Delam 29/08/2021
"Deixem-nos sós, sem livros, e imediatamente ficaremos confusos, perdidos - não saberemos a quem nos unir, o que devemos apoiar; o que amar e o que odiar; o que respeitar e o que desprezar. Até mesmo nos é difícil ser gente..."
Deixarei uma analise mais profunda da filosofia, política e psicologia por trás desse livro para resenhistas experientes e trarei aqui aquilo que eu senti ao ler a obra:
No inicio, ao contrario de muitos, fui prendida por uma escrita fascinante e divertida - as vezes até rimada -, compreendi aquilo que estava escrito, fui atraída e como um rato à uma ratoeira, me interessei e achei que seria algo leve, suportável.
Na segunda parte, o soco no estomago veio. Senti repugnância, repulsa, desgaste, principalmente angustia. A crítica do autor, que se fazia de forma leve a primeira parte, tornou-se pesada, real e crua. Fecho esse livro refletindo na vida que levo, questionando-me se vivo uma vida viva ou se sou mesmo um natimorto...
Enfim, uma leitura brilhante, reflexiva, sensacional, e essencial.