O Nome da Rosa

O Nome da Rosa Umberto Eco




Resenhas - O Nome da Rosa


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bobbie 13/08/2023

Longo, cansativo, porém magistral.
"Eu sabia que queria envenenar um monge, o resto da história é polpa que eu fui acrescentando". Essa é uma frase dita pelo próprio Umberto Eco, em um dos textos acrescidos ao final desta edição de O nome da rosa. E que polpa ele acrescentou. Trata-se de um livro longo e extremamente cansativo, que demanda esforço e perseverança por parte do leitor, não porque seja difícil, mas porque é denso e cheio de camadas, referências e citações em latim (devidamente traduzidas em notas nesta edição). Mas o que o autor queria, ele alcançou magistralmente: ele envenenou um monge, e capturou nossa curiosidade de modo exemplar, de forma que poucos são os que não vão querer saber o final dessa história. A ambientação em uma abadia italiana do século XIV, com eventos ocorrendo ao longo de sete dias em um ano da década de 1320, é primorosa, fruto de muita pesquisa feita por Eco. Como fã de narrativas de mistério e romances policiais, afirmo que o que me fisgou mais forte neste livro nem foi o mistério dos assassinatos em série neste ambiente recluso e claustrofóbico da Idade Média (aliás, elementos que conferem um tom sombrio fenomenal para a narrativa), mas a intolerância e a crueldade que muitas das vezes só a Igreja consegue cometer em nome de uma "fé inabalável" e da defesa de seus interesses (pecuniários). Eco não se furta de fazer essa crítica ao expor a ganância, a postura irredutível diante de credos e filosofia(s) que vão de encontro à doutrina católica, e a própria crueldade que um dos piores capítulos da história que a religião foi capaz de escrever: a Santa Inquisição. Vale a pena escalar a encosta dessa montanha, transpor as cem primeiras árduas páginas e chegar ao cume.
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Erica.Barone 11/08/2023

Um livro que contempla um bom suspense e uma vasta cultura teológica e filosófica. Para mim, contudo, que não estou a altura do grande intelecto de Umberto Eco, foi uma leitura muito densa, mas não entediante.
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vitor 09/08/2023

Eu pensei muito sobre o que escrever aqui, 'O Nome da Rosa' alugou uma abadia na minha mente nesses dois meses. A composição do livro é quase sobrenatural de tão rica de detalhes (filosóficos, teológicos, históricos).

Li algumas resenhas que se decepcionaram com as revelações do mistério. Entendo que da forma que se deu pode ter soado um pouco antí-clímax pros que esperavam um embate mais direto, mas achei genial o modo como o desfecho dos crimes estava alinhado às próprias questões existenciais discutidas ao longo da obra e servindo como uma crítica à concetração de poder e riqueza da igreja católica (PS: Sou católico e a leitura me fez ter vontade de ir à missa, coisa que meus dois anos de catequese JAMAIS conseguiram despertar).

'O Nome da Rosa' tem uma capacidade de ficar cada vez melhor conforme a leitura avança: por volta da página 200 o livro é ótimo; por volta da 400 é imperdível. Guilherme de Baskerville é um dos melhores e mais complexos personagens que já vi em ficção, nesse tempo de leitura eu senti como se o conhecesse de verdade, com todos os seus defeitos e virtudes.

Pensei em retirar meio ponto da avaliação por causa de algumas descriç?es ultra detalhadas que Adso faz em alguns pontos, o que acaba sendo um pouco exaustivo para o leitor, apesar de entender essa proposta. No mais, Adso de Melk inventou o Romantismo; Berengário de Arundel inventou o LGBTQIA+; Salvatore inventou o pastel.
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Heiwas 26/07/2023

É complicado de explicar, então vou lhe contar o que senti
A leitura é imersiva. E muito. Você começa a entender bem o protagonista, sua forma de agir e ver as coisas e isso lhe afeta de uma maneira que te deixa com um sentimento... estranho.
Quer dizer, há uma sequência de acontecimentos que parecem não chegar a lugar nenhum, então outra série de acontecimentos inusitados que te fazem esperar um solução que nunca virá. A sensação de que nada do que aconteceu levou a algo maior ou se solucionou ao mesmo tempo que o livro cumpriu o que ele havia vindo para cumprir, é algo que nunca senti ou li em nenhuma outra obra.
Não sei se essa foi a verdadeira intenção de Umberto Eco, mas foi o que experimentei quando li no meu último ano do ensino médio.
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JanaAna90 24/07/2023

Inicio dizendo que o livro é maravilhosamente surpreendente, divertido, com um humor sarcástico, do meu agrado e com uma escrita bastante acessível.
Um romance ambientado no período medieval onde tem como plano de fundo uma abadia que, para deleite de todo leitor, tem a maior biblioteca da idade média e com livros raros. E é nesse cenário que a história acontece.
Aqui temos dois personagens principais: Adson (personagem que tive muita raiva no final da história), noviço e discípulo de Guilherme, este um homem sábio e conhecedor de livros e da vida. Os dois personagens chegam à abadia, para auxiliar na conciliação entre o papa e os franciscanos. Só que quando Guilherme chega encontra as pessoas assustadas por supostamente ter acontecido um crime, dias antes de sua chegada. Como Guilherme é conhecido por ser uma pessoa inteligente (Um Sherlock Holmes), o abade decide pedir sua ajuda.
Em meio ao caos o autor nos coloca a refletir sobre filosofia e teologia de forma tão prazerosa e acessível que quando nos damos conta estamos enredados pela história, não só para desvendar os mistérios dos assassinatos, mas para pensar e viver as coisas descritas pelo autor por meio do seu personagem, que é tão carismático.
Seguir as trilhas de um labirinto repleto de livros raros e com vasto conhecimento sobre diversos assuntos é um deleite para leitores.
A sensação que tive em vários momentos que a corrida do livro não era para desvendar os crimes e sim em busca do conhecimento existente nos livros. O que Eco faz neste livro é fantástico pois o que nos instiga é desvendar o que está nos livros para serem proibidos (pelo menos para mim), e a sede de conhecimentos das pessoas que buscam a abadia por causa de sua biblioteca.
Grifei e reli várias passagens por suas mensagens e reflexões sobre a vida, sobre fé, sobre o riso e seu papel no mundo (vilão ou inocente?) e que, apesar de ser um clássico, sua escrita é simples, direta e compreensível.
No final, me vi torcendo não pelos mocinhos, ou vilões e sim pelo que era mais importante em toda a história que era os livros e sua missão de levar o conhecimento para as gerações futuras e confesso que derramei rios de lágrimas pelo que aconteceu no fim.
“Um escritor não deve oferecer interpretações de sua própria obra, caso contrário não teria escrito um romance, que é uma máquina de gerar interpretações.” Assim posto por Eco, deixo aqui minha resenha como possibilidade de leituras e releituras dessa grande obra para interpretações e reinterpretações desse grande romance.
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Guilherme Amin 22/07/2023

Um ótimo calhamaço
"O nome da rosa" sempre agradou a um público amplo, do que gosta de histórias policiais ao que aprecia obras literárias, eruditas, filosóficas ou históricas. Todos esses elementos são atrativos que Umberto Eco costurou com habilidade no seu primeiro romance.

É uma leitura imersiva, que nos transporta aos anos finais da Idade Média e a uma bela abadia erguida sobre enigmas. Sua notável biblioteca, apelidada de labirinto (uma referência a Borges, provavelmente), é o local de onde e para onde correm os mistérios que frei Guilherme e seu auxiliar, Adso, tentarão decifrar para solucionar os macabros assassinatos que têm ocorrido no mosteiro.

O texto também incursiona nos processos da inquisição, desenvolvidos numa subtrama quase tão envolvente quanto as investigações.

Porém, nem tudo são rosas. Os longos devaneios de Adso, que se arrastam por muitas páginas, são maçantes e tomam a paciência do leitor sem dar contribuição útil. E os esmiuçados registros de diversos capítulos da história do catolicismo têm mais serventia, mas alguns são não menos cacetes. Ouso opinar que, se toda a gordura fosse retirada, o romance quase nada perderia. Poderia, em lugar delas, beneficiar-se de uma conclusão para o arco do personagem Bernardo Gui, que assume grande importância a partir de certos acontecimentos e depois sai abruptamente da história.

Como quer que seja, a leitura vale a pena e seu final - bombástico! - recompensará a maioria dos leitores.
Flávia Menezes 23/07/2023minha estante
Excelente sua resenha, amigo!! Só de ler entedemos bem quais as dificuldades encontraremos na história. Parabéns! ????


Guilherme Amin 23/07/2023minha estante
Obrigado, amada!




Ka Ladybook 21/07/2023

Cuidado para não se perder na biblioteca!
Adso é o fiel escudeiro de Frei Guilherme, que é incumbido de investigar um mosteiro franciscano em um morro. Mas, chegando lá, o objeto de investigação se torna muito mais delicado, pois, a cada dia que passa, um monge é assassinado de uma maneira diferente.
Quem será o culpado por tamanha atrocidade?

Bom, na sinopse não tem muito o que falar sem entregar spoilers, esse é o plot, mas pode se sentar para ouvir a minha opinião sobre esse livro.

Primeiro de tudo, não vou mentir para vocês, esse livro não é uma leitura fácil. O vocabulário é rebuscado (no começo eu vivia com o Google aberto), tem trechos de latim no meio (mas, felizmente, a Record colocou a tradução dos trechos ao final da edição de brochura) e o texto é, muitas vezes, prolixo. Porém, achei que todo o “perrengue” da leitura valeu a pena.

O livro é rico em história medieval, o que eu achei muito interessante. Ele fala tanto sobre o contexto político da região na época, quanto sobre os conflitos religiosos. O autor também traz muitas reflexões acerca de religião, da vida e da natureza do ser humano. Geralmente é Frei Guilherme que dá voz a essas reflexões, que eu achei geniais e, por isso, considerei-o um personagem muito sábio.

Senti que a narrativa toda foi bastante enriquecedora, exceto quando Adso entrava em seus devaneios, que preenchiam páginas e páginas e isso deixava a leitura um pouco arrastada e cansativa. Mas o enredo sempre me manteve presa. Como eu adoro uma boa história de suspense, foi muito “legal” acompanhar a descoberta de cada corpo, as caças às pistas e todo o raciocínio de Frei Guilherme na companhia de Adso. Eu havia assistido ao filme na escola e só lembrava de uma coisa, que era bem importante na resolução do caso, mas não atrapalhou o meu proveito.

Mas sabe o que mais me fascinou nessa história? A biblioteca do mosteiro e o amor pelos livros que foi declarado nessas páginas. Acho que essa foi a biblioteca mais incrível que eu já conheci em toda a minha vida, seja ela real ou fictícia. Ela é um labirinto cheio de enigmas e, se você não souber andar por ela, corre o risco de ficar preso lá para sempre. Quando Guilherme e Adso entram lá, eu me senti juntinho com eles, foi sensacional.

O negócio desse livro é que tem tanta coisa dentro dele, que eu posso ficar escrevendo e escrevendo e sempre vai vir alguma coisa à mente para continuar falando sobre ele. A minha última recomendação é que você leve o tempo que precisar para terminar esse livro. É uma leitura difícil, mas vale cada página. Espero que goste!
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Rodolfo Vilar 16/07/2023

?Fazia tempo que eu não tinha uma leitura tão imersiva quanto essa. E também me pergunto o porquê de demorar tanto para ler um livro tão fascinante como ?O Nome da rosa? de Umberto Eco. ?
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Digo que a leitura foi imersiva pelo fato de realmente adentrar no universo medieval criado por Eco ao ambientar sua história no século XIV, exatamente dentro de uma abadia onde misteriosamente crimes estão acontecendo e somente a dupla de religiosos Guilherme de Baskeville e Adso serão capazes (ou não) de desvendar esse mistério. Outro fator de imersividade é o quebra-cabeça que o livro se transforma ao engajar o leitor a descobrir as pistas para esse mistério, além é claro, das inúmeras passagens em latim que na minha edição não possuem nota de rodapé e precisei traduzir para acompanhar a história. Mas nada a reclamar.
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Além da trama de mistérios, na verdade esse livro possuí diversas camadas que transportam o leitor para os vários níveis textuais criados. Umberto Eco, como já dito, ambienta sua história no século XIV o que faz explanar sobre a historicidade da igreja nessa época, uma vez que a mesma sofria diversas segregações a cerca da questão entre o poder que ela emanava, assim como o sentido dela ter posses (riquezas) ou não, assim como seu conflito com os imperadores da época que buscavam poder, tendo a igreja como uma adversária nesse sentido. Eco cria na história as diversas discussões sobre esse tema, assim como as próprias brigas políticas dentro dos segmentos da igreja (Franciscanos e aqueles mais ortodoxos), mostrando a fragilidade e o período de inquisição da época.
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Eco faz várias intertextualidades em sua obra: O conceito de labirinto de Borges, um dos personagens se chamar Jorge e ser cego; os personagens principais também tendo referências com Sherlock Holmes e claro, o sentido do conhecimento (livros) como poder e status.
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Quem sai dessa leitura sai transformado, porque a leitura é enriquecedora. Falei apenas um pouco sobre essa obra mas espero que tenha sido o suficiente para fazer você querer ler esse grande clássico.
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Kaio Stenio 12/07/2023

O nome da resenha
Já tinha ouvido falar muito desse livro e do filme. O cenário medieval e o enredo repleto de intrigas me atraía. Agora finalmente pude conhecer seus segredos e devo admitir que é tudo que eu queria e um pouco mais.

Os debates filosóficos, a política da época, a treta entre ordens religiosas, os assassinatos incompreensíveis e a atmosfera nebulosa são muito bem trabalhados.

Uma ressalva seria o início do livro que é meio complicado de pegar o ritmo, mas essa questão o próprio Umberto Eco fala sobre no posfácio. Algo do tipo "o leitor tem que passar por isso para ser capaz de terminar o livro, se não passa não era para ele." Não sei se concordo 100%, mas entendi o que ele quis dizer.

Não tenho muito mais o que dizer, recomendo muito para aqueles que leram o meu 2° parágrafo e pensaram "caramba, isso é interessante."
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Carolina.Gomes 10/07/2023

O monge e a biblioteca
Essa foi a minha segunda leitura depois de mais de 20 anos e, com certeza, foi uma experiência completamente diferente.

Na primeira, meu foco foi no mistério acerca das mortes na abadia, mas dessa vez fiquei impressionada com os diálogos riquíssimos sobre teologia e dogmas religiosos.

O clima de mistério é apenas o chamariz para a profundidade e riqueza dessa obra.

Apesar de ter lido há tanto tempo atras, ia me lembrando de alguns acontecimentos e foi maravilhoso reviver a viagem pela biblioteca da abadia. Um labirinto mágico repleto de segredos: Se aventurar em busca de conhecimento, traria consequências nefastas para os buscadores?

Foi uma experiência incrível, mas acho que eu poderia ter feito um estudo mais profundo sobre algumas ideologias abordadas. Me senti perdida em meio a tanto conhecimento.

O final é magnífico! Guilherme continua sendo um dos meus personagens preferidos.

Um daqueles livros que merece ser lido e relido.
13marcioricardo 11/07/2023minha estante
Sempre fico com vontade de ler quando vc faz resenhas assim!




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Beatriz 03/07/2023

Cara, achei que não ia terminar esse livro nunca. A revelação do mistério foi um pouco decepcionante, mas a investigação e as suspeitas foram bem interessantes e me deixaram curiosa. Outra coisa que deixou a leitura muito cansativa foi a descrição muito detalhada, concordo que descrição é necessária, mas foram muitas as páginas dedicadas a descrição
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Fabi 01/07/2023

Um dos cinco melhores
Que livro! Que autor! Como eu demorei tanto a ler? Você não lê, vive a história. Você circula pela abadia, entra na biblioteca, participa dos julgamentos, foge pela cozinha, se perde no escuro sem o lume, fica sem fôlego no labirinto... Você finalmente vê a encadernação e as páginas de tecido do tal livro!!!!!! No pós-escrito Eco escreve que "Marco Ferreti disse-me certa vez que meus diálogos são cinematográficos porque duram o tempo certo. Só podia ser assim, uma vez que, quando duas personagens minhas falavam a caminho do refeitório ao claustro, eu escrevia com a planta diante dos olhos, e quando chegavam paravam de falar". O livro é todo assim. Riqueza nos detalhes. E nesse pós-escrito ele detalha todo o riquíssimo trabalho de pesquisa para nascer O Nome da Rosa. Que privilégio nós temos de ter essa obra. Fantástica. O pós-escrito eu li duas vezes seguidas. Ele ensinando como se narra dando o exemplo de um rio, construindo um mundo, mobiliando até os mínimos detalhes e em poucas linhas uma história intrigante vai surgindo. É surpreendente. Gênio, apaixonante e encantador. Um dos cinco melhores livros que já li. Um dos mais prazerosos.
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Aline Oliveira 24/06/2023

A escrita é fluida mas o conteúdo é denso, temos história, filosofia, teologia... reunidas no mesmo livro, li aos poucos, e o autor envolve assuntos tão reflexivos em um mistério de assassinatos, que prende o leitor. É um livro com múltiplas camadas, curioso e instigante, adorei a experiência. E sigo refletindo sobre esse desfecho.
Lahdutra 24/06/2023minha estante
Eita! Só encaro em LC ?


Fabio 25/06/2023minha estante
Livraço!!! Clássico dos clássicos!!!


Cleber 26/06/2023minha estante
Tá na minha lista dos melhores livros :)




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