Atire no Pianista

Atire no Pianista David Goodis




Resenhas - Atire no Pianista


11 encontrados | exibindo 1 a 11


Catia.Rissardo 19/01/2024

Foi uma leitura que não posso descrever como agradável. Foi me corroendo por dentro. Quando terminei, estava com todas as unhas roídas e os ombros pesados.
Levei um tempo para digerir tudo o que vi. Sim, eu vi as cenas acontecendo enquanto lia, e sentia como se estivesse vivendo tudo o que lia. Era como se eu estivesse o tempo todo ao lado de Eddie, sentindo o medo com ele, o temor, a neve e o frio gelado cortando sua pele.
Assim que devorei o livro por completo, permaneci sentada por um tempo, tentando compreender tudo o que vivenciei ali. Depois me levantei e saí para caminhar na rua. Observei as pessoas passando e pensei muito nos acontecimentos da vida. Quando voltei para casa, me senti na obrigação de dedicar algumas palavras a esse que é o melhor romance noir que já li na vida...
'Eddie é o tipo de sujeito que tenta fingir que não vê nada, que não sente nada e que não se importa com ninguém. Porém, na realidade, mesmo que não queira, ele sente a essência de tudo. Ele se coloca no lugar do outro e o compreende, mesmo que isso signifique se colocar contra si mesmo. Eddie viveu altos e baixos na vida, e agora, desiludido, quer apenas tocar piano (sua grande paixão) em um bar velho em troca de uns centavos, voltar para casa e descansar até a tarde, enquanto espera a noite para voltar ao piano.
Ele vive uma rotina decadente, mas não se importa. Nada importa. Ele apenas quer ficar longe de confusões e viver uma vida pacata, simples e tranquila. Porém, a vida nunca é como desejamos e quando ele menos espera recebe a visita de seu irmão que chega para mudar totalmente a vida de Eddie, o ex-famoso pianista.'
Daqui pra frente, só posso dizer que é um romance de tirar o fôlego. Preparem seus cafés quentinhos e boa leitura.
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@medusarm 22/08/2021

E se... E se...
Poooxa, mas por que uma vida assim?
Será que certas pessoas são mesmo destinadas a ter tristes caminhos?

Eddie é um cara de um talento sensacional, que veio de uma família pouco estruturada e, infelizmente, rodeado por irmãos "trambiqueiros".
Eddie passou por coisas demais, e me parece, que tem receio de tentar ter a vida extraordinária que merece, pois sabe que tudo pode vir água a baixo. Ele talvez não desejasse sofrer tanto, e novamente.

Você vai entender isso página à página lida.
"Mate o pianista" narra os fatos e também a lógica de pensamento de Eddie no decorrer do romance.

Recomendo a leitura, pelo suspense e à curiosidade para entender o que é que está rolando. Muito bom!
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Vanehelen 12/07/2020

Não é justo no final. Triste
Depois de ler lentamente eu fiquei triste pelo final mas gostei de ler algo diferente .
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Cris 02/11/2017

Anjos e Demônios
Ok, "A Lua na Sarjeta" é um livraço, mas um pouco intimista demais em termos de ficção "noir" para o meu gosto.
Já com "Atire no Pianista" Goodis acerta no alvo ao equilibrar seu mergulho na psique sombria dos personagens com sequências carregadas de adrenalina e violência, praticamente, incessantes e tão tensas e sinistras quanto seus protagonistas.
Entre rajadas de metralhadoras, ossos quebrados, facadas e tirombaços no meio da testa, David Goodis encerra "Atire no Pianista" com uma mensagem nada edificante como rege a cartilha de todo bom romance "noir": por mais bondosos e angelicais que sejam os atos de um indivíduo este sempre vai carregar escondido entre suas entranhas um demônio homicida louco para entrar em ação.
Livro policial nota 10!
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Marcador Expresso 14/08/2016

MARCADOR EXPRESSO - ATIRE NO PIANISTA
Há, na Filadélfia, nos E.U.A,
Um pianista que não quer encrencas;
um irmão em busca de ajuda;
uma garçonete que sabe mente como ninguém;

E dois pistoleiros armados até os dentes em busca de um acerto de contas!

Pessoa, continuem lendo a resenha no blog MARCADOR EXPRESSO. Ficou super legal!
Se gostarem de nossa escrita, sigam-nos no Blog e no Facebook.
Brigadão!


site: http://marcadorexpresso.blogspot.com.br/2016/08/atire-no-pianista-de-david-goodis.html
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Luvanor N. Alves 14/08/2016

MARCADOR EXPRESSO - ATIRE NO PIANISTA
Há, na Filadélfia, nos E.U.A,
Um pianista que não quer encrencas;
um irmão em busca de ajuda;
uma garçonete que sabe mente como ninguém;

E dois pistoleiros armados até os dentes em busca de um acerto de contas!

Pessoa, continuem lendo a resenha no blog MARCADOR EXPRESSO. Ficou super legal!
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Frid 13/10/2015

Atire-se na leitura do livro
Reli o livro e ele continua atual, não envelheceu nada. Não, envelheceu um pouquinho nos padrões monetários. A mulher consegue jantar com 60 centavos de dólar, um café vale dez centavos, o pianista trabalha por 30 dólares semanais....

O enredo do livro: um pianista de um bar de última categoria na Filadélfia recebe a visita surpresa do irmão, que está sendo seguido por dois pistoleiros. Ele não quer se envolver com os problemas do irmão, pois imagina que não vai ter como sair dos seus rolos. Entretanto, acaba envolvendo-se, salvando o irmão e passando a ser perseguidos pelos pistoleiros. E cai neve o tempo todo....

O autor domina seu ofício, prende a nossa atenção por todas as páginas. O leitor vai se envolvendo com a trama, os personagens, querendo saber mais e mais, o escritor soltando as informações pouco a pouco, controlando o enredo, surpreendendo a cada capítulo. A forma de informar sobre o passado do personagem principal chega a ser até um outro livro autônomo, surpreendente. Estou segurando-me para não revelar dados do livro que possam revelar segredos da trama, mas uma pergunta faz-se necessária: como ela sabia que ele era o Edward? Quem era ela??? Boa leitura!
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Jeff Ettore 19/05/2014

Isso é literatura e Goodis é um mestre
"Atire no pianista" é uma leitura rápida e sem rodeios, a trama não é complexa, pelo contrário é muito simples e foi isso que eu mais gostei. Eddie, o pianista, é o personagem principal. É um cara simples, humilde mas que esconde um passado negro e perturbado dentro de si e que a cada paragrafo esperamos que se mostre e toque o terror. Isso é oque prende o leitor, pois não temos a expectativa de chegar ao final da estória e sim de chegar a próxima página, o próximo dialogo... Assim chegamos ao fim sem se dar conta. Não esperem por final feliz, Goodis retrata o cotidiano das classes baixas, dos proletários e daqueles que sabem que não existe finais felizes, somente um dia apos o outro que é igual ao anterior. Noir... isso é literatura e Goodis é um mestre.

site: alicenascorrentes.blogspot.com.br
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Marcelo 19/01/2013

Um suspense fantástico
Um livro pequeno, de fácil leitura e cativante. O escritor em poucas páginas consegue descrever os locais e a ação da história com detalhes incríveis.
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Ronnie K. 22/04/2010

Absolutamente simples e genial.
Eddie Lynn um dia foi um talentoso e requisitado pianista clássico; porém uma grande tragédia pessoal o fez abandonar o prazer de viver, tornando-o autodestrutivo e fazendo-o mergulhar cada fez mais no abismo social. No fim das contas, o encontraremos trabalhando de pianista numa espelunca ensebada de terceira categoria em troca de uns míseros trocados. Para piorar, outra fatalidade está prestes a cair sobre seus ombros: seus dois irmãos, legítimos foras-da-lei, após um golpe de traição na organização criminosa a que pertenciam, são perseguidos por uma dupla de pistoleiros para o acerto de contas e, um tanto involuntariamente, acabam arrastando o pobre Eddie para o centro dessa confusão.

"Atire no pianista", como é comum no universo literário do escritor David Goodis, retrata brilhantemente certo tipo de marginalidade: pessoas decadentes e desiludidas, então entregues geralmente à bebida e ao puro desalento, vivendo no automatismo ou na prática de crimes. A linguagem empregada é absolutamente sem contra-indicações! Prosa enxuta, límpida e irresistível, sem no entanto abrir mão da acuidade psicológica e das sutilezas. Coisa que, como se sabe, não é muito comum. O que torna a leitura desse romance, não somente ágil e envolvente, mas altamente recomendável.

Talvez o maior mérito desse despretencioso romance seja o ponto de vista adotado em sua narração. A ação não é centrada nos irmãos criminosos de Eddie, o decadente pianista. Na verdade eles pouco aparecem. Muito menos os pistoleiros que os perseguem. Prova da sutileza e extrema criativade empregados pelo autor, toda a história é vista pelos olhos de Eddie. Então o que temos? Temos que as ações ocorrem tangencialmente: sobressai um clima de suspense, de ameaças, de tensão, de medo. Eddie sabe que está sendo vigiado, mas não sabe extamente por quê. Há retalhos de acorrências, como se Eddie entrasse dentro de uma tela de filme de ação e involuntariamente fizesse parte de algumas cenas. A sensacional sequência final é prova disso: exímia e perfeita demonstração do "poder de fogo" do escritor e toda sua habilidade de fundir cenas de ação com monólogo interior, além de nos brindar com um epílogo preciso e emocionante. Em suma: uma obra-prima forjada nas sarjetas.

TRECHO:

"Havia também o piano.

'O mesmo piano', pensou Eddie, olhando para o instrumento em ruínas, que surgia como um fantasma naquela luz amarelada. O teclado estragado pelo tempo parecia uma exposição de dentes cariados, com o marfim de várias teclas arrancado. Eddie ficou olhando-o, sem perceber que Clifton o observava. Aproximou-se do teclado e estendeu a mão para tocá-lo. Qualquer coisa puxou sua mão, ela se enfiou por baixo do sobretudo e no bolso do paletó. O rapaz sentiu o peso da arma.

'E daí'?, perguntou-se, voltando ao presente, aos fatos reais. 'Tiraram-lhe o piano e lhe deram um revólver. Você queria dedicar-se à música mas, devido ao rumo que as coisas tomaram, esse é um assunto encerrado. Daqui por diante só existe isso: o revólver.'"
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Sullivan 10/12/2009

UM otimo suspense. Somos apresentados a um protagonista totalmente inprevisivel e frio. Mostra toda obscuridade presente no sentimentalismo humano apresentados através do lirismo.
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