A Cama na Varanda

A Cama na Varanda Regina Navarro Lins




Resenhas - A Cama na Varanda


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Carina 11/09/2013

A defesa do poliamor
A pesquisa realizada pela autora, exposta principalmente na parte inicial da obra, é bastante interessante. Como seu objetivo é destruir a ideia de amor romântico, ela vai mostrando aos poucos que o amor, tal como o conhecemos hoje, é uma construção social. Até aí, tudo bem é interessante saber que nossos sentimentos possuem uma história, inclusive porque assim os podemos compreender melhor.

Os problemas do livro começam quando a autora passa a defender que a única forma possível de romance é o poliamor (ainda que ela sempre se esquive de afirmá-lo diretamente, esta opinião está pressuposta em toda a argumentação). A escritora parece ser contrária à ideia de casal, contudo, dá exemplos de amor real, verdadeiro e profundo entre trios (recorrendo inclusive à simbologia do número 3 para comprovar esta tese). Assim, a contradição fundamental da obra é que o amor romântico acabou a menos que você esteja disposto a se abrir um pouco mais. Ora, se não existe amor romântico entre 2, como poderia existir entre 3 ou 20 pessoas? Se o objetivo da obra era eliminar o romance tal como o conhecemos e substituí-lo por relações mais leves (e levianas), a ambigüidade em torno ao conceito impede que o livro alcance sua meta.

A eliminação dos problemas em relações de poliamor também soa falsa. Se o amor romântico é uma construção social, fruto de séculos, conceitos como ciúmes e posse não desaparecem de um momento para o outro. Por fim, para quem tanto insiste em defender a diversidade, faltou acreditar na existência de casais que podem ser felizes com base no modelo convencional de relação. A tentativa da autora de impor o poliamor como único modelo possível é tão censurável quanto a imposição do amor romântico que ela condena.
Gabi® 23/09/2013minha estante
Após ler sua resenha fiquei realmente interessada em ler o livro, principalmente por você apontar os problemas do livro, quando a autora, indiretamente, impõe o poliamor como "única forma possível de romance". Muito obrigada!


luvittor 01/04/2014minha estante
Estou na metade do livro, e noto uma tendencia da autora ao poliamor. Ela poderia ter sido imparcial, e mostrado que todas as formas de relacoes humanas podem funcionar dependendo do contexto. O conceito de "funcionar" também é muito relativo. Mas não a condeno por isso. Acho que esse livro tem um alvo, e para esse alvo (eu) esta sendo muito elucidativo me ajudando a me recriar (ou afirmar) o meu comportamento.

So marquei que gostei do seu comentario, nao pq concorde com o que voce escreveu e sim pelo olhar critico que sempre devemos ter.


Tiffany.Bumagny 28/07/2015minha estante
Concordo totalmente com o seu ponto de vista Carina, a autora afirma o fracasso das relacoes de hoje sem antes mostrar ao leitor o outro ponto de vista. O livro e tendencioso com informacoes historicas interessantes.


Cassi 30/08/2017minha estante
Não vi como contraditória a defesa do poliamor em relação à crítica ao amor romântico. Segundo o livro o amor romântico, pressupõe exclusividade e unidade entre duas metades incompletas, é baseado em projeções do ideal de outro e não no outro real e acaba por acarretar em frustração.

Já o poliamor pressupõe que o indivíduo não veja o outro como posse e sim como um ser livre. Em nenhum momento ela defende que o amor romântico funciona no poliamor, o amor romântico é criticado.

A autora defende o poliamor e a diversidade das relações amorosas inclusive a possibilidade de ser solteiro e feliz. Ela não defende a monogamia porque na época em que o livro foi lançado, e ainda hoje, a monogamia é imposta como única forma de relacionamento amoroso possível para ser feliz. Por isso não há necessidade de defesa para a mesma, então ela aponta os problemas dessa e as possibilidades de outras formas de relacionamento que certamente terão seus problemas também.

Está presente no livro a ideia de que para algumas pessoas a monogamia é a melhor escolha, apenas não é a única possível. O propósito do livro é apontar para a possibilidade de outras formas de envolvimento afetivo sexual e de mostrar como os padrões de hoje foram construídos historicamente.

O ciúme é cultivado em nossa cultura por isso ele também exite em uma relação amorosa não exclusiva, não me lembro se isto é abordado no livro, mas partindo da minha experiencia em um relacionamento aberto (não poliamoroso), o ciúme é algo com o que a gente aprende a lidar quando se atenta para o fato de que o outro não nos pertence, este é um aprendizado muito enriquecedor.


Gilbson 20/02/2018minha estante
Não existe imparcialidade. Regina é super lúcida ela defende com paixão sim o poliamor, e outras formas de relação fora do padrão, justamente pq a Regina quer ser uma libertária - talvez seja presunção da parte dela - mas acho isso uma postura heróica. Contudo, defender não significa impor. Ela deixa isso claro.




Camila M. 23/03/2009

Muito bom
Para quem gosta de livros com bastante argumentos histórios e bem dinâmico este vale a pena. Ele aborda sobre o tema amor e sexo de forma interessante e científico, trazendo desde a história sobre estes determinadores na humanidade, sua desenvoltura com o tempo até os dias atuais.
Conta também com os estudos de casos de clientes da autora que é psicologa se não me engano... o conteúdo é bem legal.
Recomendo para quem é um curioso sobre comportamento humano.
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Bart 15/07/2020

A Cama na Varanda
*Regina Navarro Lins*
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Editora Best Seller
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480 pág, 2007.
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Se minha amiga @Elenita não tivesse falado comigo p/procurar esse livro, eu não tomaria conhecimento dele, então obrigado dona @Elenita.
Que livro show!!
A autora é sexóloga e ?psicanalista? aborda de maneira incrível (acho que toda primeira metade do livro) sobre a degradação que o feminino sofreu desde os primórdios até o machismo que já conhecemos à séculos, você vai ler altos absurdos (exemplos beeem cabeludos) que as mulheres foram expostas ao longo dos tempos em virtude de uma visão deturpada do homem endossada várias vezes pela "religião". Quer um exemplo? No sexo oral em que homens são beneficiados, e tem por prática ter o orgamo na boca da parceira/parceiro...isso reflete uma prática da idade média, onde as pessoas da família eram obrigadas a tomar (pqp ??) o sêmen do patriarca p/ajudar na fertilidade dos familiares (pqp ao infinito e além)... tem quem goste e que só aconteça sem imposição.
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Neste exemplo cito meu irmão, nós, desde pequenos demos um apelido ao sexo oral feito na mulher, chamávamos de "xoxete" (kkkkkkkk) e na verdade o nome é "Cunilígua", já o "boquete" se chama "Felação". Fora vários assuntos muito importantes (realacionamento amoroso, poli amor, homoafetividade... tem muita coisa) mas que muitos não tocam por uma questão de tabu, dogma...
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O livro impressiona pela clareza de como ela discute os conteúdos de forma prática e direta, tipo de informação que deveria ser muito mais disseminada, principalmente entre NÓS homens (na grande maioria) que somos os maiores agressores, abusivos de nossas companheiras, é só olhar p/toda a história da humanidade que ainda se perpetua nos dias de hoje!
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Repito!! Livrão, excelente leitura!!
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NÃO ESQUEÇA DE LAVAR AS MÃOS!!
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fabianelima 28/08/2011

Esclarecedor
Lindo, cativante, bem escrito. Mostra as origens de vários preconceitos bobos, de obrigações sociais esdrúxulas (obrigação feminina de ser mãe, monogamia), e mostra um caminho melhor. Abridor de mentes.
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Ricardo 19/11/2022

Se você pensa em casar um dia, leia esse livro. Caso não queira casar, também leia kkk
Gostei do apanhado histórico, meio acanhado, usado pela autora para relacionar o desenvolvimento relacional do feminino e masculino nos principais períodos da sociedade. Lins argumenta que a monogamia não é a única forma possível de romance" como muitas vezes é colocado. Existem outras formas de amar. Padronizar um "modelo convencional" e único é um perigo. Para autora, não é possível amar apenas de um modo. Existem diversos modos e neles está incluso a monogamia também. Porém não como "modus operandi" natural da humanidade. Para exemplicar essa tese são utilizados diversos estudos de casos realizados pela própria autora. Dessa forma, o argumento geral do livro é desvendar os pontos fracos dessa normalização da monogamia como modelo oficial. A tese principal da autora: amar é uma arte que não se deixa normatizar, pois tem razões que apenas o coração conhece! (Por que choras Pascal?) kkkkkkk
Juliane.Motta 04/12/2022minha estante
Adorei, Ricardo!
Há algum tempo tenho refletido sobre isso e tenho tido dificuldade em dar sentido à moral da Igreja e ao sacramento do matrimônio. Acho que como em qualquer instituição, a Igreja demora a acompanhar os desafios contemporâneos.




Dieni 14/03/2021

Livro pra sair da caixinha do óbvio
Acompanho o trabalho da Regina nas redes sociais e sempre me identifiquei com a forma com que ela coloca os temas sexuais e de relacionamento: objetiva, real e plural.

O livro abrange desde o contexto histórico da evolução do relacionamento homem/mulher, início do patriarcado e submissão feminina até os primeiros passos da liberdade da mulher que vem sendo conquistada com o tempo.

Obviamente, o texto entra a fundo em assuntos sexuais que ainda são considerados tabu.

É interessante ver a forma natural com que essas questões são abordadas, os relatos de consultório que a autora traz apenas confirmam que, apesar de sempre parecer uma realidade distante, temas como poliamor, ménage a trois e swing são vividos de forma rotineira por aí (na casa dos nossos vizinhos/familiares/amigos, inclusive).

Vale muito a leitura, seja você adepto dessas práticas ou não.

É um livro pra ler sem julgar, afinal, todo mundo tem seus segredos entre quatro paredes.
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Paulo 29/03/2023

Bem interessante
A autora, psicanalista e sexóloga, faz um resgate da história da humanidade para demonstrar que a forma de constituição de famílias tradicionais, com papéis definidos ao homem e à mulher totalmente ligados ao patriarcado é uma construção social que agora, no início do século XXI, está finalmente sendo questionada e revista.
Trata-se de um livro que levanta diversos aspectos importantes. A única pequena ressalva é que, como o tempo demonstrou (a primeira edição já tem quase 20 anos), esse processo não tem ocorrido sem enfrentar forte resistência de uma onda conservadora que infelizmente está atingindo o mundo todo.
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Dani Gelain 11/04/2020

Um livro para ler com a mente aberta.
Construções e desconstruções do pensamento ao longo da leitura. A autora inicia com um contextualização do amor e do feminino ao longo dos séculos e a leitura acaba por se tornar cansativa no começo, mas após, quando começam os casos de consultório, a leitura adquire uma nova dinâmica e nos surpreende. Se não tiver a mente aberta, melhor não ler. Não é preciso concordar com tudo, mas muitas constatações ficarão à tona.
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Raquel 15/05/2021

Essencial!
Eu já conhecia o trabalho da Regina através da tv e sempre gostei do modo como ela sempre falou de relacionamentos e sexualidade. E aqui não foi diferente! Ela traz essas questões de um jeito muito explicativo, com dados históricos, história e com casos contados em seu próprio consultório.

Ele trata sobre relacionamento, amor e sexo e nos faz pensar sobre como até nossa forma de amar o outro é uma construção social muito bem empregada pelo patriarcado. Em muitos momentos o livro trouxe dados e histórias que me deixaram com raiva de tudo a que estamos presos sem nem nos darmos conta.

Livro essencial para nos mostrar que o patriarcado destruiu tudo o que um dia já foi livre e que só seremos uma sociedade liberta, de todas as formas e em todos os sentidos, quando o patriarcado for derrubado.
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Tati 11/04/2023

Reflexões sobre relacionamentos e sexualidade
Eu deveria ter lido esse livro antes na minha vida. O tanto de preconceitos e definições prontas que carregamos em nossa bagagem de criação não tá no gibi.
O livro apresenta uma interessante retrospectiva dos relacionamentos, do papel do feminino, da influência de religiões na nossa forma de lidar com a sexualidade, dentre muitos outros tópicos do nosso dia a dia.
Pouco a pouco os relacionamentos evoluem e é muito interessante observar como muitas coisas simplesmente não fazem mais sentido nos dias atuais, como casamento, a fixação a se ter desejo por somente uma pessoa na vida, etc.
Foi uma ótima leitura e me trouxe muitas reflexões.
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Carol 16/11/2012

O livro é incrível! Conta sobre como funcionou a relação homem x mulher diante da sociedade, desde o início.

Em momentos ha informações que me deixaram pasma, outros me fizeram gargalhar.

Vale muito a pena ler!

Gosto da maneira de pensar da Regina, apesar de não concordar com tudo, muita coisa faz sentido.

Recomendo a leitura, a homens e mulheres.
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Alice 03/07/2023

Esse livro é absurdamente bom, por enquanto é o melhor que eu li esse ano. Você é uma pessoa quando começa a ler e quando acaba é outra, é bizarro. Mudou totalmente a minha cabeça em relação a muita coisa!!
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smarcony 06/02/2020

Apanhado sobre a sexualidade
A autora nos conta uma visão do desenvolvimento do papel das mulheres e dos homens relacionados ao sexo desde os tempos primitivos até os dias atuais. Apresenta, levando em consideração a influência religiosa, filosófica, como o mundo ocidental enxerga a sexualidade dos homens e, principalmente, das mulheres. Termina mostrando as tendências, nessa área, das relações humanas vinculadas à satisfação sexual.
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Ju Lopes 24/09/2009

Ótimo
Muito interessante... principalmente o que se refere a casamento. Porque um casal que se ama tanto chega a um ódio mortal, como uma relação extraconjugal (imaginária ou real) pode melhorar uma relação, etc.
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Zihtuan 11/12/2022

Eu gostei, mas não foi do jeito que eu esperava. Curti os depoimentos e toda contextualização histórica e nominal dos fatos/eventos/termos, mas acho que se fosse menos amplo ou mais longo em alguns pontos teria sido bem mais esclarecedor. De todo modo, acendeu boas luzes de reflexões e tenho como pensar em inúmeras coisas lidas aqui.
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