Ponto Cego

Ponto Cego Felipe Colbert




Resenhas - Ponto Cego


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Ju 22/01/2013

Ponto Cego
A primeira coisa que eu quero dizer é: não leiam a sinopse que está na contracapa desse livro. Que bom que só fiz isso depois de terminar a leitura, ou não teria sido surpreendida por vários fatos.

Bom, conheci Ponto Cego na Turnê Literária, um evento que aconteceu em São Paulo em junho deste ano. O Felipe simplesmente me deixou alucinada com o livro, mesmo que não seja bem o meu estilo literário. Quando ele disse que estava em Veneza e pensou que não havia melhor lugar no mundo para esconder um corpo, me fez querer muito ler a história que ele criou (claro que teve o efeito de me fazer ficar com um pouco de medo dele e de sua mente também... hahaha...). Assim que tive a oportunidade, adquiri meu exemplar de Ponto Cego. Mas só agora consegui tempo e coragem pra ler.

Quase abandonei o livro no início. Sei que vocês sabem que eu não faço isso, mas fiquei tentada. É que eu realmente me assustei com a história. Fora que levei um certo tempo para conseguir acompanhar os fatos, porque no início o autor fala de eventos aparentemente bem diferentes um do outro, e eu fiquei um pouco confusa.

Mas, com o tempo, superei o meu medo absurdo e resolvi deixar que o livro me envolvesse. A partir daí, não consegui interromper a leitura. O Felipe soube amarrar todos os detalhes da história, deixou que eu desvendasse o mistério aos pouquinhos. E, quando pensei que já tinha entendido tudo, ele veio com a surpresa final.

Ponto Cego é um livro super bem escrito e admirável até a última linha. Temos um investigador de polícia alcóolatra; um repórter ainda apaixonado pela ex-mulher; uma dona de hospedaria prestativa: todos corajosos, com ótimo faro investigativo e dispostos a tudo para desvendar desaparecimentos de mulheres em Veneza. Fiquei sem fôlego, quis estapear algumas pessoas com síndrome de super-herói... Entrei de cabeça na história e recomendo que vocês se permitam fazer isso também.

Postada originalmente em: http://entrepalcoselivros.blogspot.com.br/2012/12/resenha-ponto-cego.html
Paula Zawatski | @paulazawatski 03/02/2013minha estante
Cara, o livro parece ser muito bom, bem suspense. Quando li que escondeu corpo, sinalizando MORTE, assassinato, cara fiquei tesa, mesmo, amo suspense, amo esse tipo de coisa, quem sabe eu tenha um q de psicopata hahha, nao mesmo, mas ok, me interesso por leituras assim, meio com surpresas e tal. :D


Jhelp 05/02/2013minha estante
Sua resenha me deixou mega curiosa, eu ainda não tinha ouvido falar deste livro, mas eu preciso ler ele, agora!! O autor, por tudo que li, consegue prender o leitor do inicio ao fim do livro e isso mostra que com certeza é perfeito.


Lua 21/02/2013minha estante
Sempre quis muito ler esses estilos de livros, mas o máximo que consegui foi uma investigação policial. eu gostei bastante de sua resenha, fiquei curiosa pra ler, adoro filmes de suspense e tenho que ter um leitura sobre isso também.


Adriane Rod 29/03/2013minha estante
Adoro ler histórias assustadoras e todos os tipos. Esse certamente vai para a minha lista de desejados.
;)

http://pseudonimoliterario.blogspot.com.br/


Thaís 07/04/2013minha estante
Resenha incrivel, adoro livros deste genero, e a historia me encheu de curiosidade, mais uma pra lista de desejados (cada dia ela cresce mais e mais haha) Ahhh e eu ganhei um marcador desse livro, agora preciso só do livro pra terminar o kit (simples n?) kkkkk


Baah 11/04/2013minha estante
resenha perfeita, super incrivel...a sua resenha despertou minha curiosidade e eu quero demais ler ele logo


Dani 15/04/2013minha estante
não fala em surpresa final pra mim, pelo amor de deus!!! que eu sou viciada nessa droga xD
Mistério e suspense são o tipo de conteúdo que me faça beber o livro até encher a cara, e me embriagar *-*


Manuella_3 20/06/2013minha estante
Me conquistou com essa paixão na resenha! Vou confiar e não ler a sinopse - coisa q sempre faço. Leio tudo antes do livro, orelhas, contracapa, rsrs... Mas esse não posso.




Giovanna1962 25/10/2022

Leitura fácil e agradável, o andamento da história te prende e te faz pensar em diversas possibilidades de desfecho.
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gleicepcouto 22/06/2012

Romance policial como deve ser: inteligente, instigante e original
www.murmuriospessoais.com

***

Ponto Cego (Novo Século) é o segundo livro do escritor Felipe Colbert e já cruzou o oceano: foi lançado em Portugal. O primeiro livro do autor, um trhiller, assim como esse último, foi lançado em 2008 pela mesma editora chama-se A Entrevista Ininterrupta.

Em Ponto Cego, conhecemos o jornalista Daniel Sachs. Após um evento fatídico, do qual se culpa, e separado de sua mulher há algum tempo, ele recebe do correio um isqueiro com uma inscrição nele e uma gravura em alto relevo. Era um pedido de ajuda de sua ex-mulher, Nilla, que desapareceu em Veneza quando fazia um trabalho fotográfico sobre um show do ilusionista cego Lorenzo Oro. Quando decide ir atrás das pistas e encontrar Nilla, Daniel não fazia idem de que esse desaparecimento só era a ponta do iceberg de algo muito maior que acontecia naquela cidade.

Com ajuda de uma recém amiga e também de um investigador local, Daniel tenta a todo custo resgatar Nilla e desmantelar a rede de crimes sórdidos com a qual se deparam. Para isso, entretanto, terão que desvendar muitos mistérios e correr contra o tempo e também de um criminoso que não está disposto a deixá-los vivos.

Com uma trama muito bem amarrada, Felipe consegue manter o suspense até a última página. Sempre há um fato novo a ser descoberto e mesmo que nós, leitores, fiquemos especulando, não adianta: nos surpreendemos. Tarefa difícil. Ainda mais quando o autor consegue manter o ritmo da narrativa, sabendo diluir as descobertas ao longo da história, deixando o leitor respirar até que no final perca o fôlego.

Os capítulos são curtos e de pontos de vista diferentes. Isso abre o campo de visão da história para o leitor, ao mesmo tempo que a dinamiza.

A verdade é que a história por si só já é dinâmica, devido a sua originalidade. Misturar Veneza, ilusionista cego e crimes, não é pra qualquer um. E mexer nessas questões sem fazer com que vire uma suruba de assuntos desconexos, idem. Só aí, o autor já merece as cinco estrelinhas.

Grande parte da história se passa em Veneza e o modo como Felipe descreve a cidade é surpreendente. O leitor não somente a vê, mas através dos detalhes minuciosos, consegue quase sentir o cheiro da cidade, seu clima. Literalmente, somos transportados pra lá.

Os personagens são bem desenvolvidos e cada um possui uma particularidade – não há espaço para clichês aqui, nem para personagens perfeitos. Isso é importante, pois apesar de retratar uma realidade distante da maioria (afinal, quem aqui já teve que desvendar um crime?), os personagens são críveis, fazendo com que a identificação do leitor com eles seja possível.

A Novo Século fez seu trabalho direitinho também: capa interessante, que tem relação com a história e com o tipo de livro; assim como revisão caprichada, apenas com alguns errinhos de digitação, mas dentro do limite tolerável.

Com tudo o que já foi citado, consigo dizer, sem exagero, que Ponto Cego é um dos melhores livros nacionais que li esse ano. É instigante, é inteligente, é bem construído. Simplesmente não pode ficar de fora da sua estante.

Ponto Cego
Autor: Felipe Colbert
Editora: Novo Século
Ano: 2012
Páginas: 350
Valor: $20 a $35
Extra: 'Bora aplaudir, que o cara merece. \o/ /o\
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Ana 20/01/2021

Impecável
Um dos melhores livros de suspense que já li, extremamente envolvente do começo ao fim, a trama é muito bem desenvolvida e te deixa cada vez mais curioso pelo desfecho.

Embora seja um romance policial, o romance fica restrito às primeiras páginas, depois se torna uma investigação incrível, surpreendente a cada página.
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Flávia Pasqualin 31/10/2019

Daniel é um repórter que lida com os demônios do passado por conta da separação. Um dia ele recebe um objeto e descobre que na verdade aquilo é um código enviado por sua ex-mulher. Acreditando que ela esta em perigo, ele decide ir atrás dela em Veneza em busca de respostas. Paralelo a isso temos a policia de Veneza acobertando certos casos, com medo de que a repercussão deles prejudique o turismo no local já que o carnaval se aproxima.

Um livro que não deve nada para os demais do gênero. Já no começo a trama envolve. A medida que elementos são inseridos na história o mistério fica cada vez mais instigante.
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Books Friends & News 05/06/2012

Instigante, Eletrizante e Revelador
http://4.bp.blogspot.com/-JJbxZEELO0E/T8wOsSrMMpI/AAAAAAAAE4E/oNKKCByDb5Y/s1600/RESENHA+PONTO+CEGO.jpg

O livro Ponto Cego nos traz um romance policial, cheio de mistérios, grandes revelações, apesar do meu estilo de leitura no momento não seja tramas policiais ele realmente me conquistou.

A trama envolve Daniel Sachs um jornalista que após receber uma encomenda, contendo símbolos que indicam a cidade de Veneza, além de descobrir que sua ex-mulher, Nilla, uma fotógrafa internacional conceituada, está em Veneza, fazendo a cobertura de um show de ilusionismo a mando do seu chefe e amigo Marvin, unindo-se a isso descobre que Nilla está desaparecida em Veneza.

Paralelamente as descobertas de Daniel, em Veneza sobe o clima de carnaval veneziano, o detetive Pacino investiga um desparecimento misterioso de uma jovem, no inicio achavam que fosse apenas um encontro frutífero de carnaval, mas quando o proprietário do bar onde essa moça trabalhava comunica que ela recebeu um caixa antes do desparecimento, e nessa caixa continua um bilhete suspeito, Pacino tem certeza que existe algo bastante sério atrás do desparecimento.

Pacino vai atrás de informações e descobre uma nova onda de crimes em Veneza, um comércio obscuro de filmes snuff (explico daqui a pouco melhor sobre o termo snuff), que pode estar ligado diretamente ao desaparecimento das jovens.

Enquanto isso Daniel chega a Veneza para descobrir o que realmente aconteceu com a ex-mulher, recebe ajuda da dona do hotel onde Nilla estava hospedada, e a partir dai começa uma investigação que ao mesmo tempo a vida de Nilla está correndo perigo, mas também a vida do próprio Daniel, apesar dos casos das jovens desaparecidas e Nilla terem uma relação, porém os motivos e consequências são bem diferentes.

O livro de Felipe Colbert é um verdadeiro romance policial, já que a narrativa é rápida e eletrizante, o autor não fica explicando o explicável, ele começa de uma maneira simples e objetiva expor a trama aos olhos do leitor, que colabora bastante são os capítulos curtos, e a interligação do caso de Daniel com os desparecimentos do detetive Pacino.

As informações descritas de uma maneira instigante pelo autor, leva o leitor não querer largar o livro até o final, já que o autor (acho que propositalmente) deixou o verdadeiro culpado ou culpados para as últimas páginas do livro, e para ficar com trama mais interessante, quando pensamentos que tudo estava solucionado tem mais motivos escusos para o final.

Podem me chamar de desinformada, mas até ler Ponto Cego, não tinha conhecimento do termo “snuff”, ou melhor, o que seriam filmes snuff, realmente depois que descobri entendi porque talvez nunca descobrisse pessoalmente, somente através de um livro...

Filmes snuff para quem não sabe, são filmes que mostram torturas, de qualquer tipo, apesar que nem de ficção veria um filme desse gênero, para piorar a situação, tem pessoas que fazem esses filmes com situações reais e comercializam para pessoas “doentes” gastarem uma fortuna para pagar e assistir, essas mentes doentias que retratam no livro.

Apesar de o assunto ser digamos bastante “indigesto” o autor conduziu de uma maneira que mostrou o terrível processo, mas não tão descritivo, apenas instigou o leitor a imaginar o que ocorreria numa situação dessas, mas também não sei o que é pior se o descritivo ou a indução a imaginação.

Como citei anteriormente os verdadeiros culpados, nos conhecemos durante todo o livro como Próspero (o que prepara os vídeos) e Entregador (o que entrega os DVD’s com as filmagens), além de outros que só descobrimos no final, e posso dizer que o autor nos induz a desconfiar de outras pessoas, e como já comentei os motivos do caso de Nilla e das outras vitimas são parcialmente os mesmo, porém os motivos são completamente diferentes.

Outros aspectos que por um lado são irrelevantes na trama, são as partes emocionais dos personagens, como do detetive Pacino que estava literalmente com a corda no pescoço, caso ele não revolvesse o caso poderia ser afastado da policia, já que tem problemas com alcoolismo.

Também os motivos da separação de Daniel Sachs e Nilla, o acidente que aconteceu no início do livro que acarretou uma perda para ambos. Apesar de algumas coisas pessoais ligarem diretamente a trama, mas não explicarei detalhadamente já que para descobrirem terão que ler o livro.

Conclusão: Eu acho difícil fazer resenha de livro com trama policial, principalmente Ponto Cego, que é um livro tão eletrizante com bastantes informações, porém expostas de uma maneira direta, e ao mesmo essas informações é o que rege todo mistério e o suspense do livro, que fico com receio de acabar detalhando demais e estragar a emoção da leitura.

Mas o livro é indicadíssimo para quem gosta e uma instigante trama policial, com emoção do inicio ao fim, e já dou um conselho, comecem a ler o livro em um dia que não tenham nada para fazer, final de semana talvez... Porque vocês não irão conseguir largar até chegar o final.

Para ler a resenha completa com citações ilustrativas acessem -->> http://www.guardiadameianoite.com.br/2012/06/resenha-ponto-cego-felipe-colbert.html
Mari 25/09/2012minha estante
Gostei da sua resenha, fiquei interessada no livro!
Sobre os filmes Snuff, talvez vc já tenha visto meio sem perceber direito caso tenha assistido ao filme 8MM (8 milímetros) com o Nicolas Cage.


Danielle 30/01/2013minha estante
Outro filme que fala sobre Snuff é Temos Vagas 1 e 2...
Amei o livro acabei de ler ontem...




Ednelson 26/06/2012

Ponto Cego
Análise:

“Intermináveis segundos se passaram, vendo a mão [...] se aproximar. O ar escapuliu dos pulmões. Torcia para desmaiar antes que a lâmina o atingisse, mas sabia que não aconteceria. E mesmo que acontecesse, o homem faria de tudo para acordá-lo. Queria vê-lo sofrer, senão, qual era a graça?”
—Pág. 269.

Saudações, caríssimos leitores do Policial da Biblioteca! A resenha de hoje é especial, pois este foi um livro que realmente me deixou fascinado, não que todos os anteriores, deste ano, não me deixaram, mas este em particular conseguiu me capturar não somente pelo gênero da história (suspense), mas pela maneira como comecei a enxergar exatamente detalhes que sempre admirei em histórias policiais e o impressionante modo como cada virar de páginas me deu a impressão de estar sempre na mesma página, algo grandioso, pois a história fluí tão bem que a leitura se mantém num ritmo constante, não por uma quantidade exacerbada de ação, mas pela narração do Felipe que lhe envolve em cada sutileza da trama, mas vamos caminhar mais um pouco por esta obra e tentar explicar melhor as coisas.
Com o início do livro, podemos pensar que o autor já pretende nos jogar no meio da fogueira e fazer o nosso desejo pela história começar em um ponto do enredo já quentíssimo, porém isso é somente um aperitivo do que está por vir. Obviamente que a curiosidade de qualquer leitor é atiçada com a cena e em uma história de suspense, onde as aventuras em busca de pistas é um dos pontos altos, acabamos já iniciando o exercício de nossa imaginação pensando: “O que é isto? Qual o seu sentido?”. Após nos permitir experimentar uma singela porção do ápice da história, Felipe opta por nos elucidar um acontecimento “simples”, mas que se tornou fundamental em todos os eventos futuros do livro. Com essa cena elucidativa conhecemos Daniel Sachs e sua, na época do ocorrido, esposa Nilla. Essa cena me fez sentir uma leve antipatia, mas posteriormente pena de ambos os personagens, pois fiquei impressionado como uma discussão por motivo tão banal foi estopim para algo tão trágico. A minha antipatia pelos personagens foi nutrida pela motivação tão frívola para a troca de palavras ácidas, contudo depois reconheci o quanto às vezes todos nós somos assim, não medimos as consequências de nossos pensamentos externados e acabamos gerando algo que foge de nosso controle e o próprio acaso ainda se responsabiliza por tornar tudo ainda pior.
Conforme fui avançando em minha leitura percebi o quanto os personagens de “Ponto Cego” são figuras verdadeiramente dotadas de propriedades humanas e não apenas ícones pouco atrativos e com um sabor amiúde intragável por serem tão “certos”, impossibilitando que o leitor sinta uma sincera empatia pelos personagens e acabe desenvolvendo fortes sentimentos, coisas que só são possíveis em histórias maduras que saibam administrar o espírito humano, um elemento extremamente maleável. Sendo assim, Felipe explora várias possibilidades do ser humano e com isso torna cada um dos personagens absolutamente únicos, entretanto, como alguns poderiam esperar, os personagens não são moralmente perfeitos ou indivíduos com convicções sempre claras, os contornos oscilam e nos permitem observá-los por perspectivas que eles mesmos tentam camuflar para as demais pessoas. Todos temos peculiaridades que não convém compartilhar com a sociedade e em sua narrativa é o que Felipe permiti que vejamos em suas criações. O maior exemplo disto provavelmente é o Investigatore Giuseppe Pacino. Com Pacino vemos um humano profundamente crível, talvez alguns o achem digno de pena, outros vão considera-lo um fracassado, mas o importante é levar em consideração toda a sua formação espiritual e mental, além do contexto em que ele está inserido.
Pacino é um detetive que usa o álcool como meio para fugir da imundície que permeia atualmente as ruas da Sereníssima (Veneza) e a questura (polícia). Com isso deduziríamos que o detetive seria alguém amargurado com a sua profissão e isso está certo em parte, porém o seu senso de justiça ainda está vivo, apesar de que um pouco distorcido, segundo a avaliação de algumas pessoas, e isso o faz assumir o ar de um anti-herói que com certeza todos vão acabar admirando. Mesmo usando maneiras brutas em seus enfrentamentos com situações de tensão e quase botando a perder muitas coisas, o Investigatore Pacino é uma peça fundamental nesse tabuleiro e foi muito bom acompanhar as suas frustações e consequentemente mergulho em garrafas de bebida, o infortúnio profissional se desenvolve no mesmo passo em que sua degeneração física e psicológica, mas Felipe nos surpreende com a maneira como acaba trabalhando esse personagem nas últimas páginas.
Um de nossos guias pela história é um indivíduo chamado apenas como “O Entregador”, a falta de um nome nos prende ainda mais às páginas, pois não sabemos todos que realmente estão envolvidos nessa rede de mortes lucrativas e constantemente olharemos pelos cantos dos olhos desconfiados de muitas pessoas e nesse labirinto de dúvida é quase impossível diferenciar aliados e inimigos. O Felipe soube muito bem trabalhar detalhes que deixam margens para especulações e isso alimenta a voracidade de qualquer fã de suspense e se você não for tão fascinado tanto assim pelo gênero, com certeza irá reavaliar a sua relação com o estilo e provavelmente sairá apaixonado. Isso é fruto de uma obra que consegue se alicerçar em diversos pontos: enredo, personagens, modo de narrar, estilo de escrever e muitos outros aspectos técnicos, alguns dos quais com certeza desconheço.
Em muitos livros de suspense é comum que a narração se foque nos mocinhos que tentam encontrar um caminho até o criminoso por meio de um avançado processo de investigação com direito ao uso das mais modernas ferramentas, mas além do autor nos proporcionar em vários momentos “enxergar” pelos olhos assassinos, claro que não direi quem ou quantos são, o que por si só uma oportunidade sensacional e que instiga a leitura, o processo investigativo é feito de modo completamente baseado em processos de deduções sem a ajuda de uma super equipe de investigação ou sofisticadas máquinas. A maneira como o processo investigativo é orquestrado artesanalmente, como as histórias clássicas de Poe, é um espetáculo literário e me fez aplaudir justamente por soar como uma homenagem ao modo clássico que as histórias de suspense eram escritas, pois todo gênero literário é uma construção histórica e por mais que um escritor possua talento deve ser humilde suficiente para admitir como as suas obras não poderiam existir sem colossos do passado que criaram a muito sangue e suor as trilhas de um estilo e sempre vão mostrar para o futuro, com seus trabalhos imortais, como ainda há infinitas possibilidades. O fato dos personagens investigarem como muitos fizeram séculos atrás foi o que mais me conquistou nesse livro, não que eu seja saudosista, mas esse detalhe ressalta a sagacidade dos personagens e acredito que todos aqui vão concordar que inteligência é estimulante e nos faz amar um livro, além de ser sempre bem-vinda nas pessoas com quem convivemos.
O cenário escolhido por Felipe serviu perfeitamente para criar o clima de suspense. Qual o motivo para que eu diga isso? É o seguinte: Daniel nunca havia ido para Veneza e imaginem como seria ter de sair de um lugar que você conhece e no qual se sente seguro para ir em busca de uma pessoa, provavelmente resgatá-la de um grande perigo, em uma cidade que você não conhece e na qual não possui pessoas em que tenha certeza de que pode confiar? Obviamente isso é motivo mais do que suficiente para se estabelecer um clima de desconfiança e passos hesitantes. O autor ainda nos brinda com descrições vivas da cidade, não somente físicas, mas alguns detalhes históricos, algo que me deixou deslumbrado somente por imaginar os lugares, evidentemente isso é prova de um trabalho maduro para deixar a ambientação de qualidade e não causar estranhamentos nos leitores ou um texto carente de descrições, o que dificultaria a imersão na história.
O primeiro contato em Veneza que traz um leve conforto para Daniel é a bela Paola, uma simpática mulher que em conjunto com seu irmão, Gino, são proprietários do hotel em que Nilla estava hospedada antes de desaparecer e no qual Daniel acaba ficando também. A figura feminina de Paola acaba acrescentando um tempero a mais ao livro, pois a sua parceria com Daniel funciona com grande harmonia e não cai no óbvio, sem maiores detalhes para evitar spoiler. Gino, apesar de ser um personagem secundário, também tem o seu peso na história. Nada é mero capricho nesse livro, tudo foi colocado na obra milimetricamente, e ao concluir a leitura vocês vão concordar comigo. Eu não esperava menos de uma pessoa que trabalha com estruturação de romances e já passou por um mercado editorial estrangeiro antes de vir com a obra para o Brasil.
Quando descobrimos o que está acontecendo nos canais de Veneza é inevitável que fiquemos boquiabertos, pois pelas belas ruas da Sereníssima, durante o carnavale, alguém desconhecido, assim como as centenas de pessoas mascaradas que buscam o prazer nesta época na cidade, está raptando mulheres para a produção de filmes snuff. A questão dos filmes snuff é apresentada ao leitor com toda sua pungência, apesar de que as cenas com mais sangue não são banhos de sangue como nos filmes slasher dos anos 80 e 90, por exemplo. Na verdade a violência declarada, as cenas de tortura, não são tão pesadas. Desculpem-me, mas é que estou habituado a filmes e livros violentos, portanto, para mim, as cenas sanguinolentas não foram tão impactantes, contudo o caráter maléfico dos envolvidos nesse comércio da morte transborda pelas páginas e uma das últimas cenas do livro deixa isso ainda mais forte, pois adentramos, literalmente, na toca do “mal”, um lugar escuro, fétido, sujo e que causa claustrofobia e um medo quase paralisante. A aliança entre o cenário e o tema foi perfeita, não consigo encontrar uma palavra que possa transmitir melhor o meu sentimento. Ainda é aberto um espaço para interpretarmos os filmes snuff como uma metáfora para o culto ao prazer doentio em nossa sociedade, pois quantos casos não ouvimos ou presenciamos de acidentes em que as pessoas ao redor se preocupam antes de sacar os seus modernos celulares para capturar o momento ao invés de chamar o socorro? Talvez algumas pessoas que estejam perto de nós não sejam tão diferentes dos assassinos que comercializam estas macabras produções, inclusive, durante o livro, ficamos sabendo do envolvimento de pessoas dos mais variados setores de nossa sociedade na aquisição das fitas.
Quando achamos que o livro chegou no ponto de repouso para que o final chegue, somos surpreendidos novamente com uma revelação imprevisível e que deixará tudo com um novo significado. “Ponto Cego” é uma obra surpreendente, empolgante, muito bem escrita, em resumo, um delicioso banquete literário! Recomendo à todos o livro! Boa leitura! Abraços e até outro momento.
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danda 18/04/2022

Pegue-o esse e-book para ler,por indicação. Achei a leitura bem morna,aquela sem emoção. Até que no último capítulo,teve uma empolgação.
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CLAUDIA 24/10/2018

De tirar o folego
Um prato cheio para quem gosta de um bom suspense! Um livro que não dá vontade de parar de ler! Cada capítulo uma surpresa nova!!!
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Emi 18/12/2022

Leitura rápida e fácil. Não sei bem o quão envolvente. No começo parece meio bagunçado, mas depois se acostuma. Algumas coisas me incomodaram em relação às mulheres. Enredo meio sei lá. Achei o livro bonzinho.
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Arca Literária 30/05/2014

Ponto Cego
Ponto Cego é um Romance Policia e o segundo livro do escritor Felipe Colbert.
A trama se desenvolve com o desaparecimento de Nilla em Veneza após ir fazer uma cobertura de um show de um ilusionista cego no carnaval. Seu ex-marido Daniel recebe pelo correio um isqueiro, que ele vem a descobrir ser um pedido de ajuda. Daniel parte para Veneza para tentar encontrá-la e descobrir o que aconteceu com ela, ele só não fazia idéia que por trás do sumiço de Nilla se esconde algo muito maior.
A trama é muito bem amarrada, a narrativa flui muito bem, e você fica querendo descobrir mais e mais os mistérios que vão surgindo ao longo da trama. Até a última página do livro você será pego de surpresa.
Somos transportados para Veneza de tal forma tão bem descrita que nos sentimos dentro de um filme.
São 372 páginas de pura adrenalina.
Indico o livro para todas as pessoas que gostam de um bom suspense, cheio de reviravoltas e uma trama bem amarrada

___________

Resenha de Danielle Peçanha, resenhista do Arca Literária e do Blog Minhas Resenhas

site: https://www.facebook.com/minhasresenhasdp?fref=ts
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SahRosa 18/10/2013

Culpado pelo fim de seu casamento, Daniel Sachs, não deixar de lembrar um dia se quer dessa tragédia. Quando recebe um estranho pacote pelo correio sem remetente, Daniel fica surpreso a ver que se trata de um Zippo, um isqueiro com uma fascinante gravura de um leão – alado, mas o impressionante era o lado oposto do Zippo, havia outro desenho: Três círculos concêntricos e o menor preenchido.

Intrigado com o estranho presente, Daniel tenta de vária maneira fazer o isqueiro funcionar, enquanto analisa quem poderia tê-lo mandado. Até que o inevitável acontece; De dentro do Zippo cai um pequeno cartão memória, e ao abri-lo, a surpresa: Nilla.

Sua ex-esposa surge na gravação, triste, com os olhos marejados, lhe deixando uma mensagem estranha. Decido, a saber, o motivo de Nilla estar naquele estado, Daniel parte atrás dela, o amor que nutre por ela é tão forte quanto à culpa que carrega. Mas procurar Nilla em Veneza, não será uma tarefa fácil, principalmente ao descobrir que ela sumiu, deixando suas malas intactas na hospedaria onde se instalou.

Com a ajuda de Paola, dona da hospedaria, Daniel iniciará sua busca por Nilla. Uma série de pistas foram deixadas para Daniel, só que há algo muito obscuro que envolve não apenas Nilla, mas outras jovens, que misteriosamente desapareceram sem deixar rastros, que o investigador Pacino tende a descobrir o quanto antes. Afinal, quanto maior o tempo que se leva, piores serão os resultados e a descoberta pode abalar a todos os envolvidos.

***

Narrado em terceira pessoa, Ponto Cego nos traz a visão de muitos pontos na estória, seja dos vilões, personagens principais e policiais. Cada capítulo uma revelação, que nos deixa ansiosos para saber o encaixe de todas as peças desse mistério escrito pelo autor nacional Felipe Colbert.

No bom estilo investigativo, cheio de pistas, segredos e violência, temos um romance policial espetacular, que vai prender o leitor em suas páginas finais e quando finalmente fechamos o livro, somos apresentados aquele final, a qual você diz: Nossa!

Todas as peças apresentadas pelo autor, vão se encaixando conforme o livro avança, somos surpreendidos, ficamos apavorados e receosos em muitas cenas. Eu poderia citar várias cenas onde esses sentimentos se tornam a flor da pele, mas poderia correr o risco de soltar algum spolier, apenas posso dizer que há uma cena, onde é descrição chega a ser tão real, que senti vontade de fechar os olhos junto aos personagens e esquecer o testemunhei ao lado deles, pois mesmo sendo um livro, esse tipo de situação é mais real do que sabemos, e isso é ponto super positivo para Ponto Cego, onde seu leitor viverá experiências eletrizantes, tudo que os ótimos romances policiais tendem a oferecer!

Fazia um tempo desde que li um livro nesse estilo, e me surpreendi com o talento de Felipe Colbert de envolver o leitor. Sua narrativa é rápida, os capítulos curtos e há um ponto onde todos seus personagens se encontram e o livro passa a ficar ainda melhor. Por minha curiosidade ser tão grande, teve momentos, que eu desejava desesperadamente saber as respostas e acabava tendo que esperar os próximos capítulos, já que cada capítulo é referente a uma parte da estória, que ao todo se unem para completar toda trama. Realmente essa minha curiosidade pode atrapalhar meu gosto por determinadas títulos, mas ao contrário de alguns, Ponto Cego é na medida certa, nada muito enrolado, e volto a dizer, cada capítulo uma surpresa, uma revelação, capaz de deixar o leitor vidrado para saber como será o desenrolar dessa estória.

Quanto aos personagens, só posso dizer, que você encontrará um time ótimo, com personalidades marcantes e bem desenvolvidas. Os destaques são principalmente a Pacino, o investigador, o jeito turrão e mal humorado dele, me conquistou, e apesar de alguns problemas pessoais que carrega, Pacino se mostra muito competente! Paola, a dona da hospedaria, muito corajosa e aventureira, ajudou muito Daniel e claro, os vilões, só uma palavra para descrevê-los: Monstros. Se a idéia do autor foi para que o leitor os odiasse, ele o fez muito bem!

A respeito do trabalho editorial, a Novo Século esta de parabéns, não encontrei nenhum erro significativo. Só tenho que agradecer a Glaucia por organizar o Book Tour, onde tive a chance de ler Ponto Cego e claro, ao autor Felipe Colbert pelo talento em criar esse romance policial incrível.

site: http://www.daimaginacaoaescrita.com/
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criscat 15/09/2012

Policial de qualidade
A resenha está disponível no meu blog: http://www.ctellier.net/2012/09/ponto-cego.html
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Brenda 23/01/2023

Sensacional
Que livro magnífico!! Já havia o lido há uns anos mas resolvi ler novamente pois não me lembrava muito da história e estou realmente feliz com essa decisão!! Um livro que fala sobre os filmes "Snuffs" - vídeos reais de tortura e assassinato - que envolve brasileiros e italianos pelas ruas de Veneza. É bizarro pensar que esses vídeos existem (quem não conhece o 2 boys 1 hammer é verdadeiramente feliz). Um mundo sombrio e que representam muito o quão perverso um ser humano pode ser.
Tem boa desenvoltura na história, bons plots e apesar do tema, não é tão detalhado as cenas de tortura, então dá pra ler sem sentir tanta repulsa. Fico imensamente feliz de ver autores nacionais sendo bons assim
Super recomendo
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Glaucia 25/02/2013

Ponto Cego - Felipe Colbert
O enredo trata-se de um romance policial, muito bem estruturado e cheio de suspense, que te faz querer bancar um Sherlock Holmes e querer desvendar todo o mistério!

Daniel Sachs é o protagonista, um jornalista que mesmo após alguns anos, ainda se culpa pelo eminente divórcio. Mas quando ele recebe um pedido de socorro da ex-mulher Nilla por correio, não pensa duas vezes, e embarca rumo a Veneza, sem imaginar por onde procurar e os riscos que estará correndo.

A investigação começa com ajuda de Paola - dona do hotel a qual está hospedado - e Pacino - um policial, que só precisava de uma chance para se restabelecer profissionalmente.

Porém, Daniel começa a perceber que quanto mais pistas busca para o resgate de Nilla, mais crimes de mulheres desaparecidas vão surgindo também, e mais sua vida corre riscos.

O livro conta com elementos que envolvem a caracterização do próprio romance policial, bem como, suspense e ficção. Todos os personagens foram bem construídos, e cada um tem um papel significativo na trama, bem como a narração detalhista dos ambientes onde se passam as cenas. A leitura flui bem, do inicio ao fim, e é meio difícil largar o livro. O toque final, fica por conta da capa, que tem um papel importante, e é explicado ao longo das páginas.

Livro mais que recomendado!

Resenha escrita por Glaucia Matos – www.leitorait.com ©
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