Resenhas - A mão e a luva

Isa 19/11/2021

Muito bom
Não me prendeu, mas não é ruim. Adoro que Machado de Assis sempre coloca algum resquício de talaricagem, pelo menos em todos que li.

Marina.Castro.F 16/11/2021

Boa história
Em relação a história, apesar de incrivelmente bem escrita, prefiro a fase realista de Machado. Escutei em audiobook, foi minha primeira experiência e, apesar de ter demorado para acostumar adorei !

Tatiane 13/11/2021

Uma donzela que sabe o que quer; três pretendentes, cada um com uma característica que o particulariza e com a qual Machado de Assis nos fala sobre a sociedade e a literatura.

Estevão, o protótipo do romântico extremado (uma crítica ao romantismo?!), tem Guiomar como a deusa de suas paixões. Ele é o herói que sente tudo intensamente. Jorge, um bon-vivant, enxerga na filha adotiva de sua tia, única herdeira, um jeito de manter, sem riscos, a sua vida de luxo e de ócio, natural à sua linhagem aristocrática. Luis Alves, muito ambicioso, sonha em se tornar deputado, e o status e o dinheiro que Guiomar vai herdar tornam-na bem interessante para as ambições dele.

Com quem será que a personagem principal, Guiomar, vai se casar? Será que Machado vai 1) exaltar o romance romântico?; 2) explorar a crítica à vida opulenta e de ócio da aristocracia?; ou 3) vai apresentar uma heroína prática e que sabe o que quer, isto é, nada romântica? Qual luva terá sido feita para aquela mão?

Embora classificado como fase romântica de Machado, "A mão e a luva" já traz um narrador irônico, que conversa com o leitor, torce por sua protagonista e caçoa dos personagens.

Simplesmente maravilhoso. Machado é e sempre será o grande Machado.

Carolina.Teixeira 08/11/2021

O famoso: cada tampa tem sua panela.
Um conto romântico, mas do ponto de vista masculino, é isso é muito legal. Para quem não conhece Machado, é uma boa história para começar, já que as características marcantes do autor como: senso de humor, sarcasmo, crítica social e aquela coisa de falar com o leitor, estão presentes por aqui.

Nina 31/10/2021

A Mão e a Luva | Machado de Assis
Como ponto de partida para essa nova jornada em que me aventuro decidi escolher primeiramente por literatura nacional, a fim de proporcionar ao leitor uma nova visão dos autores e suas obras, que marcaram época e que continuam sendo lembrados quando pensamos no universo das letras. Escolhi Joaquim Maria Machado de Assis, que carioca como eu, também era mestiço e que, apesar de ter perdido os pais precocemente, estudou em escola pública alcançando boa posição financeira, dedicando-se também à literatura e tendo ao fim de sua vida um portfólio com cerca de duzentas obras.

?A mão e a luva?, seu segundo romance, que foi inicialmente publicado em 1874, inicia esta jornada literária. Neste momento, a literatura brasileira se encontrava em um período de transição entre o negativismo do ?mal do século? e a importância dada à liberdade pela geração condoreira, tendo portanto, influências das duas gerações, o que fica explícito ao analisarmos a obra.

Machado de Assis inicia o romance através de um foco narrativo em terceira pessoa, com um caso de ?namoro gorado?, como ele mesmo coloca, de Estêvão, que planeja morrer por conta do amor não correspondido, utilizando logo de início aspectos da segunda geração do romantismo ao mostrar a melancolia em que o personagem se encontra. Seu amigo e confidente Luís Alves, acaba por consolá-lo dessa decepção amorosa a que Guiomar ? a tal namorada de Estêvão ? o submeteu.

O autor utiliza o primeiro capítulo para apresentar características físicas e psicológicas dos personagens envolvidos na trama, de forma que o leitor acaba por despertar um interesse pelas características das diversas personalidades humanas. Após isso, inicia-se então a história verdadeiramente dita, avançando-se em dois anos a partir do padecimento emocional de Estêvão que, até o momento, parece ser nosso personagem principal.

Nesse ponto, já é de se imaginar que, por uma obra do destino, nosso personagem vá de encontro à sua antiga amada, e é o que Machado de Assis escreve, mas desta vez coloca no caminho a genialidade impetuosa da geração Condor, como que antecipando o Realismo que estava por surgir no Brasil, colocando na alma de Guiomar uma liberdade que buscava a ascensão física e imaterial ao decidir no final quem seria o escolhido que a iria tomar por esposa, colocando como valor de grande importância nesse processo a ambição.

O autor traz à cena durante o desenvolvimento da obra outros personagens importantes de serem citados, como a baronesa, madrasta de Guiomar, Mrs. Oswald, sua dama de companhia, e Jorge, seu sobrinho e também pretendente da nossa jovem protagonista, e bem como os demais, esses tem seu perfil psicológico retratado. Machado de Assis nesse romance não nos faz ver de forma maniqueísta as figuras criadas, defendendo que bem e mal são pólos da mesma natureza, mostrando aspectos e emoções positivas e negativas em cada um dos corações.

Como uma ex-quase-psicóloga, foi quase inevitável perceber que em Guiomar existe uma necessidade secundária (pois as primárias seriam as de cunho biológico) de alcançar uma grandeza, realização e reconhecimento por meio do matrimônio com alguém que teria essa mesma ambição de vida, fazendo com que a nossa verdadeira personagem principal viesse a recusar o pedido dos outros dois rivais e candidatos, que não tinham como motivação um ganho de status social.

O interessante é que o autor defende em sua narrativa que essa ambição não faria de Guiomar alguém de mau-caráter, diferentemente do que o catolicismo, religião oficial do regime monárquico (de acordo com 5º art. da Constituição de 1824), defendia na época, condenando esse desejo. É importante ressaltar a questão religiosa visto que a separação entre Igreja e Estado nunca ocorreu de fato ? ainda somos um país cujas cédulas são impressas com os dizeres ?Deus seja louvado? ? e isso acarreta consequências a nível social, onde vemos hoje que valores como a ambição são vistos de forma distorcida. Deixo então o que ficou registrado para mim da obra e uma nova sugestão de leitura: o amor entre Guiomar e seu amante se traduz no amor à vida e no orgulho de ser amante da vida, amor que só pertence àqueles que preservam sua capacidade de pensar, de escolher e de valorizar, como bem dito por Ayn Rand, em ?A revolta de Atlas?.

huntero 22/10/2021

Vale a pena ver de novo
Coloquei este titulo pois me lembrou aquelas novelas de épocas reprisadas pela Globo, porém é bem gostoso imaginar como eram os costumes e hábitos de uma época que não vivi, não só apenas referente a relacionamentos amorosos, mas sociais e profissionais. Enfim gostei bastante foi uma leitura prazerosa.

Lé 17/10/2021

Mais uma obra
Machado de Assis nunca decepciona.
Gostei muito pois a narrativa passa de forma clara e direta. A história história si também é maravilhosa. Adorei a representação da Guiomar pois ela é o tipo de pessoa que eu queria ser, em muitos quesitos.

Eduardo S. Trindade 11/10/2021

Divertido
Este foi o segundo livro do Machado que eu li, estou novamente satisfeito, o livro não é excelente - até porque é um dos primeiros dele - mas é muito divertido. A leitura é fácil e fluida, mas possui diversas referências que podem passar despercebidas por mentes menos atentas.

O livro conta a história de Guiomar, uma jovem com sonhos ambiciosos, mas que os abandonaria para satisfazer os desejos de sua madrinha - mulher que a adotou. A história gira em torno de uma disputa pela mão de Guiomar, nesta disputa temos Estevão, Jorge e um sujeito que não cabe a mim revelar agora.
Diferentemente de ressureição, o que mais gostei aqui foi do final, o desfecho desse livro foi, ao meu ver, inesperado.

Concluindo, gostei bastante do livro e pretendendo continuar a ler as obras do Machado, se tudo der certo terminarei ainda no começo do ano que vem.

Sofia 08/10/2021

Em mais um livro da fase romântica de Machado, vamos conhecer um moçinho completamente apaixonado e entregue ao amor. Na verdade, 3 moçinhos apaixonados, Estêvão, Jorge e Luís. Dois amigos e um primo estão completamente entregues aos encantos da jovem Guiomar. Uma mulher doce e calma, que vive com a sua madrinha após ter perdido os pais.

Estêvão já se relacionou com a moça, mas não terminou muito bem e acabaram se separando. Jorge é o seu primo, também muito querido pela madrinha a qual tem o sonho de juntar os dois e Luís é advogado, melhor amigo de Estêvão e também nutre um amor secreto pela moça, mantendo em segredo por causa do amigo.

O livro baseia-se no desenrolar dessas paixões e no mistério de quem, ao final, vai ficar com Guiomar.

Confesso que não foi meu livro favorito do autor. Achei a história um pouco monótona. Mas acontece, né? Agora vou partir para meu próximo romance do autor e já estou com as expectativas altas de novo.

Camila.Stephane 08/10/2021

Machado romântico
Dos livros da fase romantica que li ate agora os do Machado sãos os que mais me agradam,nao são tao repetitivos e tem um bom enredoe bons personagens, fiquei morrendo de pena do pobre Estêvão....tadinho.

Vini 03/10/2021

Não gostei muito não. Já li coisas melhores de Machado de Assis. Pode ser que a linguagem não tenha ajudado muito.

Beatriz.Marques 03/10/2021

Machado?
Com sua escrita simples, consegue nos manter curiosos a estória que de tão boa se acaba a leitura rapidamente.

Allan 28/09/2021

Amores, desamores e mais amores.
Finalizei mais um romance do Machado, to adorando esse projeto der ler as obras dele em ordem cronológica!

Mais uma vez aqui nos deparamos com uma história de amor, orgulho e teimosia, o que o Machado faz de melhor! Hahaha

Gostei bastante da narrativa, os momentos de quebra da quarta parede são deliciosos. Apesar de ser uma história curta, os personagens são muito bem desenvolvidos.

Logo nas primeiras interações você percebe que tipo de pessoa é cada personagem. Você certamente vai se identificar com algumas das personalidades aqui, talvez só não seja quem você queira!

Priscila.Veloso 27/09/2021

?
Machado de Assis sempre com ótimos escritos. Neste curto livro podemos perceber o quanto ele era genial.

jvsherlocked 22/09/2021

praticidade, amor
bem realista e irônico, as always.
eu amei. foi o primeiro do machado que realmente fiquei vidrada. personagens verdadeiros e práticos. fluffy things são boas, mas no mundo real, é a praticidade que vem antes.