Todos los nombres

Todos los nombres José Saramago




Resenhas - Todos os Nomes


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Cinara... 11/05/2023

Que saudades eu tava...
"...Homem, não tenhas medo, a escuridão em que estás metido aqui não é maior do que a que existe dentro do seu corpo, são duas escuridões separadas por uma pele, aposto que nunca tinhas pensado nisso, transporta todo o tempo de um lado para o outro uma escuridão, e isso não te assusta, há bocado pouco faltou para que te pusesses aos gritos só porque imaginastes uns perigos, só porque te lembrastes do pesadelo de quando era pequeno, meu caro, tens de aprender a viver com a escuridão de fora como aprendeste a viver com a escuridão de dentro..."


Que saudades eu estava do Saramago! Tento "economizar " ao máximo seus livros pra sempre pode encarar algo indiscretivelmente humano!
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Victor Albertini 06/03/2023

Sem nome ou sobrenome, sem sentir o que não sente
SOBRE:

Em ?Todos os Nomes? Saramago brinda seus leitores com a história do melancólico Sr. José, auxiliar de escrita da Conservatória Geral do Registo Civil de um lugar fictício (tão típico dos livros do autor). Dono de uma vida monótona, resignado por natureza, o único hobby do Sr. José é colecionar recortes com informações sobre pessoas famosas, até que um dia tem a súbita ideia de complementar sua coleção com dados oficiais da Conservatória a respeito dessas pessoas. É nessa tentativa de buscar informações que o Sr. José se depara, por engano, com o verbete de uma mulher desconhecida, a quem, inexplicavelmente, sente a necessidade de encontrar, como se tivesse finalmente achado o objetivo de sua vida, e graças a quem o Sr. José nunca mais será o mesmo.

IMPRESSÕES:

Impossível ler este livro e não se lembrar de ?O Homem Duplicado?, lançado após cinco anos (para quem o leu antes, obviamente) da mesma forma que quem ler ?O Homem Duplicado? depois, dirá que é impossível não lembrar de ?Todos os Nomes?, por inúmeras razões. Ambos os livros têm como protagonista um homem solitário em uma busca obsessiva por alguém, em ambas as histórias reina uma atmosfera de mistério, com momentos de tensão, ambas possuem uma escola como um dos principais cenários, além da figura fundamental do Professor (ou Professora). Além disso, as duas narrativas contam com um cômico ?personagem? secundário, intrometido nos pensamentos do personagem principal, que são o Senso Comum, no caso de ?O Homem Duplicado? e (coisas de Saramago) o teto do quarto, em ?Todos os Nomes?. Até mesmo a sistemática repetição do nome do protagonista Tertuliano Máximo Afonso espelha-se na quantidade de vezes em que somos lembrados que o Sr. José é funcionário da Conservatória Geral do Registo Civil.

Apesar dos pontos em comum entre as duas obras, cada uma delas é única e toca o leitor de maneiras diferentes, afinal, a capacidade de reflexão de José Saramago era inesgotável. Este foi um livro que me proporcionou diversos momentos de emoção, compaixão e identificação, mas um momento que merece ser pontuado, sem dúvida, é quando o Sr. José é forçado a refletir acerca do real motivo de sua busca pela mulher desconhecida. Enfim, este não é um dos livros mais aclamados do autor, porém já é um dos meus preferidos da vida.

CITAÇÕES:

?De fato, não há nada que mais canse uma pessoa que ter de lutar, não com seu próprio espírito, mas com uma abstração.?

?Em rigor, não tomamos decisões, são as decisões que nos tomam a nós.?

?O espírito humano, porém, quantas vezes será preciso dizê-lo, é o lugar predilecto das contradições.?

?As aparências enganam muito, por isso lhes chamamos aparências.?
Hellen.Lily 20/04/2023minha estante
É o meu autor! ??


Victor Albertini 20/04/2023minha estante
Nosso ??




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Lucas 26/12/2022

Todos os nomes
O nome não é a coisa, e o mundo jurídico não ordena o material, mas exatamente o oposto
A entropia rege o universo, em último instância. Vivos ou mortos é uma questão de tempo e memória, ambas não lineares, ambas elásticas e implacáveis. Só a última é passível de disputa
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Cecilia.Rabelo 06/12/2022

Sobre todos nós
Saramago ataca mais uma vez. Dessa vez, a história é a do senhor José, um ninguém que, na verdade, é todos nós. 

    Saramago usa o único personagem nomeado dessa história para contar a história universal da humanidade: a lida com a falta de sentido, com o vazio, com a solidão.

    José, um servidor público da Conservatória do Registo Geral, uma espécie de Cartório Público de Portugal, vive a contradição entre seguir a regra e realizar seus desejos, entre ser o que se espera dele e explorar suas possibilidades (que nem ele imaginava ter).

    O peso da burocracia, das normas, das regras, às quais o sr. José era tão submetido, subordinado, e em relação às quais ele se liberta, se encontra, se perde para se achar, enlouquece para se curar, é o fio da meada dessa história desconcertante e surpreendente.

    Ao contar a história de José (e agora, José?), Saramago (que também é José) fala sobre nós, sobre mim e você, e da nossa busca por sentido nessa existência taxada e limitada por nomes, números, registros que nada dizem sobre nós.
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Alexandre.Cozzolino 23/08/2022

Intrigante
Imagino ter sido o único livro que li onde sabemos apenas o nome de um dos personagens, ainda que muitos apareçam ao longo do livro.
Quando terminamos, ficamos pensando: "Jura que li tudo isso por algo feito sem nenhum motivo aparente?"
Mas ao longo da leitura, vamos nos apegando aos personagens e querendo muito saber o paradeiro da mulher desconhecida. Fato é que demorei a aceitar o destino que ela teve, e o final do livro que deixa muita coisa aberta!
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regifreitas 02/05/2022

TODOS OS NOMES (1997), de José Saramago.

Saramago tinha o dom de tornar o cotidiano do mais humilde dos personagens em uma viagem filosófica e existencial. É o que acontece aqui com o protagonista deste romance, denominado unicamente de sr. José. Um homem de meia idade, um simples auxiliar de escrita da Conservatória Geral do Registro Civil, órgão responsável pela transcrição de nascimentos, casamentos, divórcios e mortes da população, o sr. José é um funcionário metódico, competente e discreto, e por isso mesmo apreciado por seus chefes.

Seus dias são monotonamente iguais. A única distração do sr. José é colecionar recortes sobre personalidades famosas. Um dia lhe vem à cabeça a ideia de incrementar as informações sobre essas pessoas a partir dos registros sobre elas encontradas nos arquivos da Conservatória. E a única forma de fazer isso é adentrando o recinto daquela sombria instituição na calada da noite, após o expediente, quando todos os funcionários já tivessem ido embora. Esse primeiro gesto de transgressão às rígidas regras burocráticas da Conservatória será o responsável por uma série de outros que mudarão para sempre a pacata vida do sr. José, jogando-o numa viagem de investigação que se tornará também um caminho de autoconhecimento.

Leyla Perrone-Moisés, sobre TODOS OS NOMES: "O livro é um romance policial, um romance de amor e um romance de aprendizagem [...] Três das mais clássicas categorias de romance vêem-se assim harmoniosamente fundidas de maneira absolutamente original".

É Saramago sendo genial novamente! Mais uma das obras do autor que entraram para o rol das favoritas.
jota 02/05/2022minha estante
Rapaz, quando li não era membro do Skoob então não fiz resenha e agora não lembrava quase nada da história. Mas a sua resenha, mesmo sintética ficou muito boa, me fez lembrar do "miolo" da narrativa e me deu vontade de reler o livro. Mas cadê tempo? Outra coisa: o 4,5 que apareceu nas mensagens você deu pelo celular, não foi? Não consigo dar 4,5 pelo PC; aliás aqui você teve de dar 5, certo? Eu dei 4 tempos atrás, embora também pensasse, na ocasião, que um 4,5 ficaria melhor. É isso.




Marcelo 04/01/2022

Resenha publicada no Booksgram @cellobooks ?
A primeira vista, Todos os Nomes parece um livro simples, prosaico, que relata a vida de um escriturário (Sr José) de Cartório de Notas e Registros.

Com uma vida pacata e sem grandes expectativas, tendo passado dos 50 anos e num cargo dos mais baixos na repartição, Sr José se vê a colecionar recortes de revistas de ?pessoas famosas? da cidade em que mora: o bispo, o delegado, etc... relacionando os registros de vida e morte dessas pessoas.

Acontece que num dia, uma das fichas de nascimento de outra pessoa desconhecida, uma mulher, vem junto com as que ele estava a levantar, e daí surge a aventura: e se eu investigar como está esta mulher hoje? E sem perceber começa a busca por um amor inconsciente...

A partir dai a historia se desenrola, e apesar das situações absurdas em que ele se mete, poderia ser viável com qualquer um de nós (me pergunto mesmo se já não nos metemos em situações parecidas...)

O que parece ser uma simples historia se mostra profunda, reflexiva, cheia de camadas... assim como é Saramago.

Destaque para a senhora do rés do chão direito e ao teto, personagens que ajudam a compor a história brilhantemente.

Não sei se foi percepção minha mas em algumas vezes achei que o texto apresentava diálogos e reflexões desnecessárias, o que tornava a leitura levemente enfadonha. Mas ainda assim, o balanço final é bastante positivo.
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maria 05/06/2021

O livro e as reflexões são bons, mas a escrita dele me irrita um pouco. Não pelo fato de não haver parágrafos, mas porque o todo é um pouco massante. De qualquer forma, a experiência foi ótima, e pretendo dar novas chances a Saramago.
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Angel 17/02/2021

Leitura difícil e lenta, como tudo do autor, mas extremamente rica em detalhes. O livro tem um ritmo interessante de acontecimentos e um final surpreendente.
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Raphael 05/02/2021

“Todos os nomes” de José Saramago. O português vencedor do Prêmio Nobel, José Saramago, nos apresenta neste romance a história do Sr. José – único personagem nomeado na narrativa – que trabalha no Cartório de Registro Civil, local onde são registrados todos os nomes, dos vivos e dos mortos. A narrativa apresenta o cotidiano absolutamente monótono e entediante do ambiente de trabalho de José, altamente burocrático e hierarquizado. A vida social dele – inexistente – parece ser uma extensão de seu trabalho: monótona e desinteressante. José, contudo, possui um hobby: coleciona material de jornal sobre a vida de celebridades.

Em determinada ocasião, ele tem a ideia de adicionar aos seu arquivo de recortes informações sobre a particularidade de tais celebridades. Para isso, vasculha os arquivos do Cartório onde trabalha para adquirir tais informaçoes que são armazenadas em fichas. Por um lapso, em uma dessas fichas veio colada na parte de trás outra ficha de uma pessoa comum. A partir daí, uma nova encanação: José agora quer montar uma espécie de dossiê dessa pessoa desconhecida, uma mulher.

Diante desse quadro, surge o colorido na vida fugaz e monótona de José que se envolve em diversas “aventuras” para desvendar a identidade e mistérios dessa mulher desconhecida. A sua vida, antes monótona, passa a girar em torno disso. Em suas pesquisas, ele vai desvendando os mistérios da mulher desconhecida e não posso entrar em maiores detalhes para não estragar a supresa da leitura.

Mas é só isso? Bom, a trama, de fato, gira em torno apenas disso, mas aí que entra a genialidade do autor. Retirar o extraordinário do ordinário. A introspecção e a imersão na vida banal do protagonista denunciam uma maneira de viver absolutamente fugaz e desinteressante. E isso provoca intensas reflexões sobre a vida do próprio leitor. É impossível não fazer um cotejo do estilo de vida da personagem com o nosso próprio e questionar-nos o quão alto é o preço de um trabalho banal e de um vida fugaz. Uma obra magistral digna de um escritor laureado com o prêmio Nobel.
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olAvia6 10/12/2020

José
?o destino de todo o papel novo,logo à saída da fábrica, é começar a envelhecer?
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jjuniorig 06/11/2020

Nenhum nome
José é o único nome que vc vai ler durante todo o livro. Como sempre Saramago surpreende com uma simplicidade, mas ao mesmo tempo traz uma profundidade surreal. Este livro, apesar de não tão famoso, é um exímio exemplar do humano e seu cotidiano e suas implicações e críticas. O personagem em questão, até então um exemplar funcionário na posição mais baixa da hierarquia autodenominado como Fulano de Tal, se vê desafiado ou se entrega ao desafio e o transforma em outra pessoa e se desvenda em um personagem totalmente capaz e inteligente, mas subestimado e invisível. Vale muito a leitura desse romance.
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Boneca sem manual 01/11/2020

O fio de Ariadne é uma metáfora que acalenta o coração de historiadores. Poderia ser um manual do ofício da história.
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