Viagem ao Redor do Meu Quarto

Viagem ao Redor do Meu Quarto Xavier de Maistre




Resenhas - Viagem ao Redor do Meu Quarto


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Ivonete 14/05/2024

Devaneios de um jovem militar
Por conta de um duelo, Xavier de Maistre, um nobre militar francês, foi condenado a ficar confinado em seu quarto por 42 dias.

A partir deste contexto surge o livro Viagem ao redor do meu quarto, cujo título é uma paródia aos relatos de viagem, muito em alta na época do escritor.

Maistre faz uso dos objetos de seu quarto para viajar, através de reflexões, por seus sentimentos, pensamentos e lembranças.

Como se fosse um zigue-zague, o autor discorre de forma introspectiva e digressiva por vários assuntos, movimentando-se livremente de um assunto a outro.

Um livro que possui capítulos curtos e que conversa constantemente com o leitor. Inclusive foi um autor com grande influência para Machado de Assis:

"Trata-se de uma obra difusa, na qual eu, Brás Cubas, se adotei a forma livre de um Sterne ou de um Xavier de Maistre, não sei se lhe meti algumas rabugens de pessimismo". - prólogo da 4ª edição de Memórias Póstumas de Brás Cubas.

Em uma de suas reflexões, Xavier divide o ser humano em 2 partes: a alma e a besta (corpo e alma).

Essa analogia é exemplificada com muitas coisas engraçadas ou corriqueiras do nosso dia a dia. Eu me diverti muito com essa parte e achei genial.

O livro não é linear, ele vai e vem em diversos assuntos, às vezes engraçado, às vezes melancólico, às vezes reflexivo, às vezes crítico, ironico e satírico, mas sem nunca deixar de lado o belo.
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Jimsalabin 10/05/2024

Prazeres mentais na espera de uma clínica
Esse livro nomeou partes da minha mente que eu não reconhecia
Estavam tão absortas em um só
Que viver entre devaneios e realidade é como respirar
Não percebo
Apenas faço
E sem eles não existo
Me pergunto as possíveis transformações internas que eu teria se escrevesse como o Xavier
Mas não sou tão talentosa ou corajosa como ele
Apenas me sinto representada em silêncio
Nunca vou revelar
Mas nós dois sabemos que somos iguais
Intimidade com um francês de séculos atrás
Obrigado Machado ?
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milton_rocha 30/04/2024

Uma pena não ter lido na pandemia
Creio que no momento de pandemia este livro teria sido indispensável para todos nós que nos questionávamos sobre a existência sem poder sair de casa, sem poder interagir socialmente com outros questionadores.

Ao ler sobre uma pessoa que, de fato, foi confinada dentro de sua casa como um exílio, durante um período, vemos imensas semelhanças com o que todos nós fomos obrigados a viver por diversos meses. Entretanto, as angústias dão lugar aos questionamentos para a vida, à reflexão sobre o comum e simples que existe na nossa frente, dão lugar ao contentamento com o que existe, mas com a transferência da consciência para locais e momentos em que não se estava confinado, creio que eu não tive a mesma capacidade e maturidade de Xavier.

Para mim, este livro é menos sobre a viagem ao redor de um quarto e mais sobre a construção de um Eu que não depende do contato físico, que não depende da existência física per se, mas sim, da capacidade de conseguir pensar e imaginar as coisas e saber que se está vivendo como deveria, mesmo que as condições momentâneas não sejam o ideal desejado.

"A cama nos vê nascer e nos vê morrer; é o palco efêmero onde a humanidade representa, alternadamente, dramas interessantes, farsas risíveis e tragédias medonhas. — É um berço guarnecido de flores; — é o trono do amor; — é um sepulcro." (p. 49)

"agradável ter uma alma dissociada da matéria, a ponto de fazê-la viajar sozinha quando se julga oportuno, essa faculdade tem também seus inconvenientes." (p. 68)

"— Feliz aquele que encontra um amigo cujo coração e espírito lhe agradam; um amigo com quem se une por conformidade de gostos, sentimentos e saberes; um amigo que não seja atormentado pela ambição nem pelo interesse; — que prefira a sombra de uma árvore à pompa de uma corte! — Feliz aquele que tem um amigo!" (p. 135)
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Wender30 26/04/2024

????
Eu não consigo nem elaborar uma resenha sobre esse livro???? Sei lá, 300 paginas de nada, realmente não entendi.
Rafaan 26/04/2024minha estante
300 páginas pra nada né amg ?


Lív 26/04/2024minha estante
P q???


Wender30 26/04/2024minha estante
Nao me levem a mal, eu entendo que o livro contra a história do militar que foi obrigado a ficar literalmente no quarto dele e etc, mas eu sinceramente poderia ligar menos pra história e para as coisas que ele descreve. Dormi em boas partes da leitura


Giovanna2283 14/05/2024minha estante
Sua alma estava em outros assuntos mais interessantes pra ti do que a leitura provavelmente kk, minha alma ficou bem participativa a maior parte do tempo, mas em uns quatro capítulos eu admito que a outra tomou conta.




Rafael1906 19/04/2024

O mundo está em quatro paredes.
Um rapaz do exército se vê privado da liberdade, isolado em seu quarto, apenas recebendo a visita do criado e compartilhando da companhia de sua cachorra. Nesses dias compridos, ele nos apresenta o quão vasto pode ser as dependências de um quarto, descrevendo os móveis, os livros, as fotografias, os quadros... Com uma escrita fluida e em constante movimento, o livro nos faz refletir sobre o isolamento e a importância de cultivar a leitura como meio de escape da realidade e de mundo.
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Julio 10/03/2024

Aprendendo a viajar consigo mesmo
Uma proposta simples, digressões do autor ao redor do seu quarto por um período de reclusão - 42 dias. Porém, entrega muito mais do que isso. Ironias, paixões, filosofia, críticas sociais da época (revolução francesa), melancolia e, principalmente, a arte de viajar consigo mesmo, muitas vezes sentado em uma poltrona. Afinal, não é isso que instiga e recruta o amor à leitura?
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@adriana_ lerlivros 25/02/2024

????????? ?? 1794.
Após ser condenado à reclusão por 42 dias, o conde e militar Xavier de Maistre, nos leva a uma viagem ao redor do seu quarto enquanto lá fora há guerra e carnaval.
À medida que ele apresenta seus objetos e mobília, vamos percebendo que o itinerário não é literal, aos poucos vamos adentrando o seu universo íntimo e de certa forma ele vai nos ensinando a fazer essa viagem ao interior de nós mesmos.
O livro, "Vigem ao redor do meu quarto" de Xavier de Maistre, possui uma escrita poética, às vezes é engraçado, muitas vezes este protagonista retoma o passado, leva a sua mente para lugares distantes e nunca visitados, esta leitura possui um recurso que eu amo: a quebra da quarta, a todo instante o autor conversa conosco. Este livro nos ensina sobre a autopercepção e autoanálise, é intimista e metafísico.
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raquelrocha 12/02/2024

Edição linda da Antofagica
Essa edição da Antofagica é belíssima, mas a narrativa deixa a desejar. Única coisa boa desse livro, foi ele ter influenciado o Machado escrever o Memória Póstumas de Brás Cubas com aquele narrador esplêndido. Um livro esquecivel.
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Ingrid145 12/02/2024

Ranço do autor
Livro 2 de 7 do desafio de Carnaval.

Embora a proposta do livro seja interessante, Viagem ao redor do meu quarto não me cativou.

Peguei ranço do autor, e não consegui aproveitar a obra por isso.

Imagine o seguinte: um homem rico mata outro durante uma briga e é condenado a ficar em casa por 42 dias (somente). Nesse ínterim, ele resolve escrever um livro que depois de uns anos se tornou um clássico.

Não lhe parece injusto? Para mim parece. Xavier de Maistre foi essa pessoa privilegiada que escreveu este livro. E agora eu lhe pergunto: você leria o livro se alguém do nosso tempo o tivesse escrito?

Estrelinhas: ??
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Juliana Ascoli 09/02/2024

Realmente dá pra perceber que o autor inspirou Machado de Assis a escrever Memórias Póstumas de Brás Cubas: temos aquele mesmo narrador irônico!
Recomendo a leitura! Sem mais detalhes para não estragar a sua experiência de leitura!
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Vez Ou Outra Um Livro 03/02/2024

Viagem Ao Redor do Meu Quarto Literalmente
Fiz um desafio comigo mesmo de ler esse livro por todas as partes do meu quarto onde costumo ler. Foi muito legal!

Foi o primeiro favorito do ano ?

"O busto é o diapasão com o qual afino o conjunto variável e dissonante de sensações e percepções que compõem a minha existência."

O busto. O BUSTO!

?
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Victória 02/02/2024

Resenha| Viagem ao Redor do Meu Quarto
Um clássico e um autor que eu não conhecia, e eu gostei muito. Um relato de 42 dias recluso no seu quarto e de suas emoções, sentimentos, amores.
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Rosa282 28/01/2024

Viagem ao redor do meu quarto ou trajetória de autoconhecimento?
Um livro surpreendente! Uma narrativa em primeira pessoa, onde Xavier de Maistre deixa transparecer o seu pensamento acerca do novo, ainda muito tênue neste mundo pós- Revolução Francesa, uma realidade em movimento de transformações geopolíticas e econômicas. Em prisão domiciliar, onde tudo apontava para um caos interior, Maistre revela
uma oportunidade impar de introspecção, de autoconhecimento, de construção da subjetividade e de quebra de paradigmas ainda muito presentes na sociedade, principalmente de hierarquização e descaso com os outros. Uma leitura libertadora, enriquecedora, pois nos faz viajar para dentro de nós mesmos, uma imersão, para reavaliarmos as nossas concepções de mundo, de pessoa humana, de sociedade e sobretudo, necessária para o desenvolvimento da nossa subjetividade. Recomendo muito essa leitura e indico a edição da editora Antofágica, pois além de interessante e bela traz uma diagramação muito confortável para a leitura, além de leituras complementares muito interessantes.
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Marto 28/01/2024

Viagem
Por meio de digressões, reflexões e referências diversas o autor nos proporciona uma viagem que é tão comum ao leitores em seu ofício diário: ler. O diferencial é o contexto em que foi escrito, e a forma como evidencia toda essa experiência trazendo sempre referência a uma viagem. Gostei
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vi lupielo 26/01/2024

HOMEM COM TEMPO LIVRE É UMA BOSTA
Mas que viagem é essa? Esse livro é a prova viva de que homem não pode ter tempo ocioso se não fica doido, e nem é um doido que pode ser apreciado, acho que esse foi o primeiro livro com fluxo de pensamento que eu não apreciei, ele tá perdido e por isso é incapaz de se aprofundar em qualquer coisa, o que me impediu de criar uma conexão com ele, e por consequência me impediu também de aproveitar a viagem.
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