O sol é para todos

O sol é para todos Harper Lee




Resenhas - O Sol é Para Todos


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Ferreiralaura 03/04/2024

Talvez o sol não seja para todos
Esse livro é muito lindo e triste ao mesmo tempo. Se passa na década de 30 quando um advogado branco decide lutar e defender um negro, é belo pois é narrado por uma criança, inocente que enxerga o lado bom da vida, triste pois é regado racismo e preconceito. Muito emocionante.
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Evee 6mg 03/04/2024

Interessante, porém odeio pov de criança?
Não importa o quão necessário um livro seja, eu não consigo sonhar em ver o mundo pelos olhos de uma criança. Já passou a minha época sabe, imagina voltar a saber menos doq eu sei hoje? Não suporto?
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beca 02/04/2024

Que livro maravilhoso. Né fez refletir sobre variooos aspectos e situações da minha vida. É o livro que todo ser humano deveria ler. Leitura Obrigatória!!!
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maria.e.sousa.7 01/04/2024

Magistral
??Magistral??

Por muito tempo quis ler este livro, muitos anos mesmo. E, finalmente, cá estamos! Um romance de formação, que conta sobre a estruturação da personalidade e caráter de uma criança, seu amadurecimento a partir da observação do mundo e seu julgamento sobre aquilo que vê acontecer ao seu redor, os posicionamentos do pai e da família, e como isso influencia essa personalidade em formação.

A estória se passa na fictícia cidade de Maycomb, no Alabama, nos anos 1930, em meio à Grande Depressão ? período econômico sombrio que se seguiu à quebra da bolsa de Nova York em 1929. Em meados dos anos 1930 os EUA ainda vivem sob as leis de segregação racial, chamadas Leis de Jim Crow, promulgadas no fim do século XIX, que tinham como lema ?separados, mas iguais?, e que exigiam instalações públicas separadas para brancos e negros: na educação, saúde, espaços públicos em geral. A segregação não oficial também é social, pois os pobres também estão segregados às regiões menos ?nobres? das cidades.

É nesse contexto que cresce Jean Louise ? Scout ? uma menina de seis anos, inteligente, arguta, atenta, fora dos padrões e normas aceitas para meninas da sua época e é a partir dos olhos de Scout e da observação do mundo à sua volta, a partir dos seus olhos de criança, que a estória é contada e talvez por isso mesmo os temas densos e críticos que a estória traz pareçam ser tratados de forma leve. Diz-se que o romance é largamente baseado nas experiências da própria autora e em um caso similar que teria ocorrido na sua cidade natal, Monroeville, quando ela era criança.

Scout tem uma história de vida já diferente, criada junto com seu irmão apenas pelo pai, tendo a mãe morrido anos antes ? se hoje é incomum um homem criar filhos sozinho, imagine no início do século XX! Esse pai tem o suporte da governanta negra, ainda assim, ele não deixa a educação e formação dos filhos completamente ao encargo desta, como seria ?esperado?. Este também é um homem e um pai incomum, à frente do seu tempo ? não é, pois, incompreensível que seus filhos tenham uma visão mais alargada do mundo; um pai que também não se encaixa muito nos moldes da ?tradicional família americana?, não apenas porque cria filhos sozinho, mas porque tem uma visão muito própria de como educá-los, de como moldar seu caráter, sem se preocupar tanto com as convenções e com ?o que os outros vão dizer?. Atticus não se importa, por exemplo, que os filhos o chamem pelo nome, ao invés de chamá-lo de ?pai?, para desconforto da irmã.

Scout narra a vida acontecendo na cidadezinha, a partir do dia a dia da sua família incomum, da sua rotina na escola, na vizinhança ? com seus tipos comuns e estereotipados ou excêntricos e improváveis ?, a partir de fatos esparsos do trabalho do pai... E vamos vendo aos poucos a segregação e o preconceito tomando forma, seja escancarado ou dissimulado, disfarçado de cuidados com as normas e ?bons costumes?. Maycomb é a típica cidade interiorana dos EUA, em que a segregação é explícita e aceita como norma: divisão até geográfica entre negros e brancos e entre pobres e ricos; além do preconceito contra negros e pobres, há também preconceito contra mulheres, deficientes, desajustados sociais e minorias em geral.

Atticus é advogado por vocação ? numa família de homens tradicionalmente ?da terra? ? e se posiciona contra as soluções ?fáceis? oferecidas por aqueles que têm caráter frouxo ou simplesmente preguiça de pensar; mesmo quando as decisões vão lhe criar problemas pessoais, ele não opta pela saída fácil: integridade na sua melhor expressão. Ele é escolhido para defender um homem negro e deficiente físico, que é acusado de estuprar uma mulher branca, contra todas as evidências. Ele poderia recusar, mas sente que este é ?o? grande caso a sua vida, e prepara sua família para o choque e desprezo que irão enfrentar na sociedade local.

Em diversos eventos que povoam o crescimento de uma criança, dos mais prosaicos aos mais significativos, vemos Scout observar, absorver, maravilhar-se, surpreender-se, entediar-se, questionar, julgar e tomar tento de como o mundo funciona; aprendendo as lições, com o pai e outros adultos que respeita, a lhe explicar, cuidar, acolher, conduzir.

A primeira parte do livro prepara o cenário e cria o contexto; na segunda parte vem o grande acontecimento que ilustra a luta imemorial humana por justiça e pela verdade, mesmo quando as chances de vê-las triunfar são mínimas ou praticamente inexistentes.

Não à toa se tornou um clássico instantâneo, pois o romance trata de questões nevrálgicas da história americana e humana: integridade, justiça, dignidade humana, direitos civis, verdade, inocência ? e a perda desta ?, desigualdade social e racial, hipocrisia, violência, famílias abusivas, estupro, incesto. Alguns desses valores acimas são promulgados como espinha dorsal da sociedade americana, a ?Terra da Liberdade e das Oportunidades?, sendo, contudo, conspurcados pela hipocrisia e unilateralidade daquele país, onde a segregação segue existindo de forma não-oficial, mesmo no século XXI.

A tradução do título para o português privilegiou o tema central do livro, talvez pela dificuldade de traduzir o título original, a começar pelo fato de o pássaro mockingbird existir majoritariamente na América do Norte, aparecendo em poucos países da América do Sul. A tradução de ?mockingbird? seria algo como ?pássaro imitador? (to mock = imitar), ou mimidae, pois é um pássaro que imita o canto de outras aves. Também traduzido como ?pássaro-das-cem-línguas?, é às vezes associado ao sabiá, ao tordo, ao rouxinol e, embora possa ter parentesco com essas espécies, realmente não existe por aqui. Em muitas análises e resenhas, o título do livro se traduz como ?matar a esperança?, um ato de crueldade desnecessária ao se matar uma ave que nada faz além de agregar beleza ao mundo com seu canto. Eu traduziria como ?Para matar um mimidae?, mas a ideia central é a ?perda da inocência? da própria protagonista no seu processo de amadurecimento precoce, ao ser exposta a todos aqueles acontecimentos em primeira mão, por ser filha de quem era, e por escolher assistir ao desfecho de tudo em primeira mão, ao invés de ser poupada, conforme queria seu pai.

Há ainda, o desfecho inusitado, em que as crianças são salvas pelo mais improvável dos ?heróis?: um homem velho, adoentado, recluso, ele mesmo vítima de preconceitos e envolto numa mística criada pela imaginação fértil das crianças. Eu me perguntava porque a autora teria passado tanto tempo se ocupando daquele personagem, importante, aparentemente, apenas na percepção das crianças na primeira parte do livro, mas eis que ele se torna crucial no último capítulo e desfecho da narrativa.

É um romance simples, onde o local fala do universal e, por isso mesmo, é magistral, uma verdadeira obra-prima, merecedor dos prémios e lugar que conquistou na literatura.

Fiquei particularmente feliz por ler este livro neste momento, tendo indicado na SLV, e sou muito grata a todos da SLV por terem votado como livro do mês de março/2024. Assim, além de me deleitar com essa obra magistral, ainda pude me deleitar duplamente com as análises, percepções e visões de todas as pessoas que o leram junto. Foi realmente maravilhoso! Muito obrigada!

Recomendadíssimo!
5/5 ou 10/10
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Jéssica Dutra 31/03/2024

Eu amei!
A temática do livro é bem pesada, mas a forma como é narrada torna o livro incrivelmente leve.
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Cris.Aguiar 31/03/2024

De uma escrita simples, perfeita para a época, idade e crescimento da narradora (Scout) ela nos leva precisamente para uma cidade pequena dos eua que tanto vemos em filmes. Personagens caricatos que nos deixam "à vontade"... passeamos na história com desenvoltura enquanto a Lee nos entrega o tema de presente no colo: o racismo pós abolição e a postura dos brancos com o que agora eram negros "humanos". Estão ali o preconceito, o medo, o arrojo, o pisar em ovos... a herança britânica de conduta, as novas condutas de um novo país.

Super entendi porque virou um clássico.

A leitura foi rápida, simples e impactante. E ter pesquisado depois sobre os fatos históricos citados no livro recheou o contexto, aconselho.

Recomendo muito a leitura (eu demorei muito para que acontecesse!)

CLUBE LEITURA SLV: março 2024

site: https://sociedadedosleitoresvivos.wordpress.com/
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nmr_cc 31/03/2024

Uau, simplesmente uau.
Não tem como esperar muito do sul dos Estados Unidos, isso a gente já sabe.
Mas o jeito que essa mulher escreve a história deixa 192992029202 de vezes melhor.

O fato de ser pela visão de uma criança, mostra a simplicidade diante de assuntos complexos e como todos deveríamos ser. A autora sempre deixa um toque de mistério que te prende completamente a leitura.

Impressionante como ela consegue fazer com que o acontecimento principal não pareça tão principal assim, porque a história inteira é imprescindível e envolvente.
Me surpreendi muito! Sabia que era bom, porque nunca vi uma crítica negativa, mas não sabia que era TÃO bom.

O livro perfeito para olharmos para nós mesmos e revermos nossos conceitos.
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Carol.Silva 30/03/2024

Uma história ficcional sobre como o racismo pode destruir a vida de alguém narrada por duas crianças.
Eu gostei do livro a partir da metade dele, antes disso foi tudo muito monótono, cansativo e difícil de assimilar. Acredito que poderia ter sido melhor, pois a escrita não é ruim.
O final me surpreendeu, de certo modo. Não foi o que eu esperava, mas é incrível como faz jus à narrativa do livro e ao que ocorre no mundo.
Recomendo o livro mesmo não tendo gostado do início, pois talvez tenha sido uma dificuldade pessoal minha e outras pessoas consigam tirar proveito da leitura desde o início.
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Majú 30/03/2024

Meu livro favorito do ano, sem sombra de dúvida !
" {...} Cheguei à conclusão de que as pessoas eram estranhas, por isso, fui me afastando delas e só pensava nelas quando a isso era obrigada."
//
A história se passa em uma cidadezinha do Alabama, na década de 1930. Pela perspectiva de uma menininha de uns sete anos, imaginação, cotidiano, aventuras, brincadeiras, aprendizados, amizades e os processos de amadurecimento e descobrimento de mundo mesclam-se em uma narrativa em primeira pessoa gostosíssima de ler !
É maravilhoso acompanhar a infância da Scout, com seu irmão Jem e seu amigo Dill, pq eles sobretudo estão sendo o que são : crianças. Crianças que brincam, que são curiosas, imaginativas, vivazes, indagadoras. Crianças que, por serem exatamente como são, cativam e conquistam os mais intransigentes adultos.
Crianças que exploram os misticismos da pequena cidade onde vivem, que questionam as segregações sociais raciais existentes, que são atentas ao universo dos adultos.

Eu dei cinco estrelas, mas poderia dar infinitamente mais. É lindo demais ler livros com protagonistas crianças que permanecem crianças, que são crianças e que se permitem serem crianças.
Não sei. Talvez eu esteja sendo pedagoga demais aqui.
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naclara20 30/03/2024

Um dos livros mais extraordinários eu eu já li. É lindo, tem tantas questões envolvidas além do racismo na sociedade estadunidense. O ponto de vista ser de uma criança é a cereja do bolo. Todo mundo deveria ler!
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Marcela.Silva 30/03/2024

O Sol é mesmo para todos?
Primeiramente, gostaria de falar sobre esse título em português que sinceramente, não gostei. Ok, ficou algo meio poético, como uma lição de moral, mas aqui temos uma afirmação e no decorrer da leitura, vemos que não é verdade. O título original é ?To Kill a Mockingbird?, algo como ?Matar um pássaro? que na minha percepção, não diz muito sobre o que de fato quer dizer o livro, porém após ter feito a leitura, você consegue entender claramente o pq. Essa era a ideia de Harper Lee; ela queria levantar inúmeras perguntas, questões complexas e não fornecer nenhuma resposta. Queria que pensássemos sobre e que descobríssemos sozinhos as respostas para tantas questões aqui apresentadas, por exemplo, o racismo.
Um clássico norte americano e mundial, quando se fala de ?O Sol é para todos?, o tema mais lembrado é a questão do racismo. Conta a história de um advogado branco, Atticus Finch, que resolve enfrentar aquela sociedade racista da década de 30 e defende, na justiça, um homem negro que foi acusado injustamente de ter violentado uma mulher branca. Naquela época, negros e brancos tinham valores completamente diferentes dentro da sociedade americana e mesmo sendo óbvia a sua inocência, a palavra de um homem negro nunca se sobrepunha a de uma mulher branca.
A história não é contada do ponto de vista do gracioso advogado, nem de um adulto ou um narrador em terceira pessoa. É contada do ponto de vista de uma menininha muito inteligente e que tem entre 6 e 8 anos, filha mais nova de Atticus Finch, a Scout.
Ao fazer essa leitura, tive uma visão bem nítida que a questão do racismo é só um pedacinho dessa história. Trata-se de uma questão ainda mais abrangente que incluiu racismo, conservadorismo, o papel da mulher naquela sociedade preconceituosa e a aceitação do outro, do que é diferente.
Neste livro, existem duas visões: as das crianças que não foram corrompidas a essa sociedade racista da qual nasceram, mas já começam a manifestar ?preconceitos humanos?, aquela tendência de rejeitar o que é diferente. Um exemplo é o excesso de bullying que praticam para com certos vizinhos e um menino ?caipira?, pobre que veio de outra cidade.
A segunda visão é relacionada ao mundo dos adultos brancos, que são completamente tomados pelos preconceitos raciais, econômicos e sociais. Existem algumas exceções, mas a grande maioria dos adultos são tratados como fofoqueiros, mesquinhos e capazes de cometer violência contra a comunidade negra que vive segregada naquela cidade.
O livro mostra o tempo todo esse choque de como as crianças e adultos enxergam o mundo.
A cidade fictícia de Maycomb County, e onde se passa todos os acontecimentos, é inspirada
em uma cidade do Alabama, onde Harper Lee nasceu e cresceu. Scout, uma protagonista menina e que era coisa rara na época, tinha exatamente a mesma idade que Lee tinha nos anos 30. Harper também era filha de um advogado que chocou a cidade ao defender dois homens negros em um processo semelhante. Ela escreveu este livro pensando na sua própria infância e vivências.
Após publicação do livro, em 1960 e com o filme
em 1962, Harper Lee foi elevada ao patamar de uma das menlhores escritoras dos Estados Unidos e sua obra é leitura obrigatória nas escolas norte americanas.
Minha pergunta é: pq este livro não é leitura obrigatória em todas as escolas do mundo? Ainda dá tempo de mudar isso.

?Alguns pretos mentem, alguns pretos são imorais e alguns homens pretos são perigosos para as mulheres? brancas ou pretas. Mas esta verdade aplica-se à raça humana e não a uma raça específica.?

?Coragem é sabermos que estamos perdendo a partida, mas recomeçar na mesma e avançar incondicionalmente até o fim.?
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maria 29/03/2024

?? Chorar por causa de que, sr. Raymond?

? perguntou Dill, querendo se defender.

? Por causa do inferno pelo qual algumas pessoas fazem as outras passarem sem nem pensar. Por causa do inferno pelo qual os brancos fazem os negros passarem, sem nem sequer pararem para pensar que eles também são gente.?
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Jessica.Costa 29/03/2024

Uma historia triste que, ao mesmo tempo, com o passar dos anos, continua sendo verdadeira. Que só aos olhos de uma criança parece ser surreal.
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Bia 29/03/2024

O sol é para todos
Esse livro é realmente maravilhoso, a escrita do autor é fantástica.

O livro é contado sobre a visão de uma criança que vive em uma cidade pequena na década de 30 onde ela convive diariamente com o racismo e machismo, Mas por ainda ser criança ela não tem consciência de tudo.

Para mim a melhor parte é a do julgamento, o autor consegue passar uma angústia e ansiedade incrível enquanto é realizada a leitura.
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Jaine.Beling 29/03/2024

Leitura Obrigatória
Nossa narradora neste livro é uma criança, imersa em uma sociedade preconceituosa e racistas. Desde o início vemos o quanto a narradora possui uma personalidade forte mesmo na infância.
No início do livro ela possui muitos dos preconceitos da própria sociedade, incentivados pelos vizinhos e colegas.
Porém ao decorrer dos acontecimentos da história, com toda inocência infantil vemos ela entender como tudo aquilo é errado. E como ela com sua personalidade forte quer mudar o mundo ao seu redor.
O livro em si fala sobre vários preconceitos daquela e época, desde pobreza, racismo, agressão contra mulher, a falta de direitos das mulheres naquela época.
Esse livro deveria ser leitura obrigatória em escolas, pela sua relevância e inocência ao abordar temas tão pesados.
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