Resenhas - A Leoa Branca

Simone de Cássia 26/07/2023

Tive um certo receio pelo título e pela sinopse. A temática política não me atrai e não achei nada que explicasse o título, portanto, comecei pronta pra abandonar. Mas me surpreendeu. Os personagens são excelentes e a história é muito bem construída. O autor foi cirúrgico ao juntar as pontas dos acontecimentos na África do Sul, na Suécia, na Rússia, e tudo vai fazendo sentido (inclusive o título!!). Você vai se empolgando e pronto, foi fisgado! É o que eu chamo de "livro novo amor", daqueles que quando a gente tá longe fica louco pra voltar pra ele ... rs rs Aventura na medida certa, suspense instigante, zero romance, enfim, excelente livro!! Eu merecia!

Lucas1806 09/10/2022

No terceiro volume da série do detetive Kurt Wallander, iniciamos o livro já com um assassinato brutal, de uma mulher de vida aparentemente perfeita, religiosa, esposa e mãe. Na trilha para encontrar o culpado pelo crime chocante, nosso detetive melancólico se depara com mais crimes: a explosão de uma casa nas redondezas e um achado perturbador, um dedo decepado semi-enterrado próximo a uma das casas. Um dedo de um homem negro.
Mais tarde, somos transportados a uma conturbada África do Sul, marcada pela tensão racial do regime do Apartheid, onde pessoas são condenadas a uma condição desumana de vida em seu próprio país pelos invasores de origem holandesa. Um líder de uma organização paramilitar secreta, convicto supremacista branco, contrata por alto valor um mercenário negro para cometer um crime com o objetivo de abalar a estrutura do país, o que acarretaria no fim de qualquer tentativa de combater o racismo, assegurando a permanência do domínio africânder sobre os povos originais da região.
A história do valente zulu Victor Mabasha, guiado por sua espiritualidade e fé em seus Ancestrais, se entrecruza com a de Kurt Wallander na chegada do sul-africano na Suécia, país pacato e liberal perfeito para o treinamento de novos mercenários. Victor desconhece que está sendo treinado justamente para assassinar a própria esperança da libertação de seu povo.
Neste romance policial com forte tempero de ficção histórica, Henning Mankell não nos poupa da brutalidade do regime sul-africano, da hipocrisia, da crueldade sádica e do racismo escancarado. Os antagonistas são absolutamente odiáveis, capazes das piores atrocidades em nome daquilo que acreditam ser o certo. Para evitar a verdadeira ruína de um país inteiro, uma tragédia que poderia mudar o curso da história, Kurt deverá contar com a sorte, a eficiência da polícia sueca e com sua voz interior para o guiar pelo caminho certo.
A leitura absolutamente vale a pena, especialmente quando, no final, descobrimos o significado da simbologia da leoa branca para a trama, da conclusão a que todos os povos sul-africanos deveriam chegar para alcançar a paz e a igualdade no país.

Wagner 10/04/2023

Assassinato e complô envolvendo a Africa do Sul
O que o misterioso assassinato de uma cidadã sueca tem haver com um complô para assassinar Nelson Mandela, às vésperas da eleição presidencial? Acho
que só a leoa branca pode responder...

Jansen 03/04/2015

Recomendo
Muito bom. Ações na Suécia e na África do Sul no conturbado período após a libertação de Nelson Mandela, pelo Presidente Klerk. Histórias interessantes sobre a cultura daquele país e o comportamento dos bôers. O autor dirige um teatro em Moçambique, país vizinho da África do Sul.
Mas o foco principal é um crime muito estranho que acontece em Ystad, pequena cidade sueca onde trabalha o protagonista, inspetor Wallander (ver também excelente série onde Wallander é interpretado por Kenneth Branagh). Aparentemente sem sentido, o crime deixa a polícia desnorteada e após intensas investigações descobre-se, devagar e tenuemente, a ligação com um complô encabeçado pelas forças de segurança da África do Sul.
Recomendo.

Eder Ribeiro 02/12/2016

No meio de uma investigação de desaparecimento, o inspetor Wallander encontra pistas que mais confundem do que esclarecem o desaparecimento de Louise Akerblom. As investigações podem levar riscos à sua família quando ele se depara com um complô para assassinar um líder político.
Tenho um apreço pelos romances de Henning Mankel. Seus livros têm narrativa fácil de compreender e é tão bem conduzidos que se chega ao final da leitura sem encontrar nada que os desabone. Nesse livro, somos levados à África do Sul após a libertação de Nelson Mandela e a política do apartheid. De passagem, ainda tomamos conhecimento sobre a cultura sul-africana. Recomendado.

Mandy 04/08/2017

Esta é uma história que se constrói lentamente e que intercala diversos acontecimentos. Incrivelmente bem estruturado, o livro às vezes se torna "maçante" pelo desejo de ação. No entanto a espera vale a pena! Os longos detalhes são importantes para você entender a posição de cada elemento deste livro

Elen 21/06/2020

Um livro que só ser lido , vc imagina cada passo, cada página é como um filme que vai se formando.

RITA TOURINO 31/12/2022

Bom
Apesar de ser um livro de história policial esse livro levanta muitas questões morais, politicas e sociais, são questões muitos importantes e interessantes, entretanto para não acho que seja adequado para o publico que gosta de histórias de investigação policial. O livro se passa no momento do apartheid na Africa do Sul. O livro descreve o domínio branco, a vida das pessoas comuns e o preconceito.

Karine74 02/11/2023

Legal, mas poderia ser melhor! ?
No geral, eu gostei da leitura. A trama é interessante e instigante, e intercala bem as duas ambientações: Suécia e África do Sul. Inclusive, achei muito bem pensado a maneira como o autor amarrou os casos dos dois ambientes. Sem falar no uso de eventos e personagem históricos, que foi bem trabalhada e desenvolvida de certa forma.
Contudo, alguns pontos me incomodaram bastante durante a leitura: a maneira como o autor conduziu a trama a sempre favorecer os planos dos conspiradores, mesmo quando deveria haver um problema, até chegar ao ponto crucial em que eles deveriam ser detidos. Personagem agindo de maneira estúpida, incompetência por parte das autoridades justamente em momentos essenciais e com coisas meio banais (como, por exemplo, o envio de uma mensagem incompleta). São alguns detalhes aqui e ali que quebram um pouco da imersão na história, pois fica evidente o absurdo da situação.
Apesar disso, como escrevi acima, eu gostei da leitura de maneira geral. Tanto dos personagens quanto da ideia em si da trama, e vale a leitura para quem gosta de thriller.