Gabriela 28/01/2024
Romance inicial do Eça, valeu a pena
Li em alguma resenha sobre o sensacionalismo que a crítica aos sacerdotes da igreja católica poderia mostrar. Pra mim, a personagem do João Eduardo serviu para isso. Em alguns momentos senti um certo exagero no "coitadinho de mim". Entretanto, são válidos os apontamentos do autor.
O diálogo final, esbanja hipocrisia e realismo.
Sobre o crime em si, eu imaginei que seria uma coisa, depois esperei por outra e no final senti pena do Amaro.
Naquele momento, as amarras da religião martelavam na cabeça de Amaro, e acredito que em todo leitor que esperava um final mais agradável.
Meus sentimentos pelo padre oscilaram muito durante a leitura, e como estamos falando de realismo, achei valida a consternação.
Enfim, apesar de ser o primeiro do Eça, gostei mais que Primo Basílio