Entrevista O diálogo possível

Entrevista O diálogo possível Cremilda de Araújo Medina




Resenhas - Entrevista - O Diálogo Possível


7 encontrados | exibindo 1 a 7


brunadaguarda 13/12/2022

Entrevista
MEDINA, Cremilda. Entrevista - o diálogo possível. 4ed. São Paulo: Editora Ática, 2000.

trecho do meu comentário sobre a obra:

A entrevista é uma metodologia jornalística no qual se adquirem informações através do diálogo entre o repórter e a fonte. À vista disso, é estabelecida uma conexão entre ambos os lados. Tal interligação ainda é capaz de acrescentar conhecimento ao mundo e aos participantes da conversação. Como já foi mencionado, um ponto importante nessa técnica é o diálogo, visto que ele é capaz de trazer mais fluidez e aproximação durante o processo. Quando a interação não é firmada, o resultado final pode não ser um dos melhores. Ademais, o fundamento da comunicação é a palavra, a mais rica das fontes, contudo, ela pode ser considerada perigosa por ser maleável e correr risco de dissimulação. Posto isso, é importante saber que a entrevista tem por objetivo: recolher fatos, informar e motivar. Ainda possui dois tipos de foco: o de compreensão do ser humano, no qual o propósito é aprofundar e conhecê-lo, e o de espetacularização, que visa polemizar ou banalizar alguém. A de compreensão pode ser subdividida em: conceitual, investigativa, enquete ou de confrontação. Já a de espetacularização pode ser: pitoresca, inusitada, condenatória ou irônica.
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Camila.Grilli 17/01/2022

Bom conteúdo
Já li um punhado de textos que falam sobre entrevista no jornalismo e a maioria fala mais ou menos a mesma coisa, mas esse me surpreendeu. Aprofunda bastante, mas de uma forma que quem ainda é totalmente leigo no assunto (como uma estudante de primeiro período como eu) ainda consegue entender.
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Louise 15/04/2021

Rico em informações
É muito explicativo, de fácil entendimento e mostra um pensamento bastante coerente com o que deve-se ter ao fazer uma entrevista.
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Rbk 18/09/2020

Fala mais sobre literatura
Não achei ruim mas em alguns momentos acho que as ponderações literárias tiraram o foco do jornalismo. Sei que esse era o objetivo da autora, mostrar como a entrevista pode se humanizar com recursos literários e diálogo. Mas confesso que não gostei muito da obra, não me tocou. Não sei porque, acho que esperava outra coisa...
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Grasi Lourenço 19/03/2020

Útil para todos os ambientes
Cremilda trata especificamente da entrevista jornalística, porém são técnicas e visões úteis para vários relacionamentos que tenha perguntas e respostas como base. Como por exemplo, empresa e cliente. Ela mostra como uma conversa entre pergunta e resposta pode se tornar um diálogo possível, ou seja, como o entrevistador consegue realmente extrair a informação do seu entrevistado e como ele deve construir isso até o resultado final. Para futuros jornalistas, mas também para aqueles que querem desenvolver sua capacidade de entrevista e captação de informação.
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Samela Bonfim 28/09/2013

Resenha O diálogo Póssivel - Cremilda Medina
Da autora, Jornalista Cremilda Medina, seguem os princípios de que a entrevista tem sido executada por muitos, maquinalmente. Como um mandamento ensinado, como de quem segue roteiro. Segundo Cremilda, a entrevista tem seguido questionários prontos, e em alguns casos, a sonora serve apenas para ser encaixada no roteiro elaborado nas redações. São técnicas eficazes, para obter-se respostas pré-pautadas. ‘‘O comunicador estabelece o ritmo de sua pauta e preestabelece as respostas; o interlocutor é conduzido a tais resultados ’’.

Esse produto, infelizmente, tem-se agregado no cotidiano do jornalismo, principalmente televisivo. Acredite ou não o jornalista, o comprador de noticias (leitor, ouvinte, telespectador) Não é bobo e percebe a diferenciação da entrevista forçada, da que possui emoção e autenticidade no discurso. – Boa mesmo, é a entrevista que traz informações reveladoras, que traz a tona o inimaginável, o bombástico- e essa, sai de forma não ensaiada, e não possui cadernetas com perguntas pré-elaboradas. Essa, a ultima das quatro classificações de entrevista, tipificadas por Edgar Morin, citadas pela autora : 1. A entrevista Rito. 2. A entrevista Anedótica. 3. A entrevista Dialogo e 4. As neoconfissões- dessa refiro-me.

Parece que os entrevistadores viraram atores, eles possuem todo um roteiro de perguntas. As respostas, quase imagináveis. Na verdade, as indagações não são feitas para informar, mas para confirmar. Esse tipo de entrevista, em sua maioria, até deixa o entrevistado temente. Por mais leigo que seja na área da comunicação, sabe que há a ausência de dialogo. E sobre isso Medina completa: que ‘frequentemente um adolescente ou criança comenta que diante de uma dessas entrevistas em televisão: - O sujeito nem terminou de falar e o repórter cortou’.

Segundo ela, enquanto insistirmos na competência do fazer, despojada do significado humano, pouco avançaremos no dialogo possível. Então, é necessário concentrar-se não no profissional, mas no humano. Não nas técnicas, mas no papel social. No grupal. Na comunicação. Atualmente parece que menos importa é o ser. O que vale, é o modo de dizer daquela pessoa e naquela hora - acrescento.

A entrevista, definida pela autora, ‘‘é uma técnica de interação social, de interpretação informativa, quebrando isolamentos, podendo servir também a pluralização de vozes e à distribuição democrática da informação’’. Posterior a esse raciocínio, ela fala quanto ao desempenho técnico da entrevista, exercido pelos mais diversos profissionais de áreas distintas. Exceto o próprio comunicador. Pois a entrevista desempenha um papel social importantíssimo, independendo de veiculação em meio midiático, ou não.

A arte do ouvir, perguntar e conversar engloba a arte de entrevistar. Cremilda ainda comenta que o acumulo teórico sobre a técnica para entrevistar conduz a um ponto culminante, a complexidade social.
Concordo com Medina quanto ao fato de que muitos comunicadores têm tido as fontes como meras ilustrações no processo de elaboração de pautas. E que isso, tem tornado a entrevista, uma sequencia de pergunta-resposta. Algo maquinal. Tais constatações são relevantíssimas. Mas difícil de praticar. Pois muito ligada no fazer, sinceramente, as vezes esquecemos do humano, e assim, regredindo no dialogo possível. Sim, é possível e preciso. Não digo que fácil.
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Andressa 24/10/2012

Entevista
A autora Cremilda de Araújo Medina aborda em seu livro a entrevista e seus diversos aspectos, tentando passar ao leitor a ideia do trabalho do repórter em relação a todas as outras áreas de um veículo de comunicação.

Muitas vezes o jornalista induz o entrevistado às respostas que quer receber, preocupando-se apenas em cumprir a pauta. Não passando emoção e autenticidade para o ouvinte ou telespectador. Quando duas pessoas interagem numa relação cotidiana elas não o fazem mediadas por entrevistas, mas através do diálogo, onde as informações são compartilhadas, havendo, então, uma troca de informações e não só uma transmissão de uma mensagem. Com base na visão do filósofo Martin Buber ela a autora cita que “se quisermos aplacar a consciência profissional do jornalista, discuta-se a técnica da entrevista; se quisermos trabalhar pela comunicação humana, proponha-se o dialogo” (1990, p. 5). A sugestão é que se projete a simples técnica para a arte da entrevista, que engloba os processos de ouvir, perguntar e conversar.

A autora recomenda que o entrevistador invista em sua própria personalidade, com a finalidade de conseguir atuar numa inter-relação criadora. Ela cita também que Edgard Morin acredita que o repórter deve demonstrar uma postura tranqüilizadora e aberta, pronto a ouvir o outro. Em minha opinião isso facilita o diálogo sem criar barreiras. Quando a entrevista é dirigida por um questionário ou fixado em idéias preestabelecidas, o receptor percebe a ausência do diálogo.

"Numa classificação sintética da entrevista na comunicação coletiva, distinguem-se dois grupos: entrevistas cujo objetivo é espetacularizar o ser humano; e entrevistas que esboçam a intenção de compreendê-lo” (1990, p. 14). Ao longo do livro são apresentadas diversas categorias e subcategorias referentes à entrevista, a fim de contribuir para o aperfeiçoamento profissional.

O entrevistador deve buscar a informação através de suas diversas manifestações no meio. “A seleção das fontes de informação terá de se enriquecer através da pluralidade de vozes e, ao mesmo tempo, da qualificação humanizadora dos entrevistados descobertos” (1990, p. 37). A autora argumenta que muitas entrevistas jornalísticas pecam pela falta de formas mais fluentes e eficientes e cita como exemplo de como as entrevistas deveriam ser escritas mais naturalizadas e humanas num trecho do texto "O ano da morte de Ricardo Reis", de José Saramago, em que ocorre um diálogo entre Fernando Pessoa e Ricardo Reis. A aproximação com a literatura e a substituição do objetivo pelo subjetivo se apresentam como possíveis soluções que já vêm sendo empregadas em determinados meios.

O Diálogo Possível é o foco do livro e se apresenta como a solução, não só da Entrevista, mas como dos modelos decadentes de jornalismo. “O equilíbrio entre inovação a serviço da expressividade e clareza a serviço da eficiência da mensagem - eis o segredo do Diálogo Possível na formulação da entrevista, na estruturação de uma matéria e na definição do foco narrativo” (1990, p.83).

O livro traz uma abordagem prática da importância que é o diálogo verdadeiro para o bom exercício do jornalismo, ante a preocupação excessiva com o ‘bom português’. Medina conclui o livro afirmando que “A profissão de jornalista pode ser aventurosa, mas só uma das aventuras - o Diálogo Social - terá força para enfrentar o naufrago” (1990, p.90).

No livro, também, consta um vocabulário crítico como complemento para melhor entendimento do assunto. Mas, ainda assim, achei o livro um pouco difícil de compreender, precisei reler algumas paginas para melhor entendimento.
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