Myra Breckinridge

Myra Breckinridge Gore Vidal




Resenhas - Myra Breckinridge


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Augusto Stürmer Caye 26/07/2021

Passei Raiva
Livros nos fazem sentir. Eles nos dão raiva, nojo, tristeza, diversão, toda uma gama variada de sentimentos complexos.

Myra começa as 40 primeiras páginas numa narração muito fastidiosa enquanto escreve no seu caderno, sempre em tons megalomaníacos e que acho irritante. Se o livro fosse grande, entenderia dispensar tanto tempo nisso; mas 40 páginas de 200 significa 20% desperdiçado, muito tempo gasto nisso.

Ok, a partir da página 40 tudo muda. Vidal altera a escrita para a torná-la mais direta; ainda existe a narração através da escrita de Myra, mas essa já começa diretamente sem preâmbulos. Ela também não está tão pretensiosa a se aparecer como intelectual quanto antes.

A leitura começa a ser envolvente, culminando no clímax bem no capítulo 29 (tem 42) e você agora está grudado no livro. Ele fica muito bom, tem uma narrativa que lhe prende e fica ansioso pelos próximos passos e a torcer por Myra.

Porém, justo num dos máximos pontos do livro, o livro encerra seu último capítulo com um balde de água gelada. Pode ser que Vidal tenha escrito já pensando em ser um fim sarcástico e irônico, pois eu não consigo aceitar esse fim. Ele não me desce. Eu não engulo. E não posso aceitar que Vidal tenha-o escrito com a pretensão literal de passar a mensagem do último capítulo.

Nota 2, considerando apenas que o desenvolvimento foi bom. Pelo fim, 0.

Obs: acredito que a edição que possuo de 1970 da Editora Record foi censurada pela ditadura. As páginas 139-141 falam em ?andar? quando deveria ser ?transar? pelo contexto.
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