Camille 29/04/2013http://beletristas.com/resenha-forca-do-desejoCuriosa pelo livro e apaixonada pela capa, aproveitei a ida de uma amiga para Portugal e pedi para trazer dois títulos da autora. Força do Desejo me conquistou pelo cuidado com os detalhes. Assim como em Tabu, a capa além de ser bonita só pela imagem, possui pequenos detalhes e brilhos em pontos específicos. A diagramação impecável e, por mais que seja português de Portugal, não observei nenhum grande erro na revisão.
Se por isso o livro já tinha me conquistado, a história fez o restante para que entrasse na lista dos melhores do gênero hot. Ao contrário do que estamos acostumados a ler em romances históricos, Beatrice Albright não é exatamente uma lady. Imagine aquela mulher que geralmente é taxada como “um saco” nesses romances e pronto, você tem Beatrice: uma mulher que não se intimida, dá seus chiliques, sempre está envolvida em alguma briga verbal e, para piorar, está quase se tornando – oficialmente – uma solteirona.
É, Beatrice tem tudo para ser insuportável e aquela personagem principal que dá nos nervos. Jess, todavia, não permite que isso aconteça e nos mostra aos poucos os bastidores que a levaram a ser o que é. Quase solteirona, ela decide se aproximar da única pessoa que é mais mal vista que ela: Gareth Berenger, marquês de Highcroft e acusado de assassinar sua esposa. Gareth conhece a reputação da linda e megera Beatrice, mas não confia muito nela quando a encontra em um baile.
Na verdade, Gareth decide que irá sim casar com ela se, e somente se, eles forem compatíveis. Na cama. Como ela não tem mais pretendentes já que está na sétima temporada de Londres, ela acaba por aceitar, convencida que aguenta toda e qualquer coisa que ele julga ser necessária para que eles possam se casar.
Então, vamos observando como ao longo de quinze dias Gareth consegue desconstruir a imagem de megera fazendo-a se mostrar como realmente é, por mais assustador que isso seja para ela. Em troca, ele conta seu maior segredo à ela e, de quebra, mostra todo um universo onde o prazer é o guia de todo um jogo de corpos e emoções.
Jess Michaels se adapta à época com perfeição e explora tanto quanto pode os prazeres “obscuros” que são mostrados, demonstrados e descobertos. A leitura flui com tranquilidade e logo estamos envolvidos numa história cujo desenvolvimento simples pode surpreender, mesmo quando envolto em clichês. Beatrice tem muito mais a mostrar do que apenas seus gritos e birras, ela, por dentro, é uma pessoa completamente diferente.