Cintia F. Leite 15/07/2021
ARQUÉTIPO DO GRANDE FEMININO
Erich Neumann (1905-1960) foi um psicanalista alemão e maior discípulo de Carl Jung. Ele se adiantou em relação a outros teóricos no que diz respeito ao conceito e importância da figura materna no processo de desenvolvimento humano, atribuindo maior destaque ao papel do feminino. O que repercutiu bastante numa época em que a figura paterna ocupava o centro de interesse dos psicanalistas freudianos, isto é, o foco estava no complexo de Édipo e na inveja do pênis.
A Grande Mãe é considerada o arquétipo fundamental da psique humana (corresponde à dimensão do feminino) e se configura de três formas: a mãe bondosa, a mãe terrível e a combinação das duas, a Grande Mãe.
Características positivas da figura materna: a fertilidade, o acolhimento e a nutrição, pois a Grande Mãe é aquela que produz e sustenta a vida.
Características negativas da figura materna: o poder e a destruição, pois a Grande Mãe também é capaz de devorar e negligenciar a sua criação.
Os arquétipos do inconsciente coletivo se manifestam, como Carl Jung descobriu há muitos anos, nos “motivos mitológicos”, os quais podem se apresentar de forma análoga ou idêntica em todas as épocas e em todos os povos.
Existe em todas culturas o mito relacionado a uma mãe grandiosa, representada geralmente pela Mãe Terra. Uma pluralidade de figuras de “Grandes Mães”, as quais a humanidade transmitiu através dos hábitos, rituais, mitos, artes, religiões e das fábulas, aparecem sob a forma de deusas e fadas, demônios femininos e ninfas, e de entidades graciosas ou malévolas. Todas simbolizam um só Grande Desconhecido, a “Grande Mãe”.
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