O jardim de cimento

O jardim de cimento Ian McEwan




Resenhas - O Jardim de Cimento


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Franco 18/08/2019

Belo e perturbador
A primeira coisa a destacar é a escrita, que é fluida, agradável e mantém um bom ritmo - um daqueles livros que dá para terminar em duas ou três pegadas sem se cansar.

A segunda, foi o uso da narrativa em primeira pessoa. Não fosse esse recurso, provavelmente não aceitaríamos tão bem o protagonista, esse sujeitozinho perturbado e bastante questionável; ao acompanharmos sua 'visão', simpatizamos com a confusão que vive e nos deixamos levar pelo seu entendimento do mundo (não que você concorde ou diga 'eu faria o mesmo', mas você possivelmente sentirá um tanto de pena dele).

E por fim, a história. De toda ela transborda uma sensualidade algo suja, doentia, mas ainda assim pueril e tocante (os desconcertos de Jack diante da irmã são quase meigos). Além da sensualidade, há o forte traço do absurdo (que nos dá a sensação de se tratar de uma alegoria), e a brincadeira com um clima de terror e suspense (que aumenta quanto mais você se deixa levar pelas competentes descrições da casa e do caos que ela vira).

E tudo nessa história se encaixa. Surpreende a composição dos fatos menores ou secundários, que só evocam episódios, comparações e metáforas perfeitamente adequadas ao 'clima' da história, em nenhum momento perdendo aquele tom de sensualidade, absurdo, terror e suspense.

Quanto à moral da história, bem, confesso que me parece difícil apontar. Talvez pudesse ser sobre a falta de limites, sobre a importância da família, sobre os demônios que carregamos aqui dentro e sobre aqueles com os quais convivemos na mesa de jantar. Ou talvez seja simplesmente sobre a delicadeza daquilo que julgamos tão forte e sólido (tanto que tudo o que acontece não surge dentro do absurdo nem nasce da situação limite a que são expostos os personagens: tudo já estava lá num processo de maturação).

É, enfim, um livro duplamente fascinante: pela escrita coesa e coerente, e pela trama fantástica e perturbadora.
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Jaque - Achei o Livro 31/03/2019

Perca de tempo!
Esse livro é indigesto e incômodo. Suas poucas páginas são mais que suficientes para causar mal estar e indignação.
Após a morte do pai, a mãe (sem personalidade nenhuma) e os quatro filhos vivem ainda por um bom tempo juntos até que ela fique de cama e venha a falecer também.
Os filhos, sendo a mais velha com 17 anos, começam a viver sem vigilância e totalmente fora do convívio social.
A estória é narrada por Jack, o segundo filho, com sua fascinação pela irmã mais velha, sua falta de higiene e outros hábitos.
Li em apenas uma pegada pois fiquei na expectativa de que algo fosse acontecer mas fora o final doentio, foi apenas uma narrativa que só enrolou o leitor.
Poucos livros me chocam, mas esse além de tudo foi uma total perca de tempo para mim como leitora.
Cris Paiva 01/04/2019minha estante
Kkkkkk. Bom saber!!!
Sempre que eu vejo alguém elogiando demais esses livros de "autores intelectuais" eu fico pensando até que ponto a pessoa entendeu realmente a obra, e até onde ela está "pagando pau" para o autor.
O problema, a meu ver, desses autores é que eles escrevem demais nas entrelinhas, e as coisas ficam tão, mas tão escondidas nas ditas cuja, que você precisa de uma lente de aumento, e em alguns casos, de um microscópio para poder entender o que está acontecendo no livro. E dai, a leitura perde a graça e a razão de ser.


Jaque - Achei o Livro 01/04/2019minha estante
Pois é Cris e muitas vezes eu não entendo mesmo e também não sou obrigada kkkk
O que mais detesto é qdo não curto algo e a pessoa vem falar que é por que não entendi. Oras, posso apenas não ter gostado.
Aqui nem é o caso. Entendi muito bem porém não gostei mesmo. Incesto e sexualização infantil eu nunca vou gostar. Se eu tivesse olhado as resenhas antes, nem teria perdido tempo.




Miss V 07/01/2019

A princípio, o incesto presente no livro pode parecer o mais chocante, mas não é. A frieza das crianças ao descobrir a morte da mãe e depois esconderem o corpo foi a coisa mais bizarra. O garoto extremamente porco que não fazia outra coisa além de se masturbar, a garota totalmente perturbada que vestia o irmãozinho de menina ou o tratava como bebê, o irmãozinho mimado que se vestia de menina e tinha brincadeiras obscuras com um amiguinho. Tudo é surreal nesse livro, com passagens que nada agregam ao enredo e cenas absurdas.
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Gley 09/05/2018

O improvável provável do ser humano
Um maravilhoso soco no estômago. Isso. Se vc quer um soco no estômago advindo de uma qualidade literária única, leia este livro. Qq um, mesmo que não goste de ler, se enjoará, se excitará, se entristecerá, se angustiará, se espantará, se identificará nessas poucas 105 páginas.
Eu o devorei em todos os minutos livres q tive. Agora falta fazer a digestão. E aí  partir pra mais outros livros do autor...
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Rose.Agra 23/01/2020minha estante
Tbm achei que eles fossem enterrar o namorado da Julie no porão. Pelo que entendi o dinheiro da mãe era depositado em nome de Julie pelos Correios e como eles ñ informaram morte dela, continuaram recebendo.




Amanda.Andrade 30/03/2017

Só tenho uma palavra à dizer: Bizarro!!!
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Polliana 23/11/2016

O jardim de cimento
Uma leitura rápida e incômoda, nesse livro de poucas páginas conhecemos uma família disfuncional, após a morte dos pais esses cinco irmãos com medo de serem separados decidim assumir a responsabilidade de cuidar da casa e um dos outros, após a chegada do namorado da irmã mais velha a história toma outro rumo, o tema do incesto é presente o que torna a narrativa intragável.
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Gláucia 21/11/2016

O Jardim de Cimento - Ian McEwan
Publicado em 1978, é o primeiro romance do autor. Narra a vida de uma família disfuncional composta pelo pai, que morrelogo no início, a mãe que vai adoecendo progressivamente e os 4 filhos: Julie, Jack (o narrador), Sue e Tom, cujas idades variam entre cerca de 5 a 18 anos.
Algo não vai bem em seus comportamentos e a história toma um rumo muito macabro. Achei muito impactante, mexeu muito comigo. E quando descobrimos o que é o tal jardim de cimento...
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Ana 18/11/2016

Não matei meu pai, mas as vezes tinha a impressão de que o havia ajudado a ir desta para a melhor. E, não fosse por ter coincidido com um evento marcante em minha evolução física, sua morte pareceu insignificante quando comparada ao que veio depois...
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Ângelo Von Clemente 02/03/2016

Pretenso Edgar Allan Poe do século XXI cuja narrativa é inteiramente vulgar.
Enredo teoricamente fascinante e arrebatador, consagrado por uma readaptação cinematográfica que muito além de somente conceder graça estética a obra, terminou por legitima-la. Não é a primeira obra de Ian que leio, porém faço votos de que seja a ultima. Existe sobre ele uma publicidade fantástica, capaz de despertar real interesse por parte do leitor. Atribuem-lhe honrarias e capacidade descritiva que efetivamente ele não tem. Criam-se expectativas em demasia, porém aqueles que caem em tal erro terminam por se decepcionar. Pessoalmente esperava muito mais da ambientação, da estética, da capacidade de transmissão de Ian! Não foi um livro capaz de me cativar, pois que existe uma tendência muito forte ao apelo da vulgaridade, e isso nunca me agradou.
pedrobmendes 01/01/2017minha estante
Eu li sua resenha antes de ler o livro e agora que terminei vim aqui só pra te falar que concordo com tudo que você disse.




José Eduardo 09/01/2016

OS ORFÃOS
Primeiro morre o pai. Na sequencia morre a mãe. Para não se separaram três irmãos ocultam o óbito da mãe, tentando manter a rotina familiar.
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Luciana Lís 27/02/2015

A leitura de O Jardim de Cimento conduz o leitor a uma experiência nauseante e irreparável, quando quatro irmãos perdem os pais e os enterram sob cimento dentro dos limites de casa. Sem saber como lidar com o luto e a liberdade repentina, passam a viver isolados dentro de casa, de modo quase patológico, sob pena de sair de casa e serem submetidos, inconscientemente, a náuseas e vômitos. Os jovens estão completamente entregues à negligência da própria sorte, à solidão e às súbitas fantasias que os seduzem para o sexo e a morte.
A estrutura da família passa por uma espécie de mimetismo, uma adaptação à nova realidade e sem qualquer regulação moral, o que envolve incesto e travestismo sem o questionamento por parte de qualquer um deles.
Julie é mais velha, tem 16 anos, e, inconscientemente, provoca Jack, de 15 anos, que se masturba viciosamente; Sue é sensível e guarda suas impressões no diário; Tom, o caçula, criança ainda na primeira infância, passa a se travestir para o divertimento das irmãs.
A vida dos quatro irmãos é abalada drasticamente quando Julie leva Dereck, seu namorado, para o convívio entre eles. O rapaz, por sua vez, choca-se cada vez mais com a perturbação daquele lar e também com o fétido cheiro de cadáver que insiste em passear diante do seu nariz toda vez que adentra aquela casa.
Macabro e perturbador, este livro não deixa de ser excessivamente convidativo ao inferno da existência dessas crianças. Sem divagações líricas ou floreios, O Jardim de Cimento, primeiro romance do inglês Ian McEwan, já revela sua habilidade técnica e seu domínio da narrativa, consagrados em obras como Reparação e Amsterdan, este último vencedor do Man Booker Prize.
Por: @lucianalis

site: Para mais resenhas: instagram.com/coletivoleituras
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