spoiler visualizarYu Vaughn 22/08/2021
Ah, Bartebly! Ah, humanidade!
Desde que iniciei o livro, ficava perplexo junto ao narrador em como Bartebly respondera a suas tarefas, assim como me perguntava o porquê daquilo.
Bartebly levou uma vida miserável, sem ter onde dormir, achava não ter pessoas a sua volta e preferia se isolar ao fazer seu trabalho ou pelo menos, assim como Turkey e Nirves, ter uma conversa descontraída com seus colegas de trabalho (ou o próprio chefe), enquanto bebem cerveja no almoço.
Durante a narrativa, o chefe deixa claro seus pensamentos perante a sociedade, Bartebly, seus funcionários e tenta ao máximo ajudar o escriturário, assim o observando ao longo dos dias e até oferecendo dinheiro para uma moradia mas começa a alimentar a ideia de por um fim naquilo quando ao mudar de escritório, seus conhecidos começam a pressioná-lo para tirar o miserável de lá. Assim, começa a sentir que não consegue fazer mais nada por Bartebly até que ele seja preso, onde o acompanha até seu infeliz e último dia.
O personagem com quem mais me identifiquei foi, surpreendentemente, Bartebly. Sua passagem me marcou muito assim como sua icônica frase: "Preferia não fazê-lo". Como citei acima, Bartebly preferia se isolar do que ter uma interação social ou realizar suas tarefas pendentes, fazendo algumas pessoas perderem a paciência com ele ao invés de tentar o entender. Lógico, não tive uma vida igual a de Bartebly e ainda estou em minha adolescência mas, o compreendo e também preferia não fazê-lo.
Leitura cativante, te prende do início ao fim para entender o pálido escriturário e qual seria o desfecho.