@quixotandocomadani 29/09/2021"Manuelzão e Miguilim” é composto de duas novelas: Campo Geral e Uma estória de amor, falam sobre o início e o fim, sobre a infância e a velhice. Tem aquela típica linguagem de Guimarães Rosa, retratando o sertão mineiro, que a gente vai se acostumando aos poucos.
Em “Campo Geral” o narrador conta a história de um menino de 8 anos que vive em Mutum. Relata a perda da inocência, o amadurecimento através do sofrimento, tudo muito intenso percebido pelo olhar de Miguilim. Os diálogos entre Miguilim e Dito, seu irmão mais novo, são os melhores. Guimarães Rosa consegue fazer com que a gente sinta e se emocione com a pureza, e a bondade dessas duas crianças.
Em “Uma estória de amor”, Manuelzão, um homem de 60 anos, narra suas reflexões e suas dores na velhice. Ele vivia sempre em suas andanças e só agora sossegou na Samara, sendo responsável por cuidar das terras de seu patrão, Federico Greyre. Ele constrói uma capela e dá uma festa para inaugurá-la. E nesses três dias, de preparativos e de festa que é narrada a história. Além da falta de uma família e da solidão, Manuelzão se preocupa com a sua saúde, em colocar um freio em si mesmo e reconhecer os limites do corpo. A dúvida sobre seus valores e crenças também ocupavam a sua mente “Chegava uma hora, tudo se queria, mas qse tudo, por metades, da gente se afastava.”
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