Antologia do conto húngaro

Antologia do conto húngaro Gyula Krúdy...




Resenhas - Antologia do conto húngaro


2 encontrados | exibindo 1 a 2


Ronnie K. 28/03/2009

Narrativas que seduzem
Dificilmente se lerá um livro de contos com tanto prazer quanto esse aqui. Na linha estilística de um Tchekhov ou de um Maupassant, fundadores do conto moderno, os prosadores húngaros escrevem com uma irresistível simplicidade. E muita, muita criatividade! A maioria dos 30 contos aqui reunidos possuem o sabor da fábula, da parábola e da alegoria, como se fossem histórias infantis contadas para adultos. De fato, a fantasia e o humor negro, típicos da literatura magiar, é item primordial a revestir as narrativas aqui reunidas, para o deleite dos leitores adultos. É a evocação do poder das narrativas primordiais. Nesse livro maravilhoso! Ponha-se imediatamente na lista de raridades a se garimpar nos sebos da vida!
comentários(0)comente



Rick-a-book 11/11/2009

Tão longe, tão perto
A primorosa apresentação de João Guimarães Rosa para este livro faz com que sintamos que a Hungria é uma espécie de paraíso ao alcance da mão. Fala-nos de sua comida, suas bebidas - o tokaji! - seus campos, florestas, rios e montanhas; sua língua - que, dizem ser tão difícil que é a única respeitada pelo diabo -, com suas inflexões, casos sem fim, e sonoridade inconfundível; sua gente amistosa e amante do bem viver, do bom da vida.

Os trinta contos que compõem essa coletânea foram traduzidos pelo organizador, Paulo Rónai, alguns do francês, a maioria diretamente do Húngaro, e apresentam todo um panorama do distante e desconhecido país.

Um a um, os contos vão desenrolando frente aos olhos do leitor um mundo de cores distintas das que conhecemos, mas com tons muito semelhantes aos nossos. A "Pequena Palavra" de Guimarães Rosa funciona como um mini-curso sobre a cultura em que estamos prestes a mergulhar.

Percorrendo um escopo de aproximadamente cem anos de escritos em língua húngara, esta antologia apresenta uma grande variedade de tipos e de estilos de narrativa. Do suspense à aventura, do surreal ao verossímil, do cômico ao trágico, os contos vão delineando as marcas da literatura moderna e prendendo o leitor entre suas páginas, entre suas linhas, sem dar a ele chance de escapatória. Ao fim da leitura, a descoberta: uma parte de si mesmo passa pertencer eternamente à Hungria, aos seus cidadãos, ao seu ininteligível idioma.

Volvendo à máxima reguladora que diz que "quanto mais particular, mais universal", ao término de tão edificante leitura damo-nos conta de que, enfim, não éramos, assim, tão diferentes.

Um ótimo livro que merece ser lido e relido tanta e quantas vezes for possível.
Filipe 14/11/2010minha estante
TOKAJI, TOKAJI! -- Melhor comentário a ser feito de uma antologia do conto húngaro.


Sacripanta 13/11/2012minha estante
Nossa, eu achei a introdução do Guimarães Rosa afetada e pedante, parece q ele está fingindo q está escrevendo aquela introdução super entusiasmado.


Rick-a-book 04/01/2013minha estante
Sacripanta.
"Guimarães Rosa fingindo que está escrevendo entusiasmado"? Você realmente acha que essa sua opinião faz algum sentido em algum lugar deste mundo?
Sobre ele parecer afetado e pedante para você, bem, preciso concordar que literatura de peso não é para qualquer um.




2 encontrados | exibindo 1 a 2


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR