Mrs. Dalloway

Mrs. Dalloway Virginia Woolf




Resenhas - Mrs. Dalloway


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Maria4556 12/02/2021

.
Caramba, que livro difícil.
Dtorreshp 13/02/2021minha estante
Kkk amei a resenha


Maria4556 13/02/2021minha estante
Kkkkk preguiça de resenha, no máximo é um comentario




Vinicios0 08/06/2023

Perrengue Chique
Esta história foi a pior que já li em toda minha vida, isso por si já resume muito do que tem aqui.
O livro já começa com o tradutor informando que traduziu o livro de maneira literal sem respeitar as regras de concordância e ortografia brasileiras.
Creio que isso tenha feito a leitura ficar mais chata e maçante.
Mas vamos estória, o que é passado no livro nada mais é do que o cotidiano de pessoas de classe média alta e da alta sociedade britânica do início do século XX com seus problemas medíocres e relatos bestas do dia a dia.
As únicas partes realmente interessantes do livro são quando Clarissa se descobre bissexual, a história de um casal ao qual o marido está tendo uma depressão pós primeira guerra e o fato de clarissa ser atéia.
O restante, como título dessa resenha diz, é só perrengue Chique...
Marcos5813 08/06/2023minha estante
Poxa! Esperava ser melhor


GiSB 09/06/2023minha estante
Vinicius, tive a mesma sensação prévia de leitura desse livro. Parece madame dando piti, só que chique. E você resumiu esse sentimento. Mas o povo que, ouve todo mundo em volta só falar bem e acaba por replicar essa propaganda boca-a-boca, mas tal propaganda não é uma unanimidade e sua resenha é uma prova disso. Vou ler o livro num futuro próximo sem maiores pretensões. Quero ver esse tal de fluxo de consciência de que tanto o povo que leu fala tanto e se é tão interessante assim, ou se é justamente o contrário, isto é, se é um desfecho de chatices mentais. Enfim, cenas dos próximos capítulos.




olAvia6 17/12/2023

?Era uma mulher que havia forjado seu caminho no mundo?

Primeiro livro que tive contato com a Virginia e eu posso dizer que eu devorei e me senti cativada pela escrita. Em alguns momentos o fluxo psicológico entre os personagens é tamanho que cheguei a me perder de quem seria o pensamento, inicialmente. Mas a leitura se mostrou saborosa e de grande deleite para mim. Que clássico interessante e pelo fato de eu estar assistindo a série The Crown, reconheci diversos lugares citados da sociedade londrina e essa coisa da realeza britânica. Que venha mais!
olAvia6 17/12/2023minha estante
Seu* cativada* realeza*


Isabelly 17/12/2023minha estante
Amg, tem como editar a resenha pra corrigir os erros, se quiser




Marcella 05/07/2021

odiei
Não sei pq continuo me forçando a ler clássicos sabendo que eu acabo não gostando de nenhum. Começava a ler a história e quando percebia estava perdida nos meus pensamentos, no final não absorvi nadinha da trama. Depois que já tinha começado a ler descobri que a autora é racista e classicista, então caso ainda queira ler esse livro recomendo recorrer à pirataria. Fui terminando a obra na força do ódio :((
Roberto 05/07/2021minha estante
Por favor, tem algum link que fale sobre Virginia woolf ter sido racista? Não é uma provocação, realmente é uma pergunta.


Marcella 05/07/2021minha estante
Quatro cinco um a revista dos livros: O blackface de Virginia Woolf. Se você pesquisar isso aparece a matéria.




Joao.Alessandre 13/08/2023

Contrafluxo não. Pró fluxo!!
Pedra preciosa escondida em rocha bruta, fruto dulcíssimo envolvido por uma capa acre, oásis no deserto...
Esse primeiro contato com Virgínia Woolf despertou vários sentimentos conflitantes. Fui surpreendido com a tradução de vozes e pensamentos de inúmeros personagens que causaram desconforto e perplexidade. Entrei na narrativa totalmente desprevenido tendo uma sensação de ter sido atropelado pelo fluxo de consciência... Contudo com a repetição dos nomes, revelação de acontecimentos e deslinde das ideações recônditas dos personagens tudo passa a ter sentido. Woolf conseguiu adentrar no âmago do "cast" nos expondo fraquezas, incoerências, malícia, espontaneidade, erudição, força e virtuosismo. Inicialmente a leitura exige, impacta arduamente,  porém, com o avançar vem o êxtase. Explodem observações reveladoras. Após o desafio preliminar chegamos ao diamante raro, à fruta voluptuosa, ao oásis acolhedor.
Suzanie 13/08/2023minha estante
Fiquei curiosa para percorrer essa jornada q vc descreveu!


Yasmin V. 13/08/2023minha estante
????


Joao.Alessandre 13/08/2023minha estante
Jornada muito interessante Suzanie.  Depois que vc ler quero suas impressões ?.




Thaís | @analiseliteraria 05/10/2020

Mrs. Dalloway...
Virginia Woolf é aquela autora que pelo menos uma vez na vida você quis ler mas teve receio, ou até mesmo desistiu. Mrs. Dalloway foi publicado em 1925 e narra um único dia da vida de Clarissa Dalloway, uma senhora aristocrata que vive em Londres, no início do século XX. Usando o fluxo de consciência, que salta de personagem para personagem, Virginia escreveu esse livro magistralmente. Que escrita profunda! Marcante! Poética! ⁣
Acompanhamos Clarissa, uma "perfeita anfitriã", no dia em que dará uma festa. Mrs. Dalloway recebe a visita inesperada de Peter, um pretendente do passado. Muitos conflitos acontecem internamente em cada personagem, acompanhamos esse desenrolar dentro de suas próprias cabeças. Peter, ao meu ver, é o personagem mais blé, se acha um socialista, mas é mais conservador do que aparenta. Me incomoda como ele a todo momento tenta diminuir Clarissa. E o que é ele com aquela fixação com o canivete, Freud explica? Irritante. Passemos para Septimus, meu personagem favorito, um veterano de guerra que sofre de estresse pós-traumático. Que sensação acompanhar sua consciência, seus pensamentos são marcantes, através dele, respeitando o distanciamento histórico, temos o vislumbre de como a saúde e a doença eram qualificadas nesse contexto. Quanto sofrimento desse homem... ⁣
São vários os conflitos presentes na trama, alguns refletem a própria vida de Virginia, como o casamento por conveniência, a homossexualidade, o suicídio e etc. Clarissa e Septimus formam duas faces diferentes de Virginia Woolf, a luz e a sombra, respectivamente. Sem dúvidas, Mrs. Dalloway se tornou um dos meus livros favoritos. Quem não está acostumado com o fluxo de consciência pode sentir maior dificuldade para ler esse livro, mas leia, não desanime. Leia sem pressa, é um livro denso, mas fantástico. ⁣
Por fim, se você gosta ou é da área de psicologia, não deixe de ler esse livro, você terá um ótimo material de análise em mãos.

site: @analiseliteraria
Débora 07/10/2020minha estante
Adorei sua resenha!


Thaís | @analiseliteraria 08/10/2020minha estante
Ah, fico feliz por isso! :)




Tangerina 22/01/2021

Lírico, poético, perfeito!
Mrs. Dalloway foi um livro que me fez adentrar em novos mundos, o primeiro deles, Virginia Woolf. O segundo, foi o Fluxo da Consciência, como um mergulho drástico na cabeça e nos pensamentos dos personagens, e eu certamente fiquei maravilhada.

Todo o livro se passa durante um único dia, e nos leva a um passeio, divagando em mistos sentimentos, sensações e, ora por que não dizer, devaneios dos personagens.

Fora em todas as suas páginas adoçado pela fragrância da poesia, e em contraste, ácido em muitas de suas reflexões, despindo assuntos tão delicados como loucura, morte/suicídio, egoísmo e excentricidade como uma falha no caráter humano, etc, etc...e ainda assim, tendo a empatia muito presente, se tratando de, leitor para com os personagens, e envolto na obra em si.

Grifei, anotei, refleti, pesquisei, e sobretudo, me apaixonei!

PS: Com toda certeza, o lerei novamente, pois a encantadora Clarissa, ainda se mostrou uma incógnita pra mim, e muito de sua personalidade assemelhou-se com o que se encontra dentro de mim, e sinto que a desvendando, estarei desvendando a mim mesma.
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carlosmanoelt 28/02/2024

?Mrs. Dalloway disse que ela mesma compraria as flores.?
Quem tem medo de Virginia Woolf? Bom, eu não tenho mais. Adiava diversas vezes essa leitura, receando não compreender a grandeza da obra. Porém, resolvi enfrentar o gigante e o derrubei. "Mrs. Dalloway" de Virginia Woolf é uma obra-prima da literatura modernista que mergulha nas complexidades da mente humana e da sociedade pós-Primeira Guerra Mundial. Numa Londres dos anos 1923, em um único dia, a narrativa intrincada e fragmentada espelha os pensamentos e experiências dos personagens, especialmente Clarissa Dalloway - enquanto ela se prepara para uma festa - e Septimus. Através de técnicas como o fluxo de consciência e o discurso indireto livre, Woolf oferece uma visão penetrante das emoções, memórias e dilemas existenciais de seus personagens, explorando temas como identidade, solidão, envelhecimento e o impacto da guerra na psique humana. Sua prosa habilmente construída e sua exploração da interioridade fazem de "Mrs. Dalloway" uma leitura desafiadora e profundamente envolvente, deixando uma marca duradoura na literatura moderna.
Kleilson.Torquatto 28/02/2024minha estante
Nunca li nda dela. Tenho curiosidade.


carlosmanoelt 29/02/2024minha estante
foi meu primeiro contato, já quero ler outras obras dela


Marquinhos28 03/03/2024minha estante
Peguei ele pra ler semana passada, mas infelizmente não consegui... Não me adaptei a escrita... Mas planejo tentar de novo daqui a uns meses.


carlosmanoelt 03/03/2024minha estante
pode ser bem difícil, mas vale a pena tentar novamente. aconselho buscar entender um pouco sobre o fluxo da consciência, acredito que ajuda a adaptar-se à escrita.




William LGZ 23/08/2023

Não foi uma boa leitura mas teve suas trufas
Fiquei bastante ansioso para ler alguma obra de Virgina Woolf quando a descobri no ano passado e fiquei entre "Um Teto Todo Seu" e "Mrs. Dalloway", optando pelo último por ser um romance e acreditar que através dele seria mais fácil para mim conhecer as ideias e a escrita da autora. Mas a experiência não foi tão fácil quanto eu imaginava.

A premissa é simples, simples até demais, onde, por um dia, acompanhamos de forma bem profunda o cotidiano de diversos personagens, vendo inclusive o que cada um pensa, o que sente e suas aspirações sobre o seu futuro. Apesar disso nos levar a interessantes divagações sobre a vida como ela é, também se torna bastante chato pelo quão simples e corriqueira é a rotina daqueles que estamos acompanhando.

Há até alguns pontos com potencial para prender o leitor como a volta de um personagem à cidade depois de um longo tempo e também a história de um veterano em guerra traumatizado pelos eventos que presenciou, mas nem isso foi o suficiente para eu ficar realmente entretido ou minimamente interessado ao que estava acontecendo pela maior parte da leitura.

Minha edição veio com análises ao seu final que enriqueceram bastante o livro para mim e certamente darei outra chance para ele no futuro, mas hoje eu não o indico a menos que a pessoa esteja muito disposta mesmo a mergulhar na psiquê humana e no trabalho da brilhante escritora que é a Woolf para poder apreciá-lo como se deve. Algo que, por agora, não sou capaz.
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Jamile.Almeida 27/08/2022

Resolvi que eu mesma ia escrever esta resenha
Meu primeiro contato com Virginia e não poderia ter escolhido melhor ?debut?
Uma ?versão light? do fluxo de consciência, o famoso discurso indireto livre e uma narrativa em que acontece em um único dia de 1923 em Londres.
O dia da festa de Clarissa? um dia banal? comum? mas que significava tanto.
Uma festa pós primeira guerra, pós gripe espanhola. A sociedade abastada londrina clamava por eventos e por isso Clarissa decidiu na primeira e emblemática frase do livro que ?ela mesma iria comprar as flores?, algo que caberia a seus criados.
E ao longo do dia, o passado e presente da Clarissa a visita? a distância com seu marido o Richard, com sua filha. A visita de um amor abandonado, Peter, e de um amor proibido, Sally.
Enquanto isso, seu duplo, Septimus, personagem não diretamente relacionado a Clarissa, mas que representa seu espelho ?num mundo invertido e paralelo?? serviu na guerra, desenvolveu um estado de transtorno pós traumatico psicotico. Casado com uma Italiana - que para mim é a personagem que mais sofre nesse livro-, e que se desapegou de qlq convenção social ou de planos para futuro? sua tristeza ja nao lhe da mais esperanças de continuidade da vida?

E assim vemos o diálogo a distância desses duplos literarios - a Clarissa, futil externamente e complexa internamente, que quer, tenta, levar tudo adiante como se nada tivesse acontecido ou acontecendo?
- Septimus, que vive numa complexidade interna tão turbulenta e traumática, que não ha fio para uma possivel linearidade e continuação?

Esses personagens representam a própria Virginia Woolf? ciclando entre a Clarissa e Septimus e já podemos imaginar qual personagem na vida real ela resolveu seguir, quando se jogou ao mar, com pedras em seu bolso para que não tivesse o risco de poder flutuar e se salvar em 1941
Diego 28/08/2022minha estante
Incrível resenha!
Parabéns!


Jamile.Almeida 28/08/2022minha estante
Que bom que gostou, diego!


Tatinha.Car 28/08/2022minha estante
Será minha leitura em Janeiro


Jamile.Almeida 28/08/2022minha estante
Amei muito, amiga!


AsaReader 01/09/2022minha estante
Eu comecei por Orlando e odiei! Nem terminei. Quero dar u.a segunda chance para a Virgínia e penso exatamente nesse livro. ?


Jamile.Almeida 01/09/2022minha estante
Tenta sim!




Vanessa 26/04/2022

Mrs. Dalloway
Uma simples ida a floricultura que nos transporta para a mente de pessoas!
O quão genial eu achei esse livro não cabe aqui, pular de mente em mente sendo um intruso, sentindo e refletindo seus pensamentos e indagações é complexo mas também belo.
Acompanhamos um dia na vida não só de Clarissa, mas também de pessoas aleatórias em um dia comum na Londres pós primeira guerra. Clarissa divide esse protagonismo principalmente com Septimus, um ex soldado que lutou na primeira guerra e Peter seu amigo e paixão do passado.
Com Septimus nos deparamos com a depressão profunda, resultado de traumas da guerra, a qual se tinha tão pouco conhecimento na época. Podemos ter um pouco de noção do que se passa na mente de alguém que sofre com doença mental. Foi desesperador ler essas partes.
Clarissa a primeiro momento é uma personagem fútil, esnobe e exagerada, ao longo da leitura vemos que realmente ela é assim, mas sendo isso também como resultado de seu meio. Clarissa é energizada pelos padrões da alta sociedade, mas ela não é só isso.
Vemos que Clarissa é inteligente, com pensamentos e inquietações sobre a vida, sobre suas escolhas do passado, principalmente em relação ao seu casamento com Richard.
Ela é uma mulher que foi moldada pela sociedade no que se diz respeito a sua origem e criação tanto dos valores da época como de questões de classe.
Ela tenta se desvencilhar disso, vemos ela se questionar com seus pensamentos internos a todo momento, mas parece que sempre é puxada de volta para o mesmo ponto, fazendo a se esquecer quem fora um dia e assim se acomodando a isso.
Sem aviso prévio saltamos de mente em mente e nos deparamos com temas delicados tratados com tanta maestria e profundidade, temas que vão desde a reflexão da vida, depressão, suicídio, política, sexualidade, casamento, desigualdade de gênero, morte, etc..
De início a escrita é difícil até pegar o ritmo. Mas é rotineira, estranha e poética, assim como é a vida.
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Lennon.Durval 05/04/2024

Eu tinha altas expectativas para com esse livro. Minha primeira leitura Woolf, e foi uma experiência.

Pra quem luta contra a falta de concentração, ou se perde com muita facilidade esse com certeza é um desafio.
Tive que voltar às páginas várias e várias vezes, anotar, e fazer novamente, e mesmo assim acredito que não consegui absorver tudo como eu gostaria.

Eu me comprometo comigo mesmo em reler ainda esse ano, espero que com outra mentalidade e com melhor proveito!
Luíz.almeiddaleituras 06/04/2024minha estante
Quero muito ler ?


lana.cardeal 25/04/2024minha estante
sim, é um livro bem extenso




AmandaRabelom 16/01/2022

Um livro que precisarei reler para realmente entender. Algumas informações primordiais para mim, que depois delas consegui realmente entender o livro são: o livro se passa todo em um dia só e tem muito fluxo de consciência. Talvez seja óbvio, mas para mim que estava tendo meu primeiro contato com Virgínia n era tanto assim, e depois que entendi isso a leitura fez mais sentido. Ainda assim foi um livro lento, não consegui ler no meu ritmo usual e demorei uns 2 meses para concluir a leitura. Apesar de tudo gostei de ter lido, só gostaria de ter captado melhor os objetivos da autora.
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Fernanda 21/08/2021

Mrs. Dalloway
Resenha no blog

https://modoliterario.blogspot.com/2021/08/resenha-mrs-dalloway-classicos-de-ouro.html

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* Amanda * 10/07/2012

O livro todo se passa em um dia e se desenrola através de fluxos de consciência de vários personagens: Clarissa (a Mrs. Dalloway), Septimus, Lucrezia, Peter Walsh, Elizabeth, entre alguns outros. Há poucos acontecimentos e poucos diálogos. Não tem uma história central nem clímax. O livro fala sobre nada e, ao mesmo tempo, sobre tudo. Boa parte de tudo o que é falado no livro se refere ao passado dos personagens, o que permite que tenhamos uma visão bem panorâmica deles. Virginia Woolf é prolixa em sua escrita e faz uso constante de metáforas relacionadas à natureza, comparando sentimentos e sensações a flores e ao mar, por exemplo, o que não faz de Mrs. Dalloway uma leitura difícil. O que é complicado em alguns momentos, especialmente nas primeiras páginas, é assimilar o jeito que ela concatena suas ideias. Essa complexidade, pra mim, reflete a intensidade da introspecção de Virginia Woolf. Sua mente devia ser um turbilhão de ideias que, muitas vezes, poderia chegar até a atormentar, como pode acontecer com qualquer pessoa muito introspectiva.

Em seus diários, ela diz: Acho que vou inventar uma nova designação para meus livros, em lugar de romance. Um novo... de Virginia Woolf. Mas o quê? Elegia?. Mais precisamente, sobre o Mrs. Dalloway, sua proposta era: Os personagens serão um homem e uma mulher eles vão crescer nunca vão se encontrar nunca chegarão a se conhecer mas o tempo todo você sente que eles estão cada vez mais próximos um do outro. Toda a tensão estará nisso. O homem é Septimus e a mulher, Clarissa. Eu confesso que eu não percebi essa aproximação no decorrer do livro. Durante toda a leitura, eu esperei que houvesse um encontro entre Septimus ou Lucrezia com os outros personagens do livro, já que a história dos dois parecia se desenrolar de maneira completamente alheia e paralela à dos outros. Apesar de muito tardia, não me decepcionei com o modo que foi feita a sutil aproximação.

O que, pra mim, deixou muito a desejar foi a falta de um diálogo mais profundo entre Peter Walsh e Clarissa, já que durante todo o livro ele só é citado por sua relação mal resolvida com Clarissa e pelo sofrimento que ela causou a ele. Ele volta da Índia pra Londres, visita Clarissa e nada de mais acontece entre os dois além de uma avalanche de sentimentos. Não há um esclarecimento entre os dois. Sally, amiga de Clarissa, que reaparece depois de tanto tempo, é que ajuda Peter a entender melhor Clarissa, mas senti falta de uma conversa direta.

Enfim, é um livro interessante, é pra ser lido sem compromisso e, principalmente, sem pressa. Não é um livro feito pra agradar. Imita as coisas como na realidade poderiam ser: inacabadas.
César 02/03/2014minha estante
ESPLÊNDIDO!


pedrobbsi 12/03/2014minha estante
Excepcional resenha Amanda, como sempre você discorreu maravilhosamente sobre o livro,
Parabéns!




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