O Jogo do Exterminador

O Jogo do Exterminador Orson Scott Card




Resenhas - O Jogo do Exterminador


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Lucas 30/05/2009

Um jogo com o leitor
A grande idéia do livro está em esconder, tanto do leitor, quanto do personagem, o que o livro realmente conta. Nada tão fenomenal assim, mas ninguém escapa da surpresa.
A ficção cientifica, no livro, não é um personagem que se destaca. Se lembrarmos de grandes histórias do gênero, sempre lembraremos que há, nelas, algo que impulsiona a humanidade para um futuro, seja ele decadente (como Blade Runner), seja ele heróico (como Star Wars), seja ele politicamente em crise (como Minority Report) ou seja ele clean e pacífico (como Star Trek).
Em O Jogo, a questão é humana, num ambiente futurista, ao qual nos adaptamos rapidamente com a leitura, sem a necessidade de forçarmos a nossa imaginação a admitir postulados dos quais depende a narrativa. Não que isso indique uma história ruim. Nada disso. Mas esse livro não é assim. Penso, até, que as pessoas que não gostam de ficção científica, poderão se interessar em ler.
É, além de tudo, um verdadeiro page turner. Nossa curiosidade cresce com os acontecimentos até um final, que é duplo. O climax, onde todo o engodo é contado, não termina o livro. A questão humana perdura e vai adiante, até a continuação, em O Orador do Mortos.
De certo, é um livro fácil. Mas vale cada minuto.
comentários(0)comente



Cyn 03/02/2009

Surpreendente
Então, eu não sou muito fã de literatura Sci-Fi, não gostei do que li do Arthur C. Clark e nem do cultuadíssimo Neuromancer de William Gibson. Foi, portanto, que com um pé atrás comecei a ler O Jogo do Exterminador, e só o fiz porque foi muito bem recomendado por um grande amigo.

A história parte de um premissa bem simples, e meio batida: a terra está ameaçada de invasão por uma raça alienígena. Na verdade o planeta está ameaçado de uma terceira invasão. Houve duas tentativas consecutivas que foram rechaçadas (com um pouco de sorte) graças ao gênio estratégico de um general e o mundo aguarda com temor a terceira invasão.

Esse temor não é um temor inerte. Os militares acham que como a melhor defesa é o ataque, o melhor é enviar naves para atacar o planeta dos insecta antes que eles voltem para uma terceira invasão. O único problema é a distância entre esses planetas. Assim, a solução é começar a treinar os pilotos que irão fazer esse ataque ainda muito cedo. Dessa forma estarão formados antes dos dezoito e poderão chegar ao distante planeta dos insecta antes que eles cheguem à Terra.

Nesse cenário conhecemos Andrew Wiggin que, sem saber, é escolhido para ser o líder que conduzirá o ataque ao planeta alienígena. Ele é mandado à Escola de Combate, para iniciar o treinamento, com apenas seis anos de idade. À partir daí podemos ver todo processo de brutalização imposto ao menino. Os professores fazem o possível e o impossível para isolá-lo dos outros estudantes e para tornar Andrew duro e auto-suficiente. Se eu contar mais que isso estrago as surpresas do livro.

O que me chamou mais atenção no livro, e que talvez tenha me feito gostar tanto, é que nele o cenário sci-fi é apenas isso: um cenário. Ele serve apenas como pano de fundo para todo drama humano que se desenrola diante dos nossos olhos.

Vale lembrar que O Jogo do Exterminador ganhou os dois principais prêmios da literatura sci-fi: Hugo e Nebula. E que, além disso, Orson Scott Card conseguiu um feito inédito ao ganhar novamente esses prêmios pelo livro O Orador dos Mortos que é a primeira continuação do Jogo.
Vinicius Takaki 21/05/2012minha estante
Não é exatamente por causa da distância dos planetas que treinam as crianças. Isso fica bem explicado no final do livro, mas melhor não comentar nada por aqui para não dar spoiler.
Realmente, o drama e as relações humanas tem um papel principal nesse livro.
Gostei da resenha!


Dalton 06/01/2014minha estante
Sugiro que leia os contos de Isaac Asimov de livros lançados pela Hemus (relativamente fáceis de se achar em sebos) como "O Cair da Noite", "Sonhos de Robôs", "Eu Robô", "O futuro começou" e a série Fundação. Asimov, principalmente em seus contos, e de forma magistral na trilogia Fundação, trabalha com a FC como pano de fundo para discussões de caráter humano. Até mesmo seus livros sobre robôs, não falam de máquinas, falam de dramas humanos vividos pelos robôs. Outro bom livro crítico e que só usa a FC como pano de fundo e, creio, você possa gostar, é o livro "Tropas Estelares" de Robert H. Heinlein. Aliás, esse livro em conjunto com "O Jogo do Exterminador" e o livro "Guerra sem fim" de Joe Haldeman, compõem a clássica trilogia antiguerra no universo literário da Ficção Científica. Li todos e, digo sem pestanejar, estão equilibrados em qualidade.




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