Marcos Faria 02/09/2013
Existem dois pontos altamente positivos em “Fetiche: moda, sexo & poder” (Rocco, 1997). O primeiro é quando Valerie Steele recupera os diversos usos da palavra “fetiche”, desde o religioso-antropológico, passando por Marx e Freud, e consegue relacioná-los todos com o seu objeto de estudo, mantendo uma saudável postura crítica. Infelizmente, essa postura não se mantém quando a autora aceita sem exigir maior rigor a afirmação genérica de que homens são mais visuais e fetichistas que mulheres, e menos ainda quando adota apressadamente as explicações da psicologia evolutiva. O outro elogio, é claro, vai para o ótimo trabalho de inventário da moda fetichista e sua evolução. Ficou faltando ir mais fundo na relação entre sexo, moda e poder prometida no subtítulo.
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