Unbreakable

Unbreakable Kami Garcia




Resenhas - Unbreakable


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Alis 23/03/2014

Superficial e chato
Achei uma resenha no Buzzfeed sobre Unbreakable e me animei. Afinal, como não poderia querer ler um livro que tem uma pegada de Supernatural? E, sendo eu fã de Demon's Lexicon (Sarah Reen Brennan), vi nesse livro a chance de reencontrar elementos que adoro em um livro.

Estava equivocada.

Pra ser breve: Unbreakable é chato, previsível e repleto de clichês (de uma forma negativa). Kennedy, a mocinha desse livro, é uma garota chata. Acho interessante o conceito de uma garota comum como protagonista, mas Kennedy não oferece nada que me permita ficar presa a leitura. Não consigo empatizar com seus pequenos dramalhões adolescentes ou sua forçada baixo auto-estima. Em seus momentos de dor e dúvida, eu só conseguia pensar o como ela era desinteressante, ou pior, simplesmente irritante. Vou atribuir essa falta de empatia com a protagonista à autora. Mas deixarei meus comentários sobre a escrita mais pra frente.

Quando ao mocinho do livro, Jared, ele é igualmente chato. Existe no mercado uma tendência pelo já batido badboy com uma alma torturada, mas no fundo, um bom coração carente de amor. Uma fórmula antiga, mas que ainda funciona. O problema é quando essa fórmula é usada de uma maneira tão superficial, como em Unbreakable. Jared não tem charme ou carisma algum. E a maneira como Kennedy se apaixona por ele parece forçada: é sempre nos momentos mais impróprios que ela resolve perceber como Jared é sexy ou bonito ou qualquer coisa assim. Além disso, os dois mal conversam durante o livro. Trocam algumas palavras e revelações que deveriam ser tocantes e emocionais, mas que só são sem sal. Um casal que não funciona e que não causa nenhuma vontade de torcer contra ou à favor deles.

Quanto aos outros personagens, o show de chatisse continua. Lukas, o gêmeo idêntico de nosso pseudo-galã adolescente é tão chato quanto o irmão. Ele aparentemente deveria oferecer um ponto de instabilidade pro casal principal, provocar no leitor dúvida e/ou torcida (muito como ocorre com o triângulo Peeta, Gale e Katniss, em Hunger Games). O que se vê, porém, é um personagem que te incomoda e que passa mais uma sensação de ser um possível antagonista do que um possível interesse amoroso. Sua relação conflituosa com Jared é extremamente mal explorada - que faz Lukas parecer apenas mesquinho e imaturo.

Já os outros dois componentes do quinteto quase se salvam. Priest e Alara não são tão chatos quanto o trio principal - mas também pouco oferecem para a história e também parecem rascunhos mal formados de personagens que poderiam ser alguma coisa - e nada são.

Quanto a escrita, Kami Garcia não se sustenta. Sua narrativa é rasa e corrida, falta desenvolvimento e momentos de clímax, os personagens são mal definidos, a história é óbvia. Além de, claro, pequenos furos que não se sustentam. Honestamente, acho que a ideia do livro poderia ser boa, mas nas mãos de um(a) autor(a) que pudesse dar o devido desenvolvimento e ritmo a história. Prum livro de ação com criaturas sobrenaturais, apenas um momento foi realmente interessante e assustador, porém tão breve que é frustrante. E pior, depois da cena ocorre mais uma das cenas pseudo-românticas tão completamente fora de hora e tão absolutamente sem sal que me fez quase abandonar o livro.

O primeiro livro da série The Legion decepciona - e pelo que percebo, os outros devem seguir o mesmo caminho sombrio.
Maureen 15/08/2016minha estante
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