O Barril de Amontillado e O Demônio da Perversidade

O Barril de Amontillado e O Demônio da Perversidade Edgar Allan Poe




Resenhas - O Barril de Amontillado e O Demônio da Perversidade


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Tiago Bessa 29/04/2020

O Demônio da Perversidade e a Consciência
Fazer maldades pode até ser fácil num momento de sangue quente, raiva, cobiça ou egoísmo exagerado. Porém, conviver com o crime, com a memória de ter causado danos a outras pessoas pode vir a ser mais difícil do que ser preso.
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z..... 15/06/2019

Coleção Aventuras Grandiosas (Editora Rideel)
Dois contos de Poe. Em comum, o pragmatismo doentio, determinista e transloucado com autojustificativas inconsequentes. Os contos tem esse desenrolar...

"O Barril de Amontillado" traz funesta, surreal e vingativa história entre dois amigos, onde destacam-se arrogância e orgulho. Para o assassino, pontos suficientemente justificáveis para o desenrolar que vemos... Coisa de psicopata.
Acredito que isso pode ser direcionado numa visão desajustada daquela famosa frase sobre os fins justificarem os meios, que uns dizem que sim, outros que não, ser de Maquiavel. Sei de nada também, mas que é visão maquiavélica isso é, e o conto expressa este pensamento. O fim, o objetivo, suplanta qualquer sensibilização ao horrendo meio utilizado para esse processo, a sordidez cega da vingança.
Lembra "O gato preto", porém, mais provocativo à reflexão, em relação ao algoz e a vítima.

"O Demônio da Perversidade" conta também uma história de morte. Diferente da anterior, onde o fator externo é interpretado e redirecionado em conceitos desajustados, neste conto o protagonista disserta sobre a natureza humana, num papo pra lá de maluco, e chega a conclusão que o homem, como criação divina, recebeu também uma voz interior que influencia para o mal. Ela seria a culpada de ações estapafúrdias e malucas. Conversa de doido, é lógico! O protagonista entra num tormento sobre culpas...
O conto é interessante.

No final das contas, Poe ilustra o desajuste em que a morte seria justificável pela própria vítima, basicamente merecedora, onde o algoz estaria ausente de culpa; ou então, no que ficou implícito, seria culpa do próprio Deus, quem nos fez assim, impulsivos, o assassino apenas cumpriria papel a que fora motivado...
Claro que não são afirmações de Poe, mas percepção de contexto que insanamente se projeta em muitos na sociedade.

Os fins justificam os meios?
A culpa é das estrelas?
Dois contos de Poe sobre isso.
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Eve 07/01/2017

Resenha: O Barril de Amontillado
O prólogo desse conto deixa muito claro desenrolar da história, creio ter sido tola esperar algum final mais brando, mais politicamente correto, acredito que única referência que eu me lembro do autor era que ele é do período do Romantismo, mas me falha a memória já ter lido algo dele, talvez apenas na escola. Eu gostei do conto, embora o final seja bem perverso, eu gostei principalmente por ser um tipo de livro que não costumo ler, estamos tão acostumados a ler um livro onde um é sempre o mocinho e o outro o vilão que quando lemos algo diferente, achamos estranha a perspectiva. Fiquei curiosa quanto a visão de Fortunato, gostaria de saber a perspectiva dele do evento, e porque ele havia insultado Montresor.
Essa versão do livro por ser voltada ao público infanto-juvenil, tem também o epílogo, achei bem interessante, pois tira a gente da forma não sutil de Edgar em nos dar uma lição, tira a gente do estranhamento do final, pelo menos aos adeptos do "felizes para sempre" e traz questionamentos do que a obra tem para acrescentar em nossa vida.
Assim como o brasão da família Montresor sentencia "Nemo me impune lacessit/ninguém me fere impunemente" o leitor também é ferido em cheio, e sai da leitura com um pensamento muito claro "Aproveite a vida"


site: https://www.instagram.com/p/BO20Vy9BlFK/?taken-by=depoisdamoderacao
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