A Morte Feliz

A Morte Feliz Albert Camus




Resenhas - A Morte Feliz


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Inaldo 15/04/2020

Camus sendo Camus
Talvez nesse livro você encontre que para ser feliz você necessite fazer uma grande merda...
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Lisandro 03/09/2023

Dinheiro Trás Felicidade.
Tenho certeza de que não se pode ser feliz sem dinheiro. Só isso. Não gosto nem da facilidade, nem de romantismo. Gosto de compreender. Pois bem, reparei de que em certas pessoas da elite há um certo esnobismo espiritual em acreditar de que o dinheiro não é necessário à felicidade. Para um homem bem nascido, ser feliz nunca é complicado. Só que é preciso tempo para ser feliz. E em quase todos os casos, gastamos nossa vida ganhando dinheiro, quando seria preciso ganhar o tempo através do dinheiro. Ter dinheiro é ter tempo. Não saio disso. O tempo se compra. Tudo se compra. Ser ou ficar rico é ter tempo para ser feliz quando se é digno de sê-lo.
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Adriel.Macedo 05/04/2022

Uma lição meio esquisita
Para ser feliz é preciso ser rico. Em poucas palavras esse é um resumo de A morte Feliz.
A filosofia do livro segue por aí, a história não é lá grande coisa, talvez por isso Camus não tenha publicado ele.
Não chega a ser ruim, mas é bem desinteressante
Carolina 06/04/2022minha estante
Mas que horrível, gente. Esse livro deve ser muito frustrante.




Olívia Saldanha 10/02/2021

Este foi meu primeiro contato com Camus, e confesso que fiquei decepcionada. O livro é separado em duas partes, que possuem o assassinato de Zagreus como divisor. A primeira parte foca na vida proletária que o protagonista Patrice Mersault leva, a qual em razões das obrigações do cotidiano não se permite (ou não possui tempo) para ser feliz. Na segunda parte, livre de dificuldades financeiras e com bastante tempo para o ócio, narra sua busca constante pela almejada felicidade.
Embora o livro não seja longo, a leitura é muito cansativa. Por óbvio, existem trechos que nos propõe reflexões muito interessantes, porém senti falta de uma linha condutora da narrativa. Talvez, eu ainda não tenha atingido a maturidade literária necessária para classifica-la como uma boa obra.
Douglas 26/02/2021minha estante
Tenta começar com " O estrangeiro ".




Mario Miranda 22/01/2019

"Sim... Sou humanamente feliz"
A Morte Feliz foi uma obra desistida de Camus: não publicou em vida. Lembro que certa vez li uma entrevista de Lygia Fagundes Telles dizia que ao autor facultava-se reeditar ou esquecer obras antigas. Talvez tenha sido esta a opinião também do escritor Francês.

A Morte feliz é uma ponte que une O Avesso e o Direito (1937) e O Estrangeiro (1942). Contém tanto passagens já abordadas no primeiro livro (como sua viagem a Praga), mas é com a segunda obra que o elo se torna mais contundente. Seja pela: i) semelhança do personagem, Meursault, ii) pela estrutura da narrativa (dividido em duas histórias), iii) com um pano de fundo que aborda um assassinato realizado pelo protagonista, iv) a morte da mãe no início das duas obras; A Morte Feliz em muito parece um Ensaio que será abandonado por Camus para deixar espaço para O Estrangeiro.

A Morte Feliz não é, definitivamente, uma das grandes obras de Camus - talvez por isto ele tenha desistido de publica-la. Receio, para aqueles que ainda não leram o autor, indicar o livro pela possibilidade de decepção com o autor, não dando chance as grandes obras escritas pelo mesmo posteriormente. Após conhecer O Estrangeiro, A Morte Feliz perde bastante do seu enredo, ficando apenas o interesse pelo acompanhamento da criação literária realizada pelo autor.

Ressalto que o excesso de notas no final do livro deixa a leitura um pouco enfadonha, monótona. Creio que o tipo de exegese literária que foi proposto pela edição não atende as necessidades da ampla maioria dos leitores.

site: https://www.instagram.com/marioacmiranda/?hl=pt-br
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becka 08/10/2020

Estranho
Não diria que é um livro ruim, mas também não tem nada de especial sobre ele. Esperava encontrar grande identificação ou reflexões, por isso talvez tenha ficado decepcionada por so sentir uma indiferença extrema ao livro, não senti nada com ele e esse é o problema, é o tipo de leitura que eu busco sentir e não senti nada ao lê-lo. Nem positivamente, nem negativamente ? exceto talvez quando se fala do final, achava que precisava de mais antes de chegar a ele.

Por tal indiferença não sei qual nota dar.
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DD 29/12/2020

minha primeira experiencia com autor, eu achei bem simples a linguagem, resolvi começar por um não tão conhecido, gostei pretendo ler outros
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Márcia Regina 18/11/2011

Confesso que saí da leitura um pouco chocada com a falta de impressão que o livro me deixou.
Sou apaixonada por quase tudo que Camus escreve. Então, esse sentimento de "faltou algo" é estranho.
Vou passar o livro para amigos, espero que os comentários e a leitura deles mudem minha opinião e me ajudem a encontrar esse "algo" que não fui capaz de perceber.
Vinnie 11/02/2012minha estante
O romance é meio mal montado.... e quando se leu o Estrangeiro, A morte...fica parecendo material reaproveitado. né?


F Fernández 07/05/2013minha estante
Também tive essa sensação, a introdução com tudo é bem clara sobre os defeitos da obra.


V. Rogatto 19/02/2018minha estante
rs... fomos o oposto!!


Márcia Regina 24/02/2018minha estante
Sou fã disso, os diferentes modos como lemos um livro. Não só entre pessoas, mas mesmo minhas próprias leituras. Me divirto quando releio e vejo tanta coisa de forma distinta, é uma das coisas que me encanta nos livros.


Mario Miranda 22/01/2019minha estante
Na verdade, menos que reaproveitado e mais abandonado mesmo. Camus não teve interesse em publicar A Morte Feliz, provavelmente por repetir temas já abordados em O Avesso e o Direito e por em muito anteceder O Estrangeiro.

O Estrangeiro não apenas ocupou o lugar de A Morte Feliz, como o substituiu.

Definitivamente não é uma obra que chama a atenção do leitor - pouca conexão histórica, especialmente na segunda parte - enredo um pouco enfadonho, sem explorar de maneira contundente como foi característica de Camus.


Hilton 27/02/2019minha estante
gostei bem mais de O Estrangeiro.




V. Rogatto 19/02/2018

Ritmo próprio
Camus dá um ritmo próprio à estória, fazendo com que o leitor não consiga "comer" o livro, apesar de curto.

A primeira parte, mais dinâmica e "empírica", tem a leitura mais fluida, passando a sensação de que se está lendo mais rápido. A segunda parte, mais "teórica" e contemplativa, é também mais "lenta", poética, colorida, perfumada e cheia de prazeres da alma.

A leitura de "A Morte Feliz" deve ser feita sem pressa, saboreando cada pensamento e paisagem, sob pena de se perder detalhes que podem alterar completamente a percepção do leitor sobre Mersault e sua casa na aldeia.
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Bruna.Patti 08/04/2018

A morte feliz
Resenha
Livro: A morte feliz
Autor: Albert Camus

Por que vivemos e por que morremos? Segundo Albert Camus, só teme a morte aquele que teme a vida, pois a primeira é prerrogativa da última. Autor franco-argelino, filósofo do absurdo, recebeu o prêmio Nobel em Dezembro de 1957. Sua mãe lavava roupas para fora e seu pai foi morto na Primeira Guerra Mundial, quando ele tinha apenas um ano. Seus familiares, por necessidade, preferiam que Camus trabalhasse como tanoeiro, mesma profissão de seu tio, mas estimulado e patrocinado por professores, prossegui seus estudos. De acordo com Camus, o absurdo está no paradoxo da existência humana: apesar do homem ser frágil, recusa-se a se deixar levar por uma vida vazia de sentido.

Em A morte Feliz acompanhamos a história de Mersault, um operário pobre, que acaba encontrando uma maneira de ganhar dinheiro: matando um ex amante de sua namorada. O homem , que é morto por Mersault logo na primeira parte do livro, não possuía pernas e tinha um intenso desejo de se matar, faltando-lhe coragem para realizar esse ato.

Para Mersault, um ponto necessário para a felicidade é o tempo. Enquanto passamos cerca de oito horas por dia presos em trabalhos que não gostamos, que sugam nossas energias, não teremos tempo para sermos felizes e viver a vida. Viver , e não apenas sobreviver, exige contemplação, reflexão. Quem é pobre, necessitado de bens materiais para sobreviver em nossa sociedade capitalista, não tem tempo de pensar e, portanto, de ser feliz.

A trama do romance é bem simples e pouco desenvolvida. Porém, acredito que o objetivo principal do autor foi cumprido: levar o leitor a refletir. A meu ver, a finalidade da obra é nos levar a pensar na vida e em sua finitude. O que dá sentido a vida é exatamente a consciência que possuímos de que um dia ela se esvai. A partir do momento que encaramos esse fato, estamos livres para viver todos os estágios da existência humana.

Livros que nos levam a pensar devem ser saboreados nos dias atuais, época de profundas transformações na sociedade humana, com informações vinte e quatro horas por dia. É necessário que façamos o exercício de refletir acerca da nossa existência. Como disse Aldous Huxley em Admirável Mundo Novo, a leitura é uma atividade solitária, que nos leva a meditar. Eu vou além e acredito que, apesar de em primeira instância a leitura ser realmente uma atividade individual, as ponderações que esse ato nos traz e os debates devem ser compartilhados com nossos pares, a fim de que possamos enxergar novos horizontes e desvelar sentidos outros.

LINK DO MEU BLOG ABAIXO:

site: http://abiologaqueamavalivros.blogspot.com.br/2018/04/a-morte-feliz.html
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Alexandre Kovacs / Mundo de K 13/08/2018

Albert Camus - A Morte Feliz
Editora Record - 192 Páginas - Tradução de Valerie Rumjanek - Lançamento: 19/03/2018.

Mais um livro da Editora Record em continuidade ao projeto de relançamento da obra completa do argelino radicado na França Albert Camus (1913-1960), Prêmio Nobel de Literatura de 1957, com todas as capas em novo e bonito projeto gráfico: “O avesso e o direito”, “O exílio e o reino”, “A inteligência e o cadafalso”, “A morte feliz”, “O mito de Sísifo” e “Estado de sítio”. No ano passado já haviam sido relançados: “O estrangeiro”, “A peste”, “O homem revoltado” e “Diário de viagem”.

"A morte feliz" é um romance breve que foi publicado postumamente em 1971 com base em fragmentos elaborados por Albert Camus no período de 1936 a 1938 e de forte cunho existencialista. O argumento principal, como é comum em grande parte da obra do autor-filósofo, é a inadaptação do homem ao meio em que vive, a busca pela felicidade, a sua consciência da morte e o sentido da própria existência. O autor parte de uma questão central no romance: o problema das relações entre o dinheiro e o tempo. Para ser feliz, é preciso tempo, muito tempo e precisamos de dinheiro para conseguir esse tempo, não o contrário. Uma morte feliz pressupõe uma vida feliz. O romance desenvolve essas questões em duas partes: "Morte natural" e "A morte consciente".

Na primeira parte, "Morte natural", o protagonista, Patrice Mersault, leva uma vida miserável e sem sentido quando conhece Roland Zagreus por meio de sua namorada Marthe. À princípio, Mersault tem ciúmes de Zagreus por ele ter sido o primeiro homem na vida de Marthe mas, ao saber que o mesmo passou a viver sozinho depois de um acidente no qual perdeu as duas pernas, passa a visitá-lo e torna-se seu amigo. Os dois conversam muito nas tardes de domingo e Mersault descobre que Zagreus mantém uma grande quantia escondida em sua casa, decidindo matá-lo para fugir em seguida com o dinheiro.

Na verdade, o assassinato, que é narrado no capítulo inicial do romance, é praticamente induzido pela vítima, o próprio Roland Zagreus, que nunca conseguiu ter a coragem suficiente para cometer o suicídio. Nas suas conversas com Mersault ele revela onde o dinheiro está escondido e como a felicidade só é possível (desde que se tenha tempo) por meio do dinheiro já que, contraditoriamente, "ter dinheiro é liberar-se do dinheiro". A primeira parte do romance, portanto, trata dos anos de pobreza e "tempo perdido" de Mersault.

"Veja, Mersault, para um homem bem-nascido, ser feliz nunca é complicado. Basta retomar o destino de todos, não com a vontade da renúncia, como tantos falsos grandes homens, mas com a vontade da felicidade. Só que é preciso tempo para ser feliz. Muito tempo. A felicidade também é uma longa paciência. E, em quase todos os caso, gastamos nossa vida ganhando dinheiro, quando seria preciso ganhar o tempo através do dinheiro. Esse é o único problema que me interessou. É preciso. É claro." - Parte I - Morte natural - capítulo 4.

Na segunda parte, "A morte consciente", é evidenciado um grande contraste com a vida inicial de Mersault, sendo narrada a sua viagem pela Europa Central, primeiramente a estadia em Praga onde permanece um período em uma fase sombria de transição, decidindo finalmente retornar para Argel, via Gênova. Em Argel convive com três amigas, Catherine, Rose e Claire, na "Casa diante do mundo", mas só encontra a paz e a desejada solidão na região norte da Argélia, em uma localidade chamada de Monte Chenoua, a expectativa de uma morte feliz.

"O mundo só diz uma única coisa. E, nessa verdade paciente que vai de estrela a estrela, reside uma liberdade que nos desliga de nós mesmos e dos outros, como nessa outra verdade paciente que vai da morte à morte. Patrice, Catherine, Rose e Claire tomam consciência então da felicidade que nasce de sua entrega ao mundo. Se essa noite é imagem de seu destino, admiram-se de que seja ao mesmo tempo carnal e secreto e que no seu rosto se misturem as lágrimas e o sol. E seu coração de dor e de alegria sabe ouvir essa dupla lição que leva à morte feliz." - Parte II - A morte consciente - capítulo 3

O romance "A morte feliz" é normalmente associado pela crítica como um esboço precursor de "O Estrangeiro", o livro mais famoso de Albert Camus, sendo que ambos os protagonistas têm nomes praticamente iguais: Mersault e Meursualt. O primor literário de algumas partes de "A morte feliz" justifica plenamente a sua publicação, mesmo que consideremos esses fragmentos mal conectados, como um tipo de rascunho, recusado como obra completa pelo autor em vida.

Na minha opinião, Camus, que sempre se considerou mais um escritor do que filósofo, criou uma das frases mais belas de encerramento em toda a literatura — em um romance que acabou não publicando — e que evito citar por uma questão óbvia de spoiler, mas garanto que os amigos certamente irão concordar que vale por muitas obras completas contemporâneas.
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fernando 31/01/2023

livrasso!!
Dá pra notar sua semelhança com 'O estrangeiro', porém, são obras bem diferentes.

Enquanto O estrangeiro é uma obra única por sua completa indiferença até em seus mínimos diálogos, A morte feliz é uma obra mais humana, mais viva. Diálogos excelentes, diálogos vivos e cheio de sentimentos. Os capítulos finais foram o que me fizeram dar 5 estrelas pro livro, um verdadeiro show de diálogos, cenas, citações e ideias.

A busca pela felicidade, a aceitação da existência como ela é.. as vezes só é preciso tomar consciência da felicidade que nasce da nossa entrega ao mundo mesmo.

?Pouco importava que tivesse 2 ou 20 anos, A felicidade era que ele tivesse existido"


Talvez seja meio difícil aceitar a vida como Camus realmente propõe por que, no fundo, todos somos um tiquinho idealistas..
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kkkaue 06/12/2020

Não diferente de outras obras como O estrangeiro, aqui também temos um Patrice Mersault, diferentemente iguais. Vale a leitura pela indiferença e a maneira com a qual o autor trata do existencialismo.
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Renan Rosa 03/01/2021

Camus
Livro interessante para um primeiro contato com Camus. Linguagem simples, porém densa em algumas partes e sem muitos diálogos, com alguns capítulos interessantes, principalmente a primeira parte com a conversa entre Zagreus e Mersault.
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