Resenhas - O Crime do Padre Amaro

Michela Wakami 07/11/2021

O Crime do padre Amaro, trás muita crítica ao clero.
Exagerou? Deu um bom final?
Você tem que ler para descobrir.

Camila Felicio 16/02/2024

Estou tão sem palavras que ficaria difícil fazer a resenha! Que livraço, e que honor falar a mesma língua que o Eça! Para mim só está abaixo de Os Maias!
Grande Eça ????
Leiam - é importante ter estômago! Ainda que seja absurdo o tal crime o livro nos proporciona excelentes risadas e reflexões!
Não tenho dúvida que entrará entre meus favoritos do ano!

Paula 23/08/2022

Chato
Esse foi tenso...
Única parte que achei interessante é ver o poder que a igreja ainda tinha sobre a moralidade e a própria sociedade, além do preconceito contra ateus e não religiosos. Fiquei com dó do José Eduardo, só se f0d3 o livro todo.
Na verdade eu custei terminar, muita enrolação e descrições desnecessárias. Esperava mais para um livro tão famoso.

Raiane M 11/08/2021

Em alguns momentos eu só queria entrar no livro e bater na cara de alguém, mas realmente Eça de Queiroz teve uma habilidade incrível ao escrever os personagens desde a angústia do próprio Amaro com sua situação de padre e Amélia com seus delírios sobre o próprio padre, o céu e o inferno, o final trás um sentimento de injustiça e impotência, mas não acredito poderia ter outro final que não esse.

Sandra 28/10/2016

A história de um amor proibido
O crime do padre Amado é um clássico do escritor português Eça de Queirós. Conta a história do amor proibido entre Amaro e Amélia. Ele, um padre novo, de 30 anos, recém-ordenado, e ela, como diz o livro: “a rapariga mais bonita da cidade”. Tinha 22 anos. Para os padrões da época ela já deveria estar casada...

É um romance realista. O Escritor retrata bem os costumes do seu tempo, sobretudo a decadência moral do clero e da sociedade. Nasceram muitas intrigas e maledicências na casa de S. Joaneira, onde a “padraria” e as beatas de Leiria se reuniam...

Voltando ao casal: Amélia tinha para com o pároco uma senhora devoção: ele era a perfeição para ela. Já os sentimentos de Amaro eram mais “terrenos”. Tive muita raiva de Amaro. Na minha opinião ele foi um covarde, sem escrúpulos. Não mediu as consequências dos seus atos (bem, ela também não, mas creio que ela foi vítima, se foi isso que o autor quis passar, deu certo). Sabe aqueles pensamentos que costumávamos escrever nas contracapas dos cadernos (isso aqui é para as balzaquianas, kk)? Lembro-me de um assim: “o pior erro de um homem é despertar o amor de uma mulher, sem ter a intenção de amá-la”. Achei que o padre vestiu muito bem essa “roupa”!

A paixão enlouquecedora entre eles dava vislumbres de que não acabaria bem.

(Publicado originalmente no meu face em 10/01/14)

Leitorconvicto 21/01/2024

Minha pergunta é...
Amaro é vítima ou não de um mundo de interesses? As contradições da sociedade da pequena cidade de Leiria são o pano de fundo de uma tragédia moral do protaginista

Julia 20/01/2023

padre de Fleabag >>> padre Amaro
Nesse livro você encontra o suprassumo da hipocrisia religiosa e o pior que pode haver numa exemplar sociedade portuguesa do século XIX. Ao mesmo tempo em que achei a leitura densa e um pouco complicada, consegui me divertir e ficar vidrada na história. Um livro que nos faz refletir sobre os falsos moralistas cristãos. Bem blasfêmico rsrsrs.

Tavito 27/02/2009

O gozo da santa
Dizer que não gosto de literatura portuguesa fica no mínimo estranho depois de ter me aproximado tanto de inúmeros autores lusitanos desde Camões aos mais contemporâneos como Sophia de Mello-Breyner ou Manuel Alegre, no entanto, a quebra de preconceitos com esta outra literatura deste outro português se deu pela leitura deste que eu considero o melhor livro já escrito em terras lusitanas. e olha que eu considero muito a Mensagem ou os sonetos de Bocage. No entanto, quando Eça de Queirós mira sua flecha no cerne da questão religiosa, somos projetados junto ao corte rumo ao alvo, temos que nos compelir para que possamos não ser esmagados ao final do trajeto, já que despeçados, isso é fato que estaremos. O celibato jamais será para mim plausível, a igreja em si, as instituições todas, o estado, a sociedade, as pessoas, os costumes, as tradições, e também o novo, tudo quebrado e morto junto com Amélia e tudo isso como idéias abortadas da mesma Amélia e de suas ilusões em relação ao amado Amaro. Um jogo de perca de ilusões definiria bem, mas o livro vai ainda além e toca na questão da pragmaticidade do próprio romance nas páginas finais que eu considero de longe uma das mais bem engenhadas e verídicas palavras que nesta lingua já foram escritas.

Henrique 30/07/2020

Belamente escrito
Como ninguém o Grande Eça faz uma crítica ferrenha às hipocrisias da sociedade e aos arreios da religião. Seu uso da prosa nos leva (bela e) suavemente pelas consequências, muitas vezes esmagadoras, das nossas escolhas.
Dei-lhe quatro estrelas pelas lágrimas tristes que o ferrenho escritor me trouxe ao final da leitura, quando, sem compaixão, expôs o mundo injusto em que vivemos.

Gabriela 28/01/2024

Romance inicial do Eça, valeu a pena
Li em alguma resenha sobre o sensacionalismo que a crítica aos sacerdotes da igreja católica poderia mostrar. Pra mim, a personagem do João Eduardo serviu para isso. Em alguns momentos senti um certo exagero no "coitadinho de mim". Entretanto, são válidos os apontamentos do autor.

O diálogo final, esbanja hipocrisia e realismo.

Sobre o crime em si, eu imaginei que seria uma coisa, depois esperei por outra e no final senti pena do Amaro.
Naquele momento, as amarras da religião martelavam na cabeça de Amaro, e acredito que em todo leitor que esperava um final mais agradável.
Meus sentimentos pelo padre oscilaram muito durante a leitura, e como estamos falando de realismo, achei valida a consternação.

Enfim, apesar de ser o primeiro do Eça, gostei mais que Primo Basílio

Vanessa 07/11/2021

O livro é uma crítica a alguns indivíduos pertencente a igreja de Roma no século XIX. Em como o poder e a corrupção moral e carnal andam juntas em alguns casos. O autor também nos apresenta os extremos da fé na igreja em meio ao povo, retratada por beatas, onde um simples pensamento pode levar ao inferno, e os chamados liberais,, pessoas com pensamentos e ideias contrárias ao defendido pelos fiéis da igreja.
O autor retrata a questão de que alguns jovens são levados ao seminário não por vontade própria, mas sim por escolha de outros; como o personagem principal do livro o padre Amaro, que vive em conflito entre ser fiel ao seu juramento e os desejos mundanos.

Thamara 01/04/2020

Sociedade é má
Ótima crítica a sociedade (da época e se aplica atualmente também), em resumo é o seguinte: Os meus interesses são mais importantes do que qualquer outra coisa. O Crime do Padre Amaro foi exatamente isso, pensar apenas nele mesmo.

Luan.NietzsChe 15/01/2024

Uma crítica ao clero
A estória, ela é muito bem feita, apesar de a escrita ser lenta e bastante cansativa. Uma clara crítica ao clero, Eça de Queiroz nos mostra certa dificuldade dos sacerdotes na vida clerical, onde devem abster-se do que, para eles, é mundano. Privar-se dos desejos naturais é uma das regras, e ela é quebrada pelo padre Amaro, ao se apaixonar pela Amélia e manter uma relação, obviamente, em segredo, aos maiores cuidados. Ora, ora, virar um padre faz você se abster, automaticamente, dos prazeres naturais? Claramente não, vêem apenas como uma obrigação, seus desejos não vão sumir num piscar de olhos. Portanto, os sacerdotes mantêm, lá no fundo, todos esses desejos ocultos... No fundo, eles querem! E às vezes fazem! Não continuarei a descrição, não quero falar nenhum spoiler.
Para mim, a escrita do Eça de Queiroz pecou bastante por ser tão, mas tão cansativa! Estória lenta, densa, para se ler devagar mesmo, mas, sinceramente, me cansava lendo-o e isso não me agradou. Mas, o que valeu quase suas quatro estrelas ? três e meia, para ser mais exato ?, sendo assim, considerado "bom", fora o enredo, que foi muito bem feito, tudo se ligando... Muito bem feito!

Kamy 28/01/2020

Cansativo
Demorei, mas finalmente consegui terminar de ler este livro. Não vou sair dizendo que é de todo ruim, mas que ele tem umas partes chatas, ah isso tem!

Como puderam ver, o livro fala sobre um padre que comete um crime. Calma, não é o que todos devem estar pensando (acho), o crime dele foi se apaixonar. Isso pela época (por volta de 1871) já deveria ser o caos. Como assim um padre se apaixonar? É um pecado mortal!



Só isso já geraria uma polêmica e tanto na época, mas conforme você vai lendo, poderá perceber que a coisa vai piorando a cada pagina. Foi aí que entendi o motivo da revolta do vaticano contra o livro naquela época. Por pouco não crucificaram Eça de Queiroz rsrs.

Claro que se você for daquelas devotas que ficam de cabelo em pé por qualquer coisinha, o recomendado é não ler mesmo, pois tenho certeza q nem tentará entender o lado do padre Amaro.

E antes que perguntem, sim entendi, apesar de não ter achado algumas coisas que ele fez como o certo. O legal é que sem querer você acaba pensando na vida dos padres de hoje em dia. Claro, antigamente os rapazes mais viravam padres por obra da familia, hoje em dia, viram mais por devoção deles mesmos, porém, por mais devotos que sejam, ainda são homens e correm o risco de se apaixonarem (já aviso, não estou defendendo aqueles que praticam pedofilia e essas coisas u.ú).

Mas voltando, Amaro só virou padre, pois a senhora que cuidava dele após a morte de sua mãe, achou por bem colocá-lo no convento de padres já que achava que estava fazendo o melhor pro garoto. Como respeito que ele tinha por ela, não reclamou nem nada, aceitou de bom grado, tbm coitado, pensou que nunca iria se apaixonar, já que era só um garoto franzino que nunca chegou sentir atração por nenhuma garota de sua idade.

Pensava assim até conhecer Amélia. Como se desenvolveu a história deles não vou contar, senão estragarei tudo, mas garanto que é bem polêmica mesmo.

O que irá chocá-los também será os pensamentos dos padres. É tão... bizarro, eles se sentem superiores só por usarem batidas.


Se caso alguém quiser se arriscar a ler, já aviso, ali eles mudam o tempo com uma facilidade absurda. Na mesma hora que estão no presente, mudam pro passado sem nem vc perceber rsrsrs...