Resenhas - The Mist

ttharg0 30/01/2024

O Nevoeiro
Eu adoro as obras do King, mas ele me decepcionou muito aqui.
No começo eu estava gostando, ele criou um ótimo suspense com a tempestade e o nevoeiro que aparece na casa do David, o protagonista. Mas depois que o livro começa a ir pro clímax, eu perdi essa sensação.
Ele pesou a mão em descrições desnecessários e em personagens que duraram 2 minutos. Nas cenas que realmente eu estava investida, cenas de ação, ele passou correndo. Além disso, eu não consegui me importar com a história, sabe? O David não é um personagem carismático, não consegui sentir pena, raiva, NADA.

Enfim, acho que não é só porque gosto de autor, que automaticamente vou gostar de todos os livros e histórias dele (até porque ele tem mais de 80, rs.)

#MLV2024
Um livro de suspense/thriller/policial.

bruno 20/12/2023

Após uma tempestade um misterioso nevoeiro encobre vagarosamente a cidade, encurralando David e outros moradores em um supermercado, onde enfrentam situações macabras. Gostei bastante de toda atmosfera que o king criou nesse conto, também como foi mostrado o ser humano como uma ameaça em algumas situações e as críticas à sociedade. O meu único problema como esse conto?estou me tornando repetitivo aqui?foi o final, sinto que todos os últimos livros que li do king nenhum final me agradou, talvez eu seja o problema e os livros dele não façam sentido pra mim mais.

Mssamuca 07/12/2023

Enrolei bastante com esse livro, não por ser ruim, acredito que só por ser mais denso mesmo. A historia e os personagens são bons, mas já li stephen king melhores.
O que sei é que esse livro foi a minha companhia na minha primeira viagem internacional e isso nunca vou esquecer.

mari 19/09/2022

terminei no fim de semana e achei uma leitura boa, bem agoniante (como vários do SK) porém bem boa também. funciona como novella mas em vários momentos achei arrastada, do tipo que poderia ser ainda menor que ja é MAS acontece

Vinijgc12 28/06/2021

O começo achei bem lento, imaginei que não fosse gostar, mas a partit do capitulo 7 não consegui parar de ler. A melhor parte, sem dúvidas, foi quando Mrs. Reppler usou o Raid.
Achei impressionante como até em situação como a que eles tão no mercado (com o filho chorando pela mãe que ta em casa talvez viva e possivelmente morta) David quer transar com Amanda.
O final em aberto foi perfeito, mas fiquei curioso pra saber o que tem (ou não tem) em Hartford

wendelwonka 30/07/2020

Um clássico
Nunca vi o filme, mas o livro vale demais. Não é mt grande, não tem mt enrolação. História reta e crua, com aquele quê de Stephen King com horror e tensão. Um ótimo thriler, recomendo!

rcividanes 10/03/2020

O Nevoeiro
O Nevoeiro, na realidade é um conto do livro tripulação de esqueletos. Mas não é só um conto. É uma das melhores histórias escritas por King. É de arrepiar do começo ao fim e o final...cara, o final...

Juliana 03/04/2019

Eu adoro os livros do Stephen King e esse aqui não foi exceção. Apesar de bem curtinho, a história é envolvente e os personagens são bem carismáticos. As situações são aquelas que deixam tensa e grudada no livro pra saber o que vem depois. Bem fiel ao filme, apesar do final diferente (um final bem coerente com a narrativa, diga-se de passagem).

Amâncio Siqueira 20/10/2016

Ponto Cego
“That was when it started getting dark … but no, that’s not exactly right. My thought at the time was not that it was getting dark but that the lights in the market had gone out. I looked up at the fluorescents in a quick reflex action, and I wasn’t alone. And at first, until I remembered the power failure, it seemed that was it, that was what had changed the quality of the light, Then I remembered they had been out all the time we had been in the market and things hadn’t seemed dark before. Then I knew, even before the people at the window started to yell and point.
The mist was coming.” (Foi quando começou a ficar escuro… não, não exatamente escuro. Meu pensamento na hora não foi foi de que estava ficando escuro, mas que as luzes do mercado tinham sido desligadas. Olhei pra cima, pras lâmpadas fluorescentes por reflexo, e não fui só eu. primeiramente, até lembrar da falta de energia, pareceu que fosse isso a causa da mudança na luz. Então eu me lembrei de que elas estavam desligadas o tempo inteiro no mercado e ainda assim não parecia tão escuro antes. Então eu soube, antes mesmo das pessoas nas janelas começarem a gritar e apontar.

O nevoeiro estava chegando.”

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O Nevoeiro (The Mist) é uma novela de Stephen King inicialmente publicada em coletâneas nos anos oitenta e que só em 2007, quando do lançamento do filme homônimo, ganhou edição própria. King afirma ter vivido algo parecido a situação inicial do livro, quando David Drayton, após uma tempestade de grandes proporções, sai com seu filho de cinco anos, Billy, para comprar mantimentos num supermercado, deixando a esposa em casa. O livro está repleto de pensamentos e sentimentos que uma situação assim podem suscitar, iniciando com os cabos de eletricidade partidos na propriedade e indo num crescendo de horror claustrofóbico com a chegada do nevoeiro e os horrores que ele esconde (“One of the tentacles brushed delicately past my cheek and then wavered in the air, as if debating. I thought of Billy then. Billy was lying asleep in the market by Mr. McVey’s long white meat cooler. I had come in here to find something to cover him up with. If one of those things got hold of me, there would be no one to watch out for him-except maybe Norton” – Um dos tentáculos roçou delicadamente minha bochecha e então ondulou no ar, como se estive deliberando. Pensei em Billy então. Billy dormia no supermercado, perto do longo e pálido frigorífico de seu McVey. Eu tinha vindo ali para procurar algo com que enrolá-lo. Se uma dessas coisas me pegasse, não restaria ninguém para cuidar dele – exceto talvez Norton).

O livro é narrado em primeira pessoa por Drayton, que ganha a vida como pintor comercial, e King consegue dar credibilidade à narrativa mostrando a história desse ponto de vista. O narrador, muito ligado ao lado visual, está o tempo inteiro criando metáforas visuais, fazendo comparações das criaturas que surgem com os monstros infernais pintados pelos mestres do renascimento. Dá pra sentir o pânico que alguém tão ligado à luz e às cores sente ao não poder enxergar literalmente a mais que um palmo do seu nariz, numa situação limite bem próxima ao “Ensaio Sobre a Cegueira”, de Saramago, com sua cegueira branca revelando os horrores que se escondem na alma humana. A Senhora Carmody é uma excelente personagem, desenvolvendo-se junto com a trama de maneira precisa e mostrando como fanáticos, dignos apenas de riso em situações normais, podem com sua lógica contorcida arrebatar rebanhos de pessoas desesperadas pela adversidade: (I took her arm and recapped my discussion with Dan Miller. The riddle of the cars and the fact that no one from the pharmacy had joined us didn’t move her much. The business about Mrs. Carmody did. “He could be right,” she said. “Do you really believe that?” “I don’t know. There’s a poisonous feel to that woman. And if people are frightened badly enough for long enough, they’ll turn to anyone that promises a solution.” – Eu pegue-a pelo braço e recapitulei minha discussão com Dan Miller. O enigma dos carros e o fato de que ninguém da farmácia tinha vindo atrás da gente não a fizeram mudar de ideia. O caso de dona Carmody conseguiu. “Ele pode estar certo”, ela disse. “Você realmente acredita nisso?” “Não sei. Tenho um sentimento muito ruim sobre ela. Como se fosse venenosa. E se as pessoas estão bastante assustadas, por tempo bastante, elas se voltarão para qualquer um que prometa uma solução”)

O autor vai direto ao ponto, adotando um estilo bem diverso dos livros dele que li até o momento, em que metade da narrativa transcorre na mais absoluta rotina, com um ou outro episódio “sobrenatural”, até as coisas começarem a acontecer. A narrativa envolve o leitor como o nevoeiro, e fica difícil de sair. Mesmo conhecendo o filme, que é uma adaptação bem fiel ao original, com exceção do final, a cada página o suspense me arrebatou com mais força, tateando na palidez da neblina com seus personagens. Aliás, prefiro o final do filme, assim como o próprio autor já afirmou preferir. Em determinado momento o narrador fala sobre as críticas de seu pai aos finais de Hitchcock, apenas para terminar da mesma forma ambígua.

The Mist, no fim das contas, é a história de um pai tentando proteger seu filho de um mundo grande demais, absurdo demais, buscando fazer o melhor e descobrindo a cada passo que dá em direção ao futuro que o melhor que se pode fazer não é bom o bastante, e que em muitas ocasiões a tentativa de proteger pode ser pior que os perigos que espreitam lá fora.

site: https://amanciosiqueira.wordpress.com/2016/10/20/ponto-cego/

Pedro 25/11/2012

Estou em um mercado de uma cidade tranquila comprando suprimentos com meu filho. O que me viria na cabeça? Escrever uma história de terror, é claro!
The Mist conta a história de David Drayton e seu filho, Billy, em uma pequena cidade do Maine (como sempre).
Após uma forte tempestade que destruiu parte de sua casa à beira do lago, David sai para comprar mantimentos com seu filho e seu vizinho, deixando sua esposa em casa. Enquanto fazia suas compras no mercado local abarrotado de pessoas, um misterioso nevoeiro encobre a cidade. Nada alarmante, até que alguém surge da névoa sangrando e gritando, e a situação piora quando pessoas começam a morrer.
Presos dentro do mercado, eles tem que sobreviver às estranhas criaturas que vagam pelo nevoeiro e também às piores criaturas possíveis de se encontrar durante um incidente como esses: os seres humanos e seus fanatismos.
A história criada por King é algo que está se tornando muito popular hoje em dia, onde o personagem se encontra em uma situação de isolamento da humanindade, onde ele e poucas outras pessoas tem de sobreviver a um mal que assola o mundo, sem ter certeza se existem outros sobreviventes, e tendo que lidar com as outras pessoas que estão na mesma situação que ele, mostrando uma influencia muito grande de Eu Sou A Lenda, de Richard Matheson.
Outra influencia que percebi foi a de H. P. Lovecraft, em especial seus mitos de Cthulhu, pois em vários momentos você tem apenas uma vaga idéia de como são os perigos que atormentam as pessoas do mercado, onde apenas são descritos os sons que eles emitem, e suas silhuetas e tentáculos no nevoeiro (apesar do próprio David, ao matar uma das criaturas, dizer que ele não se encontrava em uma situação "Lovecraftiana" por não se tratarem de deuses imortais).
A história é contada em um bom ritmo. Não me senti cansado em nenhum momento, mesmo lendo a cópia em inglês. Os momentos de terror são pesados, apesar de não serem detalhados ao extremo, como em várias outras obras do autor.
O único grande problema (que inclusive muitos leitores reclamam) é o final do livro. Como muito batido por várias pessoas sobre várias obras de King, o final não é tão interessante quanto poderia ser. Não chega a ser um final ruim, sendo uma situação muito explorada pelos jogos da franquia Silent Hill, onde o destino dos personagens é totalmente incerto, mostrando que eles apenas ficaram perdidos naquela situação desesperadora e que até então não existe nenhuma salvação. Um final considerado covarde por muitas pessoas.
Recomendo o livro para todos aqueles que gostam de histórias de terror relativamente curtas. Comprei pela Amazon a versão em inglês, mas também existe no Brasil a versão em portugues no formato original, que é como a "atração principal" da coletânea Tripulação de Esqueletos.
Recomendo também para aqueles que forem ler o livro não assistirem ao filme antes. Deixem para depois da leitura, pois o final do filme (uma jogada muito corajosa do diretor, pois é um tipo de final mal aceito pelo público, apesar de eu ter achado muito melhor que o do livro) é um ótimo suplemento à história do livro.

Anezka 29/01/2011

Apesar de não ser o melhor livro do Stephen King, The Mist é, com certeza, um exemplo de como se criar uma estória de suspense baseada em algo que ninguém vê direito. É um medo cego e sem defesa, que nos põe no lugar dos personagens pensando em como agiríamos na mesma situação. E também é uma estória sobre seres humanos, suas fraquesas, e a forma como lidam com o sobrenatural.

Apesar do final vago, bem diferente do (excelente) filme homônimo, a estória termina de uma maneira bastante plausível para a situação em questão, deixando algumas coisas subentendidas e outras nem tanto. Gosto de pensar no final do filme (que, por sinal, gostei muito).

Tendo lido este livro, acho que posso afirmar com certeza que The Mist foi a melhor adaptação do Stephen King para o cinema, além de o livro ser muito interessante e impossível de parar de ler. Suspense desde o início até as últimas páginas, sendo descrito através dos olhos do personagem principal, David Drayton. Um grande destaque também para a personagem maníaca religiosa Mrs. Carmody.

Resumindo, vale a leitura.