A Menina que Brincava com Fogo

A Menina que Brincava com Fogo Stieg Larsson




Resenhas - A Menina Que Brincava Com Fogo


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Jow 13/01/2011

Uma bela crítica a nossa Sociedade (dita) Moderna.
Na atualidade, houve-se falar muito em ética e moral. Ao estudar Sociologia, entendi que a palavra ética vem do grego ethos que quer dizer "modo de ser", ou "caráter", enquanto maneira de vida que o homem adquire ou conquista. Mais objetivamente, pode-se definir ética como sendo um conjunto sistemático de conhecimentos racionais e objetivos a respeito do comportamento humano; Portanto, a ética se advém dos conhecimentos racionais e objetivos, contudo, a própria coisa ser racional e objetiva deve ter um ponto de partida, isto significa dizer, o racional e objetivo vão servir a quem? Quem está dizendo o que é certo ou errado? E é aí onde entra a questão da ética dos tempos ditos modernos, que não tem nada de racional e objetivo.

A ética se confunde muitas vezes com a moral, entretanto, deve-se deixar claro que são duas coisas diferentes, considerando-se que ética significa a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade, enquanto que moral, quer dizer, costume, ou conjunto de normas ou regras adquiridas com o passar do tempo. A ética é o aspecto científico da moral, pois tanto a ética como a moral, envolve a filosofia, a história, a psicologia, a religião, a política, o direito, e toda uma estrutura que cerca o ser humano. Isto faz com que o termo ética necessita ter, em verdade, uma maneira correta para ser empregado, quer dizer, ser imparcial, a tal ponto a ser um conjunto de princípios que norteia uma maneira de viver bem, consigo próprio, e com os outros. Mas, eu divago...

A Menina Que Brincava Com Fogo, expõe de maneira genial esse embate social entre ética e moral. Temas muito recorrentes na atualidade, marcada quase que diariamente por escândalos das mais variadas formas, sejam elas relativas ao sexo, a opção sexual, a classe social, etc. E Stieg Larsson, como repórter polêmico como foi, é muito incisivo em sua escrita, denunciando o modo hipócrita que a sociedade vive, uma sociedade que marginaliza aqueles que são diferentes, super-dotados de uma estranheza social, e que acima de tudo, que colocam o dedo na cara do sistema e ridicularizam as suas regras que beneficiam uma minoria privilegiada.

É impossível não exaltar a figura de Lisbeth Salander, personagem socialmente estigmatizada e que como se vê no livro, causa estranheza por ser uma pessoa acima da média. Uma cidadã comum, mas que não se submete a certas regras falidas. E Mikael Blomkisvt, que certamente é um auto-retrato de Larsson, com sua desenvoltura, lealdade e compromisso. Larsson mais uma vez escreveu uma obra genial, que enfoca temas atuais, que sugerem uma mudança no modo de pensar, de agir, e de se entender o mundo ao nosso redor.

As mudanças em relação a Os Homens Que Não Amavam As Mulheres é evidente, as personagens ganharam muito em termos de intelectualidade, e a trama é imensamente bem desenvolvida e empolgante. Só é preciso deixar a leitura fluir, e depois se saborear com um prato cheio de críticas bem fundamentadas, ao nosso mundo Moderno, Capitalista, Globalizado, Civilizado, e principalmente Justo perante a Lei.

É uma pena, que hoje em dia, existam poucas pessoas que realmente gostem de brincar com fogo. Mas, novamente eu divago...
Alan Ventura 14/01/2011minha estante
Que que é isso cara? você é o Larsson das resenhas! =)


Fran Kotipelto 14/01/2011minha estante
Resenha magnífica,até fiquei com vontade de ler o livro novamente,parabéns Jow,você escreve muito bem.


Nikolas 21/01/2011minha estante
Me impressionei com a sua resenha!!

Parabéns pela sua escrita, bem fluída e detalhista com uma desenvoltura bem simples! :D

Mais uma vez, parabéns pela sua resenha!


Gláucia 25/01/2011minha estante
Ainda bem que ainda não li o livro, essa resenha me fará saboreá-lo com mais apetite.


Jô Lima 31/01/2011minha estante
Jow, como sempre suas resenhas estão impecáveis...a forma com que vc abordou o texto e extraiu as partes mais importânte, ou melhor dizendo vc captou a essência do livro,faz com que todos que leiam entendam o real sentido e o foco do livro.
Parabéns!


Luh Costa 10/02/2011minha estante
Que é isso amigo?
Nossa, uma verdadeira aula.
MAGNIFICA resenha.
Por causa de suas resenhas a Trilogia está nas lista das próximas aquisições.
Abraço


Sarinha 04/01/2012minha estante
Olá eu estou lendo o livro... E sinceramente estou mais intricada com a história, suspense... estou ansiosa pra termina-lo e ao mesmo tempo não quero que termine, rsrs. Mas lendo sua resenha vou prestar mais atenção nas críticas que o autor nos revela em seu livro.


Eva Luna 10/02/2012minha estante
Parabéns, uma crítica perfeita sobre o livro. Ainda estou lendo, e cada vez mais estupefata com a hipocrisia de uma sociedade "certinha"e adorando o personagem Lisbeth. Larsson é "o cara".


Fabi Carvalhais 11/06/2012minha estante
Sua resenha ficou fantástica, parabéns! Andei lendo algumas outras e confesso que fiquei bastante indignada com algumas opiniões expostas, provavelmente, por pessoas que não entenderam a essência da história... A essência de Lisbeth! Li algo que me agradou... Uma leitora chamando a trilogia de "Trilogia Lisbeth". Simplesmente adorei! Rs...
A "Trilogia Lisbeth" é, sem dúvida, a melhor que já li! Sua resenha me deixou com saudades dela... Assim que terminar minha atual leitura, farei uma visita à Lisbeth ... RsrSR


Jadson 14/09/2014minha estante
Um ótimo livro e sua resenha expôs muito bem o fantástico livro do Larsson.


Lucas Carvalho 17/04/2015minha estante
Metade do seu texto foi copiado desse link: http://www.eumed.net/libros-gratis/2006a/lgs-etic/1t.htm


Karol Rodrigues 02/02/2016minha estante
Sensacional sua resenha. Esse é um dos meus livros favoritos e você conseguiu sintetizar tudo que o autor quis passar, tenho certeza.


Cris 11/11/2017minha estante
Estou lendo esse livro nesse momento. Estou extasiada com o toda a história.
Maravilhoso!
Já li o primeiro da trilogia, e amei também.
Super recomendo.


Jéssica 22/06/2020minha estante
Até pensei em escrever algo sobre o livro mas desisti depois dessa resenha.... Parabéns!




Márcia 23/12/2010

Imperdível!
A Trilogia Millenium é tão perfeita que me faz pensar que você não é um leitor completo se ainda não a leu. Esses três livros coroam qualquer estante.

Nunca li nada igual; nem remotamente parecido. Nem mesmo Os Homens que Não Amavam as mulheres empareda com A menina que Brincava com Fogo. O segundo volume da trilogia está em outro nível. No entanto, e impossível se acompanhar os fatos do 2º, sem ler o 1º. É necessária também a leitura do primeira para se familiarizar com a narrativa caprichosa de Stieg.

Existe maior pena esse cara ter morrido antes de alcançar o sucesso desses três livros?

Já disse na minha resenha de Os homens que não amavam as mulheres que Lisbeth Salander é uma das melhores personagens já criadas. Ela é complexa, extremamente inteligente, e parece ter vontade própria mesmo sobre a vontade do autor. Acho impossível não gostar dela. Stieg Larsson é um gênio porque conseguiu criar uma personagem adorável, sendo tão ruim quanto boa, sendo "nada-adorável". Não espere uma heroina sentimental e boazinha, tampouco uma que esconde seus sentimentos por trás de um muro de concreto. Não. Lisbeth Salander tem sentimentos? Ninguém sabe. Só sei que eu a adoro.

Nesse volume da trilogia conhecemos mais sobre o passado dela. Querem um conselho? Não leiam as sinopses nas abas dos livros. Tem Spoiler's irritantes!

Uma das características desse livro que me surpreendi não sentindo falta, aliás, foi a falta de romance. Não há amor; não espere muitas emoções pessoais nos personagens. Na primeira metade do livro, antes da "aventura" realmente começar, há bastante erotismo. Aliás, diga-se de passagem, de muito bom gosto e muito bem implantado na trama - de uma maneira que faz sentido estar ali, não como algo apelativo. Mas não há romance. Esqueça.

A Menina que Brincava com Fogo é perigoso. Erótico. Rápido e lento ao mesmo tempo. É o tipo de livro que você daria a mão pra saber o final, porém o braço para que não acabe. O tipo de livro que você pensa:"ainda bem que é grosso".
Anderson F. 23/12/2010minha estante
Sem dúvida o(s) melhor(es) livro(s) que li esse ano. Indescritível.


Lu 23/12/2010minha estante
Adorei a sua resenha, Máah! Especialmente a forma como vc descreveu a Lisbeth. Ela é totalmente incomum. O fato do personagem dela ser dúbio é o que movimenta a história. Quem liga pra turma da revista, afinal?


Charlie 19/02/2011minha estante
A melhor coisa do livro: Lisbeth. No primeiro ela era imbecil hahah mas nesse eu até que gostei. Mas o jeito que ele escreve é imbeciiiiiiil, só assim que consigo descrever. E o erotismo é descartável, não acrescenta nada, só é apelativo.


Márcia 19/02/2011minha estante
Que pena que você consegue descrever uma das maiores trilogias modernas com apenas uma palavra. Ainda por cima, uma bastante ordinária.

O erotismo é descartável sim, na maioria das vezes, no entanto, quando bem fundado e construído é um elemento positivo a mais na história.


Charlie 30/07/2011minha estante
A pena é do autor que pra fez algo limitado. PRA MIM.


Lari 11/07/2012minha estante
Concordo com Charlie, ele escreve coisas imbecis. Inegável. Ninguém quer saber o modelo do seu computador, por exemplo. Caramba, não sei o que tanto trás essa trilogia. Bom entretenimente, mas não muda nada na vida de ninguém. Não me venha dizer que eu que não entendi o livro.


Márcia 11/07/2012minha estante
Bem, Lari. Tomara que você sustente sua opinião sobre como o livro "não muda a vida de ninguém" só lendo livros que mudem sua vida.

Longe de mim dizer que você não entendeu o livro. E eu lá vou saber o que você entendeu?


Márcia 11/07/2012minha estante
Charlie, o Stieg é um autor renomado com títulos de sucesso que vão muito além da SUA opinião. Honestamente, ele não precisa da pena de ninguém.


Carol 04/08/2012minha estante
Terminei hoje de ler 'Os Homens que Não Amavam As Mulheres' e realmente não me recordo de nenhum livro "investigativo" (entre aspas pois odeio rótulos)que tenha me prendido tanto. Talvez só Dan Brown.
Como estou ansiosa para ler o próximo, resolvi dar uma olhada nas resenhas, pra saber qual é a opinião do povo.
Não li este livro ainda, então longe de mim dizer o que é certo e errado,pré-julgar, até porque o erro está nos olhos de quem vê. Mas ao ler os comentários desta resenha, senti que precisava dar minha humilde opinião.
Com relação a Lisbeth, completamente brilhante, genuína e problemática.
Com relação a Stieg Larsson, um verdadeiro herói na minha opnião. Poucos se aventuram a descrever o sofrimento das mulheres em pleno século 21. É triste saber, que em tempos nos quais a mulher ocupada um papel tão igual ao do homem na sociedade, ainda exista essa violência que nos fragiliza tanto, e é tratada como um certo 'tabu', digamos que existe, mas poucos se aventuram a botar a boca no trambone como o autor fez. Não achei a narração cansativa, muito pelo contrário, a cada frase me prendia mais a história. Não vejo aonde a trilogia possa ser limitada, apesar de não ter lido os outros livros AINDA. Realmente, acho que algumas coisas como o modelo dos computadores são desnecessárias, mas nada a ponto de dizer que é algo imbecil, afinal só leva segundos do seu tempo lendo a descrição, e honestamente, quem tem preguiça de ler isso, ou gosta de um início-meio-fim direto, sem rodeios, nada que prenda o leitor, que vá ler um Gibi. Curto história, sem rodeios. Simples. Não espere que um livro de quase 600 páginas só terá frases filosóficas e momentos marcantes, pois assim você só se iludirá e ficará restrita aos Gibis.
Bom, antes que alguém mande-me ler a continuação antes de falar algo, vou parar com polêmicas e ir lê-lo.


Márcia 04/08/2012minha estante
Oi, Carol. Muito obrigada pela sua opinião, de verdade. É bom ver que ainda existem leitores que não restringem seu comentário nas resenhas alheias a "gostei" e "não gostei".

Leia o livro mesmo! Espero que você o adore tanto quanto eu!


Matheus 20/11/2012minha estante
Igualmente ao livro, sua resenha foi magnífica. Parabéns. Essa trilogia, certamente, tem uma característica belíssima e singular. Portanto poucos conseguirão captar a essência do livro e, em consequência disso, admirar-lo. Salander é fantástica e sem mais.




MarcosQz 25/05/2020

Uma continuação de matar
Segundo livro da trilogia Millennium que devorei. Melhor que o primeiro livro, com toda certeza. Lisbeth é alvo de um grande crime, acaba sendo acusada e a partir daí sua vida vira de cabeça para baixo. As reviravoltas da história são incríveis, a presença feminina é forte, mais forte que o primeiro livro. Ouso dizer que esse sim deveria ter o título de Os Homens que não amavam as mulheres, a frase está ali, pelas páginas, esse também poderia ser o título da trilogia original, mesmo não tendo lido o terceiro ainda.
A forma como o livro termina é agonizante, dá até um certo medo do que virá pela frente, mas não poderia ser melhor.

Uma poderosa história sobre a força e a grandiosidade das mulheres.
Nota 10 de 10.
Murilo (: 31/05/2020minha estante
Eu to querendo ler essa trilogia faz um tempo, eu achei o filme ótimo!


Jaque.Campari 02/07/2020minha estante
Se tivesse combinado não daria certo. To fazendo releitura e estou na metade do 3o livro. Amo demais essa história, e a Lisbeth é minha personagem favorita da vida.


MarcosQz 03/07/2020minha estante
Só falta o terceiro pra eu terminar, será a próxima leitura talvez. Eu amo essa saga, mas não sei se lerei os outros livros, me parecem fracos.


Jaque.Campari 03/07/2020minha estante
Eu to relendo pq pra mim só faltava o 6o volume, lançado ano passado. Confesso que não chega aos pés do Stieg, mas pra dar uma "continuidade" na série ficou legal até. Rsrs to lendo em conjunto, então isso ajuda bastante a surtar em companhia hahaha


MarcosQz 05/07/2020minha estante
Hahahaha
Isso é vdd. Vale a pena então ler ad continuações?


Jaque.Campari 05/07/2020minha estante
Pela história, sim. Mas o David não chega aos pés do Stieg hahaha




Lu 19/09/2010

Sensacional!
Stieg Larsson arrasou nessa segunda parte da Trilogia Lisbeth (sério, vc ainda acha que a trilogia é sobre a Millenium ou o Mikael?).

Confesso que, lá pela metade, o rítimo da história começou a me deixar impaciente. O meu erro foi querer ler Larsson achando que ele escreve como a Tess Gerritsen ou e Jefferey Deaver, que possuem narrativas bem mais ágeis.

Larsson não tem nenhuma pressa em contar sua história. Ele parece que passa um tempão enrolando e adicionando personagens desinteressantes. Na verdade, ele está, pouco a pouco, montando um grande e complexo quebra cabeça. E o quebra cabeça dessa vez é Lisbeth Salander.

Salander continua sendo a melhor coisa da história. Capaz de grandes gestos de generosidade para com seus pouquíssimos amigos e de ser implacável com aqueles que cruzam o seu caminho, ela é imprevisível. É fantástico vê-la dando o troco. Essa dualidade que compõe a natureza dela é discutida o tempo todo e é o que força o leitor a ir até o final. Para saber se ela é mesmo culpada. E o que ela vai fazer para se safar.

Ah, sim, o Mikael também aparece e passa a investigar o caso. Ah, bem. Quem se importa?

Como disse uma amiga minha, vou esperar um pouquinho mais para ler o terceiro livro porque não quero me despedir da Lisbeth ainda!

Livro recomendado!
Frannie Black 19/09/2010minha estante
Rsrs... Ótima descrição: Trilogia Lisbeth! =]
É maravilhoso, não é msm? Compensa e mto a nossa impaciência no leeeentooo desenrolar dos acontecimentos. O clímax é de tirar o fôlego! E a Lisbeth... ah, é a Lisbeth!!! Única e encantadora ao seu modo.
Favorito!


Evy 19/09/2010minha estante
Adorei: Trilogia Lisbeth!!!
Juro, foi o que escrevi na minha resenha do "Os homens que não amavam as mulheres" tenho uma teoria de que Larsson se deu conta do potencial de Lisbeth no primeiro livro e só então resolveu escrever os outros dois: sobre ela! :)
Ótima resenha! Bjos


Gabi C. 20/09/2010minha estante
"Ah, sim, o Mikael também aparece e passa a investigar o caso. Ah, bem. Quem se importa?" hahah Super fato, Lu! Mikael Quem?!
Mas me diz se o Stieg não poderia ter enxugado umas 200 págs desse livro?
Enfim, mais uma resenha maaaara, Lu! "Trilogia Lisbeth" Adorei tb! ;D


Charlie 19/02/2011minha estante
Montando um quebra-cabeça de duas peças, só se for. haha
realmente não gosto do jeito que ele enrola. Ele não constrói uma história, ELE ENROLA, minha opinião, mas enfim, né.


Glenda 30/05/2011minha estante
Nossa, me deu vontade de reler. A Lisbeth é ótima. Adoro ver ela entrando em ação. Mas, poxa, vc não gosto mesmo do Mikael, né? Hahah!


Anasazi 09/10/2012minha estante
Realmente é irritante, mas faz parte. É uma forma de trazer os personagens mais perto da realidade. Assim como nós, eles param pra comer, tomar banho, ler o jornal....




Isabel 26/03/2013

Demorei um pouco para ler "A menina que brincava com fogo": ganhei-o de presente em um amigo secreto de 2010, e agora me arrependo de ter feito a leitura somente semana passada. Apesar de preferir "Os homens que não amavam as mulheres" o primeiro livro da série Millenium, escrita pelo sueco Stieg Larsson, o segundo volume também possui seus méritos. Aspectos positivos, tais quais os personagens interessantes e estória envolvente são mantidos, mas a linguagem por demais direta (ou também podemos dizer jornalística, profissão de Larsson) também prossegue.
Mas esta é uma das poucas críticas que posso fazer ao livro. Depois de ter sua vida salva por Lisbeth Salander, o jornalista Mikael Blomksvit tem a chance de retribuir: a perigosa hacker de nível internacional é indiciada por triplo assassinato. Uma de suas suposta vítimas é um velho conhecido: seu tutor, que a estupra no primeiro livro e, depois de cair em uma armadilha, é obrigado a obedecer as exigências feitas por Lisbeth. Os outros são figurinhas novas: um casal composto por uma criminologista, que pesquisa a prostituição na Suécia, e um jornalista, colaborador da Millenium, revista de Mikael.
Quando Lisbeth é apontada como principal suspeita e começa a ser procurada (em vão, já que a habilidosa hacker é cheia de truques) uma crítica ao sensacionalismo midiático é feita pelo autor: mesmo sem a certeza de que Lisbeth seria culpada, os detalhes mais íntimos da sua vida são expostos e manipulados, pintando-a como uma psicopata assasina. Neste meio, cabe a Mikael achar culpados alternativos, salvando então sua amiga da prisão.
Lisbeth Salander é, talvez, uma das minhas personagens preferidas de ficção: gosto de sua moral torta, sua inteligência e suas habilidades investigativas. Larsson consegue fazer com que a moça anti-social pareça uma heroína, uma heroína ligeiramente torta, mas uma heroína. Além disso, é uma delícia a história ser ambientada em Estocolmo: é bom fugir do eixão de grandes cidades/cidadezinhas americanas.
O feminismo contido em Millenium é um capítulo a parte. Algumas feministas criticaram a personagem Lisbeth Salander, contudo, creio que isso só se aplique ao filme.: ambos os livros que possuem personagens femininas fortes (Lisbeth e Erica Berger, diretora geral da Millenium e amante de Mikael) e criticam incessantemente a violência contra a mulher.. Mia Bergman, uma das supostas vítimas de Lisbeth, pretendia denunciar vários homens pelo uso de prostitutas (o que é crime na Suécia) inclusive policiais. Mikael, munido desta informação, começa a procurar culpados dentre os clientes sexuais, inserindo assim a discussão sobre a violência contra prostitutas. Na Suécia, onde todas as suas cidadãs têm garantidas as condições mínimas de vida, as prostitutas são, em sua maioria, adolescentes estrangeiras, que são atraídas por falsas promessas de emprego e vida melhor e acabam sendo exploradas e levando seqüelas (tais quais traumas e vícios) para toda a vida. Outro ponto aqui é creditado a Larsson: ele não só mostra os males e a organização da prostituição, mostra também as diferentes reações de membros da sociedade, muitas quais coniventes ou até mesmo favoráveis a exploração sexual de estrangeiras.
Ainda não assisti a versão sueca do filme do primeiro livro, mas procurarei logo que voltar à minha cidade. A versão americana me pareceu, pelos trailers, um pouco, hã, americanizada, mas não deixarei de assisti-la também.
O plano inicial de Larsson eram cinco livros, contudo, ele morreu após entregar o terceiro ao seu editor. É uma pena: Millenium é aquele tipo de saga que, pela amplitude do seu tema, poderia sempre se renovar.

Publicada originalmente em distopicamente.blogspot.com
Pedro 30/06/2012minha estante
Sua resenha tem spoiler. Nela fala que o tutor que estuprou Lisbeth Salander morreu. Ou seja: Nils Bjurman. =/
Isso é um fato importante, já que ele planeja matar a Lisbeth no início desse livro, e nós leitores somos levados a achar que ele será um grande problema para ela.


Isabel 30/06/2012minha estante
pedro, é um spoiler do primeiro livro, não do segundo :) acho difícil alguem vir buscar uma resenha do segundo livro de uma série caso já não a conheça...


Pedro 03/07/2012minha estante
Eu quis dizer que o spoiler é você ter dito que ele morreu, e não que ele estuprou a Lisbeth.
Ele morre no segundo livro, e antes de morrer ele planeja matar a Lisbeth, e é aí que a história do livro começa...




Victor225 08/04/2021

A Menina que Brincava com Fogo
Caralho. CARALHO.
Esse final, meu deus, já tava sem fôlego. Alguém me salva :(
Uma baita vontade de já continuar com o próximo livro, mas vou me segurar.
Maria Clara | @aclaraleu 08/04/2021minha estante
Essa trilogia é TUDOOOO. Se prepare para o próximo


Tania 08/04/2021minha estante
Essa trilogia é perfeita....??


Victor225 08/04/2021minha estante
Eu não sei o que esperar do próximo, meu deus




Bia 19/03/2020

Não sei o que dizer, só sentir
A.D.O.R.E.I

Nesse livro a Lisbeth, que é rainha de tudo e todos, é o foco do enredo, aqui conhecemos mais ela e também os mistérios que a cercam.
Só posso dizer que queria matar mais da metade da população masculina dessa série, o autor fez um ótimo trabalho retratando bem como a sociedade é machista, me enfurecia ler as partes desses homens principalmente porque sabia que não era nada mais do que a realidade, que o que mais tem nesse mundo são homens assim.
Porém como tudo nessa vida é relativo, existem homens também que prestam para algo, como o Mikael que novamente é um investigador exemplar e muito inteligente e também o Bublanski que tenta fazer uma investigação sem levar em conta os boatos que foram espalhados sobre Lisbeth.

Como o primeiro livro esse também tem uma exausta descrição de personagens nem tão importantes, e detalhes que não fazem tanta diferença assim.

Ele termina com um gancho ENORME para o terceiro livro.
Roneide.Braga 19/03/2020minha estante
Já quero. ??? Amei a resenha.


Bia 19/03/2020minha estante
Leia essa trilogia, é divina!
Obs. Tem mais livros, porém o autor só escreveu esses 3 e depois da morte dele continuaram a série


Roneide.Braga 19/03/2020minha estante
?????




spoiler visualizar
Kelly 21/06/2013minha estante
não concordo


Gláucia 21/06/2013minha estante
Sem problemas Kelly, o espaço aqui é para trocar impressões de leituras, ninguém é obrigado a ler o livro da mesma maneira, né?




Julia 22/06/2020

Perfeito como o primeiro livro
Mais uma vez fui totalmente presa e cativada pelo autor. Sinceramente, que incrível como ele trata de assuntos tão sérios de maneira responsável e como fisga o leitor. Fiquei simplesmente muito apegada a Lisbeth, mesmo ela tentando a todo custo se distanciar de algumas pessoas (O que é compreensível pela história dela). Enfim. Maravilhoso. Quero reler um dia.
Leitura e . 22/06/2020minha estante
Oii... Boa noitee...Tudo bem?... Desculpa por interromper sua leitura, mas gostaria de te convidar a me seguir no Instagram para acompanhar minhas leituras... te espero lá...?
Obrigado.
@leituraeponto


Aline 22/06/2020minha estante
Amo essa "trilogia" que virou série!




lekikia 01/11/2020

O segundo livro da série Millenium não deixa nada a desejar ao primeiro - Os Homens que não Amavam as Mulheres. Para mim, essa série é não só uma das melhores do gênero policial como também é um dos melhores livros já escritos.

A narrativa é super detalhista e não se perde em nenhum momento. Adorei ver o desenvolvimento de personagem da Lisbeth e entender um pouco mais sobre ela e seu passado. Mais uma vez, também, o livro traz diversas criticas sociais que continuam bem atuais.

Estou ansiosa para ler a continuação e indico a todos essa saga maravilhosa!
Bianca 01/11/2020minha estante
Estou lendo o primeiro e tá punk! Vejo só críticas boas e isso tá me mantendo. Além de, claro, a escrita ser ótima e cativante!


lekikia 01/11/2020minha estante
O livro é super denso, né?! Mas é aquele tipo de história super coesa e que instiga o leitor a querer saber o que aconteceu, está acontecendo e vai acontecer. Essa série tem meu coração ?




spoiler visualizar
Regina 25/11/2011minha estante
Prezada Gininha: gostei da sua resenha e após conhecer os 3 livros dessa série realmente concordei que a vida não é justa. Um escritor como Larsson não poderia ter morrido tão cedo sem ver o seu próprio sucesso. Apesar disso acho que o primeiro livro ainda é o melhor.




Bela 16/05/2021

Lisbeth era a mulher que odiava homens que odiavam mulheres
A Millennium estava para publicar uma edição especial da revista junto a um novo livro denunciando o tráfico sexual, expondo pessoas muito importantes de policiais a jornalistas. Porém o autor do livro e sua namorada, que estava para apresentar sua tese de doutorado acerca do tráfico sexual, são assassinados em casa cada um com um tiro na cabeça, em outro lugar da cidade também foi executado outro homem de modo semelhante, e é encontrada pela polícia a arma do crime contendo as digitais de Lisbeth, então é emitido um alerta nacional de busca a ela, que está sendo acusada de triplo assassinato.
Esse segundo livro o foco da história é a Lisbeth porém continuamos a ter o ponto de vista de todos os personagens envolvidos, o que particularmente adoro.
O início do livro foi arrastado de novo, igual ao primeiro, a diferença desse é que a Lisbeth é muito interessante e ela prende a atenção do leitor.
Simplesmente incrível a trama política desse livro, e a história de vida da Lisbeth, que já tava me deixando morta de curiosidade, o autor é incrível ele conecta todos os pontos da história sem deixar nada de fora.
Essa história está incrível, só não dei 5 estrelas pelo início ser mortalmente arrastado.
Iury 17/05/2021minha estante
É incrível demais né? Eu não tenho palavras pra essa saga.


Bela 17/05/2021minha estante
Demais, eu tô apaixonada na história




Neto 04/01/2013

O livro que brincava em não me deixar dormir
Foi irresistível comprar os volumes 2 e 3 da trilogia Millennium depois de finalizar Os homens que não amavam as mulheres. O estilo rápido, dinâmico e investigativo de Larsson me deixou viciado e preso a cada página, acompanhando atentamente Mikael Blomkvist e Lisbeth Salander no primeiro volume. Ir ler imediatamente A menina que brincava com fogo era só o próximo passo lógico.

Larsson volta com seu estilo forte e impactante no segundo volume, apresentando uma trama talvez mais cheia e robusta do que no primeiro, porém o caráter de denúncia me parece um pouco menor. Em Os homens que não amavam as mulheres, acompanhamos denúncias pesadas para a violência contra a mulher e para o mundo financeiro especulativo da Suécia.

O autor largou do mundo financeiro (uma jogada lógica, visto que esse problema havia sido finalizado no primeiro volume) e ateve-se às denúncias de crimes contra as mulheres e adicionou com mais veemência o tráfico e a prostituição de mulheres (incluindo menores de idade) e também uma crítica muito bem fundamentada e que foi a que mais me fez pensar durante toda a leitura: tratamentos psiquiátricos.

Lisbeth Salander não é uma mulher comum. É intransigente, fechada, socialmente à margem (por escolha própria) e bastante fria à primeira vista. Mas já no primeiro volume nos deparamos com uma personagem cheia de força, expressão, caráter, senso de justiça e de uma inteligência arrebatadora. Lisbeth passa muito longe de ser uma retardada mental. Mas é justamente em sua loucura e alienação perante à sociedade que o livro gira em torno.

E uma denúncia que pode passar despercebida durante A menina que brincava com fogo é justamente relacionada aos tratamentos que essas pessoas recebem, que muitas vezes nem precisam de absolutamente nada. Médicos com experimentos perigosos e violentos, sádicos e problemáticos muitas vezes podem estar com as rédeas de uma situação onde o paciente está vulnerável por ser considerado socialmente inapto.

E essa foi a crítica mais arrebatadora que encontrei no livro. Todos sabemos que o cérebro é uma área misteriosa até hoje, onde a medicina avança a passos vagarosos, tamanha a sua complexidade. E então temos juristas, advogados, promotores, policiais e médicos extremistas na frente do indivíduo, questionando sua individualidade e diversidade, condenando ou absolvendo. Infelizmente, na maioria das vezes um comportamento ligeiramente transviado é tido como um desvio de caráter terrível e a pessoa é pintada como louca para a sociedade. Assim sempre aconteceu com quem via Lisbeth Salander de longe, e o livro gira muito em torno disso.

Como já deu para perceber, esse livro é muito mais centrado na difícil Lisbeth (enquanto o primeiro tinha um foco ligeiramente maior em Mikael Blomkvist). Larsson traça durante todo o livro uma personagem muito mais humana do que antes. No início do livro, fui levado a crer que estava vendo um personagem diferente do que eu havia visto, mas só depois pensei que é aí que os acontecimentos do primeiro livro influenciavam: aquela era a mesma Lisbeth, porém mudada. E isso é absolutamente revigorante e traz um frescor enorme ao livro. Não vemos mais um robô capaz de desenvolver raciocínios lógicos somente, mas sim uma mulher, com temores, traumas, forças e fraquezas. Um ser humano, por assim dizer.

Mikael Blomkvist é o outro protagonista do livro, que vai agir como um investigador (Super-Blomkvist – não pense em um personagem com capa e fantasia, por favor), buscando, paralelamente a Lisbeth, resolver os enigmas apresentados no livro, que estão ligados ao tráfico internacional de mulheres, que vão para a Suécia vender seu corpo, muitas vezes enganadas e a contra-gosto.

E esse cenário é um prato cheio para Larsson destilar sua completa ojeriza pelos homens que odeiam as mulheres: estupros, espancamentos de mulheres e absolutamente qualquer tipo de violência contra o sexo feminino pode ser abordado e refletido durante a leitura de A menina que brincava com fogo. E esse nojo por esses verdadeiros calhordas foi transpassado facilmente para mim. Há situações onde não há como negar o desgosto pela raça humana em um geral.

Deixando de lado as críticas e as denúncias e partindo para a trama em si, temos mais uma vez um livro rápido, dinâmico, mas não deixando de ser profundo (essa profundidade está descrita acima). A leitura rápida e prazerosa é uma verdadeira bênção para um romance policial, onde essa dinâmica é necessária, e mesmo assim Larsson não ignora descrições detalhadas dos ambientes e personagens.

Mais uma vez, temos um início extremamente lento (porém de leitura rápida). Para se ter uma noção, a contra-capa apresenta uma breve sinopse, que só vai aparecer no livro lá pela página 200 e pouco! Essa introdução não soa assim tão necessária quanto no primeiro livro, onde uma apresentação dos personagens era muito necessária. E a maioria dos novos personagens de A menina que brincava com fogo vai aparecer após esse quase-meio de livro… não discuto as intenções do autor para criar um elo enorme entre os acontecimentos de Hedestad com o ocorrido no volume 2, mas muita coisa parece até mesmo pura encheção de linguiça nesse início. Com sorte, a leitura é rápida, e a promessa de uma história envolvente é grande.

É impossível não comparar este com o primeiro livro. Eu gostei mais do primeiro, achei uma história mais forte, com personagens mais interessantes em um geral. A menina que brincava com fogo apresenta alguns personagens irritantes e um pouco chatos, com algum destaque até mesmo desnecessário. Mas no final das contas, isso não significa lá muita coisa, pois a trama em um geral é envolvente, e me deixou aflito em diversas partes, pois tem muito mais ação do que no volume anterior.

A trilogia é muito bem montada, certamente, e o final de A menina que brincava com fogo me deixou com vontade de abrir o A rainha no castelo de ar (os livros 2 e 3 estão diretamente interligados, diferente de Os homens que não amavam as mulheres) imediatamente. Mas vou me conter e abri-lo só amanhã, afinal já passa das 2h da manhã e eu não tomo nem 1% do tanto de café que Mikael Blomkvist para conseguir me manter aceso.
Neto 06/01/2013minha estante
Pois é, Camila, eu achei que o foco de denúncia nesse livro foi muito maior para problemas psiquiátricos do que para a violência contra a mulher (isso é maior no primeiro)!

Obrigado pelo elogio! :D




maria 23/09/2021

a menina que brincava com fogo
minha nossa senhora
que livro foi esse?
comecei a ler ele super animada, porque tinha adorado o primeiro, só que tinha esquecido como o autor demora algumas muitas páginas para mostrar o ambiente e tooodos os personagens.
confesso que peguei o ritmo de leitura faltando umas 200-300 páginas, tanto que terminei ontem a noite naquele estado febril de leitor doido que quer todas as respostas ( e que respostas KKKSKKS me senti quase numa novela com tanta revelação).
já tô me preparando pro terceiro livro e lysbeth e mikael estão no meu coração :')
podia falar um bucado sobre esse livro, mas iam sair só frases desconexas de uma leitora panfletando livro kkksks recomendo pros pacientes.
Raquel 23/09/2021minha estante
Bom saber.... Tenho os 3 há muitos anos na estante me aguardando!!


maria 23/09/2021minha estante
hehe, vai na fé mulher ^^ quando peguei o ritmo da história, a leitura ficou meio frenética ( de um jeito bom). espero que gostee




Ray Cunha 30/11/2016

Segundo livro da Trilogia Millenium e a conclusão que o Stieg Larsson conseguiu se superar a cada livro.
Dois anos depois de se conhecerem e já sem contato nenhum, mesmo com as várias tentativas que Mikael Blomkvist, Lisbeth Salander está aproveitando a vida como nunca pode antes.
Mikael continua na Millennium e ainda colhe frutos da grande denuncia que fez em seu livro. Um desses frutos é o jornalista Dag Svensson.
Dag está escrevendo um livro que irá abalar a Suécia, assim como o livro de Mikael, mas a denuncia da vez é sobre o tráfico de mulheres, com muita gente importante envolvida.
Às vesperas da publicação, cada vez mais um personagem se destaca, mas apesar disso, continua sendo um mistério. É um mestre em ficar de fora, mesmo que comandando tudo.
Conhecido como Zala, quanto mais se procura por ele mais as coisas se complicam e por fim uma grande tragédia acontece. O que ninguém contava é que a principal suspeita é Lisbeth Salander, que tem sua vida publicada aos quatro cantos pela imprensa, de modo nada cordial. Para complicar ainda mais, nada faz a ligação da jovem com a tragédia que aconteceu.
Mas tem sim uma explicação muito surpreendente. Chocante, diria.
Um livro cheio de detalhes, com personagens extremamente fortes e que faz o primeiro volume parecer uma simples introdução, apesar das modestas 528 páginas.

site: https://www.instagram.com/p/BHVuTMQDNdc/
Cássia 01/12/2016minha estante
Vou tentar ler esse ano ainda!


Ray Cunha 01/12/2016minha estante
Vai amar Cássia. Eu apesar de ter gostado muito li bem devagar, tomara que consiga ler ainda esse ano.




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