Victor.Escobar 12/12/2018
Duas peças, dois Plínios diferentes
A leitura desse livro foi meu segundo contato com a obra escrita de Plínio. O primeiro, influenciado pelo filme homônimo de 2002, dirigido por José Joffily (existe ainda outro, de 1970, dirigido por Braz Chediak), foi a leitura de Dois Perdidos Numa Noite Suja. Ainda impregnado pela força do texto, querendo conhecer mais sobre o autor, encontrei esse livro numa biblioteca pública e o li imediatamente, numa tacada só.
Por que eu falo que são dois textos e dois Plínios diferentes? Na primeira peça, Navalha na Carne, um dos cânones na obra de Plínio, estão os elementos mais fortes da obra dele: os personagens marginais, o ambiente degradado, uma linguagem rasgada, repleta de palavrões. É Plínio Marcos em estado bruto, assim como em ?O Abajur Lilás? e em ?Barrela?, por exemplo.
Já no segundo texto, percebemos um Plínio fora da zona de conforto, escrevendo sobre um drama familiar consistente, mas também com uma crítica social muito forte, que dá o tom do problema central da peça.
Enfim, se eu pudesse dar uma dica, não leiam ?Quando as máquinas param? se não estiverem psicologicamente bem, porque é pesado.