Resenhas - O Que é o Espiritismo

Eros 04/02/2017

Um Roteiro.
Allan Kardec, o célebre codificador do Espiritismo, discorre nesta obra os pontos fundamentais da Doutrina Espírita, tornando-a mais acessível a todos. Menos conhecida do que deveria ao público espiritista brasileiro, "O Que é o Espiritismo" aborda questões primordiais da doutrina, conceituando-a, apresentando diálogos com céticos e religiosos, e perpassando pontos fundamentais filosóficos, científicos na comunicação com o mundo espiritual. Por tudo isso, trata-se de uma obra imprescindível para que se inicia na Doutrina Espírita e para quem já a professa de longa data.

Américo 14/07/2016

Uma visão bastante introdutória sobre o pensamento espírita. O livro traz a transcrição de debates realizados entre Allan Kardec e opositores/curiosos.

André 12/05/2016

Me atraiu para a doutrina
Acabo de ler, há pouco, uma opinião sobre esse livro de como ele não utiliza a melhor - segundo a autora do comentário - maneira de atrair leigos sobre o que é o Espiritismo para a doutrina. Comigo, todavia, posso certificar que não poderia ter funcionado melhor.
Em síntese, o pequeno livro me sinalizou o era, em linhas gerais, a doutrina espírita, me motivando de forma muito eficaz, a partir para o Livro dos Espíritos e mudar drasticamente minha forma de enxergar a vida.
Uma excelente leitura para todas as pessoas.

Caroline.Wanderley 11/03/2016

O primeiro livro espírita que li. Muito bom para ter uma ideia da codificação.

Ariádna Assis 14/08/2015

Pra quem quer entender os princípios básicos do Espiritismo
Este livro é muito útil para quem deseja entender os princípios básicos do Espiritismo com uma linguagem mais leve. Na primeira parte são narrados os diálogos que Kardec manteve com três perfis diferentes de opositores do Espiritismo: um cético, um crítico e um padre católico. Os diálogos são muito ricos em argumentação, o que facilita o entendimento de vários conceitos trazidos à tona pelo Espiritismo. A segunda e a terceira parte são mais conceituais, mas ainda assim muito claras para leigos. Recomendo ler este livro antes de aprofundar os estudos na Codificação, como o Livro dos Espíritos, Livro dos Médiuns, Gênese, etc.

Moitta 15/07/2015

"O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática, consiste nas relações que se podem estabelecer entre nós e os Espíritos; como filosofia, compreende todas as consequências morais que decorrem de tais relações. Podemos defini-lo assim: O Espiritismo é uma Ciência que trata da origem e do destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corpóreo."

"Não forço convicção alguma. Quando encontro pessoas que sinceramente desejam instruir-se e me dão a honra de pedir-me esclarecimentos, respondo-lhes no limite dos meus conhecimentos, o que, para mim, é um prazer e um dever; quanto, porém, aos antagonistas, que, como vós têm convicções arraigadas, não dou um passo para delas afastá-los, já que é grande o número dos que se mostram bem dispostos, para que possamos perder o nosso tempo com aqueles que não o estão."

"Se já estais convencido de que não conseguiremos convencer-vos, vossa atitude é inútil, pois só terá por fim a curiosidade. Por favor, encerremos o assunto, pois não tenho tempo a perder em conversações sem objetivo."

"É somente por extensão de sentido que a palavra criticar se tornou sinônima de censurar; em sua acepção própria e segundo a etimologia, ela significa julgar, apreciar. A crítica pode, pois, ser aprovativa ou desaprovativa. Fazer a crítica de um livro não é necessariamente condená-lo; quem empreende essa tarefa deve fazê-lo sem ideias preconcebidas; porém, se antes de abrir o livro, já o condena em pensamento, o exame não pode ser imparcial."

"Faço grande distinção entre o incrédulo por ignorância e o incrédulo por sistema. Quando descubro alguém com disposições favoráveis, nada me custa esclarecê-lo; mas há pessoas em quem a vontade de instruir-se é apenas aparente; com estas perde-se o tempo, porque, se não encontram logo o que parecem buscar, e que talvez as incomodasse, se aparecesse, o pouco que veem não é suficiente para lhes destruir as prevenções; julgam mal os resultados obtidos e os transformam em objeto de zombaria, não havendo, por conseguinte, qualquer utilidade em lhos fornecer."

"Em todos os tempos foram considerados sobrenaturais os fenômenos cuja causa não era conhecida; porém, cada nova lei descoberta pela Ciência fazia recuar os limites do sobrenatural."

"Ele amplia, portanto, o domínio da Ciência, e é nisto que ele próprio se torna uma ciência; como, porém, a descoberta dessa nova lei traz consequências morais, o código das consequência faz dele, ao mesmo tempo, uma doutrina filosófica."

"Quem muito quer provar acaba não provando coisa alguma."

"eles não nos dizem que fora do Espiritismo não possa haver salvação, mas sim, como o Cristo, que fora da caridade não há salvação."

"Dissestes que se podia passar sem o Espiritismo; concordo, como também se podia passar sem uma porção de descobertas científicas."

"Reconhece-se a qualidade dos Espíritos por sua linguagem; a dos Espíritos verdadeiramente bons e superiores é sempre digna, nobre, lógica, isenta de contradição; nela se respira a sabedoria, a benevolência, a modéstia e a mais pura moral; ela é concisa e sem palavras inúteis."

"O apelo aos Espíritos é feito em nome de Deus, com respeito e recolhimento; é a única coisa que se recomenda às pessoas sérias que desejem entrar em relação com Espíritos sérios."

"As menores causas podem produzir grandes efeitos. Assim como de um grãozinho pode brotar uma árvore imensa; assim com a queda de uma maçã levou à descoberta da lei que rege os mundos, e assim como as rãs, saltando num prato, revelaram a força galvânica, também do fenômeno vulgar das mesas girantes saiu a prova da existência do mundo invisível, e desta, uma doutrina que, em alguns anos, fez a volta do mundo epode regenerá-lo tão só pela constatação da realidade da vida futura."

"As almas progridem intelectual e moralmente depois da morte?
Progridem mais ou menos, segundo sua vontade, e algumas se adiantam muito; entretanto, precisam pôr em prática, durante a vida corpórea, o que conquistaram em ciência e moralidade. As que ficaram estacionárias recomeçam uma existência análoga à que deixaram; as que progrediram fazem jus a uma encarnação de ordem mais elevada. Sendo o progresso proporcional à vontade do Espírito, muitos deles conservam por longo tempo os gostos e as inclinações que tinham durante a vida e prosseguem nas mesmas ideias."

Ronald 11/05/2015

Visão de um cético sobre a obra:
O que é o espiritismo? Esse livro objetiva resumir a doutrina kardecista, esclarecer os principais dogmas dessa religião e tratar de dúvidas através de uma série de perguntas/respostas.
Bom, Kardec dedica parte do livro para refutar o que ele chama de "falsas explicações dos fenômenos" e argumenta que experimentações nem sempre são viáveis porque devemos esperar "a boa vontade dos espíritos" (com essas palavras). Logo, ele coloca o espiritismo num patamar superior à uma análise mais crítica pelo método científico. O que é engraçado, visto que os espíritas não perdem uma oportunidade sequer de tentar fundamentar seus dogmas em "experimentos" pseudocientíficos (a NUPES é especialista em fazer isso. Nem preciso comentar que o doutor que lidera o núcleo é filho de uma família que segue os preceitos do espiritismo e que algumas de suas pesquisas já foram contestadas por vários cientistas, como o neurocientista Steven Novella). Sobre os céticos ele diz:

"Quantos há que, depois de terem visto, não persistem menos em explicar os fatos à sua maneira, dizendo que isso não prova nada! Essas pessoas não servem senão para levar a perturbação às reuniões, sem proveito para elas mesmas; é por isso que as repelimos e não queremos perder tempo com elas." (pág. 39 da edição que li)

A meu ver Kardec não queria dar uma visão racional ao espiritismo, diferente dos espíritas modernos, mas mantê-lo como uma visão totalmente metafísica do mundo, ainda preso sob a ótica cristã. Mas há algo curioso: o contexto em que o kardecismo surgiu revela muita coisa. Na parte em que é falado sobre os "múltiplos planetas" é perceptível como os avanços astronômicos do século XIX deu um golpe fatal na visão geocêntrica do universo e no discurso do homem como o "centro da criação". O que por séculos foi defendido pelos cristãos estava muitíssimo ultrapassado. Se existem bilhões de planetas, por que só haveria vida aqui? Ainda sobre a vida nesses outros planetas é identificável a visão darwinista que Kardec dá aos seres que os habitam: "adaptados para o ambiente em que vivem". Qualquer semelhança com a recente aproximação do espiritismo com os conceitos abstratos da física quântica nos dias atuais não é mera coincidência. Curiosamente os espíritas acompanham os avanços científicos, mas nunca os antecedem. Imagine que bem para a humanidade faria um "espírito superior" se eles tivessem revelado os segredos da penicilina e do antibiótico há 100 anos... Ou se revelassem a cura para doenças como a AIDS ou o câncer dos dias atuais... Mas preferem fazer cirurgias caseiras em alguma garagem (desculpem se pareço rude). Esse acompanhamento paulatino dos novos conhecimentos científicos tem suas vantagens, admito... Pior seria se prender a um fundamentalismo imutável.
No livro é possível encontrar também uma classificação dos níveis de mediunidade, o que é interessante. Isso demostra que existe uma espécie de hierarquia espiritual entre os médiuns? A meu ver, sim.
O que achei mais curioso na obra foi a influência (muito evidente) das filosofias orientais no kardecismo. Principalmente de religiões como hinduísmo e suas vertentes:

"o egoísmo, o orgulho, a vaidade, a ambição, a cupidez, o ódio, a inveja, o ciúme, a maledicência, são para a alma ervas venenosas da qual é necessário cada dia arrancar algum pé e que têm, como antídoto: a CARIDADE e a humildade." (pág. 163)

Ainda são premissas do espiritismo:

"Fora da caridade não há salvação."
"Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar, tal é a lei."

A supervalorização da caridade característica do kardecismo tem influência clara de ideologias orientais, principalmente do budismo, que prega a lei do karma (resumidamente: tudo aquilo que você faz voltará para você, seja bom ou mau) e a reencarnação (herança hindu). De todas as teologias ramificadas do judaísmo, o espiritismo é a única que põe a caridade como fator da salvação, contrariando o catolicismo e o protestantismo.

"Porquanto, pela graça sois salvos, POR MEIO DA FÉ, e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem por intermédio de obras, a fim de que ninguém venha a se orgulhar por esse motivo." Efésios 2. 8-9

Apesar da influencia oriental, o espiritismo ainda está ligado intimamente com algumas máximas do cristianismo, como o pecado original e essa dualidade bem definida do que é o bem e do que é o mal.
Finalmente: o que é o espiritismo? Ao terminar o livro e traçar um paralelo inevitável com outras religiões, concluí que o espiritismo é uma nova forma de ver o judaísmo/cristianismo (ou a forma correta, dependendo do ponto de vista) que tem muito a ensinar para os radicais cristãos da atualidade. Apesar da represália de alguns de seus seguidores, creio que ele está apto sim a críticas internas e externas, principalmente no que diz respeito aos "experimentos" para provar a existência de "espíritos", "plano espiritual" e etc. E não é porque os representantes A ou B foram bons, morreram pobres, fizeram o bem e etc que suas crenças são intocáveis e integralmente corretas.

Dani 12/04/2015

No blog

site: http://sonhodeamorespirita.blogspot.com.br/2015/04/livro-o-que-e-o-espiritismo.html

A Holdford 10/01/2015

Não é uma obra para quem tem pé atrás com espiritismo
Quando peguei “O que é espiritismo” para ler me senti bem frustrada. Para começar, sou de família espírita, sou espírita, mas achei que o começo desse livro serve mais para afugentar as pessoas do que para fazer com que se interessem.
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Muitos e muitos reclamam que as pessoas tem uma visão errada do espiritismo, e isso realmente pode ser fato. Mas essa obra de Allan Kardec, o “pai do espiritismo”,não começa sendo a mais simpática de todas e certamente se alguém se sentir curioso pelo tema e esperar encontrar algo do típico da coleção “o que é (tal coisa)”, não o verá aqui.
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O começo são perguntas e respostas (provavelmente tiradas de algumas conversas particulares dele), mas Allan Kardec para um homem instruído se mostra bem grosso. Ele se esquiva, mas não de uma forma singular, ele responde a tudo com pedras e pedras na mão, como se vivesse sob afronta.
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Uma coisa nisso me chama muito a atenção, a doutrina (que ele não considera ser uma religião por quase todo o livro, mas entra em contradição quase no final) diz que deve-se ser paciente, deve-se ajudar ao próximo; mas esse tipo de tratamento me soou o oposto.
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Porém, ela (a obra) não é de todo mau não, na verdade ela é boa, quando se para de prestar atenção no que ele diz como uma “patada desnecessária”.
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Existem conceitos sobre o que é considerado alma, espírito, entre outros termos. Também há uma boa filosofia que explica o porquê das reencarnações, o porquê de as pessoas “esquecerem” o que viveram em outras vidas e afins.
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Porém não espere encontrar todas as respostas do mundo, pois ele deixa áreas vagas (eu pelo menos consegui formular algumas perguntas que o livro não responde, mas pode ser que outras pessoas não cheguem a fazer esses questionamentos...).
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Voltando a dizer, eu sou espírita, costumo frequentar o centro e ler obras de autores/espíritos, mas é a primeira vez que li esse livro de Allan Kardec.
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Antes que me condenem por meu comentário, peço apenas para que peguem seus livros e leiam a primeira parte (só as primeiras perguntas já bastam) e tentem se colocar no lugar de quem fez as perguntas (sim, espiritismo prega colocar-se no lugar do outro e não o tratar da forma na qual você não gostaria de ser tratado, então vamos colocar isso em prática e ter uma mente aberta ao ler, ok?).
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Eu tenho certeza de que se o exercício realmente for feito “se colocando no lugar do outro” você vai sentir que esse livro mais afasta do que aproxima as pessoas da religião, realmente soa grosseiro em uns pontos e não é algo que vá fazer pessoas “em duvida” quererem seguir com a leitura para os fatos mais importantes que aparecem nos capítulos seguintes.

Gabi 15/11/2014

Um livro para quem tem interesse em compreender o básico da Doutrina Espírita Kardecista, explicando sobre alguns temas de dúvida global como a morte precoce, a reencarnação e o destino de todos.

"Em cada nova existência, o espírito dá maior ou menor passo no caminho do progresso, e, quando adquiriu na Terra a soma de conhecimento e a elevação moral que o nosso globo comporta, ele o deixa, para ir viver em mundo mais elevado onde vai aprender novas coisas".

"O poder que tem o médium de atrair os bons e repelir os maus espíritos, está na razão da sua superioridade moral, da posse do maior número de qualidades que constituem o homem de bem, é por esses dotes que se concilia a simpatia dos bons e se adquire ascendência sobre os maus espíritos".

Lincol Pedro 23/10/2012

O QUE É ESPIRITISMO
Ideal para quem deseja conhecer o Espiritismo e tirar dúvidas elementares a respeito da Doutrina.

Lê_Fox 01/07/2011

Excelente
Mesmo sendo espírita, o livro me esclareceu e muito sobre algumas questões, como por exemplo a origem dos espíritos. É uma leitura indispensável a todos que se dizem espíritas e se estende para aqueles que se interessam no assunto ou que julgam o espiritismo. Este livro além de dar informações muito interessantes e de total bom senso, nos permite perceber a bondade divina atuando nas nossas vidas a fim de que possamos alcançar um plano mais elevado de evolução. E umas das melhores partes, ele quebra paradigmas e nos esclarece sobre a fé afirmando que esta tem que ser de cunho racional para ser verdadeira e com fundamentos. Não há mistérios, pelo contrário, é tudo tão óbvio que está muito bem esclarecido e de forma simples.

Maraysa 10/07/2010

Perguntas com respostas inteligentes
A inteligência de Kardec fica muito bem definida nesse pequeno livro. Com diálogos intensos, é altamente recomendado para aqueles que vivem se deparando com perguntas que, aparentemente, não são fáceis de responder, especialmente quando feitas por céticos, ateus e pessoas de outras religiões. Livrinho para levar aonde for, serve como uma consulta constante.