por uma luz empobrecedora. Tenho certeza de que bastariam 15 minutos para que atingisse a suprema repugnância de mim mesmo."

"Apego-me a cada instante com todo o meu coração: sei que é único; insubstituível - e no entanto não faria um gesto para impedi-lo de se aniquilar."

"Mas para mim não existem segunda-feira nem domingo: existem dias que se atropelam desordenadamente e, além disso, lampejos como esse."

"Sou, existo, penso, logo sou: sou porque penso, por que penso?"

"... que aqui estamos, todos nós, comendo e bebendo, para conservar nossa preciosa existência, e que não há nada, nada, nenhuma razão para existir."

"Existo - o mundo existe - e sei que o mundo existe. Isso é tudo. Mas tanto faz para mim. É estranho que tudo me seja tão indiferente: isso me assusta."

"... pensam no Amanhã, isto é, simplesmente num novo hoje; as cidades dispõem apenas de um único dia que retorna igualzinho todas as manhãs."
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Priscila.Lanza 20/09/2022

Aquele pulo na piscina
Sabe quando você pula na piscina e todos os sons externos ficam abafados? É só você, seu corpo, sua circulação, e se concentrar o suficiente sente o coração bater, se não se concentrar o suficiente você pode se afogar.
A experiência de ler A Náusea, é mergulhar em si mesmo (a), ciente que revisitará memórias, lugares, cheiros, sensações e pessoas...e que não necessariamente será bom, mas será preciso. Ler este livro, é tornar-se consciente da existência, da temporalidade, da rotina, perceber que há muito se olha para o próprio reflexo e pouco se vê. Minha sugestão? Mergulha! Voltar pra superfície é revigorante!
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Lorena 11/10/2022

Vale a pena ler
O livro é, em algumas partes, monótono mas é muito bem escrito, poético até. Creio que por isso não larguei, me arrepiei com muitas das reflexões do Roquentin. Realmente me tocou. Gostei.
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Neilson.Medeiros 18/10/2022

Eu não sei como aconteceu exatamente o percurso, mas depois de ouvir um podcast sobre O recado do morro, fui levado a essa obra. Roquentin talvez seja categórico ao dizer que não há sentido nenhum nisso. Tudo foi obra do acaso. A história é interessante para compreender essa noção de existencialismo de Sartre, compreender a dimensão da contingência. Há trechos muito bons, como a conversa entre Roquentin e o Autodidata assim como o reencontro com Annie. Por outro lado, algumas partes ficaram arrastadas demais?
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ste 30/10/2022

terminei essa leitura faz uns meses mas esqueci de atualizar como sempre faço
foi bom porque esses dias eu vi um filme que me lembra muito todo esse livro e as reflexões/emoções abordadas por ele (que é o fogo fatuo de 1963)
de qualquer forma, um bom livro!
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Marielly30 13/11/2022

"Nada mudou e no entanto tudo existe de uma outra maneira."
Reflexivo ao extremo, recheado de crises existenciais(inclusive, saí com uma), personagens reais, uma história realista. A narrativa é claramente monótona e cansativa de ler, mas pelas boas reflexões vale à pena.
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Rogerio.Flores 19/11/2022

Náusea é o melhor titulo
Decepcionante.
Sartre, através de sua personagem Roquetin, busca fazer uma crítica profunda à sociedade e estilo de.vida europeu na primeira metade do século XX. Com ênfase no existencialismo e se utilizando de uma linguagem de revelação psicológica pelo ponto de vista da personagem, Sartre projeta frustrações e despeja criticas amargas ao sentido da vida. Além de não agregar nada de positivo, acaba por revelar profundas deformações de caráter, com pesadas cargas de melancolia e ressentimento. O retrato de um revolucionário que não sabe para onde vai e arrasta consigo seus leitores, buscando o fundo do poço em uma tentativa de lá encontrar a luz. Se busca reflexões que nada construem e acredita que nada faz sentido, aqui está uma boa companhia para a melancolia. Definitivamente, não recomendo.
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Nah 29/11/2022

"i am alone in the midst of these happy, reasonable voices. all these creatures spend their time explaining, realizing happily that they agree with each other. in heaven?s name, why is it so important to think the same things all together"
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Nandinho 19/12/2022

Bleh
Angústia foi um livro angustiante, mas não é por isso que foi ruim. Já esse aí além de tedioso, a náusea mesmo é de tão parado e da mesmice do personagem.
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