Réquiem Para Um Assassino

Réquiem Para Um Assassino Paulo Levy




Resenhas - Réquiem Para Um Assassino


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Ju 21/07/2013

Réquiem para um assassino
Um homem aparece morto, sem nenhuma identificação. Aparentemente, seria difícil saber de quem se tratava. Mas, muito rapidamente, duas pessoas entram em contato com o responsável pelo caso, e informam ao delegado quem é a vítima do "Crime do Mangue": José Aristodemo dos Anjos. Só que ele nunca tirou uma identidade na vida, e fica complicado até mesmo comprovar que o morto é quem dizem ser.

Réquiem para um assassino é o primeiro livro de Paulo Levy. Uma história policial com foco na investigação, ou seja, bem o meu estilo. Não é sangrento, apesar de contar com algumas mortes. Me deixou tensa, com medo de qualquer barulhinho que eu ocasionalmente ouvia em casa. Fiquei super ansiosa enquanto aguardava a resolução do caso. E, o mais importante, não me decepcionei com o final. A explicação fez total sentido, me deixou satisfeita.

O delegado Joaquim Dornelas é o responsável pela delegacia de Palmyra, uma pequena cidade no interior do Rio de Janeiro. Gostei dele de cara. A gente sente o quanto ele é humano e percebe que ele ama o seu trabalho e que dá o seu melhor, sempre (mesmo que isso transforme sua vida pessoal num caos). Um homem íntegro, inteligente e perspicaz (e um viciado em novelas... rs...).

"Os tempos mudaram, muitos preconceitos caíram, a idade passou a lhe pesar cada vez menos sobre os ombros e a mente. Seus anos de vida eram apenas números que mudavam. O que lhe importava era como se sentia em relação ao tempo vivido, ao presente e às perspectivas para o futuro."

Adorei os momentos em que uma luzinha se acendia na mente dele e ele corria para esclarecer um fato novo. Torci demais para que ele resolvesse tanto o caso quanto a bagunça em que sua vida havia se transformado.

A narrativa do Paulo faz com que a gente não queira largar o livro. Desconfiei da pessoa errada, depois da certa. Mas, ainda assim, não tive certeza antes da solução do caso. Foi muito bom me sentir envolvida na investigação, e poder vibrar com cada descoberta de Dornelas.

Alguns erros no texto me incomodaram um pouco. São poucos, na verdade, mas tenho mais problemas que as pessoas normais com isso... rs... Mesmo assim, recomendo que leiam. Existe um segundo livro em que o delegado é o protagonista, Morte na Flip, e espero logo poder falar dele para vocês.

site: http://entrepalcoselivros.blogspot.com.br/2013/07/resenha-requiem-para-um-assassino.html
Leilane 21/07/2013minha estante
Gostei muito da resenha! Quase me fez ter vontade de ler o livro, quase... É que o gênero não é apelativo para mim, prefiro ver uma série ou um filme policial, os livros sempre me dão preguiça e parece que não terminam nunca, ou seja, o problema sou eu, não a história - kkkkkk. Espero que um dia um livro policial me enlace de um jeito que eu me arrependa de tudo o que declaro atualmente. kkkk


Juh 21/07/2013minha estante
Aaaaah Ju se a sinopse já tinha minha conquistado, imagina agora com sua resenha, poxa esse livro tem tipo o estilo do Sherlock Holmes e eu gosto muito dessas narrativas que resolvem dois casos ao mesmo tempo, como este que resolve o assassinato e a vida do delegado. MUiito bom!!


Cris 22/07/2013minha estante
Eu também não sou fã de livros policiais, esse aqui só me chamou a atenção por ser uma história que se passa no Brasil.


Lore 22/07/2013minha estante
Acho que só li um livro policial na minha vida, acho que era do sidney sheldon, não lembro se era dele mesmo e não me recordo muito bem porque já faz um tempo mas, lembro de ter gostado bastante o livro. Como não li muitos policiais, não sei se gosto ou não do estilo. Réquiem para assassinos me pareceu bastante interessante, bastante envolvente. Adorei o nome do livro, para começar, e achei muito legal o fato de ele ser de um autor brasileiro. Gosto de quando um livro te faz especular, pensar, e espero gostar desse também. Adorei a resenha Ju (:


Michelli Prado 02/08/2013minha estante
Eu já tinha vontade de ler o livro, fiquei com mais.
Eu gosto bastante de uma boa investigação policial, daquelas que nos deixa ligadas e doidas para tentar descobrir quem é o assassino (ainda que geralmente falhe, rs).


Thaís 03/08/2013minha estante
Adorei o livro Ju! Apesar que eu tenho que admitir que a capa não me deixou nem um pouco ansiosa pela história :/ Olha eu de novo jugando um livro pela capa (que vergonha Thais!) Adorei a história, mas acho que minha mae ia gostar ainda mais (ela amaaa livro policial haha)


Ana Rocha 13/08/2013minha estante
Como já comentei na resenha do blog: vai pra lista de "vou ler"
o/




Jon O'Brien 11/10/2017

Um pouco melhor que bom
Hoje, quero apresentar um livro nacional que tem uma boa construção, mas que não me agradou em alguns aspectos, o que justifica meu 3.5 como nota. Ele tem uma nota legal no Skoob, e acho que talvez fosse um suspense que me agradaria se eu estivesse no começo da minha relação com os livros.

Réquiem para um assassino conta a história do policial Joaquim Dornelas, que ainda está vivenciando a dor da separação da ex-mulher e o distanciamento dos filhos. Desde o começo do romance, é mostrando que o divórcio aconteceu por causa do trabalho de Dornelas, que consumia muito seu tempo.

Acontece que em um dia normal, onde não há crimes interessantes para serem trabalhados, ele avista uma multidão próxima a um corpo atolado na lama seca do canal. Não há nenhum sinal de violência ou de movimento na região, o que torna o crime difícil de ser solucionado. Uma coisa que dificulta ainda mais a investigação é os poucos recursos que a polícia de Palmyra detém.

O livro é fácil de ser lido, o que torna a leitura rápida demais. Eu leio pausadamente, alternando capítulos com outro livro, e por isso a leitura foi um pouco mais demorada. O que eu realmente senti falta, e por esse motivo resolvi descontar alguma estrela, foi a inserção de tensão em toda a história. Algumas pessoas comentaram que esse é um mistério de tirar o fôlego, mas eu achei muito morno. Todas as tentativas do autor de me fazer sentir chocado não produziram efeito nenhum. Não sei se é por estar acostumado a ler suspenses que realmente me fazem suar, devorar as páginas, mas eu não me senti nem um pouco surpreendido com a história.

As 3.5 estrelas são atribuídas, portanto, ao modo de escrever do autor. Apesar de não ter nada de especial e de parecer mecânica em alguns momentos, acabei me acostumando. A linguagem é fácil e os personagens são fáceis de visualizar. O autor consegue desenvolvê-los de maneira bastante real. Apesar de ser um livro recomendado por revistas e jornais brasileiros de qualidade, não foi capaz de me fazer sentir tensão. Foi apenas um pouco mais que bom. Entretanto, estou a fim de conhecer outras obras do autor.

site: https://redipeblog.wordpress.com/2017/10/11/resenha-requiem-para-um-assassino-paulo-levy/
Esdras 11/10/2017minha estante
Ótima resenha! ^^


Jon O'Brien 11/10/2017minha estante
Muito obrigado, Esdras. ^^




Adriano 16/08/2013

Uma trama muito bem construída ;)
A narrativa acompanha o mais novo solteiro abandonado pela mulher, Delegado Joaquim Dornelas, que durante a ida para o trabalho é surpreendido com um corpo próximo a baía. Até aí tudo normal, a não ser o fato de que a pessoa a retirar o corpo da lama não foi o IML, mas o próprio Dornelas!

O corpo encontrado não possuía nenhuma identificação e a única coisa diferente era um curativo no braço, mais precisamente na veia.

Com a descoberta desse corpo numa cidade tão pequena como Palmyra, coube ao delegado e a sua equipe tentar solucionar o caso o mais rápido possível, antes que o tempo passasse, as pistas se escasseassem e tudo ficasse na lógica da impunidade!

A partir do momento que o corpo foi descoberto, surge na trama o vereador Nildo Borges mostrando-se extremamente solícito e cooperativo as investigações e munindo-se de informações valiosíssimas. Nesse ínterim, surge também a irmã do morto, chamada Maria das Graças, uma mulher seduzente, meretriz e com uma história sobre a morte do irmão.

O delegado vê-se numa trama envolvendo o tráfico de drogas, influências, política e dinheiro. Todos os detalhes foram bem pensados e não há pontas soltas. Confesso que esse foi o primeiro romance policial em que eu acertei quem era o vilão. rs
- O único ponto negativo que achei no livro, foi a capa. Sinceramente eu ainda não consigo compreendê-la!

No entanto, a leitura é bem rápida, fluida, todo o mistério da trama se envolve com a vida particular de Dornelas, tornando a estória bem mais legal!

A cada dia que passa fico mais contente com a nossa literatura! São tantos livros bons que fica até impossível escolher os melhores!

site: http://geracaoleiturapontocom.blogspot.com.br/2013/08/resenha-requiem-para-um-assassino-paulo.html
Gu 13/11/2013minha estante
Adoro investigação! :)




Sah Ollie 10/05/2014

"Uma trama muito bem escrita por Levy, que te envolve, e faz de você uma testemunha do crime"
Num dia comum na cidadezinha de Palmyra, o delegado Joaquim Dornelas se depara com a cena de um homem atolado na lama, morto, aparentemente um assassinato. O caso ganha repercussão na cidade e chama a atenção dos moradores, e o "Crime do Mangue" como fica conhecido, agora se torna mais do que um simples homicídio na investigação do delegado, pois apesar da falta de sinais de violência e ferimentos, se torna um mistério como o corpo da vítima fora parar ali, e por não ter nenhum tipo de identificação, além da que uma suposta irmã da vítima alega. Recentemente abandonado pela mulher, e sentindo a falta dos filhos Dornelas vai a fundo na investigação desse intrincado crime. As suspeitas recaem sobre os que se dizem querer ajudar no caso, entre eles o prestativo vereador e dono da empresa de pesca da cidade, que parece ter um interesse incomum em ajudar o delegado. Por trás desse caso, vai se revelando um complexo jogo de interesses que envolvem prostituição, política e tráfico de drogas e também os pescadores de Palmyra. Ao embarcar nessa investigação, Dornelas estará dando um passo para uma jornada de transformação pessoal.

Nota Pessoal:
Pessoal esse livro simplesmente me deixou super envolvida na história, e o que eu gostei bastante foi de Dornelas ser um sujeito comum, simples, cheio de problemas, e ainda assim desempenhar o melhor papel possível na polícia. Ele é divertido, a simplicidade da vida dele, é gostosa de ler. O que acontece é o que aconteceria com qualquer um no cotidiano. Os diálogos são bem construídos, e a leitura é fácil e prazerosa. De início logo me identifiquei. Gosto de suspense policial, e ainda mais se passando em cidades pequenas onde qualquer um é suspeito. O autor nos dá as opções dos possíveis assassinos, e não complica muito, pois tem livros que é tanta gente suspeita que você até esquece os nomes...rs. Mas aqui você fica a vontade pra imaginar quais os motivos de cada suspeito, e vai conhecendo eles ao decorrer da história. Adorei a história, e claro queria um pouco mais de Dornelas, um sujeito, despretensiosamente cativante. Além disso estou mais curiosa pra ler outras obras do autor. Recomendo
à todos.

QUOTES:

"O fato é que nessas horas, os seres humanos se rebaixam ao estado mental de um bovino que assiste impassível um leão devorando um dos seus em plena luz do dia"


"Você é ainda é uma merda, Joaquim. Mas uma merda de quem eu não canso de gostar."

"- Te amo meu filho
- Eu também, pai. A gente é amigo né?
- Sempre"

"De baixo da água, sozinho, Dornelas apertou os olhos, arreganhou os dentes, e num grunhido animalesco, chorou de dor"

"- Vá devagar comigo. Faz muito tempo que não faço isso.
- Eu também.
Ela olhou para ele, confusa.
- Mas você não estava casado até pouco tempo atrás?!
- Por isso mesmo"

"Essa cadeira em que a senhora está sentada tem um nome: eu a chamo de Cadeira da Verdade, ou da Mentira, dependendo do ponto de vista. Todos que se sentam nela contam uma história mais mirabolante que a outra. A senhora não faz ideia do que eu já ouvi"

"Acredito que o assassino vá se misturar à multidão apenas por um desejo mórbido de saborear pela última vez o resultado do seu trabalho"

site: http://meuclubedaleitura.blogspot.com.br/2014/05/resenha-requiem-para-um-assassino.html
Marcelo Santana 25/04/2016minha estante
Sá, plagiaram a sua resenha desse livro, dê uma olhada. Beijos.




Marcos Pinto 24/06/2014

Mistério de tirar o fôlego
No livro Réquiem Para Um Assassino conhecemos o delegado Dornelas. Ele, após ser abandonado pela esposa por causa de sua profissão, vive sozinho e enfrenta uma fase difícil em sua vida. Distante dos filhos, sua rotina se torna ainda mais dura e angustiante.

Em um dia qualquer, ao sair de casa pela manhã para ir ao trabalho, Dornelas se depara com um homem morto abandonado na lama seca de um canal. Porém, o que poderia ser apenas um assassinato se torna muito mais complexo, pois não há qualquer marca de agressão física no corpo, a não ser um pequeno curativo na parte interna do braço.

Dornelas solicita que a perícia chegue para investigar a cena do crime, porém, com a demora, ele é obrigado a retirar o corpo do canal sozinho. Não obstante a forma estranha da morte, pessoas se apresentam ao delegado passando informações um tanto quanto suspeitas. O delegado começa a investigar a fundo e descobre que o crime pode ter relação com o tráfico de drogas, com a política e com uma empresa privada.

“Diferente do Rio de Janeiro, que dispõe de tropas de elite para incursão nas favelas, equipadas com veículos blindados e armas mais poderosas do que as das polícias Civil e Militar, os recursos que Dornelas dispõe são ridículos se comparados com os usados pelos traficantes” (p. 28).

Munido de coragem e determinação para solucionar o caso, Dornelas, com a ajuda de seus auxiliares e de Dulce, uma mulher que trabalha no IML, investiga cada centímetro da cidade de Palmyra atrás do assassino. Porém, tudo pode ser muito mais complexo do que eles imaginam.

Paulo Levy soube criar um livro incrível, onde cada personagem tem um ar de inocência e de suspeito. Ele forma uma intrincada teia, onde diversos segmentos da sociedade e do crime organizado se encontram, deixando o leitor cada vez mais afoito com o passar das páginas. Aliás, por ser um livro pequeno, temos a vontade de devorar toda a obra de apenas uma vez, tamanho é o suspense criado pelo autor.

“‘Todo bandido é igual’, pensou Dornelas. “Sempre existe uma mãe disposta a perdoá-lo, senão negar até o fim do mundo a culpa do filho, mesmo que este houvesse cometido crimes de guerra”. Em respeito a ela, Dornelas não queria ir direto ao assunto. Mas também não podia se esquivar da pergunta” (p. 71).

Quanto aos personagens, Dornelas, o principal, não deixa a deseja. Levy aprofundou bastante na construção dele, principalmente na parte psicológica. Encontramos um personagem que se reconstrói de seus traumas no decorrer da investigação, enfrentando seus medos e angústias. Dornelas torna a investigação de um assassinato em sua história de superação pessoal.

Quanto aos personagens secundários, Nildo Borges, um vereador com ar de corrupto, e Dulce, uma mulher forte e determinada, se sobressaem. O primeiro é um exemplo de político brasileiro: suspeito de caixa dois e de desvio de verbas, além de uma possível associação com o tráfico. Dulce, por sua vez, se mostra uma mulher inteligente e interessante, além de extremamente determinada, o que dá ainda mais tempero ao enredo.

“Para não afastar os turistas – as galinhas dos ovos de ouro – a Prefeitura tinha a obrigação de enviar um sinal à opinião pública, brasileira e internacional, de que o tráfico de drogas no município estava sob controle e de que aquele crime era um caso isolado, uma fatalidade. Um corpo no mangue não passava de um dano colateral” (p. 124).

A capa é simples, porém tem total relação com a obra. A diagramação, por sua vez, é completamente confortável: folhas amarelas, letra grande e espaçamento ótimo, contribuindo ainda mais para uma boa leitura. A correção é muito boa também, encontrei pouquíssimos erros, algo que é bem escasso no mercado literário brasileiro.

Em todos os sentidos, Réquiem Para Um Assassino é um livro mais do que recomendado e, sem dúvidas, supera muitos livros policiais estrangeiros que já li. Para quem gosta do gênero, esse livro é um prato cheio. Basta desfrutar.

site: http://www.desbravadordemundos.com.br/2016/07/resenha-requiem-para-um-assassino.html
Lê Golz 04/08/2014minha estante
Tenho curiosidade em ler este livro, principalmente por causa dos elogios que vi de todos que leram.
Está na minha lista a algum tempo..um dia eu ainda leio.rs




Blog PL 22/01/2013

http://palaciodelivros.blogspot.com.br/2012/11/resenha-requiem-para-um-assassino-paulo.html
Postado em: http://palaciodelivros.blogspot.com.br/2012/11/resenha-requiem-para-um-assassino-paulo.html

Joaquim Dornelas é delegado da cidade de Palmyra, localizada no interior do Rio de Janeiro. Divorciado e distante dos filhos que tanto ama, dedica-se ao seu trabalho, colocando sua vida em risco e negligenciando, muitas vezes, sua vida pessoal.
Mas é em um dia, aparentemente comum, que Dornelas se depara com uma cena impactante. Durante o caminho até seu trabalho, vê mais adiante, um aglomerado de cidadãos curiosos, próximos do “manguezal”, onde um corpo inerte repousava.
Discutindo com sua equipe, percebe que é necessário adulterar a cena do crime, tirando o corpo do litoral, onde a água avançava com extrema rapidez. Contudo, ao salvar o corpo, mal sabia Dornelas que estava tomando para si, um embrolho, que o levaria às áreas mais perigosas da cidade, assim como, às pessoas cheias de poder e impiedade.
Depoimentos falsos, ameaças, prostituição, caixa dois, trafico de drogas, e mais mortes. Quanto mais Dornelas avançava em suas investigações, mais a solução lhe escapava. Parecia que ninguém estava colaborando nas investigações; parecia que ninguém estava pronto para falar a verdade. E por quê? Porque estavam lidando com um mal que, talvez, nem mesmo a polícia poderia conter.


Devo admitir que, primeiramente, ao me deparar com a capa e seu título não soube o que pensar, o que esperar da trama. Não criei nenhuma expectativa, ou um conceito previamente adotado, simplesmente avaliei e “senti” o livro como ele verdadeiramente é.
Réquiem para um Assassino foi um grande surpresa para mim, começando por seu título e as inúmeras críticas que podemos encontrar logo nas primeiras páginas. Acostumada com James Paterson e algumas séries de TV que levavam o mesmo gênero – exemplo: CSI – fiquei abismada com o modo como o enredo foi construído, com a sincronia detalhadamente trabalhada e o equilíbrio perfeito. Criar, administrar, e, principalmente, finalizar os acontecimentos de um livro investigativo, não é para qualquer escritor; é preciso um controle muito grande para que os “furos” não aconteçam.
Nas primeiras páginas lidas, notei que Réquiem para um Assassino era mais um livro que lhe envolvia com tanta facilidade, que você não conseguia se desprender do mundo e acontecimentos criados. Li-o em poucos dias, lamentando não ter mais tempo para conhecer seu desfecho mais rapidamente. Leve, porém tenso; sério, e em outras ocasiões, engraçado; profissional, e ao mesmo tempo tão intimo: real e leal ao cotidiano. Mas o que mais me chamou a atenção foi o seu conteúdo: críticas às ações humanas, à burocracia, entre outros assuntos que somos obrigados à pararmos para refletir. Assim como, as informações diferenciais – e adicionais – que o autor, com certeza, teve que adquirir muito estudo para nos informar: a criação de frutos do mar, a linha de investigação que os agentes policiais assumem frente ao caso, entre outros atrativos.
Os personagens são tão reais quanto as cenas descritas, com um caráter único e especial. Dornelas, o protagonista, é um personagem curioso e fácil de se apegar. É ótimo ter conhecimento sobre a vida do delegado, seja ela profissional, ou pessoal.
Mas o que mais me intrigou foi o seu fim. Acreditava que seria um pouco mais agitado, cheio de cenas de ação, perigos; mas não, só terminou com a solução da investigação – o que já foi o suficientemente surpreendente. Mas então lembrei-me que Joaquim Dornelas é um delegado e não um investigador, seu trabalho não é tão arriscado quanto dos detetives, e que o livro se mantinha totalmente leal.
De capa dura, folhas amareladas, letra de tamanho e fonte satisfatória, o livro parece agradar qualquer tipo de leitor. E o melhor: Réquiem para um Assassino não é somente um livro de investigação que lhe distrai, lhe surpreende, é um livro que traz todos os atributos citados e anteriormente e mais: lhe traz ensinamentos. E é exatamente isso que a literatura necessita; de livros que te fazem pensar, criticar. Livros cheios de conteúdo.
Indico Réquiem para um Assassino à todos, para satisfazer todos os gostos. É raro encontrarmos livros que tenham tantos atributos hoje em dia.


Primeiro parágrafo do livro:
Basta deitar cedo que é sempre a mesma coisa.

Melhor Quote: Naquela situação, o delegado Joaquim Dornelas olhou para aquela gente e viu um enxame de moscas sobre estrume fresco.

Letícia Lançanova / Palácio de Livros
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Juh 16/02/2013

Em Réquiem para um assassino vamos conhecer o Delegado Joaquim Dornelas, abandonado pela sua esposa e longe de seus dois filhos ele tenta superar o vazio se jogando de cabeça no seu trabalho, o qual foi o motivo de sua esposa tê-lo deixado, por ser arriscado demais. Em um dia que tinha tudo para ser como outro qualquer, Dornelas está a caminho da delegacia quando se depara como uma multidão que ruma em direção a Baía, sem exitar ele vai passando em meio ao aglomerado de pessoas até ver o corpo de um homem atolado na lama seca, morto, sem sinal de agressão ou ferimento, somente um band-aid na dobra interna do braço. O acontecimento fica conhecido como "crime do mangue", mas para o delegado não é um crime qualquer, envolve gente de poder, gente perigosa e tráfico de drogas. Entre noites mal dormidas, depoimentos falsos e ameaças, o delegado tenta desvendar o mistério do assassinato. Toda e qualquer pista é importante, mas também todo cuidado é pouco para aprofundar o caso e as supostas pessoas envolvidas.
Em um texto fluente e bem escrito réquiem prende a atenção de qualquer leitor, difícil é parar de ler, um livro envolvente e instigante e que traz um protagonista que é impossível a gente não gostar! Quando eu conheci o livro fiquei muito interessada na estória, mas não imaginava que iria gostar tanto e me envolver tanto, réquiem superou minhas todas as expectativas. A cada página eu me encantava mais, e claro, tentava junto com o delegado Dornelas desvendar o mistério do crime do mangue, e por fim confesso que não tinha mais unhas para roer! Um misto de emoções e sensações sentimos ao lê-lo, parece que tudo se torna mais real assim. Eu particularmente me encantei com Joaquim Dornelas e gostei de muitos outros personagens também, mas confesso que não gostei da sua ex esposa.

Ganhei o livro da parceria com o autor Paulo Levy, que foi super atencioso e por quem eu tenho grande admiração por ter criado estória e enredo ótimos, então à ele e à editora Bússula um obrigada por ter feito a leitura e a resenha do livro possíveis!
E pra quem quer se aventurar em uma boa investigação o livro é super recomendado, ou quem quer simplesmente um bom livro para ler Réquiem para um assassino é uma ótima escolha!
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Jéssica 21/03/2013

Resenha - Diamante Negro
Réquiem para um assassino conta o desenrolar do Crime do Mangue, onde o delegado Dornelas é o principal investigador. Trecho na capa de trás do livro:
- E a Polícia Militar, vai demorar? É preciso segurar essa multidão.
- Devem chegar logo. Já chamei a polícia e o IML, mas acho que eles não vão poder fazer muita coisa com a maré seca desse jeito.
- Eles vão demorar umas boas horas pra chegar aqui. Se a maré subir, vamos perder algum rastro ou marca de como o corpo chegou até lá - disse o delegado apontando para as poças de águas suja com natas furta-cor. - Quanto tempo para os bombeiros?
- Meia hora, uma hora. Depende da papelada.
- Não vai dar tempo. A maré já está subindo.
E assim deu início a investigação do Crime do Mangue, um corpo que não se consegue identificação, talvez a de um traficante, ganha a mídia e a população por causa do cheiro de confusão e com o envolvimento misterioso de um vereador famoso no caso.
Eu sou uma fanática por livros e leio praticamente todos os gêneros, mas mistério é com certeza o meu preferido e o Réquiem Para Um Assassino não deixa a desejar.
Aprecio muito a literatura nacional e gosto muito de escritores que à fazem valer a pena e retratam o brasileiro nas páginas do livro.
Delegado Dornelas é um legítimo brasileiro e Paulo Levy faz questão de nos mostrar isso, hábitos como ver novela, beber cachaça e até mesmo a linguagem mais vulgar estão em seu livro, de forma divertida e que nos deixam orgulhosos.
Réquiem Para um Assassino é um mistério daqueles que a gente não consegue parar de ler, que morre de vontade pra ler o final logo e depois fica morrendo com a famosa "ressaca literária".

Super recomendo viu... Paulo Levy ainda tem outro livro, o Morte na Flip, quem quiser saber mais sobre ele é só clicar aqui. Beijos e até a próxima ^^
http://docediamantenegro.blogspot.com
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Autora Nadja Moreno 30/06/2013

Gostei!
Dornelas é um delegado típico, que perdeu a esposa e os filhos por conta das exigências da profissão e que se depara com uma morte estranha numa manhã comum. Ao longo das páginas diversos elementos surgem e Dornelas se vê às voltas com pistas hora complementares hora dissonantes, problemas conjugais, relacionamentos profissionais e pessoais, conflitos políticos, tráfico de drogas, pescadores, um cachorro, uma diarista, cachaça e goró (para saber a receita de um bom e velho goró, leia o livro).

Réquiem para um Assassino é um livro gostoso de ler. Seu enredo policial por algumas vezes me lembrou a série CSI mais quebrantada, já que ocorre no Brasil e o autor faz questão de mostrar que as coisas por aqui, infelizmente, não acontecem com tal requinte e liberdade de uso de instrumentos dos mais modernos. Mas a trama, tal qual a série, nos deixa pensando: Certo! Desconfio de vários e de nenhum até agora! (E olha que pensei isso até mais da metade do livro). Ponto para Paulo Levy. O melhor de enredos policiais é o elemento surpresa. Se for muito previsível, perde a graça! Em nenhum momento vivi a tensão que temos quando sabemos mais do que o protagonista e bate aquela vontade de entrar no livro, chamar para um café e dizer: preste bem atenção porque o que vou te contar vai te deixar chocado! Não. Até quase o final do livro eu sabia tanto quanto Dornelas - muito e muito pouco ao mesmo tempo.

Adorei conhecer Dornelas e isso é bom, já que sei que Paulo o usa novamente como protagonista de seu outro livro - Morte na Flip. Ele tem uma memória fotográfica - elemento fundamental para sua profissão, algumas manias engraçadas e o perfil real de um delegado de pequena cidade. Pequena e turística! Pensa que é fácil? Não. Não é. (:

O livro possui algumas passagens hilárias, em especial nos diálogos do delegado com seu investigador Solano, além, é claro, quando Dornelas resolve dar um presente para uma "amiga", a Dulce... Homens! Tem também conflitos pessoais bem retratados nos debates internos de Dornelas e um pouco de "desabafo nacionalista" quando critica, ainda que de forma velada e tranquila, as condições políticas e estruturais de nosso país.

Encontrei somente um erro de grafia, então parabéns para a edição.

De leitura fácil e fluída, uma trama simples mas muito bem escrita, Réquiem para um Assassino é um livro que recomendo.

site: http://escrev-arte.blogspot.com.br/2013/06/resenha-requiem-para-um-assassino-paulo.html
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Jeh 18/07/2013

Adoreii!!
Um livro muito bom e muito bem escrito.
Adoreiii!!Esse é um dos primeiros "policias"que leio e não é que eu acho que viciei??!!
O charme da cidade pequena Palmyra, onde toda a estória se desenrola é um máximo, eu já adoro, o Delegado Dornelas, um homem com muitos problemas, quase depressivo eu achei, é duro na queda, todos seus amigos e seus colegas de serviço participam de todos os detalhes para desenrolar o crime, junto com todo o mistério de descobrir o que e como aconteceu com o homem que acharam na praia Dornelas se abre para um novo romance com a Doutora Dulce, a legista.
Ou seja nesse livro tudo te prende até o final, uma leitura empolgante, que vale muito apena você ler , mesmo se você não leu nenhum desse estilo não perca tempo e leia, porque tenho certeza de que como eu você irá gostar!!!


site: http://livrosumapaixao.blogspot.com.br/2013/07/requiem-para-um-assassino-paulo-levy.html
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Bruna 01/08/2013

Um mistério, que envolve muito mais do que parece
Em uma pequena cidade turística no litoral do Rio de Janeiro, um misterioso assassinato acontece. Não há marcas, sangue, feridas visíveis na vítima, e nenhum outro tipo de pista aparente. O responsável pela investigação é Joaquim Dornelas, o delegado da polícia civil local, que apesar de ser mais responsável por trabalhos administrativos e políticos, se sente mais a vontade no campo fazendo trabalho investigativo.

Dornelas tem aquele tipo intuição incrível, que associada a uma memória fotográfica fazem dele um grande investigador. Mas ao mesmo tempo que é destaque no trabalho e um excelente profissional, o delegado passa por profundos problemas no campo pessoal, com a recente separação da esposa, e mudança destas com os filhos para outra cidade.

A investigação desse assassinato, ocorrido em um dos principais pontos turísticos da cidade, de cara se mostra complexa, ao envolver distintas pessoas, trazendo à tona um emaranhado envolvendo política, comércio local, tráfico de drogas e prostituição. E logo o delegado se vê mexendo em um vespeiro, o que promete altas emoções.

E em se tratando de um policial nacional, é claro que não podia faltar um pouco sobre os problema que a burocracia excessiva do nosso país causa ao bom andamento de qualquer setor do serviço público. O autor aborda o tema muito bem e com muita ironia, demonstrando o quanto o engessamento das instituições podem mais atrapalhar do que ajudar.

Aliás, o tom de humor que permeia o livro é um dos seus principais pontos positivos. Há várias passagens divertidas, e outras chegam a ser hilárias, e é impossível não torcer pelo nosso estimado Delegado Dornelas, mesmo quando sua missão consiste apenas em conseguir ficar acordado o suficiente a noite para assistir aos últimos capítulos da novela!

Paulo Levy escreve muito bem e conseguiu criar uma história que prende a atenção do leitor do início ao fim, nos deixando instigado e pendente de qualquer migalha de pista ou informação. A forma como o crime vai sendo desvendado me deixou eufórica e louca para saber se minhas suspeitas estavam corretas, afinal, num livro policial a pergunta que não quer calar sempre é: Quem é o assassino?

O livro é fininho, apenas 220 páginas, que fluem sem percebermos. E a diagramação está muito boa, com letras grandes e páginas amareladas, que facilitam e muito a leitura. A capa retrata uma costa litorânea, representando o mangue onde foi encontrado o corpo que deu início a trama, em tons escuros e parecendo uma pintura mais modernista. O resultado ficou bem legal.

Recomendo o livro, e já estou ansiosa para ler o novo livro do autor, Morte na Flip, que traz o Delegado Dornelas em mais uma missão.

site: http://meumundinhoficticio.blogspot.com.br/2013/08/resenha-requiem-para-um-assassino-paulo.html
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Potterish 31/08/2013

O Crime do Mangue.
Réquiem Para Um Assassino, por Paulo Levy

Parecia uma manhã qualquer em Palmyra, cidade histórica com poucos habitantes situada ao litoral do Rio de Janeiro. Quando o delegado Joaquim Dornelas, ao sair para o trabalho, percebe um movimento estranho nas ruas. Diante da Igreja de Santa Teresa e da Antiga Cadeia, no Centro Histórico, a população observa o corpo de um homem atolado na lama seca do canal. O problema é que não há pistas nenhuma sobre como esse assassinato ocorrera e muito menos qual fora o seu motivo. O corpo não apresenta sinais algum de violência, ferimentos, nada, apenas um band-aid na dobra interna do braço esquerdo.
A partir das informações obtidas, que são quase nulas, Joaquim Dornelas - amante de cachaça e mingau de farinha láctea - parte para o trabalho duro em cima da investigação do “Crime do Mangue”. Ao longo da história, Dornelas se mostra um excelente profissional, um investigador incrível, mas apesar de tudo, com uma vida pessoal conturbada e cheia de problemas, associados á recente separação com a mulher e a mudança desta com seus dois filhos para uma cidade longínqua.
Um dos aspectos positivos na trama é a abordagem dos diversos problemas sociais presentes atualmente no nosso país. O autor consegue retrata-los muito bem, algumas vezes de uma forma irônica. Durante sua investigação, Dornelas é obrigado a se envolver com políticos, traficantes de drogas, prostitutas e uma comunidade de pescadores, onde todos eles de alguma forma parecem estar emaranhados com o crime. Os personagens são muito bem explorados, juntamente com o cenário, cheio de pontos turísticos famosos os quais alguns leitores certamente serão capazes de reconhecer!
Réquiem para um Assassino é o livro de estréia do ex-publicitário Paulo Levy. Engana-se quem pensa que por ser um livro de estréia a obra não seja boa, pois é ótima, digna de cinco estrelas. Cada pista, cada idéia do delegado, por menor que sejem são capazes de deixar qualquer um louco para saber o final da história e até mesmo se estava realmente certo em relação ao seu palpite sobre o verdadeiro assassino – que acreditem, são capazes de mudar a todo o instante!
Paulo Levy conseguiu criar uma história tão apreensiva que você não consegue largar um minuto sequer! Já fora publicado uma outra aventura do delegado Dornelas, Morte na Flip, o qual estou super ansioso para ler!


Resenhado por Pedro Martins.

224 páginas, Editora Bússola, publicado no ano de 2011.


site: http://wp.me/p2vycn-kjh
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Marina Mendes 20/02/2024

Parecia uma manhã como outra qualquer na pequena Palmyra, uma cidade histórica no litoral do Rio de Janeiro. A caminho do trabalho, o delegado Joaquim Dornelas se espanta com um movimento incomum nas ruas. Diante da Igreja de Santa Teresa e da Antiga Cadeia, no Centro Histórico, uma multidão observa o corpo de um homem atolado na lama seca do canal. Ninguém sabe como o corpo foi parar lá. Não há sinais de arrasto, marcas de barco, violência, ferimentos, nada. Apenas um band-aid na dobra interna do braço esquerdo. Abandonado pela mulher e longe dos filhos, o delegado Dornelas, um tipo humano, amante de cachaça e de mingau de farinha láctea, se envolve de corpo e alma no caso em busca de salvação. Sem aviso, a irmã do morto e um vereador poderoso aparecem para dar informações importantes sobre o que se tornaria um caso de dimensões bem maiores do que Dornelas poderia imaginar. Aos poucos se revela uma complexa teia de interesses envolvendo a política, o tráfico de drogas, a prostituição e a comunidade local de pescadores. A intuição aguçada, a cultura e o conhecimento das forças que movem a natureza humana permitem ao delegado Joaquim Dornelas se mover habilmente pelo emaranhado de fatos e versões que a trama apresenta. O que a princípio seria mais uma investigação na sua carreira, se torna para o delegado uma jornada de transformação pessoal.
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Joyce 01/10/2013

Resenha Blog Entre Páginas e Sonhos
Tudo começa com um corpo achado na lama seca de um canal e devido a exposição da mídia sobre o caso, ele tem uma grande repercussão. O delegado Dornelas estava passando no local e para não deixar o corpo sujeito a variação da água, retira-o na frente de todos para preservar as evidências e é o encarregado de descobrir o assassino desde crime misterioso. O caso fica conhecido como "o crime do mangue".

O delegado Dornelas é um homem recém-separado que ainda sofre com a distância dos filhos e depois de 15 anos casado foi obrigado a escolher entre sua profissão e a família. Ele continua morando em Palmyra onde acontece o enredo do livro e seus filhos moram no Rio de Janeiro. Na delegacia, Dornelas tem a ajuda de Solano e de outros subordinados e se deparam com pessoas poderosas ao longo da investigação como o Nildo Borges, vereador e dono de uma empresa familiar Peixe Dourado e Wilson Borges, irmão de Nildo. Além de Maria das Graças, irmã do morto e Marina, assessora de Nildo.

O cadáver é encontrado apenas com um band-aid no braço e a partir dele que a causa de sua morte começa a ser revelada. Dornelas se depara com o esquema do tráfico de drogas da região e como alguns pescadores também estão envolvidos no negócio, além de conhecer mais sobre a vida da comunidade e da prostituição.

"Naquela situação, o delegado Joaquim Dornelas olhou para aquela gente e viu um enxame de moscas sobre estrume fresco." pág 14

Todos os envolvidos possuem algum segredo por trás da aparência e Dornelas precisa descobrir quem é quem porque acontece outro assassinato que está ligado com o caso e que choca a comunidade. O cadáver que Maria das Graças reconhece como sendo de seu irmão não pode ser comprovado porque o sujeito não tinha nenhuma identidade, mas estava ligado o tráfico de drogas e era conhecido como o Zé do Pó.

Dornelas é um delegado muito íntegro, responsável, solitário e que é viciado em novelas e em mingau rs. Ele vai investigar esse caso que aparentemente seria mais um no seu currículo, mas que vai envolvê-lo na parte pessoal. A narrativa está em terceira pessoa o que contribui para a fluidez do enredo e para as descobertas da investigação. As páginas são amareladas, a diagramação é simples e a capa está bem simples também.

Eu gostei da história, mas acho que o envolvimento com o tráfico é sempre muito usado nesse gênero e não é muito original. No entanto, simpatizei com Dornelas que é muito humano, já que acompanhamos seu dia-a dia e seu método de investigação. O desenrolar do caso foi bem interessante, mas nada muito chocante. Apesar de amar esse gênero achei que faltou mais reviravoltas, mas é uma leitura válida para quem curte mistério e investigação criminal.

site: http://entrepaginasesonhos.blogspot.com.br/
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Lili Machado 02/10/2013

Pena a leitura ser rápida, porque não dá para largar o livro até o final da estória.
Uma manhã, na cidade histórica turística à beira-mar, de Palmyra (claramente identificável com Parati), Rio de Janeiro, o delegado Joaquim Dornelas, a caminho da delegacia, se depara com uma multidão observando um corpo de homem atolado na lama, sem sinais de violência – apenas um band-aid na dobra interna do braço esquerdo – e sem identificação.
O delegado Dornelas é um cara comum e humano - amante de uma cachacinha de vez em quando e viciado em novelas e em goró (mingau de farinha láctea – receita no livro), cuida de um cachorrinho e administra uma diarista. É um policial brasileiro das antigas – que se envolve completamente nos casos que investiga, em busca da verdade – doa a que doer.
E, no momento, ele sofre as dores do abandono da mulher, por conta de sua profissão, e da separação dos dois filhos adolescentes, que estão morando no Rio de Janeiro.
Logo surgem duas testemunhas improváveis (a prostituta gostosona Maria das Graças, irmã do morto; e o vereador escorregadio Nildo Borges) para dar uma luz ou atrapalhar as investigações (depende da visão do leitor), que forma uma teia de grandes dimensões, envolvendo tráfico de drogas, prostituição, o comércio local, a indústria do turismo, a comunidade de pescadores, interesses econômicos, políticos, e românticos – um verdadeiro vespeiro.
A experiência na profissão e sua intuição desenvolvida, auxiliada por uma memória fotográfica, permitem que Dornelas transforme uma simples investigação de homicídio (O Crime do Mangue, como a imprensa local vem denominando), numa empreitada psicológicamente complexa.
Paulo Levy trata alguns personagens e muitos problemas sociais, de forma irônica, mesmo por que o merecem. O humor está presente em todos os capítulos, apesar das sombrias mortes. Tem mortes? É claro que tem mortes – afinal é um livro policial – mas sem ser sangrento – tudo na medida certa.
As pistas para a solução do Crime do Mangue – com a ajuda da equipe de Dornelas, destacando-se o investigador Solano - levam a diferentes desfechos, ao virar de cada página. E o autor mostra de maneira tensa, porém leve, que aqui no Brasil, CSI ainda não funciona como na televisão.
Embora sua amizade e relacionamento profissional com a médica legista da região, Dulce Neves, renda um saboroso e apimentado romance. E quem me conhece sabe que adooooooooro médicas legistas (vide a Kay Scarpetta de patricia Cornwell, a Sara Linton de Karin Slaughter e a Maura Isles de Tess Gerritsen).
O final não decepciona nem deixa pontas soltas – me considero satisfeita.
Ao descrever as atividades do cultivo de ostras da Empresa Peixe Dourado, do Vereador Nildo Borges, Paulo Levy demonstra que realmente pesquisou, e entende do que escreve, tornando a estória convincente, sem ser maçante ou didática.
Comparando com os autores nacionais do gênero policial da atualidade, só rivaliza, em minha opinião, com o “72 horas para morrer”, de Ricardo Ragazzo. Dos outros que li, não me agradaram tanto.
Confesso: me apaixonei pelo delegado Joaquim Dornelas. Impossível não se apaixonar por ele, a cada página! Pena a leitura ser rápida, porque não dá para largar o livro até o final da estória.
Para um livro de estréia, é uma grata surpresa e imensa satisfação de leitura, para todos os gostos. Terminei em dois dias – ao fim dos quais, para não ter crise de abstinência, emendei no segundo: Morte na Flip (resenha em breve).
Meus trechos preferidos, em que o leitor pode visualizar, claramente, cenas de um futuro filme, com o ator Alexandre Nero como protagonista (minha sugestão):
• “Diversos microfones estavam enfileirados sobre a mesa, como serpentes famintas”. – Paulo Levy descrevendo a entrevista coletiva sobre o caso
• “O delegado desceu o carro e seguiu triturando o cascalho até a recepção.” – Paulo Levy descrevendo a chegada de Dornelas numa cena de investigação.
• “Verdade, verdade – disse Nildo, assumindo uma expressão repliana.” – Paulo Levy descrevendo a reação de um personagem.
• “Na sua obtusidade masculina, Dornelas não soube definir a extensão da ironia, tão curta é a distância entre o elogio e desprezo nos meandros da comunicação de uma mulher.” – Paulo Levy divertindo-se com a inabilidade de seu personagem, no trato feminino.


site: http://houseofthrillers.wordpress.com/
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