Viagem ao redor do meu quarto

Viagem ao redor do meu quarto Xavier de Maistre




Resenhas - Viagem ao Redor do Meu Quarto


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Mikael_13 27/10/2023

Então, quer dizer que é por isso que falam que "ler é viajar sem sair do lugar"?
Essa com certeza foi uma leitura surpreendente, não esperava gostar tanto assim do livro. O autor faz algumas reflexões simples, mas que, ao mesmo tempo, são de uma profundidade tremenda.
Maria 29/10/2023minha estante
amg me manda o epub




Delma 29/08/2023

Mais uma forma de viajar
A edição da Antofágica é linda, repleta de belas ilustrações. Mas a viagem achei um pouco cansativa?
Alê | @alexandrejjr 08/09/2023minha estante
Ah é, Delma? Por quê?




joedson 15/12/2010

VIAGEM EM VOLTA DO MEU QUARTO

mal menor que o quarto
e bem maior que mundo
a mente onde tais partos
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Angelo 21/06/2011

Uma Viagem pelo Pensamento
Viagem à Roda do meu Quarto, na edição que eu li, seguido de sua continuação Expedição Noturna à Roda do Meu Quarto, é uma obra satírica, construída em contraponto aos relatos de viagem, já satirizados por Swift em As Viagens de Gulliver, e levados a outro extremo do ridículo por Xavier de Maistre.

Neste livro, o seu narrador empreende uma expedição confinada aos limites de seu quarto, indo da cama à poltrona, da poltrona à escrivaninha, etc. Em tais circunstâncias, o sonho, os pensamentos e a lógica tortuosa do narrador ganham destaque na narrativa, razão pela qual se pode dizer que a viagem é menos em torno do quarto, do que ao redor da mente e das razões humanas.

Não é por outra razão que assim diz o narrador: "Impediram-me de percorrer uma cidade, um ponto; mas me deixaram o universo inteiro: a imensidade e a eternidade estão a minha disposição".

O livro é especialmente importante para os leitores brasileiros, pela sua citada e reconhecida influência em Machado de Assis, tanto diretamente quanto por intermédio de Almeida Garrett. Empreendi a sua leitura tendo isso em mente, contudo, não esperava tanta semelhança. Em algumas partes do discurso, parece que estava realmente lendo o Machado. Aliás, em determinado momento, Xavier recomenda ao leitor que eventualmente desgostou de um capítulo que o rasgue de seu exemplar, o que imediatamente me lembrou de Machado solicitando (já não sei se foi em Memórias Póstumas ou em Dom Casmurro) que o leitor modificasse a posição de um capítulo, inserindo-o entre dois outros anteriores.

Enfim, um livro que vale a pena ser lido, tanto para se melhor compreender Machado de Assis, quanto pelos seu próprios e inegáveis méritos.
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Isabela Zamboni | @resenhasalacarte 15/09/2020

Viagem pelo mundo físico e subjetivo
Nunca tinha ouvido falar em Viagem ao redor do meu quarto, de Xavier de Maistre. Aparentemente, o livro é um clássico francês que inspirou autores como Nietzsche e Machado de Assis. E foi agora durante a quarentena que a obra foi reeditada e relançada pela Editora 34, momento mais do que oportuno para fazer uma “viagem” sem sair de casa.

O livro é curtinho e apresenta a perspectiva de um homem que passa mais de um mês confinado em seu quarto. O autor, que nasceu na Saboia, foi condenado a 42 dias de detenção por ter duelado com outro oficial. Ao passar esse tempo enclausurado num pequeno quarto em Turim, Maistre resolveu escrever essa breve narrativa, uma espécie de relato autobiográfico metafórico.

Cada capítulo equivale a um dia, portanto, em 42 capítulos acompanhamos sutilezas como descrições dos móveis do quarto, o trajeto entre a cama e a escrivaninha e até mesmo a convivência do personagem com seu criado Joannetti e sua cachorrinha Rosina. Ao quebrar de vez os clichês dos livros de viagens, que geralmente oferecem amplas descrições de belos ambientes, Maistre traz uma nova dimensão aos objetos mais comuns do seu quarto. Durante várias passagens ele celebra sua poltrona, faz análises sobre o espelho, disserta sobre a importância de uma cama confortável e se gaba de sua pequena biblioteca.

No entanto, a graça do livro não está nas descrições cotidianas, mas nas reflexões filosóficas. A viagem ao redor do quarto não é apenas literal, mas também subjetiva. Maistre transforma o quarto em um espaço de contemplação, além de divagar sobre o mundo que ele enxerga pela janela.

Faz comparações no campo da arte, entre música e pintura; descreve uma vida psíquica, como se dentro de cada pessoa existissem dois seres: a “alma” e o “animal”, que ele também chama de “o outro”. Nesse caso, a alma seria o sentimento, a consciência, a razão e a moral; o animal contempla os instintos e os atos espontâneos de cada um, como se existisse uma pessoa à parte, que não pensa, só age.

Ao longo das páginas, o autor oferece pitadas de pessimismo mescladas a pequenos atos de espontaneidade. É uma grande viagem, tanto pela mente do personagem, como pelo espaço físico de Turim.

Para ler a resenha completa, é só acessar resenhasalacarte.com.br!

site: https://resenhasalacarte.com.br/resenha/viagem-ao-redor-do-meu-quarto-xavier-de-maistre/
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Tatiane 18/10/2020

Machado de Assis foi leitor de Xavier de Maistre
Leitura deliciosa...

"Quando se põe a ler um livro, e uma ideia mais agradável lhe vem de repente à imaginação, meu senhor, sua alma se aferra imediatamente a ela e esquece o livro, enquanto seus olhos seguem maquinalmente as palavras e as linhas; o senhor termina de ler a página sem compreendê-la e sem recordar o que leu. - Isso se deve ao fato de que sua alma, tendo ordenado a seu companheiro que cuidasse da leitura, não o avisou sobre sua breve ausência; de maneira que o 'outro' seguia adiante com a leitura que sua alma já não escutava mais." (p. 16)
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Raissa 19/11/2020

"proibiram-me de percorrer uma cidade, um ponto; mas deixaram-me o universo?
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Carla Verçoza 11/01/2021

Ótima leitura!
Imagine precisar ficar 42 dias trancafiado em seu quarto (ok, muitos de nós não precisamos imaginar, temos vivido algo do tipo nos últimos meses).
Texto excelente, o autor usa cada dia, cada item do quarto, cada espaço, para sua viagem e propõe ótimas reflexões. Citado como inspiração de Memórias Póstumas de Brás Cubas.

“Quando se põe a ler um livro, e uma ideia mais agradável lhe vem de repente à imaginação, meu senhor, sua alma se aferra imediatamente a ela e esquece o livro, enquanto seus olhos seguem maquinalmente as palavras e linhas; o senhor termina de ler a página sem compreende e sem recordar o que leu. Isso se deve ao fato de que sua alma, tendo ordenado a seu companheiro que cuidasse da leitura, não o avisou sobre sua breve ausência; de maneira que o outro seguia adiante com a leitura que sua alma já não escutava mais.” Pág. 16

“Uma vez que devo dizê-lo, minha biblioteca, pois, composta de romances - sim, de romances e de alguns poetas seletos. Como se já não andasse farto dos meus males, partilho ainda, voluntariamente, aqueles de mil personagens imaginários e os sinto tão vivamente quanto os meus: quantas lágrimas não derramei pela infeliz Clarissa e pelo amante de Charlotte.” Pág. 55
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Felipe 13/04/2021

Uma ambiciosa observação de dentro
Viagem ao redor do meu quarto faz parte da lista que sigo "30 livros para ler antes dos 30".
O autor narra seu período de 42 dias que permaneceu confinado em seu quarto afim de ser militarmente disciplinado.
Nele, o autor esboça detalhadamente as coisas contidas no espaço e faz reflexões da vida, da arte e do amor. Percebe-se no texto as influências do Iluminismo, que ascendia no final do século XVIII, onde o livro foi escrito.
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Alyne Rosa 04/05/2021

Um momento de reflexões compulsório
Dentre todas as qualidades deste livro, a maior delas está na extrema carga sarcástica que Xavier de Maistre coloca em cada um dos curtos capítulos.
Temos aqui um burguês arrogante mas sensível, que sabe quando erra mas é orgulhoso demais para admitir ou mudar. Suas reflexões filosóficas e metafísicas são tão engraçadas quanto relacionáveis, especialmente no que trata da dualidade que compõe o ser humano.
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Letícia 03/07/2021

O que um conde e tenente vivendo no Reino da Sardenha no final dos anos 1790 tem em comum conosco, leitores brasileiros do século XXI? A resposta é mais simples (porém não menos curiosa) do que se poderia imaginar: o isolamento.

Em 1794, depois de participar de um duelo, Xavier de Maistre foi punido com um confinamento disciplinar de seis semanas. O resultado dessa reclusão forçada foram os 42 capítulos, um para cada dia de penitência, de Viagem ao Redor do Meu Quarto.

Satirizando os relatos de viagens, de Maistre escreveu seu primeiro romance como uma forma de preencher o tempo ocioso, ao mesmo tempo em que oferecia um entretenimento gratuito e abrangente para aqueles que se encontrassem em situação semelhante. Afinal, basta recolher-se ao aconchego de sua morada para embarcar nesta aventura.

Observando com novos olhos os objetos de seu quarto, de Maistre nos conta episódios da vida pré-isolamento, relata sua paixão pela pintura e confessa a grande afeição pela cadelinha Rosine, para ele melhor companhia do que muitas pessoas. Ele também lamenta o momento de seu castigo, durante o Carnaval de uma Turim pré-unificação italiana, e relembra com saudosismo os festejos populares.

Mas, como já percebemos após mais de um ano confinados, nem sempre é possível manter o bom-humor e falar de trivialidades. É assim que temas mais delicados, como a morte, a pobreza e a fome se embrenham pelas páginas do romance. De Maistre pincela, ainda, os efeitos das transformações sociais produzidas pela Revolução Francesa sobre a sua família e a sociedade da época.

Além do narrador irônico e que a todo momento conversa com o leitor, o ponto alto do livro é a teoria proposta pelo autor a respeito da separação entre corpo e alma; cujos ecos encontramos em Proust, em Stevenson e até mesmo na psicanálise. Uma das passagens mais engraçadas, aliás, narra um diálogo muito do zombeteiro entre ambos.

Tendo influenciado As Memórias Póstumas de Machado de Assis e o Aleph de Borges, Viagem ao Redor do Meu Quarto é diversão garantida e fonte de reflexão em tempos solitários como o nosso.

site: https://www.instagram.com/pulsaoliteraria/
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Rafael1906 19/04/2024

O mundo está em quatro paredes.
Um rapaz do exército se vê privado da liberdade, isolado em seu quarto, apenas recebendo a visita do criado e compartilhando da companhia de sua cachorra. Nesses dias compridos, ele nos apresenta o quão vasto pode ser as dependências de um quarto, descrevendo os móveis, os livros, as fotografias, os quadros... Com uma escrita fluida e em constante movimento, o livro nos faz refletir sobre o isolamento e a importância de cultivar a leitura como meio de escape da realidade e de mundo.
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@quixotandocomadani 24/10/2021

“Jamais me dei conta com tanta clareza que sou duplo”
Xavier de Maistre, nascido na França, escreve esse livro em 1974 quando após participar de um duelo, foi condenado a passar 42 dias confinado em seu quarto. Em 42 capítulos curtos, acompanhamos o autor nessa filosófica viagem. Uma forma de viajar com a alma.

A conclusão que ele chega ao final é: “jamais me dei conta com tanta clareza que sou duplo”. Xaxier de Maistre tem uma teoria de que o homem é composto de uma alma e de um animal, este que ele chama de “o outro”. Esse outro seria o responsável pelas nossas vontades, instintos e inclinações. A eterna luta entre: corpo x alma; razão x emoção; querer x dever.

Além desse tema principal, o autor fala sobre a arte: música, descreve quadros que estão em seu quarto e entre eles, o mais importante é o espelho! O quanto suas ideias e seus projetos mudaram desde a sua juventude.

No cap. 39 temos um diálogo entre a alma e “o outro” e vemos a difícil convivência entre ambos! O cap. 41 é sobre o quanto o traje que vestimos (ou nossa aparência) influencia o nosso espírito. Um mini resumo do conto “O espelho” de Machado de Assis.

E o último capítulo é para fechar com chave de ouro: mas o que é a liberdade? Realmente tiraram a liberdade dele ao prendê-lo em seu quarto? Agora que o confinamento chega ao fim, ele retorna à sociedade e está novamente sob o julgamento da opinião alheia. Isso também não é uma forma de prisão?

site: https://www.instagram.com/quixotandocomadani/
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Alyne.Queiroz 15/11/2021

Ótimo
Eu estava lendo um livro que fez referência a esse, como o outro era bem grosso decidi dar uma pausa e fazer a leitura desse aqui rapidinho, é um livro pra ler numa tarde, é leve, divertido e inteligente, uma sátira bem humorada aos diários de viagem, o autor mostra que se vc tem uma mente fértil vc pode ser sua melhor companhia.
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