spoiler visualizarIviny Carvalho 02/12/2020
UM AMOR DE ESCOSSÊS
Primeiro, gostaria de descrever um pouco para a Autora!
Querida Autora, estou tremendamente em choque por não ter conhecido esse seu livro antes. Uma boa leitora que se prese deveria lê-lo. Foi sim, emocionante acompanhar a luta dessa mocinha em uma época em que a voz das mulheres eram praticamente inexistente. Ver que mocinhos assim, poderiam ter existido de fato, chega a ser um alívio histórico, apesar de ficcional, nos faz amar os escoceses e odiar a monarquia com afinco.
A minha tristeza é ter procurado por esse livro no unlimited kindle e não tê-lo encontrado. Fica a minha sugestão a autora para que mais pessoas possam ler. :D
Seguindo para o livro: Uau, que mocinha orgulhosa e forte! É uma premissa interessante todo o histórico considerando que algumas coisas se tornam claras imediatamente. A primeira delas, que a mocinha sofreria muito do inicio ao fim, dito e feito.
A Autora cumpriu o que prometeu. Não esperem por clemência, pois sofrimento tem aos montes, físico, psicológico e até mesmo, amoroso. Não houve um minuto de paz para ela, nem mesmo na hora do jantar. Que desenvoltura, se fosse eu em seu lugar, teria botado fogo no castelo com todo mundo dentro e ainda ficaria do lado de fora assistindo.
Mas é um romance, né queridos e não estamos falando de mim.
Kimberly é uma mulher forte, quando consideramos que tem apenas 17 anos, mas grande parte do seu sofrimento teria sido diminuído, se desde o início, tivesse demonstrado um pouco do que tinha passado para Ken. A risada fora de hora e o véu que não retirou demonstrava um ar de loucura, quando deveria ter se mostrado aliviada pelo rumo que as coisas tomaram.
Mas é claro que se tivesse feito isso, seu padrasto teria sido morto logo no início da trama e grande parte da história seria perdida pelo encerramento rápido. Talvez seja por isso que tenho gostado tanto, a escrita me agradou e a coragem da mocinha me impulsionou a querer saber mais do que viria a seguir.
Ken também não me decepcionou no quesito "Mogrinho". O típico mocinho que odiamos no começo, mas que ao longo da trama vai se revelando um coração de ouro por baixo de todos os músculos malvados e atléticos.
Ken está enfrentando uma perda recente e isso nos faz "entender" um pouco a dor que está sentido. Movido pelo ódio e o desejo cego de se vingar, ele invade o casamento "forçado de Kim" para matar Jason. É uma vingança ao qual torcemos para os dois lados, o de Kim&Ken. É claro que o vilão é mais escorregadio do que quiabo e sabe-se Deus como, "aparentemente tragado pela terra" ele desaparece do lugar deixando Kim e seu padrasto pra trás.
Nesse momento, já imaginamos o que ela teria que aguentar, sendo "noiva de Jason". Mas para a época, creio que não foi tão exagerado. Ken ainda a tratou com alguma decência se considerarmos outros mocinhos históricos. E mesmo que ele a tenha feito subir no cavalo e fazer toda aquela viagem longa, não foi sabendo da real condição da mocinha.
Talvez o fato tivesse mudado em algo nas ações dele para o que viria a seguir também.
Humilha-la passou por sua cabeça. Devolver a esposa "amada" de Jason depois de humilha-la de todas as formas possíveis passou a ser o seu objetivo, mas como faria isso, se em sua cabeça também começou a se formar dúvidas sobre o que faria.
Ele só tinha certeza de uma coisa: Jason precisava morrer.
O mais engraçado é que ela o enfrentou mesmo sem forças para lutar. E enquanto ele a humilhava fazendo carregar baldes de água, tentando lhe ensinar um pouco de humildade, nunca imaginou o quanto aquilo era corriqueiro para ela. Tendo sido escrava do padrasto de certo modo, nunca foi realmente mimada.
O auge da humilhação reversa, foi quando ele teve que tirar seu kilt e ela realmente o encarou, como se disse: vá enfrente, me mostre o que tem. E nessa hora, mesmo sem ver o rosto dela, ele recuou com vergonha.
Ele não foi tão rude quanto pensei que seria, mas...
A empurrou para dentro da tina de água depois do seu banho e não se importou com o fato dela estar indo dormir com o vestido molhado no chão duro do quarto. Isso sim, foi cruel da parte dele.
O fato de querer que ela passe a servir seus homens como uma empregada doméstica também era para ferir seu ego, mas muito mais do que isso, ele desejava vê-la por trás daquele véu. Qual não é o seu choque quando a vê com o vestido que lhe destinou a usar, mas ainda com o véu no rosto.
E não só o que estava por baixo o chocou, mas a forma como tudo sucedeu.
Ele a obriga a tirar o véu na frente de todos, mas ela é mais rápida e pega uma faca encima da mesa. Ken acha que o destino da faca é nele, mas o objetivo de Kim é outro... Um menos honrado para Deus e os homens. O suicídio é interceptado pelo ataque brutal de um de seus gerreiros, mas isso faz com que Kimberly bata a cabeça e perca as memórias.
Quando ela acorda, está novamente no quarto de seu captor, mas dessa vez, deitada em sua cama não se lembra de nada do que acontecera. Isso faz com que Ken tenha apenas mais uma certeza: Jason precisava morrer e Kim precisava ser salva e para isso, ela seria sua.
Ele só não tinha certeza de por quanto tempo ela seria dele...
O que eu não gostei muito dessa história?
Talvez o tom do suicídio não me desça um pouco bem, mas isso é algo pessoal, ok!?
O fato de algumas coisas não terem sido tão explicadas quanto eu gostaria, como por exemplo: Por que Jason matou o pai do Ken? - ok, um homem mal, matando um homem bom...mas apenas por esporte? Não entendi bem a motivação, mas também nessa época acontecia aos montes. Morte era o que não faltava. rsrs
O que talvez mais tenha me perturbado é o fato de Slide não ter deixado claro sua motivação de "não suportar Kimberly", apesar dele ter desmentido depois, senti o meu lado fujoshi apitando um pouquinho para Slide e Sean. Será que teremos personagens gays nessa trama?
Se alguém souber a respeito ou tiver sentido o mesmo, aguardo a resposta nos comentários.
rsrs
O que eu mais amei?
Kimberly linda, maravilhosa, perfeita, zero defeitos... O sofrimento e todos os seus atos foram compreensíveis pra mim, mas talvez aquele ato final quando ela só pensava em si mesma tenha me soado um pouco mais perigoso do que inicialmente.
Ken, Mogrinho que sofre com as próprias consequências de seus atos. Eu senti falta dele lutar um pouco mais por ela, principalmente quando todos falavam ao redor da mocinha. Mas ela demonstrava não ligar e, talvez tenha sido por isso que ele não a defendeu mais.
O que eu odeiei mais:
O padrasto da mocinha em uma cena para lá de suspeita:
O fato dele puni-la com golpes e mordidas enquanto ela estava nua, me levantou muito mais a uma preocupação de que ela poderia ter sofrido muito mais do que o que foi dito. Que tristeza ela ter passado por tudo isso, sem ao menos conhecer seu outro lado da família...
Oliver me pareceu ser uma criatura interessante... rsrs
:D não vou contar mais para que leiam a história e também para não descrever o melhor da trama dos vilões em busca de vingança. Mas relaxem, o amor vence no final. rsrs
Indico, mas só se for agora!