Diário de um velho louco

Diário de um velho louco Junichiro Tanizaki




Resenhas - Diário de um velho louco


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Giovanebla9997k 07/01/2024

Diário de um velho louco - Jun'ichiro Tanizaki
Um livro condizente com o título, parece cômico mas a forma com que o autor sumária o enredo no título é muito satisfatória. Mostram-se as debilidades de um senhor que de alguma maneira largou as amarras da consciência racional humana e passa a viver estimulado por sua satisfação obtida por seus desejos. Desejos esses na maioria das vezes infames, alta descrição e abordagem dos mais bizarros temas é uma característica marcante da literatura japonesa.
Escrito em diário, alta descrição, temas nada comuns, desvinculo com falsos valores ocidentais, loucura e estranheza. Quem se interessa por tópicos como esses claramente se interessará pelo livro.
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Lima 22/09/2023

Sexualidade e terceira idade
Não tenho experiência alguma com a literatura japonesa, acredito que isso prejudicou minha leitura, o diario de um velho louco me deixou confusa e me incomodou em varios momentos.
Apesar disso, o livro fala sobre a vida de um idoso, todos as suas limitações e doenças e sobre a sua sexualidade.
Nao tenho muito oq que falar sobre o livro, apenas nao gostei, espero que este livro nao me faça desisti de outros livros japoneses.
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Carol Nery 05/03/2023

Literatura Japonesa
Eu tenho pouquíssimas experiências com a literatura japonesa... Assim, resolvi procurar algumas obras aleatórias para conhecer.
Esse foi um livro que indiquei no meu grupo de LC Desbravando. O pessoal votou nele, que ganhou como leitura de fevereiro.
Porém, o debate ainda não aconteceu. E terei algumas considerações a fazer. O que mais percebi, é como a vida é mais ou menos parecida quando se chega na idade dos idosos. Seja aqui, seja no Japão. É um misto de desejos não cumpridos, com vontades que não se tem mais condições físicas para perpetuar.
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Mirele 20/02/2023

Ah, não é um livro ruim. É mais a vida de um senhor e tals. Eu gostei da discussão de sexualidade na terceira idade, mas achei que poderia ser mais profunda, não sei. Ainda mostra com certa rejeição, na minha opinião.
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Erica 01/02/2023

Diferente
O nome do livro traduz nosso pensamento.
Gostei da escrita em forma de diário, que nos faz perceber, da melhor forma, os sentimentos e pensamentos do personagem.
Um velho rabugento, cheio de problemas de saúde, sem medo da morte e que decide viver o resto dos seus dias como bem entender. As relações conflitantes com a família, relações desgastadas, o envolvimento com a nora...
Interessante conhecer um pouco mais da cultura japonesa.
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Igor.Banin 16/01/2023

Bom
Boa história nos 2 primeiros terços. Linguagem amigável e que engaja, mas o final deixa a desejar. Dá a impressão de corte abrupto, sem fechamento.
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Marcelo 27/11/2022

Interessante
Foi uma leitura agradável, o livro é curto e a escrita prende a atenção do leitor. A premissa trata da um idoso já bastante debilitado e seu relacionamento com a família. Em especial com sua nora, por quem nutre uma paixão doentia. Tema meio esquisito, mas quando você mergulha na história acaba ficando envolvido e até torce em alguns momentos pelo velhinho.
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Daniel Andrade 24/11/2022

Novamente, uma decepção.
Aparentemente, os livros do Tanizaki não são para mim. Esse é um pouco melhor que "Há quem prefira urtigas", porém não me agradou do mesmo jeito. Os personagens são muito bizarros, principalmente a Satsuke. Além disso, o livro termina sem um final, parece que o autor ficou com preguiça de finalizar a história.
Joezer.Moreira 07/09/2023minha estante
Bizarros? Considerei os personagens perfeitamente críveis... O espectro dos comportamentos humanos é muito amplo. Por estes dias, comentando com uma amiga sobre o livro, ela disse que conhece uma família onde o patriarca, já em idade avançada, prefere gastar o dinheiro com mulheres do que deixar para os filhos. Tudo na normalidade kk




Sabrina758 23/10/2022

Um livro que começa gigante, instigante e promissor, mas vai perdendo a potência no final. Apesar de ter lido a sinopse antes de começar, me peguei em vários momentos surpresa com as falas do senhor Utsugi, e adoro ter esse tipo de choque com leituras.

Narrado em primeiro pessoa no formato de diário, vamos acompanhar por um pouco mais de um ano a rotina e os pensamentos mais íntimos do patriarca da família Utsugi. Com muitos elementos da cultura japonesa, como referência a filmes, peças, atores, poemas, ritos de passagem, entre outras coisas, a leitura se torna bastante rica nesse sentido.

Porém, pelo formato em que é contada, acaba ficando cansativo e traz algumas informações que, ao meu ver, não acrescentam muita coisa ao plot. Voltando ao principal, o velho nutre uma obsessão por sua nora, Satsuko, na qual entra em um jogo que beira à perversidade com o sogro, tornando-se o único motivo pelo qual a vida dele, aos 77 anos, ainda tem graça.

Aqui temos um vislumbre escancarado da sexualidade na velhice. Para muitas pessoas é difícil aceitar que idosos ainda são seres sexuais, que tem desejos e vontades. Uma das coisas que mais admirei nesse livro é essa ousadia, ainda mais pela época em que foi escrito/publicado.

Além dessa sexualidade exacerbada, desse desejo proibido e obsessivo, acompanhamos as dificuldades e o declínio na saúde dele, nas quais ele se questiona a todo momento se vale a pena viver dessa forma. A única pulsão de vida dele é o desejo por Satsuko que, da forma dela, tira proveito disso para satisfazer suas próprias vontades. Engraçado é que, por essa pulsão de vida, ele acaba por se colocar perto da morte o tempo todo, porque o seu corpo não é capaz de suportar fortes emoções.

É muito interessante acompanhar a relação deles, uma certa depravação, mas também me faz refletir sobre a admiração que ele nutria por ela, uma mulher que quebra todo o paradigma social do que se espera de uma dama para aquela cultura e contexto. Ele ressalta o tempo todo o quanto ela é cruel e fingida, que é indiferente, e é exatamente isso que o deixa ainda mais atraído por ela. Ele se degrada e humilha, se deixa ser pisado, em troca da mísera atenção da mulher.

Penso que ele se reconhece nela, de forma inconsciente. Pois o comportamento que ele tem para com a família, especialmente a filha e a esposa, é exatamente o que ele exalta em Satsuko. Literalmente, a única coisa que o mantém interessado na vida é essa relação conturbada que tem com a nora. A impotência sexual não faz com que ele deixe de gozar de outras forma que, nesse caso, aparece bastante em forma de degradação e voyeurismo.

É um livro, sem dúvidas, muito original e ousado, com personagens e relações bastante interessantes e complexas. Mas, vai perdendo o ritmo no decorrer dos capítulos, o que acaba por cansar o leitor, e ainda com um final aberto e abrupto. Merecia mais desenvolvimento. Ainda vale a leitura? Vale, sim. Só mantenham as expectativas mais baixas.
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Jacky 30/08/2022

Jun'ichiro Tanizaki apresenta a loucura através de entradas no diário de um senhor, já de idade avançada, que fantasia sobre sua nora de diversas formas. Chegando a realizar suas vontades e "comprar" pequenos momentos de prazer.
Perseguido pelas marcas da idade, este segue acompanhado por médicos e enfermeiras tratando um problema de saúde que só tende a piorar e torna-se psicológico.
Enquanto isso, seus familiares se vêem no limiar de agradar e impor limites aos atos ousados desse senhor.
A perspectiva unilateral que a narrativa apresenta, até os capítulos finais, nós leva a compactuar com as ideias do personagem, acreditando em sua inocência e tomando partido em sua defesa. Porém, com os relatos da enfermeira, médico e o capítulo final, podemos compreender como a estrutura familiar se comporta diante desse problema.
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Nati 19/08/2022

Raros são os livros que expõe o desejo e o sexo na velhice. Nesse em especial acompanhamos o declínio dos desejos e do próprio corpo do personagem. À medida que seu corpo cada vez mais se torna impotente e frágil, maiores são seus desejos.

Moralmente também há o declínio do personagem. Não apenas pelo desejo cada vez mais obsessivo e absurdo por sua nora (que ainda por cima se aproveita da situação) quanto o desprezo e o desdém por seus filhos e familiares.

Durante todo o livro a morte não é uma questão. É uma realidade próxima, aceita, inevitável. Nada de trágico a envolve. O trágico é a doença, a incapacidade, a limitação. Toda uma angústia por se ver cada dia mais dependente, fraco, senil.

Os personagens são simples e bem construídos. A narrativa é fluida. Embora eu não goste de diários e romance epistolar, esse não me causou nenhum aborrecimento ou dificuldade. O final não me agradou muito, me pareceu brusco. Mas acredito que foi a intenção do autor, mostrando que não há mas tempo para o personagem, que seus dias estavam acabando e tudo poderia terminar de repente.
Joezer.Moreira 07/09/2023minha estante
Ótima análise!




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