Resenhas - Diva

Carine 29/12/2020

Leitura de Diva
Diva - Alguns remetem o nome ao divino, eu remeto a personalidade bipolar da principal rs

O livro consiste em uma história dentro de outra história, e Paulo, nosso protagonista de Lucíola, aparece aqui enviando as cartas que recebeu de Augusto, seu amigo, para nossa misteriosa G.M. que é a personagem responsável pela publicação desses romances na narrativa dos perfis (série literária do autor).

Augusto é um narrador que tenta nos passar muita veracidade e confiança, mas acaba pecando por estar emocionalmente envolvido.

Mila me pareceu à primeira vista uma personagem nada ?romântica? e foi muito interessante. De patinho feio ela floresceu para uma das mulheres mais bonitas de seu meio social e usava isso como artifício o tempo todo (literalmente: sou bonita e sei disso). Com uma pessoalidade voluntariosa, cheia de certezas e muita força para se importar em tudo, beirava os extremismos de uma bipolaridade que facilmente poderia ser diagnosticada.

No geral não me simpatizei em nada por nenhum dos principais, achei o augusto muito afetado e a Mila muito soberba. Eles ficavam se bicando em todos os momentos, como duas crianças pequenas que gostam de ter razão ou dar a ultima palavra sobre um assunto qualquer.

O final, como foi escrito por Alencar, me desagradou em tudo. A violência usada foi brusca demais para mim e narrativa perdeu a sentido. Não houve progressão da trama, foi simplesmente abrupto e raso.

Ainda preciso ler senhora e talvez minhas considerações possam mudar, porém vejo que os perfis traçados por Alencar em Lucíola e Diva inicialmente apresentavam mulheres fortes que se diminuíram para caber no padrão de amor e relacionamento aceitável da época e isso me entristece.

Jaque.Barreto 28/12/2020

Diva por José de Alencar
Diva

Comecei a ler as obras do José de Alencar que compõem a trilogia Perfis de Mulher.
Já li Luciola, conclui Diva e pretendo ler senhora (muitos disseram-me ser a melhor obra dessa sequência).

Sobre os personagens:

Emília - achei ela mais fiel a si mesma e aos seus ideias que a própria Lúcia, acho que por ser uma mulher privilegiada, de família rica, bonita e jovem, ela se sentia mais confortável consigo mesma do que a personagem do livro anterior que tinha uma vida bem mais difícil que a dela.

Augusto, irritou-me do incio ao fim, não consegui me conectar a ele em nenhum momento do livro, pelo contrário sempre se mostrou muito egoísta e egocêntrico exigindo coisas a todo momento.

Em relação a obra de forma geral, gosto muito da escrita do José, realmente o romantismo presente em suas obras é delicioso de ler, a supervalorização dos sentimentos, dos sentidos e as descrições ricas me conectam de uma forma surreal a escrita dele.

Não dei uma pontuação alta, pois o final pareceu-me corrido e sem sentido, causou-me aquele sentimento de inacabado ou de acabado as pressas... Sinceramente não me agradou!

Cai 13/12/2020

Final decepcionante
Li esse livro a um tempo por causa da escola mas precisava desabafar sobre ele. Diva nos mostra a história de Augusto e Emília, inicialmente numa relação médico/paciente e depois numa tentativa de relação amorosa. Senti raiva de verdade com os personagens principais dessa vez. Augusto acaba machucando Emília duas vezes, sendo a segunda vez pior. Eles estão conversando quando, num surto de raiva, ele agarra os braços da menina e aperta tão forte, mas tão forte, que ela acaba ajoelhada no chão (e ele só percebe isso quando o surto de raiva passa) e depois dessa cena dramática, Emília ainda se "arrasta" atrás dele dizendo que só então percebera que o amava. Emília, depois desse dia, chega até mesmo a dizer que estava disposta a abandonar a sua vida social para ser só dele. E aí nos batemos com um relacionamento tóxico né, antes já era ruim, com tantas alfinetadas e coisas do gênero, mas agora já estamos lidando com violência física. E para piorar a situação do livro, no fim Augusto só termina dizendo que ela era sua mulher. Mas não num tom informativo, era num tom "fazer o que né, ela é minha mulher". Esse livro poderia ter um desenvolvimento melhor do autor no final, ele só acaba o livro nos mostrando que no fim eles ficaram juntos. Ninguém sabe como direito, ninguém sabe nada, eles só ficaram juntos. Emília é a mulher de Augusto e acabou, aceite. Se o autor tivesse desenvolvido melhor o final talvez o livro seria melhor. Mas, agora, duas estrelas.

D. João Gabriel 25/11/2020

Romantismo brasileiro
Leitura deliciosa pra passar o tempo.
Achei um romance bem leve, sendo a cara do romantismo.
Embora não seja água com açúcar, há muito do idealismo romântico a respeito do amor verdadeiro.
Em breve, resenha no @caduquelendo no Instagram.

Jenifer121 18/11/2020

Eu havia lido esse livro há uns quatro anos atrás (confesso que de má vontade) e não tinha entendido nada; por isso resolvi reler ele por conta própria para ver se minha opinião mudava sobre a estória.
Bem, o que tenho a dizer é que sim, ela mudou. Relativamente gostei do livro até o penúltimo capítulo (já vou explicar), e também gostei da escrita do autor; ele usa muitas alusões para explicar e caracterizar as coisas, e sinceramente não achei ela complicada para compreensão, o que para mim é um ponto a favor.
Agora, quero falar sobre o último capitulo. Na minha opinião ele estragou toda a construção do livro e dos desejos dos personagens. O que poderia ter sido um desfecho aceitável depois de tudo que aconteceu e foi dito tanto pelo Augusto quanto pela Emília, só acabou fazendo por juntar eles sem mais nem menos num relacionamento que claramente ela ira sofrer e ele também, já que não concordam com nada e vivem para alfinetar o outro.

Siqueira 06/09/2020

Meloso demais
Li até o final por obrigação, muito chato, melodrama , a personagem Emília uma menina mimada.

Lucio 25/05/2020

Melhor que 5 minutos, mas não que Senhora
Li Diva a primeira v z em 2015 quando terminei a faculdade de letras. Sempre fui atraído por José de Alencar pelo seu desejo de descrever o Brasil de ponta a ponta. diva que está incluso em seus romances urbanistas, traz uma história de amor rápida como em 5 minutos, mas com uma protagonistas mais forte, mesmo que no século XIX as mulheres não tivessem tanta voz ativa, nos livros de Alencar as mulheres ganham esse protagonismo. Uma leitura rápida, mas sem grandes emoções.

Taci.Souza 13/05/2020

Nem só de grandes obras vive um grande autor, e não são apenas as boas experiências que fazem o bom leitor. Uma pitadinha de decepção faz parte. Diva prometia ser um livro interessante, especialmente pelo caráter excêntrico e determinado de sua protagonista, Mila. No entanto, as mudanças que a personagem sofre ao longo da trama, apagaram um pouco do brilho que ela mostrava e que a tornava tão única.

Carolizons 05/05/2020

É um bom livro, mas não o melhor de Alencar
A leitura é rápida e leve. Me senti bastante envolvida pela trama, mas achei que os acontecimentos finais se deram de maneira muito acelerada, deixando algumas coisas confusas e não explicadas.

Soraya14 15/03/2020

É José de Alencar, poxa...
Todo instante eu ficava me lembrando disso para não desistir do livro. José de Alencar nunca me decepcionou, até conhecer Diva.
O tom dramático do personagem para coisas miúdas e sem importância me deu asco durante toda a leitura. O personagem parece aqueles caras que, não sabendo conquistar uma mulher, resolve apelar pro choro e vitimismo.

Foi um saco.

rebeccavs 26/02/2020

Romance fraco e personagens entediantes
Apesar da baixa classificação, decidi ler “Diva”, do mestre Zé de Alencar, por se tratar de uma personagem feminina similar à Aurélia Camargo, protagonista de “Senhora” (outro romance do mestre).

Entretanto, ser admiradora de um escritor é entender e analisar suas obras individualmente. Infelizmente, não gostei tanto de Diva quanto de “Ubirajara” ou “A viuvinha”, pois a narração da obra é maçante e a estória não apresenta um contexto, ao meu ver, bom e interessante.

O começo foi encantador, mas os capítulos seguintes deixaram a desejar pelo romance fraco entre a protagonista e seu amado.

Considero demais o mestre Zé de Alencar um excelente autor, não apenas pela linguagem simples, mas pelas características riquíssimas em história, cultura e política presentes em cada obra; todavia, o romance não funcionou comigo.

Rafaela.Braga 18/02/2020

José sendo José
Leitura finalizada pro meu desafio de ler nordestinos durante um ano.

Lipe 22/10/2019

Depois de Anos Concluí a Trilogia
Como nos seus demais romances urbanos, José de Alencar expõem os costumes e figuras da alta sociedade carioca do século XIX. Observador agudo e leitor de grandes escritores como Victor Hugo, Alexandre Dumas, Balzac e outros, ele é considerado por muitos como o fundador do romance nacional. É fato que ele explora de forma excelente os dramas e sofrimentos humanos. Alencar também projetou a criação de perfis femininos por meio das obras Lucíola (1862), Diva (1864) e Senhora (1874), formando assim a série "perfis de mulher", na qual as protagonistas femininas têm a sua alma feminina e seus conflitos psicológicos explorados pelo autor. Esse aspecto é interessante porque, geralmente, eram os homens que ocupavam o centro das histórias literárias brasileiras. Suas personagens não se limitam a serem certas ou erradas, boazinhas ou más. Alencar procurou expor os dilemas íntimos de cada uma delas e seus dois lados pessoais.
Nas três obras, principalmente em Diva, opinião como leitor, notei que tratam-se de enredos simples, onde acompanhamos as idas e vindas de um casal (Augusto e Emília), mas ambos, sobretudo Emília, são personagens "redondos" (complexos), multifacetados, dinâmicos. Emília é, acima de tudo, um enigma para o leitor devido a sua aparente soberba, esnobismo e "ingratidão". O leitor pergunta-se até onde ela seguirá com seus rompantes e aparente falta de amor ao protagonista Augusto.
Não apreciei tanto como os demais da trilogia do Alencar, mas vale a pena passar uma tarde com ele acompanhado de um bom café.