O Senhor Embaixador

O Senhor Embaixador Erico Verissimo




Resenhas - O Senhor Embaixador


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Stella F.. 31/07/2018

Tão atual!
Érico Verissimo é um escritor divino. Sempre me lembra infância. Adorei o livro. Os personagens são muito bem elaborados com seus dilemas éticos e idiossincrasias, seu comportamento no país que os acolheu e com sua própria Pátria, Sacramento.
O autor tem a língua afiada em relação ao EUA, isso em 1965. E não deixaria de faltar um brasileiro no livro, Gonzaga. Comportamento bem brasileiro, piadista, bem-humorado e com tiradas de deixar os americanos sem graça. E chega o capítulo que mais gostei por ser tão atual a nós brasieiros: capítulo 46. Descreve as mazelas do nosso país, e quem é mais velho lembra bem dessas histórias que não mudaram muito. Vou citar alguns trechos: "Feijão podre! Um símbolo de nosso regime, da podridão de nossos governantes e políticos." "Temos remédios infalíveis para os males de todos os países, menos para o do nosso. A simpatia do Brasil é a grande panaceia." "Por simpatia votamos em homens incompetentes e ou desonestos para os cargos públicos." "Mas essa cantiga já está me cansando. O país do futuro....Bolas!" E isso é só uma parte do capítulo. É tão atual! Adorei!
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Tauan 10/09/2016

A obra de Erico Verissimo costuma ser comentada como tendo duas partes: antes e depois de O Tempo e o Vento, de modo que este livro se enquadra na metade dita de mais qualidade do autor, posterior a'O Tempo e o Vento. Eu, por outro lado, divido a obra do grande escritor gaúcho em três categorias: Os Primeiros Livros, Os Históricos e Os Outros; sendo Os Primeiros Livros marcados por um estilo em aperfeiçoamento, do início de carreira. Seriam como exercícios literários. Os Históricos, fortemente regionalistas, têm o Rio Grande do Sul como palco, a História como plano de fundo e audaciosos projetos como trama. Já os Outros, são livros que não se enquadra na inexperiência dos Primeiros Livros, mas não têm a robustez dos Históricos.
Este é um dos Outros.
A trama envolve em um paiséco fictício na América Central, a ilha de Sacramento, imaginado a partir de retalhos da mirabolante história dos países reais da América Latina, marcado por indianismos, caudilhismos, revolucionários hipócritas e mulherengos, comunista fanáticos e intervenções estadunidense.
Dois personagens centrais conduzem os pontos de vista da história, Bill Godkin um jornalista aposentado especializado em cobris eventos na América Latina, e Gabriel Heliodoro embaixador de Sacramento em Washington.
Na primeira parte do livro, é descrito o fim da carreira de Godkin e o início da de Heliodoro, quando ele chega aos Estados Unidos, recebe as credenciais e se ambienta no fazer diplomático. É interessante, nessa parte do livro, a descrição do ambiente político na América do Norte, a diplomacia em plena Guerra Fria.
Nas partes seguintes, os protagonista têm de lidar com mais uma revolução em Sacramento.

site: pausaparaaleitura.blogspot.com.br
Marcela @ler_sim_ler_sempre 10/09/2016minha estante
Esse eu nunca li mas gosto muito da escrita de Erico Veríssimo


Tauan 10/09/2016minha estante
Comecei com Incidente em Antares. Hoje estou no meio de O Tempo e o Vento. Esses são imperdíveis!


Marcela @ler_sim_ler_sempre 12/09/2016minha estante
O Tempo e o Vento foi uma trilogia que marcou minha adolescencia. Amoo de paixao. Outras obras que valem a pena, caso nao tenha lido ainda, são Clarissa e Musica ao longe. Ambos da mesma personagem




Eunice.Padeti 16/06/2015

A luta pelo poder
o livro mostra o mundo da diplomacia, seus personagens, seus conflitos, suas ambições, e uma ditadura politica, o jogo do poder pelo poder, as lutas de um povo que acredita que tudo pode ser melhor.
Aprendi que podemos lutar pelos nossos ideais,ssejam políticos ou não, temos que fazer tudo para nos encontrar, e que a amizade pode até nos levar a morte.

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Ester8 10/12/2020

Ótimo
Muito bom o livro ,me deu muitos tapas na cara amei ??
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guibre 28/12/2011

Ambientado em Washington e na fictícia nação de Sacramento, o livro é uma bela imagem de determinada época. Vale destacar as tensões políticas e a confrontação de “projetos revolucionários”, a refletir as contradições políticas tão agudas do período. Veríssimo também mostra os reflexos de tais conflitos nas personagens, ressaltando o “lado humano” de tais processos históricos
Como um dos aspectos diferenciais da obra, o autor insere uma “face humana” em todas as personagens, mesmo naqueles que, em análise maniqueísta, seriam considerados como “vilões”. Até mesmo na descrição das atividades das personagens na embaixada e a hierarquia lá existente essas sutilezas do caráter delas são expostas.
Convém destacar que nessa obra, inovando em relação a outras, faz-se claramente presente a homossexualidade e o racismo, atitude audaz do autor, tendo em vista que na época da publicação do livro (1965) tais temas eram tabus (coisa que não deixaram de ser, infelizmente).
Por outro lado, as vicissitudes das classes dirigentes latino-americanas são muito bem expostas, com a triste repetição de golpes de Estado e regimes autoritários ou simplesmente ditatoriais. A degradação dos revolucionários que chegaram ao poder também é muito bem descrita, inspirando reflexões acerca do próprio processo de transformação radical da sociedade e das instituições do Estado.
Em termos de estrutura do texto, há uma multiplicidade de focos narrativos, de modo a expor a personalidade de vários componentes do corpo diplomático de Sacramento, além de dois americanos. O modo de escrever de Veríssimo, felizmente, possibilita que não haja confusão entre as “histórias”.
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zeppelin - TRICOLOR PAULISTA 06/11/2010

Livro nacional
Sou sincero. Dos muitos livros que li, poucos são de autores nacionais. Sim, eu li os best sellers do Jô Soares, Dráuzio Varella, etc além daqueles de leitura obrigatória para o vestibular. E não foi por falta de vontade: por exemplo eu tentei ler Paulo Coelho, juro !!! Mas não dá !!Não se trata de preconceito e sim de uma incompatibilidade de gênero.
Já este livro (O senhor Embaixador) é uma grata surpresa. Eu já tinha lido "Incidente em Antares" do Veríssimo e achei meio fraquinho mas este até que é legal. Como diz o título, é uma história de um embaixador inescrupuloso de uma republiqueta latina em Washington. O autor constrói bem seu diversos personagens; varia bastante o enredo do livro e cria bastante situações. É um livro bem antigo (1965 !)mas bem atual, pois trata de assuntos até hoje não resolvidos como domínio das superpotências, Capitalismo X Socialismo, guerrilhas.
Este livro me foi dado em um sebo do Butantã que eu passava e vi a placa: "Doa-se"... eu ñ pensei 2 vezes e peguei-o juntamente com alguns livros infantis para a minha filha.
Valeu !


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