The Monk

The Monk Matthew Gregory Lewis
Matthew Gregory Lewis




Resenhas - The Monk


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Fabio Di Pietro 07/06/2023

Um clássico
Nesse livro, o leitor encontrará de tudo. Pacto com demônio, aparições, tortura, fantasmas, diabo. Mas o que mais aterroriza é a maldade humana e sua hipocrisia.
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bobbie 27/05/2023

Literatura que não tem medo de sua época.
Este livro data do final do século XVIII, e Matthew Lewis não teve medo de escrever toda uma crítica à hipocrisia religiosa de seu tempo. A forma como a mulher é retratada, nem é necessário falar, é asquerosa hoje em dia. Mas a literatura é como retratos da época em que foi escrita, e não se deve passar verniz num retrato a fim de fingir que ele não mostra mais o que acontecia. Dito isso, The Monk conta a história de um frei capuchinho idolatrado em vida: toda Madrid (a trama se passa na Espanha) venera suas virtudes e para para ouvir suas arengas religiosas. Mas apesar da fachada impecável, Ambrosio - o frei - esconde uma alma devassa e corrupta. Quando tentado pelas delícias da vida carnal ele logo sucumbe, e daí para diante torna-se um rolo compressor de vidas alheias, só tendo olhos para seus desejos. É um romance gótico: castelos, cemitérios e labirintos abundam. Tumbas, cadáveres e putrefação são recorrentes, espelhando a alma fétida de Ambrosio. Ele terminará o livro impune e ainda santo? O final tem alguns plot twists surpreendentes e esta edição é a versão original, sem a censura que fez edições seguintes à do lançamento serem navalhadas para atender as demandas repressoras.
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Lizzie.Alice 04/07/2022

Triste, louca ou má
Apesar de contar a história principalmente do ponto de vista do Abade Ambrosio, a narrativa passa pelos esteriótipos do feminino, felizmente de forma gradual sendo descontruídos hoje em dia, mas muito presentes na literatura masculina do século XIX.
Todas as personagens femininas são vítimas ou tentadoras, e isso é um ponto bastante complicado.
A história é interessante, apesar de muito pesada e dolorosa, e provavelmente trazer uma série de gatilhos para quem está lendo.
Gostei de ter contato com a leitura, mas dificilmente o faria de novo.
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Mariana113 29/04/2022

um livro desconcertante
The Monk, ou O Monge, é um romance gótico publicado por Matthew G. Lewis em 1796. Um título simples, que não entrega muito da história além de seu personagem principal: Ambrosio, um monge capuchinho reverenciado por toda Madri por sua oratória e vida religiosa que viveu por toda sua vida dentro do monastério e só era visto fora dele quando ia à Igreja uma vez por semana. É numa dessas aparições que conhecemos também Antonia, uma jovem que vai a Madrid procurar seu tio após a morte de seu pai, e Lorenzo, herdeiro do Duque que procurava sua irmã no convento da cidade. Os dois se apaixonam naquele momento, e sendo amigo do tio da moça, decide ajudá-la. Como esta não é uma história de amor, Lorenzo e Antonia são proibidos de se verem por serem de classes diferentes e ele se vê sem poder ir contra essas ordens por receber notícias de seu amigo, o Marquês. Don Raymond confessa à seu amigo que tinha se apaixonado por sua irmã Agnes e que ela engravidou antes de entrar para o convento, mas o monge Ambrosio, descobrindo que ela não era mais uma moça pura e planejava fugir com ele, a entrega para a Madre Superiora que decide puni-la. Nesse momento, Agnes o amaldiçoa.

Até aqui, tudo bem. haha. São muitas as tramas que se desenrolam durante o livro, juntando cada um desses personagens com linhas que eles mesmos não percebem até a hora derradeira de seu sofrimento. Não há um personagem que não saia do livro sem a necessidade de anos de terapia e devo dizer que até os leitores acabam desolados. Eu confesso que não sou uma pessoa que se preocupa com gatilhos, mas nesse livro acho importante conferir a lista antes da leitura. Muita coisa me surpreendeu e algumas até tiveram um peso maior porque, assim como os personagens, eu sou católica (ou pelo menos fui criada nessa religião).
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Ana 21/05/2021

O mal está aqui
Este é um livro sobre o mal. Em todas as suas formas e formas. Nada é o que parece ser e todos vivem em um constante estado de engano.

O monge superstar, que é reverenciado pelas multidões que lotam a catedral para ouvir seus sermões, ele é realmente imaculado?

A igreja, modelo de sacrifício, bondade e caridade, o que esconde atrás das paredes de seu claustro?

A inquisição, autoridade eclesiástica suprema, realmente traz justiça?

Sejamos inocentes ou não, pessoas boas ou más, não importa, estamos todos sujeitos aos males do mundo. Existem espíritos malignos e demônios neste romance, mas os verdadeiros terrores são perpetrados por seres humanos. O mal não é etéreo. Está aqui, é concreto. O que este romance nos diz, de forma sensacionalista, é que devemos manter nossos olhos abertos e não nos deixar enganar.

Alerta de conteúdo: violência, estupro, assassinato.
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Yuri.Ferro 12/03/2020

Entre o céu e o inferno
"The monk" é um livro sobre desejos. Sua força motriz é o conflito entre os desejos mais primais (id) e os ideais mais repressores (super-ego). Nesses conflitos, podemos opor dois ideais femininos que resumem bem sua narrativa: primeiro, em Matilda, temos a mulher libertina, opositora aos ideais cristãos; sua potência e irrestrição sexual a aliam, na hierarquia cristã, à figura demoníaca da "succubus". No outro oposto, temos a casta Antonia, uma encarnação da "Vênus de Medici". Enquanto tal, Antônia é a clássica tímida-virgem, cuja inocência beira a completa infantilização.

A narrativa de "Monk" Lewis é estupefante quando se centra nesse conflito entre desejo e moral. Ela tem uma qualidade teatral enorme, com diálogos extensos que tornam a leitura fluida. O jovem autor, porém, querendo impressionar seu público, acabou incluindo no livro muita digressão desnecessária. Há dezenas de poemas que influem em muito pouco na narrativa; a pior digressão tem mais de cinquenta páginas, contando uma história paralela extremamente desinteressante, a qual poderia ter sido facilmente resumida em até dois parágrafos. No geral, porém, a qualidade simbólica e teatral, sob o emblema do gótico, triunfa sobre tanta digressão do até então inexperiente autor.
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