Inocência

Inocência Visconde de Taunay




Resenhas - Inocência


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Shey 03/02/2013

Inocência­ _ Visconde de Taunay
A história relata o romance proibido de Cirino e Inocência, que se apaixonam em meio ao fato de Inocência já estar prometida à Manecão, o que torna a história bastante intrigante.
Uma história magnífica, realista, sentimental e graciosa.
Cirino, um jovem médico nascido em São Paulo, na vila de Casa Branca, durante sua jornada pelo sertão, conhece, em Sant’Ana do Paranaíba, Pereira, que o convida a ficar um tempo em sua casa para que ele cuide de sua filha Inocência que, há muito tempo está doente.
Durante sua estadia, Cirino e Inocência se apaixonam, mas pelo fato de Pereira ser um pai super protetor e ter prometido Inocência à Manecão, um homem trabalhador e rico; eles têm de se encontrar disfarçadamente e sorrateiramente para que não sejam identificados, porém, Tonico, um anão que vive ao lado de Inocência, descobre, mas não fala nada a ninguém, devido este falar muito pouco por meio a muito esforço.
Passado um tempo, chegam ao rancho de Pereira, Meyer, um zoologista alemão que viajava a procura de borboletas para capturar e José (Juque), seu ajudante e, devido o elogio feito por Meyer à Inocência, Pereira fica desconfiado de Meyer, mas não faz nada pois Meyer havia lhe entregado uma carta de recomendação de seu irmão Chiquinho que Pereira não via a muito tempo.
Ao decorrer do tempo, a desconfiança de Pereira com Meyer aumenta cada vez mais, principalmente com o fato de Meyer ter encontrado uma belíssima espécie de borboleta desconhecida e colocado seu nome de Papilio Innocentia, em homenagem a Inocência, cuja beleza ele jamais havia visto e, Cirino e Inocência aproveitam dessa situação para se encontrarem durante a noite.
Após a partida de Meyer, a situação complica para Cirino e Inocência, que, após um bom tempo, são dedurados por Tonico à Pereira e Manecão, estes, quais saem em busca de Cirino que havia saído para tentar convencer Cesário, irmão de Pereira, a impedir o casamento de Inocência e Manecão e deixar Inocência casar-se com ele, porém, quando Cirino aguardava a vinda de Cesário, acontece um imprevisto, onde Cirino é morto por Manecão, que foge após o assassinato.
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Felipe - @livrografando 12/01/2013

Romeu e Julieta do Sertão
Melhor do que Romeu e Julieta propriamente dito, Inocência é a história de um amor impossível entre ela e Cirino, um médico que cruza o caminho de Pereira, pai de Inocência. Os dois se cruzam quando Cirino caminha pela estrada e Pereira leva Cirino para sua casa, dizendo que Inocência caiu numa febre que ninguém consegue curar. Com o tempo, Inocência se recupera e se apaixona por Cirino, mas esse amor é impossível porque ela já está prometida para Manecão, mas mesmo assim continua amando-a. Em certo ponto do livro, chega Meyer, um naturalista e colecionador de borboletas, mas logo nos primeiros dias Pereira começa a desconfiar dele, pensando que ele pode estar interessado em Inocência, e Cirino fica muito enciumado. Na metade da história, Meyer volta para a Alemanha e Inocência e Cirino começam a se encontrar às escondidas. O tempo vai passando e o amor entre os dois fica desgastado em virtude da promessa que seu pai fez para Manecão casando-a com ele e ele resolve se entregar ao pai dela, contando-lhe tudo. Nas partes finais da história, finalmente Manecão chega e Inocência fica muito triste e não quer de jeito nenhum casar-se com Manecão. Essa é a única vez que ela afronta o pai. Nesse momento o pai empurra-a contra a parede e Tico vai logo ao socorro dela. Os dois ficam conversando e Tico ouve. Aproveitando a ocasião, Tico entrega Inocência e Cirino, uma vez que ele via eles conversando às escondidas. Pereira manda Manecão matar Cirino e este cumpre a promessa. Inocência também morre.
Ao contrário do que muitos dizem, o livro é muito legal, pois mostra que tem pais que gostam mais da honra que da filha, e Pereira preserva isso até o fim, valendo a morte de sua filha.
BozoDel 15/04/2013minha estante
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Maariianee 01/11/2012

Ravena
muito bom mesmo !!!
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Mari 09/10/2012

Clássico!
Atraente e chamativo, o livro "Inocência" prende a atenção do leitor por narrar a história apaixonante e proibida de Cirino e Inocência. Torna-se mais emocionante a cada capítulo e possui um desfecho digamos que, surpreendente! Vale a pena se dispor de um tempo para lê-lo.
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Guga 02/08/2012

Crítica
Fico imaginando como a literatura tem o poder de nos transportar para lugares sem que precisemos sair de casa, e como faz transcender toda uma conjuntura cultural, política e científica.

Estou pagando no curso de Licenciatura em Ciência Agrárias a disciplina Entomologia Agrícola, que trata da ação dos insetos na agricultura, e me deparei em Inocência com um enredo que me remeteu a enxergar a importância desta vertente da ciência.

http://literaturagjb.blogspot.com.br/2010/11/inocencia-de-visconde-de-taunay.html
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Celle_ 24/06/2012

O livro é bom, ele trata com riqueza de detalhes a região e os costumes dos mineiros, todo o preconceito e pensamento retrógrado existentes relativos à mulher. A leitura é realmente apaixonante, mas sinto que no final o autor poderia ter ousado um pouco mais, também poderia descrever a forma como Inocência morreu, qual foi a atitude tomada por seu padrinho, por Manecão e por Pereira. Mas de qualquer forma, a leitura é boa e com certeza, a recomendo.
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hammy 04/06/2012

Um livro muuito bom do Romantismo, não é leitura que jovem ta acostumado, como romances sobrenaturais ou chick lit por isso é normal acharem chatos e cansativos. Recomendo mais pra quem é mais maduro, pois é um romance regionalista então tem umas palavras que não são comum a todos, mas da pra entender tranquilamente e a historia é beem bonitinha e podemos ver claramente como o amor nos seculos passados eram bem mais valorizados e 'fortes' do que nos dias atuais, pois mesmo sem o contato fisico frequente, o amor entre Inocencia e Cirino não morreu.

Uma pena Inocencia ter encontrado a liberdade que uma borboleta tem só no fim do livro.
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Lyta 29/01/2012

É que as dificuldades e colisões da vida...
"É que as dificuldades e colisões da vida, quando se agravam, tão fundo nos incutem a necessidade do apoio, das simpatias e dos conselhos de outrem, que qualquer aliado nos serve, embora de muito mais proveito fora bem pensada reserva e menos confiança em auxiliares de ocasião".

- Deixa-me ver bem o teu rosto, dizia Cirino a Inocência. Para mim, é muito mais belo que a Lua e tem mais brilho que o Sol.
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Julia G 11/10/2011

Inocência - Visconde de Taunay
“Com efeito, de volta à sala dos hóspedes, não pôde mais conciliar o sono e, sem que houvesse conseguido fruir um só momento de descanso, viu raiar a aurora. Parecia-lhe que o peito ardia todo em chamas a subirem-lhe às faces, abrasando-lhe o pensamento.
Aquele venusto rosto que contemplara a sós; aqueles formosos olhos, cujo brilho a furto percebera, aquele colo alabastrino que a medo se descobrira, aquelas indecisas curvas de um corpo adorável, todo aquele conjunto harmonioso e encantador que vira à luz de frouxa vela, fatalmente o lançavam nesse pélago semeado de tormentas que se chama paixão!”

Clássico do Romantismo brasileiro, Inocência, de Visconde de Taunay, possui todos os atributos inerentes a esse movimento literário: uma donzela apaixonada, um homem que a idolatra, demonstrando a idealização do amor e da mulher, e a valorização da natureza. Passando-se no século XIX, no interior do Brasil, a obra retrata o cotidiano simples e os modos modestos de vida, as dificuldades dos viajantes, o tratamento dispensado à mulher e o convívio diário com doenças e males que atingiam a população.

Cirino, pseudomédico, viaja pelo sertão do Mato Grosso a curar doentes. A caminho da próxima vila, depara-se com Sr. Pereira, que volta da cidade frustrado por não conseguir encontrar o remédio que sua filha precisa para as sezões (febres) da maleita (malária). Sr. Pereira mal podia acreditar em sua sorte: leva Cirino à sua fazenda, pede que se instale por lá e diz que avisará os doentes da região a fim de que venham até ele e que não precise parar de trabalhar. Pouco depois da chegada de Cirino à fazenda, surge também um novo visitante. Meyer, um alemão que está no Brasil para pesquisar insetos, abriga-se também nas terras de Sr. Pereira.

Logo que se põe a cuidar da filha de Pereira, Inocência, sob olhares fiscalizadores do pai; que não podia deixá-la sozinha com um homem, Cirino logo se vê apaixonado pela moça. Sr. Pereira, que desconfia das intenções do ingênuo Meyer, mal consegue perceber as de Cirino, que consegue furtivos encontros com Inocência. Cirino, entretanto, nada podia esperar com ela, pois já estava prometida a Manecão, e palavra é a moeda mais valiosa do sertão.

Diferente do que encontrei em Memórias de um Sargento de Milícias, Inocência não traz tantas novidades, e é até previsível. Mas não, por isso, deixa de ser uma leitura bem agradável. Claro que, por se tratar de um clássico, requer um pouco de paciência para nos adequarmos à linguagem, mas há tanta riqueza cultural nessas obras que eu acredito que valha a pena. Além do mais, depois que se acostuma à escrita, vemos como a forma de narração é bela e musical. Mesmo as expressões regionalistas utilizadas nos diálogos não causam prejuízo a essa característica.

O romance se desenvolve de maneira meio irreal, mas, como não sabemos o que era viver naqueles tempos, não há como julgar se poderia ou não ter acontecido. Não me identifiquei tanto com o casal principal, o que não me impediu de torcer por eles e tentar encontrar uma solução para o desafio dos dois.

Como todo clássico, deve-se saber apreciar. Eu mesma só comecei a gostar deles quando me livrei de certos preceitos que adotava sem perceber, e não tenho me arrependido disso. Inocência é um livro interessante de conhecer, mas não se pode esperar cair de amores.
Aline 08/04/2013minha estante
Gostei do livro, apesar de ter achado a historia parecida com muitas da literatura brasileira. Uma moça promtida a um homem que disperta o interesse de outro.




Breno Melo 28/09/2011

Inocência

Inocência, a personagem-título, é prometida a Manecão. Antes que o casamento aconteça, Inocência recebe os cuidados de Cirino, um falso médico. A história de amor que nasce entre a doente e o falso doutor, impossível e cercada de temores, é o centro deste romance.

A trama se passa uns 150 anos atrás, na atual cidade de Inocência, Mato Grosso do Sul. Quando dizemos que Inocência foi prometida em casamento, queremos dizer, obviamente, que temos aí uma família patriarcal típica da época e lugar, em que o pai faz casar a filha com quem ele escolhe. A família estaria completa se não fosse pela mãe de Inocência, já falecida, e pelo irmão, ausente.

Pereira, pai de Inocência, dá acolhida a Cirino, não só em nome da boa hospitalidade, mas também porque desejava curar a filha, que sofria de febres. Cirino, embora não fosse médico, tinha conhecimentos práticos de Medicina que lhe permitiram curar a menina. E foi assim que ele se aproximou de Inocência.

Para que tenhamos uma ideia melhor sobre os costumes dos sertanejos do Mato Grosso na época, vejamos o cuidado de Pereira em preservar a honra da filha:
- "Agora, prosseguiu Pereira com certo vexame (...), peço-lhe uma coisa: veja só a doente e não olhe para 'Nocência' (...)."
- "Sr. Pereira, replicou Cirino com calma (...), como médico, estou há muito tempo acostumado a lidar com famílias e a respeitá-las (...)."

Outro viajante, também acolhido por Pereira em sua fazendola, é Meyer. Este último viajante (o único personagem estrangeiro do romance) é um alemão que vem ao Brasil para a coleta de insetos que não existem em sua terra, onde possuem valor comercial. Ele chega à fazendola acompanhado de um assistente, tão prestativo como tagarela e inoportuno. Não tinha o menor desconfiômetro... Meyer e seu assistente não deixam de nos lembrar Dom Quixote e Sancho Pança (ou São Chupança, como alguns dizem de brincadeira), especialmente devido ao burrinho.

Meyer, com hábitos diferentes, elogia Inocência sem que tenha segundas intenções. Pereira, entretanto, entende os elogios como ofensa, porque crê que Meyer está interessado em Inocência. Meyer, por sua vez, não percebe que acendeu certos ódios em Pereira e volta a elogiá-la de vez em quando, julgando que isso seja do agrado de Pereira.

- "Além do mais, sua filha é muito bonita, muito bonita, e parece boa deveras... Há de ter umas cores tão lindas, que eu daria tudo para vê-la com saúde... Que moça!... Muito bela!"
(...)
- "O senhor não quer retirar-se? interrompeu Pereira com modo áspero."

Já Cirino, que se ardia de amores pela menina e conhecedor dos costumes da terra, fazia de tudo para dissimular o que sentia. Mas, como eu disse acima, ele foi correspondido por Inocência. A cena da janela, em que ambos conversam com medo de que possam ser surpreendidos, talvez seja a mais bela e interessante. A cena não deixa de lembrar a do balcão em Romeu e Julieta, especialmente se recordamos que o romance Inocência é tido como o Romeu e Julieta brasileiro ou sertanejo.

Ele é curto, seu vocabulário é pequeno e, embora de época, é perfeitamente compreensível para a maioria de nós. O regionalismo "mapiar", que aparece na obra, significa conversar.

De Meyer, ainda deveríamos falar algo. Ao menos na Literatura, Taunay era um antigermanista e tinha o costume de criar personagens alemães cômicos ou ridículos. É fácil notar certa implicância do narrador ao falar de Meyer, de modo que já não poderíamos chamar o narrador de imparcial.

- "Sim, exclamou Meyer com desespero, formiga de pau podre!... 'mein Gott'... Eu rasgo a roupa... eu pulo... eu gemo... fico nu como quando minha mãe me botou no mundo!... Horrível formiga do diabo!... Faz calombo em todo o meu corpo... Muita dor."

Seja como for, se não chegamos a ter um romance realista, tampouco vemos um romance romântico. É um meio-termo que tende ao Romantismo, especialmente com respeito à trama principal, ultra-romântica.

Sobre o auge da história, digamos que Manecão talvez já não aceite Inocência como esposa, e que Pereira e Manecão descobrem a história de amor de Inocência e Cirino quando ambos os viajantes, Cirino e Meyer, já haviam deixado a fazendola, cada um seguindo seu rumo. O primeiro impulso de Pereira, disposto a lavar a honra com sangue, é ir atrás de Meyer, mas o anão (eu ainda não tinha falado do anão mudo? oh! me perdoem) conta através de gestos o que realmente se passou. A raiva de Pereira se torna ainda maior, porque em Cirino ele confiava e, em Meyer, não.

Inocência e Cirino, entretanto, ainda têm uma chance. Cirino procura o padrinho de Inocência com a esperança de que este possa intervir a favor dos dois, do mocinho e da mocinha da história. Mas o padrinho, outro defensor da honra da menina, talvez se volte contra Cirino também.

Não digo mais. Daqui por diante é o desfecho da trama e, ainda que tudo possa parecer previsível para o leitor, lembremos que a maneira como uma história é contada pode valer mais que a trama em si.

Sobre as melhores partes do romance, além da cena da janela e desta em que Cirino busca a ajuda do padrinho da mocinha, o final também é bastante interessante, principalmente a nova espécie de borboleta apresentada por Meyer na Europa e o nome científico dela. Outras cenas até melhores são a do leproso e aquela em que Cirino se vê rodeado pelos moradores da vila de Sant'Ana.

Eu recomendo este romance para quem gosta de histórias de época (especialmente aquelas escritas por autores da época, o que, certamente, faz toda a diferença); para quem já leu Romeu e Julieta e gostou (ainda que Inocência, de modo algum, suporte comparação com esta peça de Shakespeare em matéria de qualidade); para quem gosta de obras com características do Romantismo brasileiro; e especialmente para quem está estudando para o Vestibular.

O romance, em sua época, fez muito sucesso, sendo traduzido e publicado até mesmo no Japão. Tem 3,1 estrelas no Skoob. A parte menos atrativa para os leitores atuais e a mais lenta é o começo. A história ganha um ritmo mais agradável depois que o narrador já apresentou os personagens e descreveu o lugar, concentrando-se na narrativa dos fatos.

Lembremos que Taunay já esteve no local da história, na época da Guerra do Paraguai, e podemos dizer, como base nas "Memórias" do autor, que Inocência é inspirada numa garota do lugar. Seu romance, ainda que não possa ser comparado a Dom Casmurro, não deixa de ser uma pequena pérola de nossa Literatura. A edição popular que tenho em mãos, de 160 páginas, me custou R$ 1,99. (Sim, foi comprada numa loja de 1,99.)

Também existem alguns filmes. O mais recente é a versão de 1983. E, antes que alguém pergunte, a resposta é sim; o Cinema, nessa época, já era a cores e tinha áudio.
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Andréa 26/08/2011

O sertão revelado em sua natureza e costumes
Com riqueza de detalhes e profundo conhecimento vivenciado pelo autor, o livro permite uma verdadeira viagem ao Brasil rústico e sertanejo dos idos de 1871, quando "honra e palavra" eram os principais motivadores dos amores impossíveis. E assim acontece com Inocência e Cirino. Ela, uma jovem do interior do Mato Grosso prometida em casamento a um homem bruto acostumado à lida do sertão. Ele, um jovem farmacéutico a quem as andanças de Minas Gerais ao sertão matogrossense faz virar "doutor" e arrebatar o coração de Inocência. Entre eles, o Sr. Pereira, o pai, homem simples, hospitaleiro, mas capaz de sacrificar a própria filha em nome da sua palavra. Entre os personagens ainda temos o entomologista Guilherme Meyer, hospede de Pereira que tem seu modo espansivo de homem europeu confundido com afronta pelo sertanejo. Dessa forma o autor apresenta o sertanejo, o homem da cidade e o extrangeiro, revelando os contrastes entre cada um deles. O final como já imaginava, é triste, fatal e representa o que por muitas vezes deve ter ocorrido na época em que o livro foi escrito.
Aline 05/02/2014minha estante
Lindo romance, mas acho que a jovem Inocência de inocente não tinha nada.




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uiliandalpiaz 11/08/2011

Tamanha inocência...
"Inocência" é um romance precioso e instigante, não à toa é reconhecido e celebrado como um dos maiores clássicos de nossa literatura. Taunay percorre escritos de fatos fictícios com tamanha disposição que incorrem-lhe a dubitável sensação de estar entre o real e o ficcional.

A perfeita descrição do ambiente e dos minuciosos acontecimentos do sertão de Mato Grosso (o que seria hoje o MS) revela brilhantes linhas de regionalismo, bem como de valorização e exposição da cultura de "certo Brasil" até então não tanto desbravado. Este regionalismo presente na obra se reforça nas características das personagens, nas dicotomias entre o homem sertanejo, o homem da cidade, o homem estrangeiro e nos costumes morais prezados com certa mescla do conservadorismo e de repressão à mulher, também inerente à época.

O romance ainda apresenta a quase excelência na escrita do autor, fidelidade ao estilo Romântico do período, bem como é recheado de nuances psicológicos dentre as personagens. Enfim, o livro possui bons ingredientes que lhe fazem jus à fama, bem como apresenta grande riqueza de informações e valores psicológicos, históricos e/ou geográficos atribuindo-lhe o distinguível e reconhecido mérito literário.
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