A Cadeira do Dragão

A Cadeira do Dragão Carlos Eduardo Novaes




Resenhas - A Cadeira do Dragão


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(lidos só 2021 em diante) 19/09/2023

Lindíssimo, ácido, inteligente
Megamente recomendado para quem curte crônicas, Fernando Sabino, Arnaldo Jabor, Nelson Rodrigues e derivados. Não teve um texto desse livro que não tenha sido de qualidade elevada. Em 172 são mais de 40 crônicas (não contei, mas acho que é por aí). Todas ácidas, criativas, com analogias muito bem boladas.

O livro tem bastante teor político, mas Carlos Eduardo não tá puxando o saco nem de direita nem de esquerda. Ele tá mais crítico do que admirador de algo. E isso é excelente. Não me apetece muito autores que fazem politicagem. Gosto de escritor que zomba dos dois lados. Quando o cidadão escreve algo e deixa claro que "detesta" uma vertente política e "ama" outra, fica bem superficial e com teor de bolha - não curto não. O autor pode ter suas preferências pessoais. Não colocar isso nas obras é essencial. Novaes fez isso aqui. Zombou mais das hipocrisias dos políticos (sem necessariamente se basear nos "lados" de tal político) do que com direções gerais. Ponto super positivo. Tem uma coisa que sempre digo: contos, crônicas, ficção, é para fazer o leitor primeiramente admirar a escrita, apreciar o textual, ter uma viagem de reflexões e autocríticas; não é para serem um guia-político/guia-moral. Tenho um certo ranço com pessoas que acham que são dignas de apontar direções para outras seguirem =) tenho um certo apreço por quem zomba de políticos em geral (isso não quer dizer que o cara é um anarquista. Anarquismo também acho bobeira utópica, enfim KKK já tô filosofando demais KKK se concordar com algo que falei ou discordar e quiser me xingar, vai lá no insta @ariel.yoshida ).

O texto do velhinho ex-ditador foi um dos meus prediletos. Jamais me esquecerei da cena dele oferecendo água ao visitante e pegando-o pelos cabelos e afundando a cabeça do dito cujo numa bacia de água. A escrita é genial em sua proposta.
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Gladston Mamede 13/11/2017

Li quando ainda garoto de colégio, quando a leitura ainda era um desafio. E foi uma farra, pois era divertido e fácil de ler. E tocada em assuntos que, em minha juventude, ainda eram tabus: a Ditadura Militar.
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