Kassan

Kassan Paula Vendramini




Resenhas - Kassan


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Ann 22/06/2012

Moda e eu
Celebriant parece à típica menina rejeitada pela família. Nascida com dois “poderes” como seu forte INTUERI, e então adormecido KASSAN.
Celebriant tem duas irmãs, a do meio também tem o poder kassan, e sempre foi a adorada da família. Mas quando o poder kassan se mostra ela fica em segundo lugar e toda a gloria vai pra Celebriant, que fica dividida entre seus dois poderes, tão diferente.
Seu poder Intueri, é o mais desprezado de todos –eu achei super legal – e dado como ineficaz, que não serve pra nada, que nós sabemos que não.
Quando seu poder se mostra, além de desprezada pela irmã do meio, em crise com seus dois poderes tão diferentes, e logo depois sumiço do primeiro. Ela fica dividida entre seus dois poderes, entre dois mundos, os ocultos ou os rebeldes. Ela havia se transformado em um monstro. Noiva de outro monstro. E ela tem que decidir que nada ficar e lutar, antes que seja tarde.

Bom, agora cuidado, vou puxar no saco.

Celebriant é uma songa monga no começo, toda cheia do ain ain ain. Que ao decorrer do livro se mostra forte, e nada dominada. Quando seu poder kassan explode ela é obrigada a noivar com Nicholas – eu o achei um ahazzo, torço pelos dois ouviu dona Paula, minha chara. – Ele é mal. Seu poder é um dos mais fortes, ele junto com Cele seria insensível. Apesar de ser forte e dominar os outros como ninguém, ele é apenas mais um boneco nas mãos de seus pais. Por isso que eu torço pra ele ir atrás de Cele e eles ficarem juntos, há!

Buen, o livro é muito bom, fiquei louca para saber o que acontece na continuação, e ai dona modo quando vai ser lançado o dois?

Paula, parabéns, teu livro foi o melhor livro que li nos últimos tempos (GANHANDO DE MUITOS LIVROS AI, INTERNACIONAIS, DE EDITORAS GIGANTES, ficadica), o livro foi muito bem escrito, e estruturado, sem uns palavreados horríveis que eu já li em alguns livros nacionais.

Modo, parabéns! Fiquei super feliz pela qualidade apresentada por vocês, as capas, a cor, a letra, está tudo lindo, maravilhoso, e fácil de ler.
CAPA, André parabéns, nooooooooooooossa! Ta linda, maravilhosa, aloveiei.


Adorei ler.
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Paula 09/06/2012minha estante
Obrigada Tâni! Espero que você se surpreenda com os próximos volumes! ;) xD

Beijos




Renata 31/05/2012

Gostinho de quero mais
Em um mundo onde os indivíduos são divididos em classes sociais de acordo com os poderes que desenvolvem, Celebriant Devoy tinha tudo. Possuidora de não um, mas dois poderes principais, incluindo o destrutivo Kassan, ela chama a atenção de pessoas poderosas e atrai ainda mais prestígio a sua família. Este é o ponto de partida de Devoy: Kassan, livro de estréia da escritora Paula Vendramini, lançado em abril pela Modo Editora.
Não tenho o hábito de escrever resenhas, então tenham paciência comigo. Em geral são coisas diferentes que eu penso quando pego um livros em mãos. Não costumo julgar a história pela capa, mas se nós considerarmos a leitura como uma experiência, não há como não considerar certas coisas. A primeira dela, claro, é apresentação, já que um livro mal impresso pode estragar a experiência, mesmo que a história seja fantástica.
A capa é interessante, mas discreta. Gostei do detalhe das escamas da cobra na contracapa. Com tantas referências à cobra na arte do livro, fiquei esperando encontrá-la na história, mas logo descobri que a serpente era metafórica.
Adorei o projeto gráfico do livro. Deixou a leitura muito agradável e rápida. Terminei no dia seguinte ao que comecei. E foi aí que eu fiquei surpresa com a qualidade da encadernação. Eu sou gato escaldado com livros que se desmancham quando se lê. Minha surpresa, levantando os polegares para a Modo, é que eu terminei de ler o livro e ele continuava parecendo intocado. Normalmente, eu costumo notar que com algumas editoras o livro realmente apresenta que foi lido, lombadas ficam marcadas e páginas ficam mais separadas. Este é um livro curto, 177 páginas, então é mais fácil de a lombada não ficar marcada, mas eu esperava pelo menos uma marca quando eu chegasse no meio da história. Nada disso. Se eu quisesse revender esse livro agora, poderia vendê-lo como se fosse novo.
Bom, mas chega de falar dos aspectos físicos do livro. Quem comprar vai entender do que eu estou falando. Vamos ao conteúdo.
Peço desculpas agora a quem estiver esperando uma resenha dizendo “Gostei de tal coisa e não gostei de tal coisa”, ou “isso é suuuuper”. Eu não funciono assim. Eu gosto da experiência da leitura, sentir o cheiro do livro e analisar a história. Só que a minha análise é diferente. Vocês vão entender.
Quando eu estava falando do projeto gráfico e das cobras, eu mencionei que a serpente é uma metáfora. É uma metáfora para o Kassan, que Celebriant sente como sendo uma serpente percorrendo-lhe os braços ao usar tal poder, até chegar ao ponto em que o poder se torna para ela reais serpentes de fogo. Acho interessante a referência a estes répteis, especialmente porque transmite a sensação de algo não apenas difícil de ser controlado, mas também a natureza traiçoeira atribuída a eles. Dizem que o poder corrompe e Celebriant quase se perde para ele.
A trajetória de Celebriant é sobre crescer. De filha relegada, ela passa ao centro das atenções quando seu poder se desenvolve. Isso gera ciúmes por parte de uma das irmãs e Celebriant não consegue lidar exatamente com isso. Por um lado, ela tem o que sempre quis, que é a atenção de seus pais. Por outro, essa atenção se volta contra ela. Existe um claro dilema que Celebriant deve enfrentar no decorrer da história, que é basicamente a luta entre o bem e o mal dentro dela própria, a indecisão entre honrar sua família ou a sua consciência.
Devoy é uma narrativa centrada em seus personagens. É uma leitura leve e prazerosa. Celebriant inspira empatia ao leitor e é satisfatório acompanhar seu crescimento. É fácil se identificar com a personagem e entender suas ações e reações.
É uma leitura que de deixa com um gostinho de quero mais e esperando pela sequência. Eu recomendo!
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Maria Fernanda 28/05/2012

Pode vê-la em: http://thebutterbeer.blogspot.com
Sinopse: Em um meio onde os Ocultos dominam, impondo através da força e do medo a submissão aos seus poderes, Celebriant Devoy tinha tudo para ser alguém grande. Só havia um pequeno problema: ela não queria ser. Nascida em uma família privilegiada, Celebriant representa o importante papel de primogênita Devoy, aquela que guiará os Ocultos com o raro e destrutivo Kassan. Mas, ao contrário do que todos esperavam, esse poder permanece adormecido dentro dela, e ainda subjugado por um poder secundário que mancha a sua reputação: a Intueri.


Este ano estou apostando em muitos autores nacionais, e me surpreendendo. Porque temos aquela ideia fixa de que literatura nacional é só auto-ajuda, clássicos e etc. Pelo menos eu tinha... Para começo de conversa, desde que a MODO anunciou o lançamento de Devoy Kassan 1 fiquei na espreita, apenas pela sinopse já sabia que ia gostar do livro. E sobre a capa nem tenho o que falar, por favor, é perfeita!

"– Você tem um futuro difícil pela frente, menina. Sabe quem são os Escolhidos? – Não. – ela nunca havia ouvido aquilo.– Então, lembre-se deles e descubra o que são. Fazem parte do que você se tornará."

A estória é muito boa, mas muito mesmo. Se passa num mundo onde todos possuem poderes, e estes denominam a classe social de cada um. E a personagem principal, Celebriant Devoy, faz parte de uma família, digamos assim, da classe alta. Aliás, achei os nomes e sobrenomes das personagens bem criativos: Saori, Celebriant, Morigan...
"Em seu mundo as pessoas nasciam com capacidades e predisposições que se desenvolviam durante a vida, e eram estas capacidades que indicavam seu lugar no mundo."

[spoiler] Certa cena do livro me fez lembrar Jogos Vorazes: quando Celebriant está numa espécie de arena lutando contra outro personagem, (que não vou dizer qual é pois já estou dando muito spoiler) e, principalmente, contra ela mesma. Todos os espectadores começam a gritar: "Morte! Morte! Morte!" E isso me fez voltar as cenas horríveis de Jogos Vorazes, onde, para muitos, a morte alheia é um espetáculo.

"Tudo era como uma festa, com pessoas conversando e rindo, se divertindo com o que logo veriam ali. Aquela arena era um palco de execução e Celebriant nunca tinha ido até lá."

Li Devoy Kassan 1 em um dia. Não pelo fato de o livro ser pequeno, mas, sim, por ser impossível largá-lo antes de chegar ao fim. Eu lia como se o mundo fosse acabar e sua salvação dependesse da finalização da leitura... Sinto que alguns autores têm prazer em nos deixar querendo mais, não é Paula Vendramini? A última vez em que fiquei tão furiosa com o final de um livro foi quando li O Mar de Monstros, que termina na parte de maior tensão. E com Devoy não foi diferente. Prestem atenção no desespero que senti:

"[...] Havia uma pessoa morrendo na neve, e a sua Intueri dizia que era preciso salvá-la imediatamente. FIM."

Entenderam o drama da pessoa que vos escreve? É como se a autora, Paula Vendramini, dissesse: agora, Fernanda, você já pode morrer enquanto espera o volume 2 sair. Tipo, como assim???? Deu vontade de subir no muro da minha casa e me jogar. Preciso mesmo dizer que sou a fã nº1? Acho que vou abrir até o fã clube. Sem brincadeira. Não se surpreendam quando eu começar a postar fan-arts de Devoy aqui. Ok, parei com a loucura. Ou não. Hahahahaha.

Nota do livro: ★ ★ ★ ★ ★
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Fabio Brust 17/05/2012

"Devoy, Kassan", de Paula Vendramini
É ótimo ver como os novos autores brasileiros têm trazido a público títulos de muito bom gosto e com histórias envolventes e de qualidade. Não digo isso porque sou um (embora tenha uma pequena pitada disso no fundo), mas porque, volta e meia, um ótimo livro brasileiro acaba caindo em nossas mãos e nos surpreendemos com seu conteúdo.

Foi o caso de "Devoy, Kassan", da Paula Vendramini. Eu a encontrei na I Odisseia da Literatura Fantástica, em Porto Alegre, sem conhecer nada de seu trabalho, tendo apenas visto a capa de seu livro na internet. Descobri que ela era muito simpática e decidi apostar no seu trabalho. Comprei o livro e li.

Acho que o maior defeito de "Devoy, Kassan" é o fato de que, a princípio, não há como saber a respeito do quê ele fala. Lendo a contracapa e as orelhas, você fica um pouco confuso. Afinal, o quê é Kassan, Intueri e, também, Devoy? O leitor, desavisado, não sabe a respeito dessas coisas, e uma explicação na contracapa viria a calhar. Fiquei confuso a respeito do quê tratava a história, e tive que ler para entender.

Ao lê-la, no entanto (e, felizmente), descobri que ela é muito bem estruturada e otimamente escrita. Com uma trama bem feita e um estilo de escrever muito bom, eu possivelmente apostaria na série Devoy como sendo uma legítima saga de livros fantásticos infanto-juvenis, pendendo bastante para o YA, também. Eu poderia compará-lo, por exemplo, com "Harry Potter", mas, no final, as duas séries não têm tanto assim a ver uma com a outra.

O que elas têm em comum é o público a que se destinam. Com uma pegada um pouco dark em alguns pontos, como mortes e torturas, a trama é bastante fantasiosa, com a questão de adolescentes descobrindo seus poderes e tendo de arcar com as consequências de seus atos bastante forte. É o mesmo que acontece em Harry Potter, e eu poderia, realmente, comparar a essência dessas suas séries entre si.

"Devoy, Kassan", funciona muito bem. Seus personagens são muito interessantes, e toda a mitologia criada em seu entorno é bem construída - excetuando-se por algumas partes políticas que poderiam ter sido melhor exploradas, mas a falta disso não acarreta nenhuma mudança significativa no livro. Toda a ideia de poderes e de classes sociais baseadas neles não chega a ser totalmente original, mas, tendo sido muito bem trabalhada, é ótima.

Celebriant Devoy, a protagonista do título, é uma personagem forte, com convicções e dúvidas normais a qualquer ser humano. É interessante notar que não há nenhum grande vilão ou mocinho. A própria Celebriant é apenas uma pessoa, com suas vontades, receios e desejos, com interesses próprios que ela opta por seguir ou não. O fato de ela não ser totalmente boa me deixou feliz. Personagens totalmente bons não são verossímeis e, assim, tornam-se muito artificiais.

Isso, felizmente, não acontece no livro de Paula Vendramini. Sua escrita é sólida e bem fundamentada. Não há espaço para dúvidas ou momentos da narrativa em que pareça que ela se perdeu na história. Tudo é fechado, e o arco dramático começa e termina - embora em um final aberto, o que é compreensível para uma série.

"Devoy, Kassan", é um ótimo exemplo de como autores brasileiros (e iniciantes!) são capazes de trazer à tona histórias muito boas, bem fundamentadas e com uma escrita impecável. Paula Vendramini está de parabéns por seu livro, e eu vou esperar ansiosamente pelo segundo, querendo saber o que acontece no restante da trama. Recomendo fortemente sua leitura.
Paula 18/05/2012minha estante
Obrigada pelo apoio Fabio!!! =D Agradeço imensamente! Até mais e espero que continue gostando da série! =D




Lhaisa Andria 14/05/2012

Kassan! \o/
Como acompanhei e sei de todo o processo dessa série, não posso fazer uma resenha sobre a minha primeira impressão da história, já que a minha primeira leitura se perdeu no tempo :D Porém, agora relendo toda a história do livro 1 no formato de livro, posso dizer algumas coisas sobre:

Devoy é muito mais do que uma aventura em um mundo corrupto onde a sociedade é baseada segundo os poderes de determinado indivíduo. Devoy fala sobre questões que vão além dos problemas e desventuras enfrentados pela Celebriant: fala sobre liberdade para sermos quem somos.

Nascendo como primogênita de uma família importante dentro dos Ocultos – uma elite social que está acima até mesmo do Governo – grandes feitos são esperados de Celebriant Devoy. Porém, ela não cumpre com os requesitos necessários para estar à altura do que esperam dela, e é simplesmente deixada em segundo plano. Depois de ter seu poder Kassan despertado em forma de contrataque, ela finalmente é apresentada com orgulho como uma Devoy. E, a partir desse momento, ela vai descobrir que o que menos quer no mundo é ser uma Oculta.

Acompanhamos não apenas o crescimento de Celebriant, mas as decisões que ela toma, que rumam toda a sua história e prometem causar revoluções no seu mundo. Grandes mudanças precisam, antes de tudo, ocorrer dentro de nós mesmos, e é sobre isso que trata o livro 1 da série. Até que ponto devemos aceitar um destino? Até que ponto o nosso direito de ser nós mesmos deve ser esquecido para satisfazer interesses de quem consideramos? Quando devemos jogar tudo para o alto?

Através das palavras de Paula Vendramini, vamos desvendando todo um mundo que não é o nosso, mas onde encontramos tantas semelhanças que despertam comparações. Vamos conhecer personagens que vemos crescer, que consideramos como nossos amigos de toda uma vida e que torcemos por eles.

Devoy foi uma ideia que acompanhei desde os tempos de estudantes da LAP, que li em primeira mão e que ajudei com ideias. Sendo leitora beta da série e vendo o tanto que ela evoluiu, me sinto orgulhosa de ver a história ao alcance dos leitores hoje :D O melhor de tudo: é uma obra brasileira! Espero ansiosa para também poder ler o livro 2 em páginas impressas e poder ter de novo a mesma reação que tive quando vi a Celebriant explodindo pela primeira vez (sim, spoilers exclusivo para vcs xD).

Obrigada por nunca ter desistido desse sonho, P! Agora podemos sim pensar que a Luna vai chegar no Ensino Médio e ter livros como os que queríamos naquela época, e que fizemos parte dessa conquista :D
Paula 15/05/2012minha estante
Simmm! Luna terá muitos livros e os nossos também!!! *__*




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Paula 15/05/2012minha estante
Que bom que gostou! Espero que continue gostando! Obrigada \o/




GNT 06/05/2012

O início!
Não se deixe enganar pela foto sorridente da autora na orelha deste livro, pois Paula Vendramini pode ser tão cruel quanto alguns de seus personagens: Não pode haver maldade maior do que nos fazer rapidamente apaixonados por seus protagonistas apenas para termos que esperar os próximos volumes com um forte gosto de quero mais.

A beleza da narrativa está na capacidade ímpar da autora em não direcionar o julgamento moral de seus personagens, de forma que suas atitudes possam ser avaliadas diretamente pelo leitor. Apesar de presenciarmos boas e más ações, nenhuma delas parece suficiente para reduzir suas índoles a determinado tipo. Isso fascina sobremaneira ao fazermos sua correspondência com a realidade: ninguém é de todo bom que não possa cometer atos vis e vice-versa. Nesta primeira parte da história não cabe a visão maniqueísta que muitas vezes encontramos nos universos de fantasia.

E por falar em fantasia, o livro é um prato cheio para quem gosta do gênero. Seu mundo possui uma dinâmica social toda própria, onde as posições e relações são definidas ao nascimento, por conta de poderes especiais que são inatos às pessoas e muitas vezes herdados dentro das linhagens. Destacados por seus poderes e aspirações existem os Ocultos, uma espécie de exército particular e secreto ligado ao governo, embora sua influência possa vir a ser muito maior do que a do próprio. Em contraposição existem os Rebeldes, amigos, parentes e remanescentes de um povo que, segundo as lendas, decidiu certa vez tomar o poder para si, sendo retaliado pelo governo, que embora não tenha conseguido dizimá-lo por completo, relegou-os a clandestinidade.

A história acompanha a protagonista, Celebriant Devoy, enquanto ela descobre seu lugar no mundo - ou pelo menos o lugar que definiram pra ela - em cerca de duzentas páginas que passam voando para o leitor. Sua relação com seus poderes e família, e desta para com o governo, tem seus contornos desenhados enquanto observamos o passar dos anos e sua criação. Por meio de reações aos fatos presenciados e impostos a Celi, testemunhamos o desenvolvimento de seu caráter, decisivo para a questão principal do livro: conseguirá a moça tomar as rédeas de seu próprio destino?
Paula 15/05/2012minha estante
Gaaahh, obrigada! (tinha esquecido de comentar aqui *__*)




Tsuniga 12/03/2012

Kassan!
Eu conheço a Paula. Quero dizer, eu conheço a Paula escritora de fanfics. Enquanto lia, eu não conseguia me desprender dessa imagem. E, no começo, isso funcionou. Felizmente, não por muito tempo. Mesmo acreditando que fanfiction é uma maneira válida de trabalhar sua criatividade, remontando da maneira como você queria que a história estivesse ou até montando da base algo completamente diferente, ainda assim é apenas isso: uma montagem.

Não Devoy. Kassan, intueri, ocultos, pessoas poderosas com habilidades fantásticas. Não é como se eu estivesse com pouca fé, mas ela me pediu estritamente para ser critico, e isso eu tentei ser. Espero que tenha sido. Como disse, no começo não conseguia me segurar em ver apenas aquela escritora de fanfics que escreveu histórias divertidíssimas e algumas tão dramáticas quanto possível (Um Outro Rumo, oi?). Contudo, logo isso mudou.

Ela me apresentou a Celebriant. Já havia lido histórias onde ela utilizara esse nome, mas essa personagem é simplesmente única. A apatia de não saber quem ela queria ser era evidente. No começo, você acha que ela não tem futuro, e tampouco ela acredita que tenha um. É como se ela estivesse em uma situação típica que todos nós passamos na nossa vida. Isso pelo menos até que tudo mudasse.

Não posso dizer que ela é insegura. Porém, digo que Celebriant é, acima de tudo, humana. Ninguém é firme o tempo todo, ninguém é frio o tempo todo. Ela tenta se mostrar assim, pois nunca fora realmente vista por aqueles que a rodeavam. Então, um acontecimento e o mundo simplesmente se abriu ao seu redor.

E ela, como tenho certeza de que todos nós ficaríamos, ficou perdida. “Zero to hero”, eu diria. O problema, como é muito bem citado na sinopse, é que não queria ser. Na verdade, após passar tanto tempo sem saber o que ela poderia ser - ou até mesmo sabendo que não poderia ser nada -, ela foi sugada para o mundo dos Ocultos. Sim, ela sempre soube da existência deles e sempre os teve ao seu redor. Porém, eles nunca a viram. Não até que seu Kassan despertasse.

Quando isso aconteceu, todos se voltaram para ela. Sem ter como lutar - e sem saber se teria como, mesmo se quisesse -, aceitou seu destino: seria a melhor Oculta que poderia ser. Noivou, como os costumes diziam para que ela fizesse. Lutou, como todos queriam que ela fizesse. Tornou-se daquela insegura Celebriant sem futuro em alguém que só conhecera em seus pesadelos.

Nesse momento da leitura, você está simplesmente devorando o livro. Eu sei disso e você pode até negar, mas provavelmente não irá conseguir se desprender das páginas. Na noite do dia em que eu comecei a ler, não dormi. E também não parei de ler. Confesso que me identifiquei de imediato. Porque, dentro dela, havia algo a incomodando. E quem de nós nunca teve aquela sensação de que estamos fazendo algo que não deveríamos estar fazendo? Mesmo que pequena, minúscula, todos nós temos essa sensação.

Celebriant não é diferente. Só que poucos são corajosos o suficiente para aceitar essa pequena sensação e transformar na fé necessária para que você possa mudar a si mesmo. E é isso que lentamente é possível notar. Essa humanidade repleta de fé que começa a levá-la do mundo dos Ocultos para um lugar onde sua consciência não precisava ser sua maior inimiga.

Nesse processo de mudança, conhecemos Erik. Eles rapidamente se tornam amigos, algo que, logo no começo, percebemos que a Celebriant não tem. Ok, ok, talvez eu esteja exagerando, afinal ela tem um afeto enorme - e recíproco - pela sua irmã Saori. Mas, ainda assim, é diferente. Ele é diferente. São de mundos adversos e por mais que sua amizade seja condenada aos olhos dos outros e mantida em segredo, eles se tornam muito próximos em um respeito mútuo. Então, como mágica, passamos a torcer por eles.

Ele a ajuda a crescer, mas somente ao chegar ao final do livro é que descobriremos se isso é suficiente para fazê-la mudar. Para que ela aceite esse sentimento incômodo como sendo a verdadeira Celebriant, e não aquela Oculta que precisa manter o sangue frio em todas as situações. Nesse momento, a dúvida sobre a protagonista ser boa ou má se torna evidente. Não sabemos quem ela quer ser e essa é a maior dúvida de todo livro. E, no final, nos damos conta de que ela não é nenhum dos dois. Nos apaixonamos por ela pelo mais simples motivo: porque é humana. Ninguém sempre erra e ninguém sempre acerta. Celebriant não é uma excessão.

E é por isso que eu amo Devoy. A narrativa nos prende e nos carrega por toda história. A história daquela que tinha tudo para ser a melhor Oculta que já existiu, que é obrigada a tomar atitudes que nunca imaginou possíveis, que é manipulada e, em muitos momentos, incapaz de ditar os próprios passos. A melhor Oculta que não queria ser. Ao ler, descobriremos se, enfim, ela irá conseguir se libertar. Ser, enfim, quem ela deseja ser. Seria possível? Afinal, você pode mudar quem você supostamente nasceu para ser?
Ahtange 12/03/2012minha estante
Meu Deus minha vontade é cortante de entrar também nessa estória.
Linda resenha, parabéns!


Os mundos dentro dos livros 17/03/2012minha estante
O livro parece ótimo. Quero ter a chance de ler em breve.
Sucesso!!!




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