O Enigma do Capital

O Enigma do Capital David Harvey




Resenhas - O Enigma do Capital


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Romeu Felix 22/03/2023

Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
O livro "O Enigma do Capital" de David Harvey, publicado em 2011, é uma obra de crítica ao sistema capitalista, buscando compreender as crises cíclicas que o afetam. O autor é um geógrafo marxista, que se dedica a estudar as questões urbanas e a relação entre economia e espaço. Nesta obra, ele busca entender como o capitalismo cria uma série de contradições que acabam por minar o próprio sistema.

O livro é dividido em 12 capítulos, além da introdução e conclusão. No primeiro capítulo, Harvey faz uma análise da crise de 2007-2008 e mostra como ela revelou a vulnerabilidade do sistema capitalista. No segundo capítulo, ele discute a natureza do capitalismo e sua relação com a crise, mostrando como a crise é inerente ao próprio sistema.

No terceiro capítulo, o autor apresenta a teoria marxista da mais-valia e a exploração do trabalho. No quarto capítulo, ele aborda a questão da financeirização e a ascensão do capital fictício. Já no quinto capítulo, o autor trata da relação entre o capital e o Estado.

O sexto capítulo é dedicado à questão do espaço e da urbanização, mostrando como a lógica do capitalismo molda as cidades. No sétimo capítulo, Harvey discute a globalização e suas implicações para o capitalismo. No oitavo capítulo, ele trata da crise ambiental e da relação entre o capitalismo e o meio ambiente.

Nos capítulos nove e dez, o autor aborda a questão da classe trabalhadora e da luta de classes. Já no capítulo onze, ele discute a possibilidade de uma alternativa ao capitalismo. Por fim, no último capítulo, o autor faz uma reflexão sobre as lições que podemos aprender com a crise e as possibilidades de mudança.

A obra de Harvey é uma análise crítica e detalhada do capitalismo, buscando entender suas contradições e limitações. O autor se apoia em conceitos marxistas, mas faz uma leitura própria e original da teoria, buscando aplicá-la às questões contemporâneas. Seu livro é uma importante contribuição para o debate sobre o futuro do capitalismo e a necessidade de alternativas ao sistema atual.
Por: Romeu Felix Menin Junior.
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Lista de Livros 08/02/2021

Lista de Livros: O Enigma do Capital, de David Harvey
Parte I:

“O nexo Estado-finanças funciona há muito tempo como o “sistema nervoso central” da acumulação do capital. Quando os sinais internos de seu funcionamento derem errado, então, obviamente, as crises surgirão. Boa parte do que acontece dentro dos bancos centrais e ministérios das finanças dos Estados contemporâneos é ocultada e envolta em mistério. Não foi à toa que William Greider chamou sua investigação exaustiva de 1989 sobre como funciona o Federal Reserve de “Segredos do Templo”. Marx retratou o mundo das finanças como o “Vaticano” do capitalismo. No mundo de hoje poderia ser ainda mais irônico chamá-lo de “Kremlin”, já que o mundo parece mais propenso a acabar sendo governado pela ditadura de seus banqueiros centrais do que pelos trabalhadores. O nexo Estado-finanças tem todas as características de uma instituição feudal, repleta de intrigas e passagens secretas, exercendo um poder estranho e totalmente antidemocrático, não apenas sobre como o capital circula e se acumula, mas sobre quase todos os aspectos da vida social. A fé cega nos poderes corretivos residentes no nexo Estado-finanças é consistente com a confiança e as expectativas que Keynes considerou tão cruciais para a sustentação do capitalismo.”
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Parte II:

“Em tempos de crise, a irracionalidade do capitalismo se torna evidente para todos. Capital e mão de obra excedentes existem lado a lado sem haver aparentemente uma forma de uni-los no meio de um imenso sofrimento humano e necessidades não realizadas. No meio do verão de 2009, um terço do equipamento de capital dos Estados Unidos esteve parado, enquanto 17% da força de trabalho estavam ou desempregados, forçados a trabalhar meio período ou “sem ânimo”. O que poderia ser mais irracional do que isso?
Para que a acumulação do capital volte a 3% de crescimento composto será necessária uma nova base para lucrar e absorver o capital. A forma irracional de fazê-lo, no passado, foi com a destruição dos êxitos de eras precedentes por meio de guerra, desvalorização de bens, degradação da capacidade produtiva, abandono e outras formas de “destruição criativa”. Os efeitos são sentidos não apenas no mundo da produção e comércio de mercadorias. Vidas humanas são afetadas e até fisicamente destruídas, carreiras inteiras e sucessos de uma vida ficam sob risco, crenças profundas são postas em questão, mentes são feridas e o respeito pela dignidade humana fica de lado. A destruição criativa detona o bom, o belo, o mau e o feio do mesmo modo. Crises, pode-se concluir, são os racionalizadores irracionais de um sistema irracional.”
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Parte III:

“Embora existam muitos praticantes radicais e dedicados no mundo das ONGs, seu trabalho é na melhor das hipóteses benéfico. Coletivamente, eles têm um registro irregular de conquistas progressistas, apesar de em certas áreas, como nos direitos da mulher, saúde e preservação ambiental, ser possível afirmar que fizeram grandes contribuições para o bem humano. Mas a mudança revolucionária a partir das ONGs é impossível. Elas são muito limitadas pelas instâncias políticas e de formulação de políticas dos seus mantenedores. Assim, por mais que possam apoiar a capacitação local ao ajudar na abertura de espaços onde as alternativas anticapitalistas se tornam possíveis e até mesmo apoiar a experimentação com essas alternativas, elas são inócuas para impedir a reabsorção dessas alternativas para a prática capitalista dominante: elas até mesmo a encorajam.”
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Daniel Cunha 30/05/2013

Para desvendar o enigma
Eis aqui um livro que talvez juntamente com "O colapso da modernização" de Robert Kurz é fundamental para se entender o capitalismo em decomposição do século XXI. Partindo da crise de 2008, David Harvey, com o seu olhar aguçado de geógrafo e seguindo o rastro de Marx, mostra que o capitalismo continuamente gera crises e as supera apenas para reproduzi-las em outro ponto do espaço-tempo. A perspectiva humana, ecológica e materialmente impossível de manter um crescimento composto de 3% ao ano (o que configura um capitalismo "saudável") indica que é cada vez mais difícil para o capital reproduzir-se pelas vias da produção material - daí a sua virada para os mercados de derivativos e a especulação financeira e o ataque neoliberal do entraves sociais e ecológicos à acumulação, começando pelos direitos trabalhistas. O capital flui no espaço-tempo conforme as perspectivas de valorização do capital excedente, abstraindo-se das consequências sociais e ecológicas - os processos de crise portanto são, diz Harvey, os "racionalizadores irracionais de um sistema irracional". O desafio é a ação política capaz de fazer parar esse processo: "O capitalismo nunca vai cair por si próprio. Terá de ser empurrado".
Sartor 27/05/2017minha estante
Marxista, e geógrafo, não entende nada de economia. Abandonei




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