Resenhas - Dando Nome ao Elefante

Rodrigo 10/01/2024

Essencial - sobre cosmovisão
Daqueles livros que você fica triste porque ninguém nunca sequer citou a existência dele antes. Nossa! Como esse livro me ajudou a compreender a realidade e a mim mesmo, os outros etc. Vou reler e praticar (há 7 perguntas a serem feitas sobre pessoa ou obra literária, por exemplo).

Tonny 30/06/2023

Deus é o nome do elefante.
É difícil pensar em algum ser humano que não se pergunte sobre o sentido da vida. Panteístas, agnósticos, ateus, Cristãos, sim todos têm sua tese.

Desisti uma vez de ler: Dando Nome ao Elefante. Achei a linguagem muito densa, profunda, filosófica... Abandonei.
Comecei a estudar sobre Cosmovisão, e Sire me trouxe o desafio de poder entender.

Na primeira parte do livro, Sire aborda as perguntas mais frequentes que fazem parte de um coração vazio do tamanho de Deus e que só Deus com a sua grandeza é que pode preencher.

O texto segue e Sire traz as mais diversas visões com suas argumentações e ensinos onde Deus parece ser, e é, algo irremediável. Ele existe.

No final do bolo, Sire concretiza para os leitores a prova de que Deus é o elefante. De que Cosmovisão é muito mais do que vivência, é prática, é externalizar suas lentes.

O elefante tem o nome de Deus.

Luã 21/08/2022

Sire é um ótimo escritor e um intelectual muito lúcido. Já li outras obras dele e sempre me impressiono com a sua capacidade lógica e seus insights precisos.

Arthur Bernard 27/05/2022

Interessante e cansativo
Acho que Ware esgotou bem o tema de cosmovisão - dentro da sua proposta - em ?Universo ao lado?. Quem leu esse último não precisa ler esse. Além de ser uma escrita bem prolixa. O que - paradoxalmente - não deixa o livro ruim, pois continua com muita qualidade.

fabio.ribas.7 22/05/2022

Dando nome ao elefante
?Dando nome ao elefante?, de James Sire, é um livro fascinante sobre o tema de cosmovisão. Já falei sobre cosmovisão na resenha anterior e, provavelmente, seguirei trantando disso nos próximos livros. Assim, não serei repetitivo já que leremos muitos livros sobre o assunto.

Neste livro, portanto, cabe ressaltar apenas dois ou três pontos. O primeiro é que é um livro para corrigir um conceito que o autor havia trazido num outro livro dele (?O universo ao lado?). Era preciso sair do ambiente fortemente racionalista a que o conceito dado pelo autor no primeiro livro caiu. Na verdade, a grande contribuição é sobre o não racional, o que ele chama de ?pré-teórico?. O pré-teórico é um elemento da cosmovisão e vem antes do teórico. O teórico é o racional, o sistematizado, o reflexivo (ou o refletido). Contudo, a maioria de nós abraça uma cosmovisão não pelo que ela nos convence, persuade intelectualmente. A maioria nem percebe que abraçou uma cosmovisão. O que acontece então? O pré-teórico é o instintivo, o emocional e o intuitivo das nossas relações. Para mim, vejo isso na maioria das vezes que as pessoas embarcam numa cosmovisão. Para entender melhor, ele faz uma comparação com a fé. A fé é o pré-teórico. A fé como aquele primeiro momento, aquela primeira convicção, certeza, afirmação interna, isto, então, é uma coisa. Depois é que os convertidos passam a inteligir com a fé. O autor parte do fato que pensar, inteligir a nossa cosmovisão, é a partir do momento em que somos provocados, a partir de uma crise que nos leva a validar (ou não) a cosmovisão em que nos encontramos.

No primeiro capítulo, o autor mostra os diversos conceitos de cosmovisão, de Dilthey a Naugle. Há uma história anterior a esses autores, mas é com eles que o conceito toma uma forma mais próxima do que hoje tratamos. Toda cosmovisão traz em si um posicionamento sobre o Ser de Deus. Esta foi uma outra ideia trazida sobre os tipos de cosmovisão que eu ainda não tinha visto por esse prisma. As demais ?cosmovisões? são degenerações passo-a-passo da primeira, o ?teísmo?. Uma outra perspectiva importantíssima foi a da relação ?público-privado?. Este é um tema muito interessante e pertinente ao meu campo de interesse: como se coaduna a cosmovisão da cultura com a do indivíduo ? pontos e contato e pontos de conflito.

Para ler o texto completo: https://ribaseribas1.medium.com/dando-nome-ao-elefante-biblioteca-2-xv-3f0651673147

Léo_Martins 18/04/2022

Dando nome ao elefante: Cosmovisão como um conceito
Está é uma obra significativa que representa uma excelente oportunidade de aprofundamento nos estudos sobre cosmovisão a partir de uma perspectiva biblicamente orientada.

Neste livro Sire amplia e aprofunda sua análise presente em O UNIVERSO AO LADO sobre os elementos constitutivos de uma visão de mundo pessoal, atribuindo lugar de importância central às instâncias pré-teóricas e às funções pré-discursivas em sua formação e em seu processo de compartilhamento.

Sua redefinição de cosmovisão resgata a importância central que a dimensão ou instância espiritual do nosso ser desempenha na maneira como interpretamos a realidade ao nosso redor e na maneira como agimos nela.

Ítalo Victor 10/04/2022

A cosmovisão é o nosso elefante, mas nossa cosmovisão é Cristo, portanto Cristo é o Elefante
Podemos dizer que este livro é fabuloso, o autor trabalha o conceito de cosmovisão de uma maneira prática e simples, partindo da tese sobre cosmovisão ser um anseio e uma indicação do coração, demonstrando que nossas noções são pré-teóricas e a partir delas tentamos compreender o mundo e tecer nossa própria cosmovisão das coisas. O autor demonstra brilhatamente como podemos alicerçar nossa cosmovisão e também discute algumas acusações contra o Teísmo cristão.

SauloBtista 18/02/2022

A importância da vida consciente de nossas crenças
"cosmovisão é um compromisso, uma orientação fundamental do coração, que pode ser expresso como uma estória ou num conjunto de pressuposicoes (que podem ser verdadeiras, parcialmente verdadeiras ou totalmente falsas) que sustentamos (consciente ou subconscientemente, consistente ou inconsistentemente ) sobre a constituição básica da realidade e que fornece o fundamento no qual vivemos, nós movemos e existimos".

Enquanto em "o universo ao lado" James sire cria um catálogo/estudo sobre as cosmovisoes que mais influenciam a história do mundo ocidental, aqui ele estudo o próprio conceito de cosmovisão em si, um conceito antigo, muito estudado e debatido, apresentando a história desse debate e qual caminho ele trilhou até chegar no conceito usado por James.

O livro estimula o estudo de cosmovisão como um meio para auto análise, análise do outro e da sociedade ao redor como uma forma de melhorar a relação com a pluralidade com a qual convivemos.

De modo geral sinto que aproveitaria bem mais esse livro com uma maior bagagem filosófica (o que deve causar uma releitura futura) e aproveitaria bem mais "o universo ao lado" se tivesse lido esse antes.

Em todo caso foi uma leitura que valeu a pena e que cumpriu o que se propõs

Rodrigo.Dias 10/02/2022

Dando Nome ao Elefente
Esse livro demonstra uma evolução do pensamento do autor com relação ao ao conceito de cosmovisão.

Enquanto o seu irmão, O Universo ao Lado, demonstra as cosmovisões, o Dando Nome ao Elefante amplia o conceito de cosmovisão.

Arthur Menassi 10/01/2022

Sequência perfeita para O Universo ao lado
Depois de ler O Universo ao lado, do mesmo autor, essa é a melhor opção pra seguir estudando sobre cosmovisão. Dessa vez aprendendo mais sobre o conceito. Um pouco mais difícil que o Universo ao lado, mas ainda assim ótimo pra aprender. É a melhor sequência para o estudo do assunto.

Matheus Alves Carmo 06/11/2021

Cosmovisão e Cristianismo
"Na base de todo o nosso pensamento ? todas as nossas ruminações sobre Deus, sobre nós mesmos e sobre o mundo à nossa volta ? está uma cosmovisão." (pág. 18)

Nesse livro de James W. Sire, somos apresentados a um estudo sobre Cosmovisão, passando por seus diversos conceitos ao longo dos anos, e vendo a visão do autor sobre o tema, tudo de uma perspectiva abertamente cristã.

"A partir deste momento, o homem passou a interpretar a realidade de maneira distorcida, atribuindo a diversos aspectos criados significados apóstatas resultantes de sua rebelião contra Deus e sua Palavra." (Pág. 7)

Ao longo do livro, Sire referencia várias vezes seu livro anterior sobre o assunto, "O Universo ao lado". "Dando nome ao elefante" é tecnicamente uma continuação/um aprimoramento do primeiro livro, mas não necessariamente é preciso ter lido o primeiro, pois tudo aqui é bem completo, e as referências são bem explicadas (como quando ele diz que no primeiro pensava de determinada maneira, mas agora mudou para outra).

"Todo mundo tem uma cosmovisão. Quer saibamos ou não, todos nós agimos a partir de um conjunto de suposições sobre o mundo que permanecem em grande parte escondidas nos recônditos inconscientes de nossa mente." (pág. 104)

Por outro lado, imagino que é interessante, sim, ter um certo conhecimento sobre o que é Cosmovisão, pois o livro tem uma linguagem e conteúdo mais densos, que pode gerar dificuldade em algumas partes.

"Então, o que é o bem? É o que uma ou mais pessoas dizem? É uma característica inerente da realidade externa? É o que Deus é? É o que ele diz? O que quer que ele seja, o bem é uma coisa." (pág. 129)

O principal ponto da escrita de James Sire é como ele estrutura bem seu texto e seu raciocínio, e consegue "passear" por todo seu argumento de forma lógica e precisa. Ele não esconde a parcialidade, claro, e defende o ponto de vista cristão durante todo o texto.

"EU SOU: não se pode ser mais fundamentalmente real do que isso. EU SOU não deve ser igualado com coisa alguma dentro da ordem criada. Ele não é o deus da guerra ou a deusa da Lua ou o espírito do Nilo, um entre outros deuses. Ele é único e exclusivo. Ele é o que é ser. " (pág. 54)

Tanto as partes teóricas, onde Sire fala sobre conceitos filosóficos de Cosmovisão, como as partes teológicas onde ele trás esses conceitos para dentro do cristianismo, são muito boas de se ler. Ele mostra uma inteligência e um conhecimento de Deus imensos. Me fez querer ler mais do autor, com certeza.

"Isto é, Deus está no controle total do que as suas criaturas serão capazes de saber e do que irão saber sobre ele. Ele revela. Nós percebemos. Ele dá. Nós recebemos." (pág. 86)

O livro, apesar de denso, não é tão grande, então não é uma leitura muito demorada (apesar de que demorei, pois li aos poucos). Não é a leitura mais básica em Cosmovisão, mas certamente deve ser muito proveitosa pra quem quer aprender mais sobre o assunto, principalmente relacionado à fé cristã.

"Então, qual é a natureza da realidade fundamental? O que é o Ser? É Deus em seu incrível traje pessoal de onisciência, onipotência, onipresença e bondade. Podemos entender o universo porque um Deus inteligível o fez para ser entendido." (pág. 59)

Ricardo 13/03/2021

Cosmovisão como algo do coração
#umlivroporsemana
#skoob

Espero ler um livro por semana em média neste ano. Pretendo postar breves comentários sobre minhas impressões destas leituras.

Esta, na verdade, foi uma releitura. Trata-se de uma das mais importantes obras sobre cosmovisão cristã. O ponto mais importante do livro é a reformulação do conceito de cosmovisão que o autor se viu obrigado a fazer após anos de pesquisa sobre o assunto. Em suas primeiras formulações, James Sire enfatizou muito o aspecto intelectual da cosmovisão. Aqui ele explica a plenitude do ser humano envolvida em sua cosmovisão. Trata-se de algo do "coração", entendido biblicamente (intelecto, vontade e emoções).

Senhor, molda meu coração, para que tudo que há em mim se volte para a tua glória!

Gabriel Dayan 04/12/2017

Depois de Immanuel Kant, surgiu nos meios acadêmicos uma palavrinha alemã bem difícil de pronunciar: Weltanschauung, que literalmente significa algo como “Visão de Mundo” ou “Cosmovisão”. Desde então ela tem se tornado um ramo de estudo da filosofia / antropologia / sociologia que busca ir no profundo do coração humano, para entender seu funcionamento, no porquê tomamos certas decisões, como certas idéias básicas governam nossas compreensões sobre o universo como um todo.

Semelhante ao livro anterior “O Universo ao Lado”, que visava identificar estas perguntas últimas como “De onde viemos?”, “O que é o mal?”, e demonstrar as principais cosmovisões que vemos em nossa sociedade atualmente como o (Pós)Modernismo, Cristianismo, Naturalismo, etc, para nos ajudar a lidar com elas, James Sire toma um caminho que é tentar demonstrar a relação íntima entre a constituição básica de um ser humano, no que ele acredita e como ele vive na prática. Sire é mais acadêmico e não tão teológico quanto Brian Walsh e do Middleton, por exemplo.

Para que isso ocorra, principalmente baseado em David Naugle, Sire resume a história do conceito, usando pensadores não cristãos e cristãos para mostrar como se compreende o conceito. Depois ele mostra a inter relação fundamental dos termos filosóficos “Ontologia” e “Epistemologia” e os reflexos éticos que surgem da compreensão destes, fazendo uma crítica cristã que com certeza fará uma densa auto análise do leitor. O livro é de uma linguagem simples mesmo nas questões complexas, bem humorada e apresenta boa fluidez. Um cristão se sentiria um pouco mal estar por entrar nos meandros do pensamento pós-moderno e ver que é possível perceber ranços dela arraigada em nós.

Até o final, Sire revela de forma pormenorizada o seu conceito, demonstrando estar ciente dos problemas que a tentativa de conceituar Cosmovisão apresenta. Saber como o outro pensa e age é um ótimo instrumento para que se use uma linguagem adequada para atingir o coração a ponto de transformar a totalidade da vida dele, ou reavaliar a nossa própria, de forma que possamos ter uma cosmovisão mais bíblica e que esta transborde de forma plausível nas estrutura da sociedade.

Billy 17/09/2013

Você não pode passar dessa vida para a outra sem ler este livro!