Resenhas - A Morte de Ivan Ilitch

Zeno.Carneiro 16/06/2024

Tenho uma dificuldade enorme de engatar em literatura russa, parece tão distante monótono- até deixar de ser, e eu entender porque são considerados clássicos. Que força há em ler ?a crueldade dos homens, a crueldade de deus, a ausência de deus?.

mylena97 16/06/2024

"? A morte acabou, não existe mais."
Esse livro me fez refletir sobre as influências da sociedade na nossa vida, isso seja em 1886 ou em 2024, em que por convenção é decidido que o sinônimo de uma vida feliz é um emprego bem sucedido, com boa remuneração, uma esposa, casa bonita e coisas do tipo. No fim, tudo que fazemos é para alcançar a felicidade, mas será que podemos? Ivan fez tudo que deveria ser feito, e morreu infeliz, admitindo que o momento que de fato era feliz, era na infância. Acredito que todo jovem ou adulto concorde com ele atualmente (ou deveria), porque é o tempo que costuma ser leve, que o pouco te faz feliz e o sentimento de se encantar com a vida é presente e puro.
Posso concluir do meu primeiro contato com a literatura russa que, essa obra possui uma escrita muito fácil, com ideias muito simples e construtivas.

Lougas_lelope 16/06/2024

Estou vivendo de forma certa??
Foi a minha primeira experiência com literatura russa. Fiquei impressionada com a obra, no início não sabia muito oq esperar. O livro traz uma reflexão incrível sobre a forma em que vivemos a vida e se existe uma maneira certa. Muitas vezes pensamos que o fato de ter um emprego e um casamento é a chave para felicidade absoluta, mas podemos ter isso e continuarmos entediados ou com a falsa felicidade. A vida vale a pena ser vivida.

dhayjully 16/06/2024

A vida leve e agradável.
O início da narrativa é leve, e nos mostra um pouquinho das decisões do Ivan e por quais razões foram feitas, com o objetivo de ter uma vida leve e agradável bem vista aos olhos dos outros.

Quando chega os últimos dias de vida, nos quais ele já perdeu as esperanças de continuar vivo - apesar de querer muito viver - ele começa a pensar que a vida dele talvez não tivesse sido leve e agradável, começa a repensar as suas escolhas, e começa a pensar que talvez só a sua infância tenha sido leve e agradável.

O que me pegou muito e me deixou muito reflexiva, é que sempre fazemos nossas escolhas pensando no que a sociedade vai pensar ou o que os outros vão pensar da gente e das nossas escolhas. Mas será que no final das nossas vidas, as nossas escolhas baseadas nas opiniões dos outros, terá valido a pena? Terá nos trazido uma vida leve e agradável?

Amei a descrição de como a dor emocional dói mais do que a dor física, a dúvida de suas escolhas, as emoções por não querer morrer, e a paz do final.

Leopoldo.Reisner 16/06/2024

Efemeridade de uma vida vivida ou não
A narrativa começa leve. Após a descoberta de sua futura morte, tudo começa a angustiar.
Ver sua vida passando diante dos olhos e perceber que talvez não tenha vivido tão bem é doloroso.
Narrativa que faz refletir.

sarah.vanin 15/06/2024

A morte de ivan ilitch
Tolstói, como já esperado, nunca nos decepciona. Apesar de uma leitura rápida e objetiva, a história é cativante e te faz querer ler até o final (mesmo o título ja entregando o plot - a morte), com reflexões sobre a morte em si, tudo que Ivan viveu um período antes de morrer (e um pouco da sua infância, que por sinal foi o único momento de sua vida que lembrava com apreço), e claro, como ele era em vida. Um dos livros de Tolstói considerados mais ?fraquinhos? por mim, mas muito bom.

naoeumaresenha 15/06/2024

Primeiro livro russo que consigo finalizar!

me diverti muito com o começo do livro, as ironias e realidades das falas dos personagens são o ponto central da história. além do personagem do próprio ivan ilitch, que narrado na terceira pessoa fica mais interessante pois vemos a insignificância com que se construiu sua vida até morrer.

madu 15/06/2024

A agonia de cada capítulo é ensurdecedora. você dedica tanto tempo, praticamente toda sua vida, para criar uma máscara da qual as pessoas irão admirar e invejar. e no final, isso tudo faz sua vida valer a pena, torna ela digna de ser vivida? a imagem que você performou para as pessoas torna toda a sua dor menos angustiante?
ivan ilitch descobriu que não.

haruurane 14/06/2024

?não existirei mais, o que existirá então??
?a morte acabou, não existe mais?
crise existencial bateu forte quando acabei esse livro, as reflexões sobre a brevidade da vida e da libertação na morte, embora óbvias, são coisas surpreendes e cativantes de ser acompanhar pela perspectiva desse homem.

Emanuel231 14/06/2024

"À beira da morte, sozinho, sem ninguém que o compreendesse"
Iniciando com a morte do personagem Ivan Ilitch e depois acompanhando como foi a vida do mesmo até o momento de sua morte tão lenta e dolorosa, em que o mesmo através da dor vive uma autodescoberta de si mesmo... Admito que já era um livro que eu estava na espera pra ler e já sabia que ia gostar, mas não imaginava que ia gostar tanto. A escrita impecável desse livro me fez sentir e entender cada fase do Ivan Ilitch, toda sua necessidade de alcançar reconhecimento na vida e deixando o lado humano de lado para apenas viver no automático com decisões que nem mesmo eram de sua vontade... Até suas dores, angústias, revoltas e agonias quando se vê como alguém que irá morrer e se recusando a aceitar isso. Uma escrita que irá nos mostrar cada faceta de um homem que em seu inconsciente entende que irá morrer e só queria não se sentir só em seus momentos finais enquanto passa a ser visto antes mesmo de morrer como um morto pela visão da família, sendo tratado com abandono... E em seu consciente diversas vezes de forma momentânea se agarra a falsas esperanças e mentiras, até sua final conclusão em que são entendidos os arrependimentos de uma vida que não foi vivida. Dessa forma, Através da morte de Ivan Ilitch podemos morrer pela primeira vez, e a segunda sendo nossa própria morte...

Chuann 14/06/2024

Esse livro certamente vai fazer você repensar sobre sua vida
A morte de Ivan Ilitch é o tipo de livro que é impossível terminar de ler sem ficar horas refletindo sobre ele... Ele provoca um dos sentimentos mais melancólicos que podemos ter: "será que estou vivendo a minha vida?". Ao ler o livro, no fim, a gente percebe que o que tem sentido na vida das pessoas são as relações que criamos e fortalecemos, por que no final, na hora da dificuldade, não é o seu trabalho, a sua casa, ou as relações "por interesse" que você cria que vão estar contigo de verdade. O processo físico da morte de Ivan Ilitch foi muito doloroso, mas a tortura mental que ele também sofreu, dada as suas escolhas, foi pior ainda.

Maria19136 13/06/2024

Um livro que faz refletir sobre vida, morte, família. A existência e tudo que diz respeito a partir, quem realmente temos. Leitura rápida e fluida.
O autor leva a narrativa de forma a nos envolver com o fim da vida de Ivan, seu sofrimento e sua jornada até o momento de sua morte.

madzz 12/06/2024

Ok
Terminei, mas não sei o que falar. a experiência de ler é boa, é bem mórbido - óbvio, o título deixa isso claro - acho que se eu tivesse lido em outro momento faria mais sentido, mas hoje foi só uma tentativa chata de sair da zona de conforto.

Ugraita 12/06/2024

Em "A morte de Ivan Ilitch" Tolstói mais uma vez descreve com precisão as experiências humanas na terra. Nessa novela de capítulos curtos, exploramos as dúvidas e os medos de um moribundo em seus últimos dias.
Senti certa dificuldade para engatar a leitura, tudo começa com o personagem principal já falecido, mas depois Tolstói nos leva em uma viagem pela vida de Ivan Ilitch seus pais, emprego, família, até a sua fatídica doença.

Daniela 11/06/2024

A morte de Ivan
Esse livro de fato é necessário ler pelo menos uma vez ao ano, pois nos retoma ao nosso olhar para nossas atitudes mediante a morte. Ivan viveu uma vida pautada na materialidade em busca de prazeres terrenos . Alcançou um bom cargo, alavancou em sua carreira, recebeu de acordo com que tinha em mente para uma vida feliz.. ansiou um salário mais alto, conseguiu. Porém, se afastou de quem ele era de verdade, afastou de
Sua família, seus amigos menos afortunados, mas que se importavam com ele e seus relacionamentos foram apenas por interesse. Casou-se com a mulher mais cobiçada, casou por ela ser bem vista na sociedade que vivia, mas não amava. Após ser cometido por uma doença inesperada Ivan se põe a pensar se realmente viveu a vida. Seus amigos pensava no cargo que ele deixaria se morresse e quem ia tomar posse dele, sua esposa pós morte preocupava se ia receber a pensão, seus filhos o via como um peso. A única memória feliz era da sua infância. Isso nos põe a pensar estou vivendo a vida como de deveria? Estou buscando mais bens que vão se perpetuar pela eternidade ou bens momentâneos? Se eu morresse hoje como seria lembrado. Eu retificaria ou ratificaria a minha vida? Eu vivi bem a minha vida?